Friday, July 28

Sexta-feira da Semana XVI do Tempo Comum

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=4252

Reflexão

Entre os elementos que entram na aliança de Deus com o seu povo está o Decálogo, isto é, os Dez Mandamentos, resumo da lei de Deus. Os mandamentos estão aliás no coração de cada homem; eles são aí já a voz de Deus, sempre a fazer ouvir-se. Mas mais e maior que a lei dada por meio de Moisés é a Graça e a Verdade que vieram por Jesus Cristo. Os dez mandamentos fazem parte da bagagem moral inserida no coração de todos os homens pelo Criador. Exprimem a chamada lei natural, sentida e admitida por todas as morais. Foi Deus quem pôs no coração humano estes princípios, estas tendências e este sentido de bem e de mal, no que se refere às nossas relações com Deus e com o próximo. Israel teve o privilégio de os receber directamente de Deus, na teofania do Sinai. Foi um acto de predilecção de Deus para com o seu povo, que também pressupõe maior responsabilidade e fidelidade no seu cumprimento. Jesus não veio destruir a lei, mas levá-la à perfeição.
Jesus dá a explicação da parábola do semeador. A semente é sempre boa, porque é a palavra de Deus, mas o fruto depende do acolhimento que a terra lhe dá, da atenção que ela encontra no coração de cada homem.
Ao explicar a parábola do semeador, Jesus desvia a atenção do semeador que lança a semente para as causas da sua diferente recepção. Explicitando a comparação, passa-se da verificação do êxito, combatido mas surpreendente, da pregação do reino de Deus por Jesus e pelos continuadores da sua obra, para a consideração dos motivos que levam os ouvintes e fechar-se ou a abrir-se ao anúncio e, portanto, à conversão.
O evangelista faz uma releitura da parábola, fazendo realçar como a dureza de coração seja obra do maligno, que peca desde a origem. O homem secunda a obra do maligno quando, deixando-se absorver pelos sofrimentos, pelas incompreensões, pelas riquezas, não permite à palavra de Jesus lançar raízes na sua existência. Pelo contrário, quem é dócil à palavra de Jesus, produz abundantes frutos e entra a fazer parte daqueles bem-aventurados e pequeninos aos quais são revelados os mistérios do Reino.