Wednesday, July 20

Quarta-feira da Semana XVI do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Depois da passagem do Mar Vermelho, começa a travessia do deserto. Ela vai ser um tempo de grande provação, em que estão sempre em contraste a falta de fé e os pecados do povo, e a misericórdia e o poder de Deus. O povo murmura por se julgar condenado a morrer de fome; mas logo Moisés intercede junto de Deus e Ele envia-lhes o pão do céu, o maná, como a nós hoje a Eucaristia, o verdadeiro Pão do Céu. Esquecendo a escravidão do Egipto, apenas se lembram do pão e da carne que lá comiam. A murmuração será um dos pecados diversas vezes repetidos ao longo da peregrinação no deserto. Esse pecado manifesta falta de fé e de confiança, mas também a mesquinhez e a dureza de coração daquele povo esquecido das anteriores intervenções de Deus em seu favor. O povo também não soube agradecer a generosidade de Deus. É o mistério da cegueira humana, da miséria espiritual, que não permite dar-se conta da generosidade de Deus.
A semente, que é a palavra de Deus, tem que continuar a ser lançada à terra e para a acolhermos a palavra no nosso coração façamos uma leitura pessoal da Escritura, meditando-a e levando-a à prática.
Começamos hoje a ler a passagem do Evangelho de S. Mateus consagrada às parábolas, a uma catequese feita a partir da contemplação da natureza e dos trabalhos em que os homens se ocupam. Ouvimos hoje a parábola do semeador, como que a preparar o terreno para a boa colheita da sementeira que o próprio Senhor vai fazer. A vitalidade está na semente, mas é preciso que o terreno onde ela vai ser semeada esteja preparado. Tal como o semeador espalha a semente, sem a preocupação de a poupar, assim Jesus proclama a palavra do Pai a todos, sem distinções nem reservas. Tal como a sorte da semente depende do terreno onde cai, assim a Palavra produz fruto conforme o coração que a recebe. A semente é a palavra de Deus, que é acolhida de muitos modos diferentes. O terreno fértil dá uma colheita extraordinariamente abundante tal como a palavra proclamada por Jesus terá uma fecundidade maravilhosa.

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