Tuesday, December 11

Terça-feira da Semana II do Advento


Com esta passagem começa a segunda parte do Livro deste profeta, também chamado o Livro da Consolação de Israel. Escrita no fim do exílio de Babilónia, anuncia ao povo de Deus dias novos de salvação, semelhante à que o Senhor lhe tinha enviado quando o tirou do Egipto e o conduziu pelo deserto a caminho da Terra Prometida. Trata-se de um novo Êxodo. A vinda do Senhor, que o Advento nos faz esperar é o momento culminante de toda a história da salvação: é Deus que vem para nos salvar! É o mistério do Advento, da Vinda do Senhor. O profeta tem a missão de preparar o regresso do Senhor. É na estabilidade do Senhor que o povo desterrado em Babilónia há-de confiar.
A Igreja é também o rebanho, do qual o próprio Deus predisse que seria o pastor e cujas ovelhas, ainda que governadas por pastores humanos, são contudo guiadas e alimentadas sem cessar pelo próprio Cristo, bom Pastor.

O que o profeta anunciou, a salvação do povo de Deus, Jesus o afirma de maneira bem clara nesta parábola que não nos deixa dúvidas sobre a intenção última de todas as vindas de Deus ao encontro dos homens: o Senhor não quer que nenhum se perca, nem sequer um só destes pequeninos!
A parábola da ovelha perdida é uma exortação a partilhar a alegria do perdão que Deus concede aos pecadores que se convertem, e a tornar-nos também disponíveis para oferecer o perdão aos outros. Em coerência com esse contexto, Mateus não põe directamente Deus à procura da ovelha tresmalhada, mas a comunidade. É a solicitude pastoral da comunidade que torna visível o rosto de Deus que vai à procura do cristão perdido, do pecador. O importante é que a comunidade procure aquele que anda perdido e faça por encontrá-lo…
O amor de Deus por nós é um amor misericordioso, porque não quer que se perca ninguém: não é da vontade de meu Pai, que se perca um só destes pequeninos. O Advento é um tempo de esperança, que devemos aproveitar para uma reconciliação, para uma conversão.

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