Wednesday, August 31

Quarta-feira da Semana XXII do Tempo Comum


Começamos hoje a leitura da Epístola aos Colossenses. Colossos era uma cidade da actual Turquia, onde havia uma comunidade cristã, que acabava de ser perturbada com ideias novas, perturbadoras da fé dos discípulos. Era uma comunidade predominantemente formada por cristãos de origem pagã. Mas também havia cristãos provenientes da diáspora judaica. Paulo, prisioneiro em Roma, escreve-lhes esta carta admirável em que apresenta Cristo, o Senhor Ressuscitado, como Cabeça de toda a Igreja, por meio do qual todos os homens são chamados à unidade e à salvação. Como Colossos não era uma comunidade fundada por Paulo, o Apóstolo serve-se de intermediários, a começar por Epafras, apóstolo da região e fundador da comunidade. Apesar disso, o Apóstolo dirige-se aos Colossenses com um tom de solicitude e de afecto.
Rejeitado em Nazaré, Jesus desce a Cafarnaum onde é acolhido pela fé daquela gente, a ponto de Cafarnaum vir a ser chamada a sua cidade. Este dia de Cafarnaum foi para Jesus um dia cheio: saindo da sinagoga, Jesus entra em casa de Simão e cura a sogra dele que estava doente que irá impulsioná-la ao serviço. Também nos diz que as curas dos doentes se tornam ocasião de verdadeiras profissões de fé em Cristo, mesmo que elas saíam da boca dos demónios.
Depois, ao pôr-do-sol, é uma multidão de doentes que é curada pela imposição das suas mãos. Assim cativada pelos seus favores, a multidão não O quer deixar partir; mas o Enviado de Deus tem de ir também às outras cidades.
A Boa Nova que Jesus tinha que anunciar é a mesma que encontramos no Evangelho proclamado na Celebração Eucarística. S. Paulo alegra-se de o Evangelho ter chegado à comunidade de Colossos.
Quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura é o próprio Deus que fala ao seu povo, é Cristo presente na sua palavra que anuncia o Evangelho (SC, 45).
Nós devemos ouvir o Evangelho como se o Senhor estivesse presente e nos falasse... As mesmas palavras que saíam da boca do Senhor escreveram-se e guardaram-se e conservaram-se para nós (S. Agostinho).

Tuesday, August 30

Terça-feira da Semana XXII do Tempo Comum


A vinda do Senhor é certa, embora seja incerta a sua hora. Assim, esta há-de ser aguardada na vigilância, como em vigília de oração, na esperança e na alegria, como por quem espera a hora da salvação. O Dia do Senhor é imprevisível. Chegará como um ladrão. Embora alegrando-se com as vitórias humanas sobre as suas múltiplas alienações, os cristãos nunca considerarão definitiva nenhuma época histórica, mas adoptarão uma atitude crítica e de espera. Os tessalonicences pareciam mais pagãos que cristãos, porque não tinham em conta o dia do Juízo, eram filhos das trevas. Os verdadeiros cristãos são filhos da luz, pessoas que conhecem o sentido e o fim deste mundo.
De Nazaré, Jesus desce até Cafarnaum, na beira do lago. Mais tarde será aí a sua cidade habitual. Ao sábado, lá está na celebração da Palavra na sinagoga e ensina o povo, que se encanta com as suas palavras e o seu poder revelado na cura do possesso. Palavras e acções, tudo são palavras da Palavra, que é o Verbo, o Filho de Deus, que o Pai envia ao mundo. Palavras e gestos são os elementos que ligam todo o Evangelho onde se fala de Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo. O texto de hoje apresenta-nos um pobre doente que é libertado de um espírito maligno. Começa o choque frontal entre Jesus e o demónio. Esse choque é preciso para que Jesus se revele como salvador, como aquele que redime os que estão sob o domínio de Satanás e resgata para Deus e para o seu reino. A intervenção de Jesus tem dois efeitos colaterais: suscita espanto em alguns e faz com que a fama se espalhe na região. Este homem que tinha o espírito de um demónio impuro representa o pecador que se quer converter a Deus e tem que se libertar de Satanás e do pecado. nfelizmente há muitas pessoas que se tornam escravas do pecado, porque todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.

Monday, August 29

Martírio de São João Baptista

A Igreja hoje celebra o martírio de São João Baptista. Era filho de Zacarias e de Isabel e nasceu quando estes já tinham uma idade bastante avançada. Foi o cumprir da promessa divina. Já por este facto apercebemo-nos que esta personagem iria ser uma personagem bastante especial. João teve um papel bastante importante na História da Salvação: ele preparou o povo para receber o Messias. Apelava constantemente à penitência e ao baptismo como arrependimento dos pecados. É alguém convicto da sua missão e que procura que a sua vida seja coerente com os valores que acredita.
Ele é um elo de ligação entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento, entre a antiga aliança de Moisés e a nova e eterna aliança de Cristo. João é o enviado de Deus, a testemunha da Luz, aquele que anuncia o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e o apresenta ao mundo. É ele que indica Jesus aos seus discípulos e convida-os a seguir Jesus porque Ele era realmente o Messias esperado pelo povo. João é o grande profeta, o profeta por excelência, é o Precursor de Cristo, aquele que indica, com a Palavra e com o exemplo, o caminho que os discípulos de Cristo devem seguir.

Leituras da Memória do Martírio de São João Baptista

Leitura do Livro de Jeremias (Jer 1, 17-19)Naqueles dias,
o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo:
«Cinge os teus rins e levanta-te,
para ires dizer tudo o que Eu te ordenar.
Não temas diante deles,
senão serei Eu que te farei temer a sua presença.
Hoje mesmo faço de ti uma cidade fortificada,
uma coluna de ferro e uma muralha de bronze,
diante de todo este país, dos reis de Judá e dos seus chefes,
diante dos sacerdotes e do povo da terra.
Eles combaterão contra ti, mas não poderão vencer-te,
porque Eu estou contigo para te salvar».


Salmo 70 (71)
Refrão:
A minha boca proclamará a vossa salvação.

Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido.
Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me,
prestai ouvidos e libertai-me.

Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador.

Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protector.

A minha boca proclamará a vossa justiça,
dia após dia a vossa infinita salvação.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 6, 17-29)
Naquele tempo,
o rei Herodes mandara prender João
e algemá-lo no cárcere,
por causa de Herodíades, a mulher do seu irmão Filipe,
que ele tinha tomado por esposa.
João dizia a Herodes:
«Não podes ter contigo a mulher do teu irmão».
Herodíades odiava João Baptista
e queria dar-lhe a morte, mas não podia,
porque Herodes respeitava João,
sabendo que era justo e santo,
e por isso o protegia.
Quando o ouvia, ficava perturbado,
mas escutava-o com prazer.
Entretanto, chegou um dia oportuno,
quando Herodes, no seu aniversário natalício,
ofereceu um banquete aos grandes da corte,
aos oficiais e às principais personalidades da Galileia.
Entrou então a filha de Herodíades,
que dançou e agradou a Herodes e aos convidados.
O rei disse à jovem:
«Pede-me o que desejares e eu to darei».
E fez este juramento:
«Dar-te-ei o que me pedires,
ainda que seja a metade do meu reino».
Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?».
A mãe respondeu-lhe: «Pede a cabeça de João Baptista».
Ela voltou apressadamente à presença do rei
e fez-lhe este pedido:
«Quero que me dês sem demora, num prato,
a cabeça de João Baptista».
O rei ficou consternado,
mas por causa do juramento e dos convidados,
não quis recusar o pedido.
E mandou imediatamente um guarda,
com ordem de trazer a cabeça de João.
O guarda foi à cadeia, cortou a cabeça de João
e trouxe-a num prato.
A jovem recebeu-a e entregou-a à mãe.
Quando os discípulos de João souberam a notícia,
foram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura.

Friday, August 26

Sexta-feira da Semana XXI do Tempo Comum


A santidade de vida há-de manifestar-se em todas as atitudes. S. Paulo recorda a pureza e a castidade, bem dignas de serem lembradas no meio de um mundo pagão, então como agora. Paulo exorta os Tessalonicenses em vista do futuro: a vontade de Deus é a vossa santificação. A santificação é uma actividade em pleno desenvolvimento, em que concorrem a livre adesão do crente e o seu esforço e a acção do Espírito que plasma a criatura à imagem de Deus. O santo é um homem concreto que acolhe a vontade de Deus, aderindo a ela com todo o seu ser e a sua vida. É algo de concreto, diante do qual o cristão deve fazer opções contra a corrente, guardando o corpo como um dom recebido de Deus, preparando-o para receber a plenitude do Espírito Santo na vida eterna.
A parábola das dez virgens é uma das mais célebres para ensinar a vigilância com que a Igreja espera o seu divino Esposo, Cristo Senhor. Esta parábola inspirou as palavras que são ditas quando se entrega a vela acesa ao que acaba de ser baptizado. Assim ele é convidado a manter-se vigilante até que o Senhor venha e o convite a entrar consigo para o banquete das núpcias eternas. A parábola não há-de ser escutada como aviso assustador, mas antes como convite para a festa nupcial, para as bodas das núpcias do Filho de Deus. A Igreja está toda à espera da vinda de Cristo. Quando se ouvir, no meio da noite, o grito: Aí vem o noivo, ide ao seu encontro, os cristãos hão-de estar prontos, com a lâmpada bem acesa pelo azeite das boas obras realizadas com amor.
Para sermos santos precisamos estar vigilantes: À vigilância opõe-se a negligência ou falta de solicitude devida, que procede de uma certa falta de vontade (S. Tomás). Foi o que aconteceu às virgens insensatas. Estaremos vigilantes se cada dia lutamos por viver bem as pequenas coisas (o azeite); se vivemos a virtude da fortaleza, que se opõe à preguiça e ao desleixo.

Thursday, August 25

Quinta-feira da Semana XXI do Tempo Comum


As notícias trazidas por Timóteo enchem de alegria o coração de Paulo, ao ouvir como os cristãos de Tessalónica se mantêm firmes no Senhor. O Apóstolo, que andava angustiado, recupera a alegria, tal como acontece com um pai, que temendo o pior para os filhos, vem a saber que estão bem. O amor que o anúncio do Evangelho suscitou no coração do Apóstolo é como que uma espada que o atravessa. Anda inquieto, noite e dia, por causa do bem que quer àqueles que a Palavra tinha regenerado para a vida da graça. Mas, agora, põe tudo nas mãos de Deus, dando graças e intercedendo pelos seus amados Tessalonicenses. Essas boas notícias são sempre ocasião de dar graças a Deus, o que significa que, para S. Paulo, é Deus a fonte de todo o bem de que os cristãos dão testemunho. As boas obras dos cristãos são testemunho da santidade de Deus. Mas a graça que o Apóstolo mais deseja ver neles é a caridade.
O final do Evangelho de S. Mateus contém várias parábolas sobre a vigilância. Aquela que hoje se lê dirige-se particularmente aos chefes da comunidade, que hão-de ser fiéis e avisados, mas é igualmente uma prevenção para todos nós, que aguardamos a vinda do Senhor. Este discurso não visa assustar, mas encorajar. Jesus exorta à vigilância: Vigiai!, Estai preparados! O dono deve vigiar a casa, mas também os servos, que são seus amigos e estimam a casa. O servo fiel e prudente faz as vezes de dono da casa e trata bem os seus companheiros. O mau servo aproveita a ausência do dono para desperdiçar os bens e maltratar.
A partir da Ascensão, a vinda de Cristo na glória está iminente... Este advento poderá dar-se em qualquer momento. Na Santa Missa dizemos depois da Consagração: «Anunciamos Senhor a vossa morte... Vinde Senhor Jesus!».
Jesus recomenda-nos: Vigiai. Estamos vigilantes quando nos esforçamos por melhorar a nossa própria vida e a da sociedade em que vivemos; vivendo a nossa profissão, os negócios, o descanso... para com eles alcançarmos a vida eterna; tornando o mundo mais justo, mais humano, mais cristão.

Wednesday, August 24

Lobo Marinho

Lembre-se que o Lobo Marinho é:
 
Um animal selvagem e deve ser tratado como tal, evitando o contacto com este;
Um animal que, por natureza, não é agressivo mas poderá sê-lo ao sentir-se ameaçado;
Um animal de grande porte, existindo uma enorme desproporção entre o seu tamanho e o do Homem;
Um animal curioso que poderá procurar interagir com as pessoas que o rodeiam. Manter a distância e evitar perturbá-lo será o mais adequado.

Fonte: DN Madeira

Pensamento do dia: 24-08-2011

A felicidade é a certeza de que nossa vida não está se passando inutilmente.

Festa de São Bartolomeu, Apóstolo

Desde o princípio da Sua vida pública, Jesus preocupa-se em escolher mestres e chefes para a Sua Igreja. Preparou-os e promete edificar sobre eles a Sua Igreja, dá-lhes poderes especiais e envia-os a anunciar a Boa Nova.
São Bartolomeu - filho de Tholmai - é um dos doze apóstolos, nasceu em Caná. O apóstolo Filipe conduziu-o a Jesus. Diz a tradição que depois da ascensão do Senhor pregou o Evangelho na Índia e aí recebeu a coroa do martírio. Pregou àquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois de ter convertido muitos a Cristo, passou para a Arménia Maior, onde levou a fé cristã ao rei Polímio, a sua esposa e a mais de doze cidades. Essas conversões provocaram uma enorme inveja nos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram obter ordem para tirar a pele de Bartolomeu e depois decapitá-lo.
Também conhecido por Natanael, duvida que Jesus seja o Messias. No entanto, é um homem recto e toda a sua vida está orientada para Deus. Por isso, quando Jesus o chama, através de Filipe, sem dificuldade se entrega ao Senhor, num espírito de fé, que irá crescendo e se irá consolidando perante os sinais realizados por Jesus.
Jesus dá como testemunho acerca de S. Bartolomeu: um verdadeiro israelita no qual não há fingimento. Isto mesmo se deveria dizer de cada um de nós. Mas o ambiente está muito carregado de falsidade e mentira.
Apoiemo-nos em Jesus. Eu sou a Verdade» Vamos ao seu encontro como Bartolomeu. Em Cristo encontraremos a Verdade, bem como nos ensinamentos da Igreja.

Leituras da Festa de São Bartolomeu, Apóstolo

Leitura do Apocalipse de São João (Ap 21, 9b-14) 
O Anjo falou-me, dizendo: «Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro». Transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém, que descia do Céu, da presença de Deus, resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino. Tinha uma grande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze Anjos; tinha também nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos de Israel: três portas ao oriente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas ao ocidente. A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro.

Salmo 144 (145) 
Refrão:
Aqueles que Vos amam, Senhor,
proclamem a glória do vosso reino.

Graças Vos dêem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos;

Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos,
perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 1, 45-51)
Naquele tempo, Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de quem está escrito na Lei de Moisés e nos Profetas. É Jesus de Nazaré, filho de José». Disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?». Filipe respondeu-lhe: «Vem ver». Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem».

Tuesday, August 23

Terça-feira da Semana XXI do Tempo Comum


A pregação do Evangelho ocasionou a S. Paulo sofrimentos e insultos, apesar de ele nunca ter procurado senão pregar a palavra de Deus. Por isso, o vemos hoje a ter de se defender, à custa da entrega de toda a sua vida, das acusações dos seus adversários, lembrando o seu modo de vida durante a sua permanência no meio da comunidade de Tessalónica.
Cada coisa tem o seu valor, que é preciso saber ter em conta para que não se venha a cair no desprezo do que é importante, nem se venha a valorizar, por excesso e má compreensão das situações. A sabedoria verdadeira nos levará a dar a cada coisa o valor que, à luz de Deus, ela merece.
Os fariseus dedicavam mais atenção às aparências e descuidavam o mais importante: a limpeza do coração. É muito importante a limpeza interior, porque os limpos de coração verão a Deus. Pois é do coração do homem que procedem o egoísmo, os maus pensamentos, a cobiça, a inveja, etc. É também necessária esta limpeza para recebermos o Senhor dignamente na Eucaristia.

Monday, August 22

Pensamento do dia: 22-08-2011

A função espiritual do trabalho físico é a contemplação das coisas, a contemplação da natureza.
S. Weil

Provérbio 33

Trovoada de Agosto, abundância de uva e mosto.

Rainha do mundo e da paz

Por isso, durante a sua vida mortal, Ela saboreava antecipadamente as primícias do reino futuro, ora elevando se até Deus em sublime exaltação de espírito, ora descendo ao cuidado do próximo com imensa caridade. Lá do Céu era assistida pelos Anjos; cá na terra era venerada e honrada pelos homens. Lá do Céu, Gabriel e os Anjos prestavam Lhe assistência; na terra, João sentia se feliz por lhe ter sido confiada pelo Senhor, suspenso da cruz, a Virgem Mãe e, juntamente com os Apóstolos, a tomava a seu cuidado. Os Anjos alegravam se por contemplar a sua Rainha; os homens por ver a sua Senhora; e uns e outros a honravam com sentimentos de piedosa devoção.
Situada na altíssima fortaleza das virtudes e enriquecida com o mar inesgotável dos carismas divinos, Ela derramava em abundância sobre o povo crente e sequioso a torrente das suas graças, que superavam as de todas as outras criaturas. Dava saúde aos corpos e remédio às almas e podia ressuscitar da morte corporal e espiritual.

 
Das Homilias de Santo Amadeu de Lausana

Memória Litúrgica da Rainha Virgem Santa Maria

A festa litúrgica da Virgem Santa Maria, foi instituída por Pio XII em 1955. Celebra-se na oitava da Assunção de Nossa Senhora, para manifestar claramente a conexão que existe entre a realeza de Maria e a sua Assunção ao céu.
Pio XII assim fala de Nossa Senhora Rainha: Procurem, pois, acercar-se agora com maior confiança do que antes, todos quantos recorrem ao trono de graça e de misericórdia da Rainha e Mãe Nossa, para implorar auxílio nas adversidades, luz nas trevas, conforto na dor e no pranto... Há, em muitos países da terra, pessoas injustamente perseguidas por causa da sua profissão cristã, e privadas dos direitos humanos e divinos da liberdade... A estes filhos atormentados e inocentes, volva os seus olhos misericordiosos, cuja luz serena as tempestades e dissipa as nuvens, a poderosa Senhora das coisas e dos tempos, que sabe aplacar as violências com o seu pé virginal; e à todos conceda que em breve possam gozar da merecida liberdade... Todo aquele, pois, que honra a Senhora dos celestes e dos mortais, invoque-a como Rainha sempre presente, Medianeira de paz.

Sunday, August 21

Domingo XXI do Tempo Comum


o centro da reflexão que a liturgia do 21º Domingo do Tempo Comum nos propõe, estão dois temas à volta dos quais se constrói e se estrutura toda a existência cristã: Cristo e a Igreja.
O Evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e a acolherem-n’O como “o Messias, Filho de Deus”. Dessa adesão, nasce a Igreja – a comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro. A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves – isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.
A primeira leitura mostra como se deve concretizar o poder “das chaves”. Aquele que detém “as chaves” não pode usar a sua autoridade para concretizar interesses pessoais e para impedir aos seus irmãos o acesso aos bens eternos; mas deve exercer o seu serviço como um pai que procura o bem dos seus filhos, com solicitude, com amor e com justiça.
 A segunda leitura é um convite a contemplar a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus que, de forma misteriosa e às vezes desconcertante, realiza os seus projectos de salvação do homem. Ao homem resta entregar-se confiadamente nas mãos de Deus e deixar que o seu espanto, reconhecimento e adoração se transformem num hino de amor e de louvor ao Deus salvador e libertador.

Friday, August 19

Pensamento do dia: 19-08-2011

A fotografia nunca se revela por inteiro quando você se desmancha por alguém. Essas relações lembram uma foto polaroid: a imagem vai aparecendo aos poucos. Algumas coisas se distanciam do sentimento original, mas isso é a vida.
Mia Farrow

Sexta-feira da Semana XX do Tempo Comum


Rute, estrangeira ao povo de Deus por sua origem, nele entrou pelo casamento com um filho de israelitas enviuvou, mas, depois de enviuvar, não quis voltar para o seu povo de origem, os moabitas, como podia ter feito, mas preferiu voltar com a sogra para a terra desta, Belém. Aí casou de novo com outro israelita, Booz, e assim veio a tornar-se uma das ascendentes do rei David, e, por este, do Messias. A narrativa leva delicadamente o leitor a seguir os passos interiores de Rute, as opções que a levam a partilhar a fé de Noemi e do seu povo. Rute dará uma descendência à família de Elimélec. Esta estrangeira será antepassada de David, porque o seu filho, Obed será pai de Jessé, pai de David. Rute causa-nos admiração pela sua dignidade como pessoa, mas também pelo seu amor para com Noemi. É também sinal do amor universal de Deus, que todos envolve na realização do seu projecto de salvação.
No Evangelho, os fariseus, doutos e observantes, perguntam qual é o maior mandamento da Lei. Perdidos nas leis queriam saber qual o princípio supremo que tudo justifica e unifica. Mas eram movidos por uma intenção que não era recta: interrogaram Jesus para o embaraçar. Tinham resumido as muitas leis da Tora em 613 preceitos, 365 proibições e 248 mandamentos positivos. Mas, fazia sentido procurar saber qual é o maior mandamento da Lei. Na sua resposta, Jesus prefere ir à essência da Lei, orientando para o princípio que a inspira e para a disposição interior com que deve ser observada: o amor, na sua dupla vertente para com Deus e para com o próximo. Jesus refere-se à totalidade, a intensidade e a autenticidade do amor a Deus: com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Ao lado do amor a Deus, e ao mesmo nível, Jesus coloca o amor ao próximo. Não se podem separar as duas dimensões do mandamento que sintetiza toda a Lei e os Profetas.

Thursday, August 18

Quinta-feira da Semana XX do Tempo Comum


A 1º leitura mostra uma determinada maneira de encarar os conceitos religiosos em tempos ainda muito primitivos, mas que o Evangelho viria a esclarecer e a espiritualizar. Deus nunca exigiu sacrifícios humanos, que estiveram, no entanto, em uso entre os povos vizinhos do povo de Deus. Deus escolheu, como Juiz-libertador, Jefté, filho de uma prostitua, chefe de um grupo de aventureiros. O voto, feito ao Senhor por Jefté, e que o leva a sacrificar a filha, desconcerta-nos. A Lei proibia sacrifícios humanos, mas a contaminação com costumes dos pagãos, com quem Israel convivia, levaram Jefté a este acto horrível. Ainda havia muito caminho a fazer, até que o povo de Deus se libertasse de formas de religiosidade perigosas e equívocas, que não respeitavam a pessoa humana nem a relação com o Deus da aliança do Sinai.
As núpcias são uma das imagens simbólicas para significar a união feliz de Deus com o seu povo, sobretudo em Jesus Cristo, que é chamado o Esposo, bem como a Igreja é chamada a Esposa. O convite para as bodas, e consequentemente o convite para entrar na Igreja de Cristo, a sua Esposa, é dirigido a todos os homens. Esta parábola mostra a generosidade de Deus que a todos convida, mas também a necessidade de responder ao convite de Deus e de tomar parte no seu banquete. Jesus compara o reino de Deus exactamente a um banquete de núpcias. Mais ainda, compara-o ao banquete que um rei preparou para o casamento do seu filho. Era de esperar uma enorme e bem sucedida festa. Mas os convidados recusam participar. Na perspectiva teológica de Mateus, esta parábola refere-se a Israel, desde os seus princípios até à vinda do Messias. Foi sempre um povo rebelde, e acabou por recusar o Messias, com os seus dons. Os novos comensais formam o novo Israel, a Igreja, santa, mas sempre carecida de conversão, e que precisa sempre de estar atenta para conservar a veste nupcial. Esta parábola ensina-nos que o convite para a festa do banquete é uma graça, um dom que envolve e compromete seriamente toda a nossa vida, que a faz nova.

Wednesday, August 17

Pensamento do dia: 17-08-2011

A fortuna faz amigos. A desgraça vem provar se eles realmente existem.

Faial


A freguesia do Faial teve a sua origem numa fazenda existente no local, constituindo esses os primeiros terrenos povoados na parte norte da ilha da Madeira. Foi Lançarote Teixeira, quarto filho de Tristão Vaz, primeiro donatário de Machico, quem tomou para si as terras onde hoje existe a freguesia do Faial. Foi a partir de uma capela dedicada à Natividade da Virgem, também referida como Nossa Senhora do Faial, com capelão desde 1531, que viria a surgir a igreja. Um alvará régio de 20 de Fevereiro de 1550 institui a freguesia do Faial. A igreja, que ficou pronta em 1875, sofreu um incêndio a 12 de Setembro de 1960, ocorrido pouco antes das 22 horas, ficando o edifício destruído quase na totalidade.
O nome 'Faial' deriva do facto de nessa localidade existir muita faia, família de plantas cuja tipo é a mírica. A exemplo do que sucede com a ilha açoriana do Faial. De notar que na freguesia de Santa Maria Maior (Funchal) existe, também, um sítio chamado Faial.


Fonte: DN Madeira 

Quarta-feira da Semana XX do Tempo Comum


Esta fábula, que apresenta aqui as árvores a falar, chama-se um apólogo e é raro na Bíblia, embora frequente noutros países antigos. Aqui vem a propósito num momento de sucessão difícil, talvez mesmo a prevenir contra o regime da realeza, concretamente neste momento da história de Israel. Gedeão, convidado a tornar-se rei, responde: Não reinarei sobre vós, nem eu nem meu filho; o Senhor é que será vosso rei. Temia-se que interpondo uma figura humana, um rei, entre Javé e o povo, resfriasse a fidelidade de Israel para com Deus. Foi o que aconteceu, quando se estabeleceu a monarquia em Israel. Só o senhorio de Deus garante plena dignidade e satisfaz os desejos de paz e de liberdade do seu povo.
Na parábola do Evangelho, Jesus quer fazer-nos compreender que a bondade de Deus ultrapassa muito os critérios humanos. Os trabalhadores da última hora receberam tanto como os da primeira. Estes, porém, não foram tratados com injustiça: receberam o que tinha sido ajustado. Mas a parábola tem certamente alcance mais vasto: a Igreja dos pagãos, chegados no fim dos judeus, e que foram igualmente acolhidos por misericórdia!
Esta parábola contada por Jesus é um aviso ao povo de Israel para que se alegre com o surpreendente uso que o Senhor faz da liberdade em relação aos pagãos, aos pecadores. Mas é também um aviso a nós, cristãos de hoje, para que nos convertamos aos critérios de Deus. Não são os ricos e poderosos que entram, ou têm precedência no reino de Deus, mas os pobres e fracos. O reino de Deus não se conquista por méritos próprios, mas é um dom gratuito, a acolher com humildade e gratidão. É pedido a todos que se desembaracem da própria justiça, baseada em cálculos exactos, para usufruir da bondade infinita de Deus e da superabundância da sua graça.

Tuesday, August 16

Terça-feira da Semana XX do Tempo Comum


De origem modesta, Gedeão é chamado por Deus para salvar o seu povo. É sempre Deus quem salva; basta-Lhe que os que Ele envia sejam dóceis à sua voz. De facto, a força do homem está na força de Deus, quando ele se sabe colocar nas suas mãos.
O Senhor não condena nem os ricos nem as riquezas; mas adverte os seus discípulos do perigo que correm, se lhes entregarem o coração. Em contrapartida, a atitude desprendida de Pedro e dos outros Apóstolos é caminho certo para entrar no reino de Deus. O mundo novo que o Filho de Deus nos revelou na sua morte e ressurreição inaugurou a regeneração do Universo, em que tudo é julgado por outros critérios.

Saturday, August 13

Domingo XX do Tempo Comum


A liturgia do 20º Domingo do Tempo Comum reflecte sobre a universalidade da salvação. Deus ama cada um dos seus filhos e a todos convida para o banquete do Reino.
Na primeira leitura, Jahwéh garante ao seu Povo a chegada de uma nova era, na qual se vai revelar plenamente a salvação de Deus. No entanto, essa salvação não se destina apenas a Israel: destina-se a todos os homens e mulheres que aceitarem o convite para integrar a comunidade do Povo de Deus.
O Evangelho apresenta a realização da profecia do Trito-Isaías, apresentada na primeira leitura deste domingo. Jesus, depois de constatar como os fariseus e os doutores da Lei recusam a sua proposta do Reino, entra numa região pagã e demonstra como os pagãos são dignos de acolher o dom de Deus. Face à grandeza da fé da mulher cananeia, Jesus oferece-lhe essa salvação que Deus prometeu derramar sobre todos os homens e mulheres, sem excepção.
A segunda leitura sugere que a misericórdia de Deus se derrama sobre todos os seus filhos, mesmo sobre aqueles que, como Israel, rejeitam as suas propostas. Deus respeita sempre as opções dos homens; mas não desiste de propor, em todos os momentos e a todos os seus filhos, oportunidades novas de acolher essa salvação que Ele quer oferecer.

Pensamento do dia: 13-08-2011

A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que percorremos para a encontrar.

Friday, August 12

Sexta-feira da Semana XIX do Tempo Comum


Uma vez chegado à Terra Prometida, Josué, numa grande assembleia, recorda ao povo as grandes maravilhas que Deus tinha feito em seu favor, para que ele se lembre delas, as reconheça, louve a Deus por todas elas e Lhe seja fiel. Os acontecimentos que ouvimos ler na história da salvação querem fazer-nos tomar consciência de tudo o que Deus, através de todos os tempos, tem feito ao seu povo para o conduzir pelo caminho da salvação, e despertar em nós o espírito de louvor e de acção de graças. Essa história começa com os antepassados e chega ao momento presente, em que se vêem realizadas as promessas que foram feitas a ele, o amigo de Deus, o pai na fé. Recordam os grandes pais e patriarcas na da história do povo: Abraão, Isaac, Jacob e os seus filhos que desceram ao Egipto. Depois lembra-se a libertação miraculosa do Egipto, como evento chave da história de Deus com o seu povo, a entrada na terra prometida e as dificuldades ultrapassadas contra os habitantes de Canaã. Em tudo, o povo deve dar-se conta do amor de predilecção gratuito por parte de Deus.
Jesus afirma a indissolubilidade do matrimónio e exalta o celibato escolhido por amor do reino de Deus e que é dom do mesmo Deus. O campo onde tão frequentemente se afirma o egoísmo humano, o das opções do coração, é também aquele onde mais se hão-de mostrar as atitudes da fé e do verdadeiro amor, que vencerá toda a espécie de divórcios. A questão posta a Jesus pelos fariseus é uma cilada: querem obrigá-lo a tomar posição por uma corrente. Mas Jesus esquiva-se declarando-se contrário ao divórcio. Justifica a sua posição com dois textos da Escritura: Deus quer que marido e mulher permaneçam unidos como uma só carne e não separe o homem o que Deus uniu, mesmo que seja Moisés. O matrimónio é um contrato entre duas pessoas mas implica a vontade de Deus inscrita na complementaridade dos sexos.
Jesus afirma também que só a responsabilidade pela difusão do Reino dos céus torna louvável a renúncia ao matrimónio, mas nem todos compreenderão as palavras de Jesus. Hão-de compreendê-las aqueles a quem isso é dado.

Thursday, August 11

Pensamento do dia: 11-08-2011

A felicidade não está em viver, mas em saber viver. Não vive mais o que mais vive, mas o que melhor vive, porque a vida não mede o tempo, mas o emprego que dela fazemos.
Diogo de Saavedra Fajardo

Auguio

É uma palavra usada na Madeira que significa: chuva abundante

Quinta-feira da Semana XIX do Tempo Comum


Desaparecido Moisés, Deus continua presente no meio do seu povo, prosseguindo a obra da salvação, agora com um novo líder, Josué, que introduz o povo na terra da promessa. Quando o povo de Deus, que vinha do Egipto a caminho da Terra Prometida, encontrou o rio Jordão, que era preciso atravessar, repetiu-se o mesmo prodígio que já tinha acontecido quando o povo teve de atravessar o Mar Vermelho; foi mais um sinal de que Deus estava com eles e os conduzia naquela viagem de salvação. A arca da aliança, que os sacerdotes transportavam, era o sinal da presença de Deus a guiar o seu povo.
O perdão é das atitudes mais significativas do cristianismo. O discípulo de Jesus Cristo deve imitar, em relação aos outros homens, o que Deus faz em relação a cada um de nós. E tanto mais quanto não há proporção entre o que os outros possam ter de culpa em relação a nós e o que nós temos em relação a Deus. Pedro queria saber qual era o seu tarifário e a resposta de Jesus é dada na parábola, que liberta o perdão de qualquer tarifa, para fazer dele o sinal da presença do Reino na terra. A desproporção entre os dez mil talentos e os cem denários realça as diferenças entre as concepções humanas e divinas da dívida e da justiça. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração. Deus perdoa-nos se também nós soubermos perdoar e enquanto a nossa capacidade de misericórdia é limitada, a de Deus é infinita daí que seja necessário aproximar da misericórdia de Deus a nossa misericórdia para com os irmãos, porque Ele é generoso connosco.
É inevitável que, no nosso dia, apareçam pequenos conflitos: na vida familiar, no relacionamento com os amigos, etc. O Senhor pede-nos que procuremos perdoar do íntimo do coração.
O amor ao próximo consiste precisamente no facto de que amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem sequer conheço… Aprendo a ver aquela pessoa já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Cristo. O seu amigo é meu amigo. (Deus é amor, 18)

Wednesday, August 10

Pensamento do dia: 10-08-2011

A felicidade está na união de todos, quando descobriremos que o nosso planeta é nosso lar.

Cuidados a ter na serra

Hoje temos uma crónica diferente desta Pérola do Atlântico que é a Madeira. Peço a vossa atenção par alguns cuidados a ter nas nossas idas à serra, principalmente neste tempo mais quente e convidativo a ir ao natural da Criação.

Higiene e Segurança Pessoal
 Se pretende passar o dia na serra, tem de levar um vestuário confortável, bem como calçado adequado. No Verão, não esquecer o casaco, porque nas serras da Madeira a temperatura costuma mudar de forma repentina.
Apesar de estar a quilómetros do mar, a exposição solar na serra deve ser também protegida com a aplicação de protectores, principalmente nas partes do corpo mais expostas, como a face e braços. Devem ser utilizados também chapéus e sombras.
Nas caminhadas a pé, convém que sejam feitas em grupo, para o caso de haver um precalço, como uma entorse, e assim há pessoas que podem prestar auxílio e outros efectuarem o alerta. Se não for adepto de grupos grandes, o ideal é de cerca de seis pessoas.
Procure não colocar a sua integridade física em risco não se colocando desnecessariamente em zonas de abismo ou áreas que evidenciem riscos para os caminhantes.
Um outro cuidado que as pessoas que fazem longas caminhadas devem ter é o de desligar o telemóvel, para que quando precisarem do aparelho terem a garantia de possuir bateria.

Conservação da natureza
Acima de tudo, é preciso preservar a floresta, não deitando qualquer tipo de lixo. Além disso, se encontrar despojos nas serras, convém que recolham ou então contactem a polícia florestal.
Não acenda fogueiras fora dos sítios apropriados, porque está sujeito a uma intervenção das autoridades e será autuado.
Mesmo nos locais indicados para acedender uma fogueira, há que ter cuidado, especialmente se nesse dia estiver vento e temperaturas anormalmente altas. Para não correr risco, nestes dias o melhor mesmo é levar o farnel de casa.
Além disso, as recomendações dos guardas florestais devem ser seguidas e na serra a população deve também participar de forma cívica na conservação destes espaços verdes de uso múltiplo, como são os parques de merendas.

São Lourenço

Era diácono da Igreja Romana e morreu mártir na perseguição de Valeriano, quatro dias depois do papa Sisto II e seus companheiros, os quatro diáconos romanos. Como diácono, São Lourenço tinha o encargo de assistir o papa nas celebrações; administrava os bens da Igreja, dirigia a construção dos cemitérios, olhava pelos necessitados, pelos órfãos e viúvas. O seu sepulcro encontra se junto à Via Tiburtina, no Campo Verano. Constantino Magno erigiu uma basílica naquele lugar. O seu culto difundiu-se na Igreja no século IV.
Preso, foi intimado a comparecer diante do prefeito Cornelius Saecularis, a fim de prestar contas dos bens e das riquezas que a Igreja possuía. Pediu um prazo para fazê-lo, dizendo que tudo entregaria. Confessou que a Igreja era muito rica e que a sua riqueza ultrapassava a do imperador. Foram-lhe concedidos três dias. São Lourenço reuniu os cegos, os coxos, os aleijados, toda sorte de enfermos, crianças e velhos. Anotou-lhes os nomes... Indignado, o governador concedeu-o a um suplício cruel: amarrado sobre uma grelha, foi assado vivo e lentamente. No meio dos tormentos mais atrozes, ele conservou o seu bom humor cristão. Dizia ao carrasco: "Vira-me, que deste lado já está bem assado... Agora está bom, está bem assado. Podes comer!..."

Tuesday, August 9

Pensamento do dia: 09-08-2011

A felicidade é uma palavra de dez letras. A minha resume-se em quatro: você.

Adivinha 25

O que é que nasce grande e morre pequeno?

Para os que crêem no Crucificado abre-se a porta da vida

Cristo tomou sobre Si o jugo da Lei, cumprindo plenamente a Lei e morrendo pela Lei e através da Lei. Assim libertou da Lei aqueles que querem receber d’Ele a vida. Mas eles sabem que só poderão recebê-la se ofereceram a sua própria vida. Porque os que foram baptizados em Cristo foram baptizados na sua morte. Submergiram-se na via de Cristo, para se tornarem membros do seu Corpo, destinados a sofrer e morrer com Ele, mas também a ressuscitar com Ele para a vida eterna, a vida divina.
Para nós, evidentemente, esta vida atingirá a sua plenitude no Dia do Senhor. Contudo, já desde agora – «na carne» – participamos da sua vida quando acreditamos: acreditamos que Cristo morreu por nós para nos dar a sua vida. É esta fé que nos permite ser uma só realidade com Ele, como os membros com a cabeça, e nos abre a torrente da sua vida. Assim, esta fé no Crucificado – a fé viva, que está associada ao vínculo do amor – constitui para nós a entrada na vida e o princípio da futura glorificação. Por isso a cruz é o nosso único título de glória: Longe de mim gloriar-me, senão na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Quem decidiu aderir a Cristo morreu para o mundo e o mundo para ele. Leva no seu corpo os estigmas do Senhor. É débil e desprezado perante os homens; mas por isso mesmo é forte, porque na fraqueza se manifesta o poder de Deus.
Tendo consciência disto, o discípulo de Jesus aceita não somente a cruz que lhe é imposta, mas crucifica-se a si mesmo: Os que são de Cristo crucificaram a sua carne com as suas paixões e concupiscências. Suportaram um combate implacável contra a sua natureza, a fim de que morra neles a vida do pecado e dê lugar à vida do espírito. Porque é esta que importa.
Contudo a cruz não é um fim em si mesma: ela eleva nos para as alturas e revela-nos as realidades superiores. Por isso ela não é somente um símbolo; ela é a arma poderosa de Cristo; é o cajado de pastor com que o divino David sai ao encontro do David infernal e com o qual bate fortemente à porta do Céu e a abre. Então brotam as torrentes da luz divina que envolvem todos aqueles que seguem o Crucificado.


Do livro A ciência da cruz de Santa Teresa Benedita da Cruz, Edith Steins Werke, ed. L. Gelber - R. Leuven, T. I, Freiburg 1983, pp. 15-16

Santa Teresa Benedita da Cruz

Celebramos hoje a Festa de uma das Padroeiras da Europa, S. Teresa Benedita da Cruz. O seu nome era Edith Stein, filha de pais judaicos, nasceu em Breslau no dia 12 de Outubro de 1891. Tendo-se dedicado aos estudos filosóficos, empenhou-se perseverantemente na procura da verdade, até que encontrou a fé em Deus e se converteu à Igreja Católica. Foi baptizada no dia 1 de Janeiro de 1922. Desde então serviu a Deus na função de professora e escritora. Agregada às irmãs carmelitas em 1933 com o nome Teresa Benedita da Cruz por ela escolhida, dedicou a sua vida ao serviço do povo judaico e do povo alemão. Deixando a Alemanha por causa da perseguição aos Judeus, foi recebida a 31 de Dezembro de 1938 no convento das carmelitas de Echt (Holanda). No dia 2 de Agosto de 1942 foi presa pelas autoridades que exerciam o poder aterrador na Alemanha e enviada para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau (Polónia), destinado ao genocídio do povo judaico. Aí foi cruelmente morta no dia 9 de Agosto.

Monday, August 8

São Domingos

São Domingos nasceu em Caleruega, em Castela-a-Velha (Itália), no ano de 1170. De família nobre, e de belo rosto, acostumou-se desde jovem a duras penitências. De caráter metódico e firmíssimo, deu grande importância aos estudos, como premissa indispensável ao dever apologético dos frades pregadores. Aos 14 anos de idade, foi enviado para Palência, onde estudou filosofia e teologia. Como sacerdote e cônego de Osma distinguiu-se pela rectidão, zelo, pontualidade nas funções e espírito de sacrifício. Pregou com êxito contra os hereges albigenses, que defendiam a existência de dois princípios, de duas divindades: o Bem e o Mal.
Estudo e pobreza são os dois pontos principais da Ordem dominicana, o programa de vida dos frades mendicantes que vestem o hábito de São Domingos, contemporâneo de outro grande e amado santo fundador, São Francisco de Assis.
São Domingos morreu em Bolonha no dia seis de Agosto do ano 1221 e foi proclamado santo, 13 anos após a morte, em 1234.

Segunda-feira da Semana XIX do Tempo Comum


No texto do Deuteronómio, escutamos o discurso de Moisés aos Israelitas em que incita o povo à fidelidade ao Senhor. Começa por apelar o povo a amar e servir a Deus com todo o coração e com toda a alma, observando os mandamentos. Depois de uma série de títulos teológicos de Deus, afirma-se o seu amor universal, especialmente para com os humildes e carenciados: órfão, viúva e estrangeiro. O modo de ser e de actuar de Deus indica o modo de ser e de actuar do seu povo, que deve ter sempre bem presente tudo quanto por ele fez o Senhor.
A circuncisão do coração é a expressão bíblica para designar a purificação interior que se manifesta no amor de Deus e do próximo. Os judeus recebiam a circuncisão no seu corpo; no cristão, a ela corresponde, o Baptismo que o torna participante da morte e ressurreição de Jesus e membro do povo de Deus e do Corpo de que Cristo é a Cabeça. O essencial é ter um coração dócil e sensível ao amor do Senhor, estar sempre pronto a louvá-lo e a usar de misericórdia para com os carenciados, como Ele a usa para connosco.
O Evangelho começa por anunciar a paixão que paira sobre Ele como algo próximo e inevitável bem como coma Sua Ressurreição. Jesus nunca separa uma da outra, porque o mistério pascal da nossa salvação é a passagem da morte à vida, deste mundo para o Pai, pela Cruz. Fala de Si como Filho do homem, representante do povo dos santos que há-de receber todo o poder. A paixão torna-se entrega nas mãos do Pai, manifestação da sua glorificação.
No episódio do pagamento do imposto para o templo, Jesus, ao afirmar que os filhos estão isentos, declara-Se Senhor do templo como Filho de Deus que é, e para evitar um possível escândalo, encarrega Pedro de o pagar.
As nossas capacidades hão-de servir, não para obtermos vantagens mais ou menos lícitas, mas para ajudar aqueles que precisam. Em tudo havemos de procurar que os outros possam descobrir a bondade e a generosidade de Deus. Lembremos que amar não é só partilhar os nossos bens, o nosso tempo, a nossa cultura, as nossas capacidades mas é revelação e partilha de nós mesmos.
 

Sunday, August 7

Pensamento do dia: 07-08-2011

A felicidade é um hóspede discreto do qual só se constata que ele existe quando está de partida.

Domingo XIX do Tempo Comum


A liturgia do 19º Domingo do Tempo Comum tem como tema fundamental a revelação de Deus. Fala-nos de um Deus apostado em percorrer, de braço dado com os homens, os caminhos da história.
A primeira leitura convida os crentes a regressarem às origens da sua fé e do seu compromisso, a fazerem uma peregrinação ao encontro do Deus da comunhão e da Aliança; e garante que o crente não encontra esse Deus nas manifestações espectaculares, mas na humildade, na simplicidade, na interioridade.
O Evangelho apresenta-nos uma reflexão sobre a caminhada histórica dos discípulos, enviados à “outra margem” a propor aos homens o banquete do Reino. Nessa “viagem”, a comunidade do Reino não está sozinha, à mercê das forças da morte: em Jesus, o Deus do amor e da comunhão vem ao encontro dos discípulos, estende-lhes a mão, dá-lhes a força para vencer a adversidade, a desilusão, a hostilidade do mundo. Os discípulos são convidados a reconhecê-l’O, a acolhê-l’O e a aceitá-l’O como “o Senhor”.
A segunda leitura sugere que esse Deus, apostado em vir ao encontro dos homens e em revelar-lhes o seu rosto de amor e de bondade, tem uma proposta de salvação que oferece a todos. Convida-nos a estarmos atentos às manifestações desse Deus e a não perdermos as oportunidades de salvação que Ele nos oferece.

Saturday, August 6

Pensamento do dia: 06-08-2011

A felicidade de quem ama é revelar-se progressivamente à amada.

Festa da Transfiguração do Senhor

A festa da Transfiguração, celebrada no Oriente desde o século V e no Ocidente a partir de 1457, faz-nos reviver um acontecimento importante da vida de Jesus, com reflexos na nossa vida.
Situada antes do anúncio da Paixão e da Morte, a Transfiguração foi uma manifestação da vida divina, que está em Jesus. A luz do Tabor é, porém, uma antecipação do esplendor, que encherá a noite da Páscoa. Por isso, os Apóstolos, contemplando a glória divina na Pessoa de Jesus, ficaram preparados para os dolorosos acontecimentos, que iriam pôr à prova a sua fé. Vendo Jesus na Sua condição de servo, já não poderão esquecer a Sua condição divina.
Anúncio da Páscoa, a Transfiguração encerra também uma promessa – a da nossa transfiguração. Jesus, com efeito, fez transparecer na Sua Humanidade a glória de que resplandecerá o seu Corpo Místico, a Igreja, na Sua vinda final.
A nossa vida cristã é, pois, um processo de lenta transformação em Cristo. Iniciado no nosso Baptismo, completa-se na Eucaristia, «penhor da futura glória», que opera a nossa transformação, até atingirmos a imagem de Cristo glorioso.

Leituras da Festa da Transfiguração do Senhor

Leitura da Profecia de Daniel (Dan 7, 9-10.13-14) 
Estava eu a olhar,
quando foram colocados tronos
e um Ancião sentou-se.
As suas vestes eram brancas como a neve
e os cabelos como a lã pura.
O seu trono eram chamas de fogo,
com rodas de lume vivo.
Um rio de fogo corria, irrompendo diante dele.
Milhares de milhares o serviam
e miríades de miríades o assistiam.
O tribunal abriu a sessão
e os livros foram abertos.
Contemplava eu as visões da noite,
quando, sobre as nuvens do céu,
veio alguém semelhante a um filho do homem.
Dirigiu-Se para o Ancião venerável
e conduziram-no à sua presença.
Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza,
e todos os povos e nações O serviram.
O seu poder é eterno, que nunca passará,
e o seu reino jamais será destruído.


Salmo 96 (97)
Refrão: O Senhor é rei, o Altíssimo sobre toda a terra.

O Senhor é rei: exulte a terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor, nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono.

Derretem-se os montes como cera
diante do senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória.

Vós, Senhor, sois o Altíssimo sobre toda a terra,
estais acima de todos os deuses.
Alegrai-vos, ó justos, no Senhor
e louvai o seu nome santo.
 

Leitura da Segunda Epístola de São Pedro (2 Pedro 1, 16-19) 
Caríssimos:
Não foi seguindo fábulas ilusórias
que vos fizemos conhecer o poder e a vinda
de Nosso Senhor Jesus Cristo,
mas por termos sido testemunhas oculares da sua majestade.
Porque Ele recebeu de Deus Pai honra e glória,
quando da sublime glória de Deus veio esta voz:
«Este é o meu Filho muito amado,
em quem pus toda a minha complacência».
Nós ouvimos esta voz vinda do céu,
quando estávamos com Ele no monte santo.
Assim temos bem confirmada a palavra dos Profetas,
à qual fazeis bem em prestar atenção,
como a uma lâmpada que brilha em lugar escuro,
até que desponte o dia
e nasça em vossos corações a estrela da manhã.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 17, 1-9) 
Naquele tempo,
Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão
e levou-os, em particular, a um alto monte
e transfigurou-Se diante deles:
o seu rosto ficou resplandecente como o sol
e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele.
Pedro disse a Jesus:
«Senhor, como é bom estarmos aqui!
Se quiseres, farei aqui três tendas:
uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias».
Ainda ele falava,
quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra
e da nuvem uma voz dizia:
«Este é o meu Filho muito amado,
no qual pus toda a minha complacência.
Escutai-O».
Ao ouvirem estas palavras,
os discípulos caíram de rosto por terra e assustaram-se muito.
Então Jesus aproximou-se e, tocando-os, disse:
«Levantai-vos e não temais».
Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus.
Ao descerem do monte, Jesus deu-lhes esta ordem:
«Não conteis a ninguém esta visão,
até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».

Friday, August 5

Sexta-feira da Semana XVIII do tempo Comum


Deuteronómio significa “Segunda Lei” e todo este livro está imaginado como um longo discurso, posto na boca de Moisés, apelando para à fidelidade à Lei, como expressão da vontade de Deus. A passagem de hoje chama a atenção para a graça extraordinária de pertencer ao povo de Deus, tendo o Senhor tão próximo como nunca nenhum outro povo O pôde sentir. É o discurso da memória. O povo deve recordar e transmitir tudo quanto viu e ouviu, deve ser testemunha viva de quanto Deus fez por ele. Moisés recorda as maravilhas da criação. O povo escutou a voz de Deus no fogo, viu com os seus próprios olhos a predilecção de Deus que o escolheu e o libertou do Egipto com braço forte, no meio de sinais e prodígios. Este Deus, poderoso e libertador, educa com a sua palavra, é um Deus cheio de amor de predilecção por Israel, é um Deus fiel à sua promessa. O povo deve corresponder com a sua fidelidade a Deus, que é único; deve observar os seus mandamentos; deve transmitir a memória das maravilhas de Deus. A fidelidade ao Senhor pode resumir-se a recordar, celebrar, viver, três atitudes fundamentais na espiritualidade do Antigo Testamento.
Depois de lhes anunciar a sua Paixão, Jesus ensina aos seus que é preciso segui-l’O também no sofrimento e na morte. Mas Ele virá e também os fará depois participantes na sua glória de Ressuscitado. Para salvar a vida, o homem dará tudo o mais, porque nada ganhará quem vier a perder a vida. A sorte dos discípulos não será diferente da do Mestre e a escala de prioridades e valores é definida pela relação com Jesus. O discípulo experimentará o paradoxo de perder para encontrar, de morrer para viver e as suas obras hão-de manifestar a opção por Jesus como centro da existência.
A fé no único Deus leva-nos a utilizar todas as coisas para nos aproximarmos d’Ele e a rejeitar o que d’Ele nos afastar. Meu Senhor e meu Deus, tira-me tudo o que me afastar de ti. Meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo o que me aproximar de ti. Meu Senhor e meu Deus, desapega-me de mim mesmo, para que eu me dê todo a ti (S. Nicolau de Flue). 

Thursday, August 4

São João Maria Vianney, o Cura d'Ars

Conhecido também como Cura D´Ars, S. João Maria Vianney nasceu em Dardilly, na França, em 1786. Era um camponês de mente rude e tinha poucos dotes pessoais. Os seus mestres de seminário ficavam muito desanimados com o seu péssimo desempenho mental. Mas devido ao modelo de piedade que era, o Vigário geral resolveu aprová-lo e deixar que a providência se encarregasse do resto. Depois de superar muitas dificuldades, pôde ser ordenado sacerdote. Porém havia uma condição: não poderia confessar por julgarem-no incapaz de guiar as consciências. Tendo-lhe sido confiada a paróquia de Ars, promoveu nela admiravelmente a vida cristã, por meio duma eficaz pregação, com a mortificação, a oração e a caridade. Revelou especiais qualidades na administração do sacramento da Penitência e na direcção espiritual e por isso acorriam fiéis de todas as partes para escutar os seus santos conselhos. Morreu em 1859.

Da Catequese do Cura d’Ars: Belo dever do homem: Orar e amar
O tesouro do homem cristão não está na terra, mas no Céu. Por isso, o nosso pensamento deve voltar-se para onde está o nosso tesouro. O homem tem este belo dever e obrigação: orar e amar. Se orais e amais, tendes a felicidade do homem sobre a terra. A oração não é outra coisa senão a união com Deus. Nesta íntima união, Deus e a alma são como dois pedaços de cera, fundidos num só, de tal modo que ninguém mais os pode separar. É uma felicidade que supera toda a compreensão. Nós tornámo-nos indignos de orar; mas Deus, na sua bondade, permite-nos falar com Ele. A nossa oração é o incenso que mais Lhe agrada. Meus filhos, o vosso coração é pequeno, mas a oração dilata-o e torna-o capaz de amar a Deus. A oração faz-nos saborear antecipadamente a suavidade do Céu, é como se alguma coisa do Paraíso descesse até nós. Outro benefício nos traz a oração: o tempo passa depressa e com tanto prazer que não se sente a sua duração. Nós, pelo contrário, quantas vezes vimos para a igreja sem saber o que havemos de fazer ou que pedir! No entanto, sempre que vamos ter com algum homem, sabemos perfeitamente o motivo por que vamos. Mais: há pessoas que parecem falar a Deus deste modo: «Só tenho a dizer-Vos duas palavras para ficar despachado...». Muitas vezes penso: Quando vimos para adorar a Deus, conseguiríamos tudo o que pedimos se pedíssemos com fé viva e coração puro.

Leituras da Memória de São João Maria Vianney

Leitura da Profecia de Ezequiel (Ez 3, 16-21)O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, fiz de ti uma sentinela para a casa de Israel: quando ouvires uma palavra da minha boca, tu os advertirás da minha parte. Se Eu mandar dizer ao pecador: ‘Vais morrer’, e tu não o advertires, se não lhe falares para o desviar do seu mau caminho e assim lhe salvar a vida, ele morrerá devido aos seus pecados, mas Eu pedir-te-ei contas da sua morte. Se tu, porém, advertires o pecador e ele não se afastar da impiedade e do mau caminho, ele morrerá devido aos seus pecados, mas tu salvarás a tua vida. E se o justo se afastar da sua justiça e praticar o mal, Eu o farei tropeçar e morrerá. Se tu não o advertiste, então ele morrerá devido aos seus pecados, sem que se tenham em conta as boas obras que tenha praticado. Mas Eu pedir-te-ei contas da sua morte. Se tu, porém, avisares o justo para que não peque e ele de facto não pecar, decerto viverá porque deu ouvidos à advertência e tu salvarás a tua vida».

Salmo 116 (117)
Refrão:
Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho.

Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.

É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 9, 35 - 10, 1)
Naquele tempo, Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara». Depois chamou a Si os seus Doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades.

Wednesday, August 3

Beco do Pintor

Augusto Cândido da Silva, pintor de profissão, vivia neste acesso, localizado junto à Calçada da Caboqueira.
A 12 de Maio de 1893, por Decreto de Sua Majestade, e atendendo ao importante acto de abnegação e filantropia que praticou, com risco de vida, por ocasião de um desmoronamento parcial de um prédio na Rua da Queimada de Cima, salvando um dos habitantes, este homem foi distinguido. A sua família ainda possui exemplares deste documento e guarda fotos deste homem que, posteriormente, veio a dar nome ao beco onde viveu.
Na altura “Sua Majestade, El Rei” orndenou às autoridades e mais pessoas a quem o conhecimento deste diploma pertencer, que o cumpram e guardem o que nele se contém, permittindo ao agraciado, usar livremente da referida medalha de dinsticção. Não pagou direitos de Mercê, nem imposto de selo e emolumentos por não os dever, diz a distinção assinada no Paço das Necessidades a 25 de Maio de 1893.
Diz-se que o nome atribuído ao referido acesso é uma homenagem ao homem que salvou um habitante num desmoronamento da Rua da Queimada. No mesmo dia e pelas mesmas razões, foi homenageado Alfredo César de Oliveira, empregado da secretaria da Câmara Municipal do Funchal, que também salvou uma outra vítima do mesmo desmoronamento.
O documento em causa e o facto de a Câmara Municipal do Funchal ter vindo a recuperar todos os nomes antigos das ruas e sítios da capital da Madeira, levam a crer que o homem que recebeu a distinção e prémio filantropia e generosidade é o mesmo que deu o nome ao beco do Pintor na Calçada da Caboqueira.

Fontes: Jornal da Madeira 

Quarta-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


Antes de o povo entrar na terra Prometida, foi enviado, à sua frente, um grupo de exploradores, para observar o país aonde Deus os conduzia. As notícias não agradaram, e logo começou a murmuração contra Deus e contra Moisés; em consequência, foram consumidos no deserto e nele morreram. Há quatro momentos: o envio por Moisés dos exploradores à terra prometida e a respectiva exploração, o regresso dos exploradores com os frutos e a narração do que viram; o medo entre o povo, provocado pelos exageros da narração; as lamentações do mesmo povo e o reacender das saudades do Egipto, indicativos da falta de confiança em Deus e nas suas promessas. Moisés mantém-se fiel ao Senhor, aponta ao povo a terra prometida e os seus frutos.
A mãe do jovem doente era pagã. No plano de Deus, a missão histórica de Jesus confinar-se-ia ao seu povo; os pagãos seriam objecto da evangelização feita no futuro pelos Apóstolos. Mas a presença de Jesus despertou a fé desta pagã, e a fé da pagã tocou o coração de Jesus, a fé que até é capaz de transpor montanhas!
O encontro entre Jesus e a mulher cananeia anuncia e já realiza o encontro entre a salvação e o paganismo. A missão salvífica de Jesus é dirigida a todos os povos. A luta que a mulher cananeia trava com Jesus, para alcançar o que pede, é um exemplo concreto do que Jesus mandou: Pedi… procurai… batei…
As leituras de hoje levam-nos a meditar sobre a fidelidade de Deus e a confiança que havemos de ter n´Ele. Deus é fiel às suas promessas. Os exploradores, enviados à terra de Canaã parecem encontrar grandes obstáculos, e o povo receia entrar nela. Pelo contrário, a mulher cananeia, apesar de uma primeira reacção negativa de Jesus, continua a pedir a cura de sua filha. Os primeiros foram impedidos por Deus de entrarem na terra prometida, enquanto a cananeia conseguiu um milagre do Senhor. Quem muito olha para os obstáculos que encontra na vida não progride. Mas, se se lembrar que para Deus não há impossíveis, vai vencendo as dificuldades.
 

Tuesday, August 2

Terça-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


Moisés era o chefe do povo, a quem Deus falava directamente, para que ele transmitisse depois ao povo as suas palavras. Mas foi difícil, até aos seus irmãos, sujeitarem-se sempre a ele e acatar as suas ordens. O Senhor fez-lhes sentir então que estavam procedendo com orgulho e sem fé, e assim os chamou à penitência. O texto refere-nos a contestação de Maria e de Aarão contra Moisés, por causa do seu casamento com uma etíope. Deus está no meio deles como amigo e protector de Moisés. Aarão e Maria mostram-se incapazes de julgar Moisés na sua grandeza de eleito de Deus, pelo simples facto de se ter casado com uma etíope mas Deus defende-o. Com um juízo tão severo quanto sincero, Deus fala de Moisés, seu amigo e confidente, na tenda da reunião. O castigo de Maria é um sinal mas Moisés com uma oração cheia de confiança, pede a cura da irmã. Moisés é um amigo de Deus, que Lhe fala com a audácia.
Nesta leitura sobressai a grande amizade que o Senhor tinha a Moisés. Aqueles que cumprem a vontade do Pai e seguem o Senhor ocupam um lugar de predilecção no seu coração.
Foi difícil para muitos dos ouvintes de Jesus, em particular os do grupo dos fariseus e dos escribas, pessoas muito embrenhadas na Lei de Moisés e nos costumes que dela derivavam, entenderem a novidade que a palavra de Jesus lhes anunciava, e, por isso, facilmente se escandalizavam. Para quem já está cheio de si e das suas ideias é sempre difícil ouvir e entender coisas novas. O orgulho cega e obscurece a capacidade de compreensão. Mas para quem reconhece nas palavras de Jesus a própria palavra de Deus, antes se devia reconhecer iluminado com uma luz que é capaz de vencer até a cegueira. E o Senhor Jesus é a Luz e a sua palavra ilumina.
 

Monday, August 1

Reflexão de Segunda-feira da Semana XVIII do Tempo Comum

O povo, mais do que olhar para a salvação alcançada, para o dom gratuito de Deus, olha para trás com saudades do Egipto e dos bens de que lá dispunha, esquecendo os sofrimentos. Parecia-lhe melhor continuar escravo no Egipto que livre no deserto, a comer o maná, que não enchia os estômagos. Israel é um povo descontente, incapaz de reconhecer os dons de Deus: a liberdade e o pão descido do céu. A vida no deserto foi para o povo de Israel uma experiência dura e cheia de provações, que ele nem sempre soube vencer. Moisés, amigo de Deus, pode barafustar com Ele, que é o verdadeiro Senhor do povo e sentiu limitações diante da sua dura tarefa. O seu olhar nunca deixou de estar fixado em Deus, a Quem apresenta sempre, com humildade e confiança, a sua oração. E o Senhor salvou-o.
O povo de Israel queixou-se no deserto, por não gostar do alimento, o maná, outra figura da Eucaristia. Agradeçamos ao Senhor o pão nosso de cada dia; preparemo-nos para o recebermos com maior fé e piedade.
Como novo Moisés, Jesus, depois da multiplicação do pão, sobe à montanha e aí fica em oração ao Pai, nesse diálogo íntimo e profundo, mais do que o de Moisés sobre o Horeb. Depois atravessa o lago sobre as águas e salva Pedro que nelas se afogava por falta de fé. Jesus mostra-Se Senhor da natureza e das suas leis, para firmar a fé dos discípulos. Pedro até se atreve a imitar o Mestre, descendo ao mar e tentando caminhar sobre as ondas. Mas a sua fé hesita e Jesus tem de lhe estender a mão, e mostrar-lhe que, só apoiado n´Ele, pode chegar à salvação. A mesma experiência de salvação é feita por todos aqueles que contactam com Jesus, que assim reconhecem a sua verdadeira identidade.
Pedro começou a afundar-se porque reparou mais nas dificuldades que o rodeavam (a ventania) e esqueceu-se de se apoiar em Deus. Mas depois rectificou e pediu ajuda ao Senhor. Diariamente encontramos pequenas tempestades que são as contrariedades. Invoquemos o auxílio do Senhor, com muita fé e peçamos-Lhe que nos cure as feridas da nossa alma e dos nossos amigos.