Thursday, March 4

Reflectindo: Quinta-feira da Semana II da Quaresma

Na 1ª leitura: apresenta-nos 2 caminhos possíveis: Maldito o homem que confia no homem e que afasta o seu coração do Senhor (rico) e Bendito o que confia no Senhor (Lázaro = Deus é o meu auxílio).
No Evangelho, apresenta-nos 3 cenas: situação de vida do rico e de Lázaro, cena depois da morte, diálogo do rico com Abraão. Há vários contrastes entre ambos, felicidade de um e desgraça do outro.
Com esta história, Jesus não quer dizer que os ricos não vão para o céu. O rico não é condenado pelo simples facto de o ser mas porque não respeita Deus, prescinde de Deus, abandona os caminhos de Deus, é egoísta e não partilha os seus bens com aqueles que precisam. Por sua vez, Lázaro não se salva porque é pobre mas porque está aberto a Deus e espera d’Ele a salvação. Afirma-se o perigo da riqueza porque pode criar o esquecimento de Deus, a surdez à Palavra de Deus e fechamento ao próximo.
Escutar a Palavra de Deus, converter-se a Jesus Cristo e aos Seus ensinamentos, abandonar a falsa segurança dos bens materiais e partilhar com os irmãos o que temos são deveres do cristão que parte da Eucaristia.
Esta lição de Jesus não é apenas para os ricos de bens materiais mas é para todos aqueles que se sentem abertos à proposta de Jesus Cristo. Já temos as condições necessárias para a conversão: a Palavra de Deus, os sacramentos, cursos de formação, catequese, testemunhos de fé, sinais da presença de Deus. Por vezes, faltam-nos a decisão do coração, a força interior de confiarmos em Deus e na Sua acção sobre nós.


Oração
Bendizemos-Te, Senhor, porque ouves o clamor do pobre, libertas o oprimido e sustentas o órfão e a viúva. Tu derrubas do trono o poderoso e enalteces o humilde; ao faminto enches de bens e ao rico despedes vazio.
Quando o nosso coração se fecha ignorando o pobre, abre, Senhor, os nosso olhos para que te vejamos a ti nele; quando o pobre estende a sua mão para nós, abre o nosso coração à alegria de partilhar o nosso.
Ajuda-nos a romper a malha do egoísmo açambarcador, libertando-nos da ânsia de possuir, gastar e consumir, para que não nos habituemos nunca às desigualdades nem nos fechemos a ti e aos irmãos. Que assim seja.

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