Monday, November 15

Cura do cego

Jesus ia da Galileia para Jerusalém pelas margens do Jordão. Prediz aos apóstolos a sua paixão, citando-lhes Isaías e os salmos. Não compreendem. Eram ainda muito terrestres! Acreditavam num reino temporal do Messias.
Jesus pensava consigo mesmo: «São uns cegos, hei-de curá-los um dia». Quer fazer-lhes compreender que são cegos, porque não compreendem as suas palavras e não acreditam n’ Ele. E para os ajudar a entrar nestes pensamentos, pára junto de um cego, à porta de Jericó. Fá-lo falar, excita a sua fé, depois cura-o. /185
Alguns, sem dúvida, os mais esclarecidos, compreenderam ou suspeitaram o seu pensamento.
Eu sou, infelizmente, como os apóstolos e como o cego de Jericó. Jesus diz-me a sua bondade, a sua paixão, e todo o amor do seu divino coração por mim. Não compreendo ou quase nada. Não o amo ou quase nada. Senhor, curai a minha cegueira. Recordai-me ainda os vossos sofrimentos. Fostes entregue aos gentios, escarnecido, flagelado, desprezado. Condenaram-vos à morte. E os grandes aniversários destes acontecimentos vão voltar. Sacudi a minha inércia, ó Jesus, acendei no meu coração o fogo do vosso amor. Suplico-vos humildemente, instantemente, filialmente.

(Leão Dehon, OSP 3, p. 184s.)

No comments: