Friday, August 31

Sexta-feira da Semana XXI do Tempo Comum


Os homens procuram os grandes sinais espectaculares, capazes de impressionar; mas Deus revela-Se antes na humildade e simplicidade, para quem tiver também a humildade de O reconhecer. A maior revelação de Deus é a Cruz de Jesus Cristo.

A parábola das dez virgens é uma das mais célebres para ensinar a vigilância com que a Igreja espera o seu divino Esposo, Cristo Senhor. Esta parábola inspirou as palavras que são ditas quando se entrega a vela acesa ao que acaba de ser baptizado. Assim ele é convidado a manter-se vigilante até que o Senhor venha e o convide a entrar consigo para o banquete das núpcias eternas. A parábola não há-de ser escutada como aviso assustador, mas antes como convite para a festa nupcial, para as bodas das núpcias do Filho de Deus.

Thursday, August 30

Pensamento do dia: 30-08-2012

A maior conquista do ser humano é manter um sorriso nos lábios enquanto o coração explode de dor. (Autor desconhecido)

Quinta-feira da Semana XXI do Tempo Comum


Começamos hoje a ler a primeira parte da Primeira Epístola aos Coríntios. A comunidade de Corinto tinha problemas próprios que S. Paulo teve de enfrentar: as divisões internas e certos outros problemas concretos, tanto no que respeita à doutrina como sobretudo aos costumes. Mas em Cristo os cristãos hão-de encontrar todas as respostas e “toda a riqueza”.

O final do Evangelho de S. Mateus contém várias parábolas sobre a vigilância. Aquela que hoje se lê dirige-se particularmente aos chefes da comunidade, que hão-de ser fiéis e avisados, mas é igualmente uma prevenção para todos nós, que aguardamos a vinda do Senhor.


Tuesday, August 28

Pensamento do dia: 28-08-2012

A liberdade não está nem na indeterminação nem na determinação: está em ambas. (Hegel)

Memória litúrgica de Santo Agostinho


A 1ª leitura que escutamos hoje é um hino de amor feito por S. João numa das suas mais maravilhosas cartas. O discípulo amado oferece-nos uma grande catequese sobre esta dimensão muito importante da nossa vida cristã. Nós devemos amar-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus. O amor parte de Deus, é iniciativa divina. Não devemos pensar que provém apenas de nós e das nossas forças. Quem não conhece Deus, não conhece a virtude mais importante d’Ele e por isso estará vazio e a sua vida ficará sem sentido e sem horizontes de esperança. Deus manifestou o seu amor por nós através do envio do Seu próprio Filho à terra para nos dar a vida eterna e para nos orientar melhor pelos caminhos de santidade, na plena confiança, esperança e fé em Deus Pai. E perante este grande amor que Deus manifestou por nós, que devemos nós fazer então? São João dá resposta na sua epístola: se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros.

O Evangelho diz-nos que devemos levar esse amor até aos nossos limites. Não nos devemos tratar uns aos outros com altivez nem pensando que somos os maiores mas devemos procurar ser humildes e simples. Porque aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. O maior é pois aquele que sabe dar a vida pelos irmãos, é aquele que se identifica com o mesmo Cristo que veio ao mundo não para ser servido mas para servir a humanidade e entregar-se à morte pelos pecadores. Somos chamados a ser novos Cristos no mundo de hoje: a sermos servidores do amor, trabalhadores da sua messe e operários da sua seara. Aqueles que viam as primeiras comunidades cristãs a dado momento afirmavam, como podemos ver nos Actos dos Apóstolos: Vede como eles se amam. Rezemos ao Senhor para que aumente o nosso amor pelos irmãos e tal como aos primeiros cristãos, também se possa dizer o mesmo de nós.

Monday, August 27

Pensamento do dia: 27-08-2012

A loucura da vida está na certeza da morte. (Autor desconhecido)

Memória litúrgica de Santa Mónica


Esta segunda carta aos cristãos de Salónica continua no ambiente da primeira: acção de graças a Deus pelo progresso da fé e da caridade que a pregação da Palavrade Deus produziu naquela jovem Igreja. Assim se pode ver como a alegria do Apóstolo está no bom acolhimento que é dado a essa Palavra e na glória que daí resulta para Deus e seu Filho.

Lemos hoje as três primeiras das sete maldições, com as quais Jesus deixa bem clara a sua oposição ao ensino tradicional dos escribas e à crença adulterada dos fariseus, mais baseado nas tradições dos homens do que na doutrina de Deus. Os escribas, ou seja os intérpretes e catequistas da Lei, e os fariseus, um grupo de observantes rigoristas e muito ligados ao cumprimento formalista e exterior da mesma, são frequentemente objecto de graves invectivas da parte de Jesus, não por eles cumprirem a Lei, mas por não lhe entenderem o espírito, e até por guiarem os outros por esse caminho errado.

Sunday, August 26

Pensamento do dia: 26-08-2012

A humanidade masculina divide-se em dois grupos: areia ou falésia. A mulher é sempre o oceano. (Claude Aveline – escritor francês – 1901-1992)

Domingo XXI do Tempo Comum


A liturgia do 21º Domingo do Tempo Comum fala-nos de opções. Recorda-nos que a nossa existência pode ser gasta a perseguir valores efémeros e estéreis, ou a apostar nesses valores eternos que nos conduzem à vida definitiva, à realização plena. Cada homem e cada mulher têm, dia a dia, de fazer a sua escolha.
Na primeira leitura, Josué convida as tribos de Israel reunidas em Siquém a escolherem entre “servir o Senhor” e servir outros deuses. O Povo escolhe claramente “servir o Senhor”, pois viu, na história recente da libertação do Egipto e da caminhada pelo deserto, como só Jahwéh pode proporcionar ao seu Povo a vida, a liberdade, o bem estar e a paz.
O Evangelho coloca diante dos nossos olhos dois grupos de discípulos, com opções diversas diante da proposta de Jesus. Um dos grupos, prisioneiro da lógica do mundo, tem como prioridade os bens materiais, o poder, a ambição e a glória; por isso, recusa a proposta de Jesus. Outro grupo, aberto à acção de Deus e do Espírito, está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida; os membros deste grupo sabem que só Jesus tem palavras de vida eterna. É este último grupo que é proposto como modelo aos crentes de todos os tempos.
Na segunda leitura, Paulo diz aos cristãos de Éfeso que a opção por Cristo tem consequências também ao nível da relação familiar. Para o seguidor de Jesus, o espaço da relação familiar tem de ser o lugar onde se manifestam os valores de Jesus, os valores do Reino. Com a sua partilha de amor, com a sua união, com a sua comunhão de vida, o casal cristão é chamado a ser sinal e reflexo da união de Cristo com a sua Igreja.

Friday, August 24

Festa de São Bartolomeu, Apóstolo


Desde o princípio da Sua vida pública, Jesus preocupa-se em escolher mestres e chefes para a Sua Igreja. Preparou-os e promete edificar sobre eles a Sua Igreja, dá-lhes poderes especiais e envia-os a anunciar a Boa Nova.
São Bartolomeu - filho de Tholmai - é um dos doze apóstolos, nasceu em Caná. O apóstolo Filipe conduziu-o a Jesus. Diz a tradição que depois da ascensão do Senhor pregou o Evangelho na Índia e aí recebeu a coroa do martírio. Pregou àquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois de ter convertido muitos a Cristo, passou para a Arménia Maior, onde levou a fé cristã ao rei Polímio, a sua esposa e a mais de doze cidades. Essas conversões provocaram uma enorme inveja nos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram obter ordem para tirar a pele de Bartolomeu e depois decapitá-lo.
Também conhecido por Natanael, duvida que Jesus seja o Messias. No entanto, é um homem recto e toda a sua vida está orientada para Deus. Por isso, quando Jesus o chama, através de Filipe, sem dificuldade se entrega ao Senhor, num espírito de fé, que irá crescendo e se irá consolidando perante os sinais realizados por Jesus.
Jesus dá como testemunho acerca de S. Bartolomeu: um verdadeiro israelita no qual não há fingimento. Isto mesmo se deveria dizer de cada um de nós. Mas o ambiente está muito carregado de falsidade e mentira.
Apoiemo-nos em Jesus. Eu sou a Verdade. Vamos ao seu encontro como Bartolomeu. Em Cristo encontraremos a Verdade, bem como nos ensinamentos da Igreja.

Thursday, August 23

Pensamento do dia: 23-08-2012

A liberdade é variedade infinita porque respeita todas as vontades nos limites da lei. (Proudhon)

Quinta-feira da Semana XX do Tempo Comum


Se o Senhor permitiu que o seu povo fosse humilhado diante dos pagãos, Ele irá trazê-lo, de novo, do cativeiro em que se encontra, e de todos os recantos do mundo por onde andar disperso, e a todos reunirá na sua terra. Mais ainda do que esta libertação exterior, Deus dará ao seu povo um coração novo e dar-lhe-á o seu próprio Espírito, simbolizado, por sua vez, na imagem da água que purifica e renova. Tudo isto se realiza ainda hoje e de maneira mais plena na Igreja de Cristo.

As núpcias são uma das imagens simbólicas para significar a união feliz de Deus com o seu povo, sobretudo em Jesus Cristo, que é chamado o Esposo, bem como a Igreja é chamada a Esposa. O convite para as bodas, e consequentemente o convite para entrar na Igreja de Cristo, a sua Esposa, é dirigido a todos os homens. Esta parábola mostra a generosidade de Deus que a todos convida, mas também a necessidade de responder ao convite de Deus e de tomar parte no seu banquete.

Wednesday, August 22

Rainha Virgem Santa Maria

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A festa litúrgica de “A Virgem Santa Maria, Rainha”, ou da realeza de Maria, foi auspiciada por alguns congressos marianos a partir do ano de 1900. Em 1925, Pio XI instituiu a festa de Cristo Rei. Em 1954, na conclusão do centenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição, Pio XII anunciou esta festa para o dia 31 de Maio. Na reforma do calendário, promovida pelo Vaticano II, a festa foi fixada na oitava da Assunção de Nossa Senhora, a 22 de Agosto, para manifestar a conexão que existe entre a realeza de Maria e a sua Assunção ao céu.

Monday, August 20

Pensamento do dia: 20-08-2012

A lei é a razão humana, enquanto governa todos os povos da terra, e as leis politicas e civis de cada nação não devem ser senão os casos particulares em que se aplica esta razão humana. (Montesquieu)

Segunda-feira da Semana XX do Tempo Comum


O profeta é prevenido de que vai perder a sua esposa e de que deve proceder como se nada lhe tivesse acontecido. Esta atitude simbolizará a aparente insensibilidade de Deus perante a ruína da cidade de Jerusalém e o povo é convidado a imitar também esta atitude do profeta, pois toda a lamentação é agora inútil; chegou a hora de o povo sofrer as consequências de seus pecados. O povo estranha e interroga-se sobre o significado do seu comportamento. A resposta é contundente: o próprio Deus vai profanar o seu santuário. Os exilados hão-de meditar em silêncio a tragédia de Jerusalém. Pretende-se que o povo não se afaste de Deus, tal como Deus não se afasta dele. Ezequiel, mudo pela dor e pela tragédia, remete-se a um silêncio sereno, atento ao desenvolvimento dos acontecimentos, até que lhe seja comunicada a queda de Jerusalém e só então voltará a falar, para não mais se calar.

Há muitos graus no modo como se pode seguir o Mestre: mas em todos eles se hão-de observar os mandamentos de Deus. Quem for chamado a maior perfeição, escute o Mestre e siga-O até mais além. A perfeição é ideal para o qual sempre se caminhará, sem nunca o atingir totalmente. Ao jovem rico, já cumpridor do essencial da Lei, Jesus propõe um caminho mais perfeito, sem a tal o obrigar. Jesus nunca impôs aos seus discípulos o abandono dos bens terrenos; apenas lhes mostra o caminho mais perfeito, para que o possa seguir quem tiver maior amor. Todo o homem anseia pela vida e felicidade eterna e todo o homem se interroga sobre o modo para as alcançar. É um jovem que anda à procura, que quer fazer algo para alcançar a vida eterna. Jesus fica agradado com a sua boa vontade e, pouco a pouco, procura orientá-lo.

Sunday, August 19

Domingo XX do Tempo Comum


A liturgia do 20º Domingo do Tempo Comum repete o tema dos últimos domingos: Deus quer oferecer aos homens, em todos os momentos da sua caminhada pela terra, o “pão” da vida plena e definitiva. Naturalmente, os homens têm de fazer a sua escolha e de acolher esse dom.
No Evangelho, Jesus reafirma que o objectivo final da sua missão é dar aos homens o “pão da vida”. Para receber essa vida, os discípulos são convidados a “comer a carne” e a “beber o sangue” de Jesus – isto é, a aderir à sua pessoa, a assimilar o seu projecto, a interiorizar a sua proposta. A Eucaristia cristã (o “comer a carne” e “beber o sangue” de Jesus) é um momento privilegiado de encontro com essa vida que Jesus veio oferecer.
A primeira leitura oferece-nos uma parábola sobre um banquete preparado pela “senhora sabedoria” para os “simples” e para os que querem vencer a insensatez. Convida-nos à abertura aos dons de Deus e à disponibilidade para acolher a vida de Deus (o “pão de Deus que desce do céu”).
A segunda leitura lembra aos cristãos a sua opção por Cristo (aquele Cristo que o Evangelho de hoje chama “o pão de Deus que desceu do céu para a vida do mundo”). Convida-os a não adormecerem, a repensarem continuamente as suas opções e os seus compromissos, a não se deixarem escorregar pelo caminho da facilidade e do comodismo, a viverem com empenho e entusiasmo o seguimento de Cristo, a empenharem-se no testemunho dos valores em que acreditam.

Friday, August 17

Sexta-feira da Semana XIX do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Propõem-se hoje duas passagens para a primeira leitura, dado o realismo, um tanto cru, da primeira. Em ambas, porém, se faz um apelo ao regresso à fidelidade à aliança que Deus estabeleceu com o seu povo. De origem tão pobre e humilde, Deus faz do seu povo o mais querido para Ele, enriquecido de todos os dons e graças, que só o recordá-lo é um apelo ao regresso e à conversão. Deus ama; em vez de castigar lembra os seus dons, para que essa recordação, além de ser causa de vergonha e humilhação, seja convite ao regresso à fidelidade à aliança, que Deus nunca quebrará.

Jesus afirma a indissolubilidade do matrimónio e exalta o celibato escolhido por amor do reino de Deus, e que é dom do mesmo Deus. O campo onde tão frequentemente se afirma o egoísmo humano, o das opções do coração, é também aquele onde mais se hão-de mostrar as atitudes da fé e do verdadeiro amor, que vencerá toda a espécie de divórcios.

Wednesday, August 15

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora


Bendita és tu, Maria! Hoje, Jesus ressuscitado acolhe a sua mãe na glória do céu… Hoje, Jesus vivo, glorificado à direita do Pai, põe sobre a cabeça da sua mãe a coroa de doze estrelas…
Primeira leitura: Maria, imagem da Igreja. Como Maria, a Igreja gera na dor um mudo novo. E como Maria, participa na vitória de Cristo sobre o Mal.
Salmo: Bendita és tu, Virgem Maria! A esposa do rei é Maria. Ela tem os favores de Deus e está associada para sempre à glória do seu Filho.
Segunda leitura: Maria, nova Eva. Novo Adão, Jesus faz da Virgem Maria uma nova Eva, sinal de esperança para todos os homens.
Evangelho: Maria, Mãe dos crentes. Cheia do Espírito Santo, Maria, a primeira, encontra as palavras da fé e da esperança: doravante todas as gerações a chamarão bem-aventurada!

Tuesday, August 14

Pensamento do dia: 14-08-2012

A ignorância é um mal invencível. (Sófocles) 

Monday, August 13

Provérbio 34

Quem em Agosto ara, riqueza prepara.

Pensamento do dia: 13-08-2012

A juventude seria a época ideal da vida se chegasse um pouco mais tarde. (Autor anónimo)

Segunda-feira da Semana XIX do Tempo Comum


Esta estranha visão destinava-se, na origem, aos exilados do cativeiro de Babilónia. Ela mostra a transcendência infinita de Deus, a sua presença universal. Também no exílio, Deus está no meio do seu povo. Os seres vivos, com forma humana, costumavam acompanhar, entre os povos orientais, os deuses desses povos; aqui servem o Deus verdadeiro. Estas figuras vão reaparecer no Apocalipse.

O Evangelho começa por anunciar a Paixão e Ressurreição do Senhor. Jesus nunca separa uma da outra, porque o mistério pascal da nossa salvação é a passagem da morte à vida, deste mundo para o Pai, pela Cruz. No episódio do pagamento do imposto para o templo, Jesus, ao afirmar que os filhos estão isentos, declara-Se Senhor do templo como Filho de Deus que é, mas, para evitar um possível escândalo, encarrega Pedro de o pagar.


Friday, August 10

Cassete 80: Cars - Drive




“Drive” é o maior sucesso do grupo “The Cars” e está no 5º álbum da banda,“Heartbeat City”, de 1984.
Curiosamente a música não é cantada pelo vocalista Ric Ocasek mas pelo baixista Benjamin Orr, que mais tarde lançou-se como cantor a solo. Ocasek tinha gravado primeiro, mas não gostou de sua performance vocal e pediu que Benjamin a cantasse, agradando todos os membros da banda.


Pensamento do dia: 10-08-2012

A juventude se torna-se muito importante por ser a fase das grandes opções da vida. (Jorge Boran)

Biografia de São Lourenço


Era diácono da Igreja Romana e morreu mártir na perseguição de Valeriano, quatro dias depois do papa Sisto II e seus companheiros, os quatro diáconos romanos. Como diácono, São Lourenço tinha o encargo de assistir o papa nas celebrações; administrava os bens da Igreja, dirigia a construção dos cemitérios, olhava pelos necessitados, pelos órfãos e viúvas. O seu sepulcro encontra se junto à Via Tiburtina, no Campo Verano. Constantino Magno erigiu uma basílica naquele lugar. O seu culto difundiu-se na Igreja no século IV.
Preso, foi intimado a comparecer diante do prefeito Cornelius Saecularis, a fim de prestar contas dos bens e das riquezas que a Igreja possuía. Pediu um prazo para fazê-lo, dizendo que tudo entregaria. Confessou que a Igreja era muito rica e que a sua riqueza ultrapassava a do imperador. Foram-lhe concedidos três dias. São Lourenço reuniu os cegos, os coxos, os aleijados, toda sorte de enfermos, crianças e velhos. Indignado, o governador concedeu-o a um suplício cruel: amarrado sobre uma grelha, foi assado vivo e lentamente. No meio dos tormentos mais atrozes, ele conservou o seu bom humor cristão. Dizia ao carrasco:
Vira-me, que deste lado já está bem assado... Agora está bom, está bem assado. Podes comer!…

Festa de São Lourenço, Diácono e Mártir


São muitas as formas de pobreza humana: a espiritual, a material, a cultural, a moral que podem ser ultrapassada pela caridade. Deus é caridade e é o dador de todos os bens. As criaturas são apenas seus instrumentos. Quanto mais generosos forem com os outros, maiores favores receberão de Deus. Por isso, quem repartir com generosidade recolherá com generosidade.

Quem vive em união com Cristo, entra no dinamismo do seu amor, e torna-se uma só coisa com o Pai. Servir o Filho é reinar com Ele no coração do Pai, é associar-se a Ele na obra da redenção. O amor pelo Pai e pelo homem levaram Jesus a entregar-se até à morte, até ao dom da própria vida, para que todos tivéssemos vida. O grão de trigo, quando morre na terra, gera vida e torna-se fecundo. O discípulo de Jesus é chamado a viver o mesmo mistério de morte para gerar a vida e ser fecundo em favor dos seus irmãos.

S. Lourenço, Diácono do Papa Sisto II, sofreu o martírio, pouco tempo depois do Papa durante a perseguição de Valeriano e deu-nos um exemplo de fidelidade à Igreja que assim foi-se expandindo pelo mundo inteiro: quem semeia com largueza também colherá com largueza. Deus conta com a nossa colaboração na obra da Redenção, oferecendo as pequenas contrariedades, as dores, os sofrimentos. É o nosso grão de trigo, que dará muito fruto.

Thursday, August 9

Biografia de Santa Teresa Benedita da Cruz

Celebramos hoje a Festa de uma das Padroeiras da Europa, S. Teresa Benedita da Cruz. O seu nome era Edith Stein, filha de pais judaicos, nasceu em Breslau no dia 12 de Outubro de 1891. Tendo-se dedicado aos estudos filosóficos, empenhou-se perseverantemente na procura da verdade, até que encontrou a fé em Deus e se converteu à Igreja Católica. Foi baptizada no dia 1 de Janeiro de 1922. Desde então serviu a Deus na função de professora e escritora. Agregada às irmãs carmelitas em 1933 com o nome Teresa Benedita da Cruz por ela escolhida, dedicou a sua vida ao serviço do povo judaico e do povo alemão. Deixando a Alemanha por causa da perseguição aos Judeus, foi recebida a 31 de Dezembro de 1938 no convento das carmelitas de Echt (Holanda). No dia 2 de Agosto de 1942 foi presa pelas autoridades que exerciam o poder aterrador na Alemanha e enviada para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau (Polónia), destinado ao genocídio do povo judaico. Aí foi cruelmente morta no dia 9 de Agosto.

Festa de S. Teresa Benedita de Cruz, Virgem e mártir, Padroeira da Europa


Oseias, em nome de Deus, proferiu as mais fortes críticas contra o seu povo, que já não é sua mulher, nem Ele seu marido, anunciando-lhe os mais terríveis castigos. Mas, continuando a falar em nome de Deus, o profeta deixa vir ao de cima a sua ternura e o seu amor para afirmar que o Senhor não pode deixar de amar a esposa. Tal como o segundo casamento do profeta fora sua iniciativa, assim Deus livremente se dispõe a um novo casamento com o seu povo a uma nova aliança. Israel poderá fiar-se de Deus e confiar nele; poderá conhecê-lo, fazer experiência dele. É esta graça de intimidade com Deus, que cumula de bens os que a aceitam que esta leitura quer sublinhar.

Santa Teresa Benedita da Cruz foi uma das virgens que souberam esperar vigilantes a vinda do Esposo. Assim mereceu participar na boda onde só entram as jovens prudentes. As insensatas ficaram fora, não porque adormeceram: todas adormecem, todas são frágeis. Não entraram porque não estavam preparadas para a missão, não contaram com o eventual atraso do noivo. Ele não deixará de vir a qualquer momento. O importante é estar preparado para O receber.

Celebramos hoje a Festa de uma das Padroeiras da Europa, S. Teresa Benedita da Cruz, nomeada pelo Papa João Paulo II. Ao longo da sua vida foi preparando o encontro com o Senhor, enchendo de azeite, de fé, no dia-a-dia, a lâmpada da sua vida, que culminou com o martírio.
Evitemos os descuidos (como os das virgens insensatas), consequência do ambiente de conforto e comodismo, e vamos ao encontro do Esposo que é Jesus Cristo na Santa Missa, na Comunhão, na oração e no amor ao próximo.

Wednesday, August 8

Pensamento do dia: 08-08-2012

A evolução consciente começa assim que assumimos a responsabilidade de remover as nossas próprias barreiras.

São Domingos


São Domingos nasceu em Caleruega, em Castela-a-Velha (Itália), no ano de 1170. De família nobre, e de belo rosto, acostumou-se desde jovem a duras penitências. De caráter metódico e firmíssimo, deu grande importância aos estudos, como premissa indispensável ao dever apologético dos frades pregadores. Aos 14 anos de idade, foi enviado para Palência, onde estudou filosofia e teologia. Como sacerdote e cônego de Osma distinguiu-se pela rectidão, zelo, pontualidade nas funções e espírito de sacrifício. Pregou com êxito contra os hereges albigenses, que defendiam a existência de dois princípios, de duas divindades: o Bem e o Mal. 
Estudo e pobreza são os dois pontos principais da Ordem dominicana, o programa de vida dos frades mendicantes que vestem o hábito de São Domingos, contemporâneo de outro grande e amado santo fundador, São Francisco de Assis.
São Domingos morreu em Bolonha no dia seis de Agosto do ano 1221 e foi proclamado santo, 13 anos após a morte, em 1234.

Quarta-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


O profeta Jeremias, quando tinha de falar duro e censurar o povo, não o fazia por mau humor ou por espírito de pessimismo. Assim agora que chegou o momento de ver a restauração de Israel, convida ao louvor e à acção de graças. Deus quer ser finalmente encontrado na alegria e na acção de graças, que é esta a atitude de quem sabe reconhecê-l’O como o Deus que ama e salva.
Deus forma a identidade do seu povo, dá-lhe uma cidade onde habitar, terra para cultivar e dela tirar o sustento. De todos estes dons, brota a alegria, manifestada ao som de instrumentos e de danças. Esta alegria de Israel vai contagiar as nações vizinhas, que hão-de convergir para Jerusalém e aí louvarão a Deus pela salvação maravilhosamente realizada por Deus.

No Evangelho, a mãe do jovem doente era pagã. No plano de Deus, a missão histórica de Jesus confinar-se-ia ao seu povo; os pagãos a quem frequentemente os judeus deram o tratamento de cães seriam objecto da evangelização feita no futuro pelos Apóstolos. Mas a presença de Jesus despertou a fé desta pagã, e a fé da pagã tocou o coração de Jesus, a fé que até é capaz de transpor montanhas!
A missão de Jesus, durante o seu ministério terreno, limitou-se ao povo judeu mas abriu uma excepção devido à grande fé da mulher. O encontro entre Jesus e a mulher cananeia anuncia, e já realiza, o encontro entre a salvação e o paganismo. Sem negar a escolha preferencial de Israel, a missão salvífica de Jesus é dirigida a todos os povos e será também a da acção da Igreja.

Tuesday, August 7

Adivinha 25

Qual foi a última operação plástica que fez o Michael Jackson?

(Comente e responda)

Pensamento do dia: 07-08-2012

A liberdade consiste em poder fazer tudo o que não prejudica os outros. (Declaração dos Direitos do Homem)

Terça-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


Começa a ler-se hoje a parte do livro de Jeremias, chamada o livro da consolação. As duas partes de que se compõe esta leitura são impressionantemente contrastantes: na primeira, o Senhor denuncia o pecado do povo; logo na segunda, promete-lhe o perdão e a restauração. Por aqui mais uma vez se nos revela que Deus não anda à espreita do homem para o apanhar em falta, mas, se lhe sai ao encontro, é para o salvar. E sai-nos ao encontro em cada momento, mesmo quando nos parece que é para nos acusar. Então apenas nos chama mais energicamente, porque então mais precisamos.
Jeremias mostra o valor educativo do sofrimento por que passa o seu povo, obrigado ao exílio, e sob o domínio de um povo estrangeiro que irá perceber que o remédio para os seus males vem de Deus que sempre cuida do seu povo.

Como novo Moisés, Jesus, depois da multiplicação do pão, sobe à montanha e aí fica em oração ao Pai, nesse diálogo íntimo e profundo, mais do que o de Moisés sobre o Horeb. Depois atravessa o lago sobre as águas e salva Pedro que nelas se afogava por falta de fé. A tempestade surge quando os discípulos avançam sozinhos pelo mar, enquanto Jesus tinha ficado a orar na solidão. A sua chegada milagrosa gera nos discípulos perturbação e medo e a sua palavra serena-os e dá-lhes coragem. Pedro até se atreve a imitar o Mestre, descendo ao mar e tentando caminhar sobre as ondas. Mas a sua fé hesita, e Jesus tem de lhe estender a mão, e mostrar-lhe que, só apoiado n´Ele, pode chegar à salvação. A mesma experiência de salvação é feita por todos aqueles que contactam com Jesus, que assim reconhecem a sua verdadeira identidade, e podem dizer, como Pedro: Tu és, realmente, o Filho de Deus!

Monday, August 6

Pensamento do dia: 06-08-2012

A demasiada atenção que se dedica a observar os defeitos alheios faz com que se morra sem ter tido tempo para conhecer os próprios. (Jean de La Bruyere)

Festa da Transfiguração do Senhor


A Festa da Transfiguração do Senhor remonta ao século V, no Oriente. Na Idade Média estendeu-se por toda Igreja Universal, especialmente com o papa Calisto III. O episódio foi relatado pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Presentes estavam os apóstolos Pedro, João e Tiago. Jesus transfigurou-se diante deles, seu corpo ficou luminoso e resplandecentes as suas vestes. Com isto, Jesus quis manifestar aos discípulos que Ele era realmente o Filho de Deus, enviado pelo Pai. Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus; é Deus connosco, a manifestação da ternura e da misericórdia do Pai entre os homens. A sua paixão e morte não serão o fim, mas tudo recobrará sentido quando Deus Pai o ressuscitar e o fizer sentar-se à Sua direita, na Sua glória. Tudo isto é dito de uma maneira plástica - luz, brancura, glória, nuvem... que indicam a presença de Deus.
O caminho necessário para a ressurreição é, contudo, o caminho da cruz, da paixão e morte, da entrega total de Sua vida pelo perdão dos pecados.

Sunday, August 5

Domingo XVIII do Tempo Comum


A liturgia do 18º Domingo do Tempo Comum repete, no essencial, a mensagem das leituras do passado domingo. Assegura-nos que Deus está empenhado em oferecer ao seu Povo o alimento que dá a vida eterna e definitiva.
A primeira leitura dá-nos conta da preocupação de Deus em oferecer ao seu Povo, com solicitude e amor, o alimento que dá vida. A acção de Deus não vai, apenas, no sentido de satisfazer a fome física do seu Povo; mas pretende também (e principalmente) ajudar o Povo a crescer, a amadurecer, a superar mentalidades estreitas e egoístas, a sair do seu fechamento e a tomar consciência de outros valores.
No Evangelho, Jesus apresenta-Se como o “pão” da vida que desceu do céu para dar vida ao mundo. Aos que O seguem, Jesus pede que aceitem esse “pão” – isto é, que escutem as palavras que Ele diz, que as acolham no seu coração, que aceitem os seus valores, que adiram à sua proposta.
A segunda leitura diz-nos que a adesão a Jesus implica o deixar de ser homem velho e o passar a ser homem novo. Aquele que aceita Jesus como o “pão” que dá vida e adere a Ele, passa a ser uma outra pessoa. O encontro com Cristo deve significar, para qualquer homem, uma mudança radical, um jeito completamente diferente de se situar face a Deus, face aos irmãos, face a si próprio e face ao mundo.

Saturday, August 4

S. João Maria Vianney


Conhecido também como Cura D´Ars, S. João Maria Vianney nasceu em Dardilly, na França, em 1786. Era um camponês de mente rude e, segundo contam, tinha poucos dotes pessoais. Teve que se esconder por algum tempo por haver desertado do exército napoleónico na marcha para a Espanha. Nem sequer soube a gravidade desse acto, que se deveu ao facto de não ter conseguido acertar o passo com o seu batalhão.
Os seus mestres de seminário ficavam muito desanimados com o seu péssimo desempenho mental. Mas devido ao modelo de piedade que era, o Vigário geral resolveu aprová-lo e deixar que a providência se encarregasse do resto.
Em 1815, deram-lhe as ordens sagradas. Porém havia uma condição: não poderia confessar, por julgarem-no incapaz de guiar as consciências.
Após um ano de aprendizado com o abade Balley, em Ecculy, foi para Ars, primeiramente com o título de vigário capelão e depois veio a ser vigário ou cura.

Friday, August 3

Pensamento do dia: 03-08-2012

A maioria das pessoas tem o desejo de olhar para a excepção em vez de o desejo se tornar excepcional. (John C. Maxwell)

Sexta-feira da Semana XVII do Tempo Comum


O profeta faz ouvir a palavra de Deus aos que entram no templo, para lhes dizer que o templo pode vir a cair, como outro já tinha caído, a fim de que o povo compreenda que não são os templos que trazem a segurança e a salvação, mas a palavra de Deus que lá é anunciada e que há-se ser acolhida no coração e posta em prática na vida de cada momento. O discurso de Jeremias desagrada vivamente a todos, que o condenam à morte, reconfirma as palavras, que não são dele, mas de Quem o enviou contra a sua própria vontade. No entanto, os que ouviram isto irritaram-se e ameaçaram com a morte o profeta. Assim aconteceu a Jesus: acusação semelhante de demolidor do templo.
É necessária uma conversão para poder descobrir Deus nos acontecimentos, nas pessoas, e também na sua omnipotência: talvez eles queiram escutar e se arrependa cada um do seu mau proceder.

A fé tem de ultrapassar a experiência dos sentidos: estes podem até dificultar a fé. Foi o que aconteceu aos conterrâneos de Jesus, que, à força de O verem no meio deles, não conseguiram penetrar mais profundamente e reconhecer n’Ele o Filho de Deus. Não souberam entender os sinais de Deus que Se manifestava no seu tempo e tão junto de si, não chegaram à fé, mas apenas ao aspecto material da experiência.
A atitude dos nazarenos é significativa de todos aqueles que procuram compreender Jesus, partindo unicamente do que pode saber-se sobre Ele: é da nossa terra, filho do carpinteiro, conhecemos a sua família, estudou na nossa sinagoga… Jesus foi incompreendido e desprezado, tal como o foram os profetas... O mesmo sucederá com os seus discípulos. Esqueceram-se que Ele era o Messias. Precisamos de ter uma visão sobrenatural para descobrirmos Deus nos acontecimentos e nas pessoas do nosso dia-a-dia.

Thursday, August 2

Pensamento do dia: 02-08-2012

A guerra pode classificar-se entre as instituições voluntárias de destruição. (Gaston Bouthoul)

Oração de Quinta-feira da Semana XVII do Tempo Comum

Senhor, meu Deus, hoje quero dirigir-te aquele cântico-oração, que muitos irmãos repetem em encontros de intimidade contigo: Eu quero ser, Senhor amado, como o barro do oleiro; rompe-me a vida, faz-me de novo; eu quero ser um vaso novo. Tantas vezes, tenho resistido aos teus apelos! Tantas vezes, me queixei das provações que permites, para que me recorde de Ti! Obrigado por não desistires! Obrigado continuares a cuidar de mim, deixando-me livre para orientar a minha vida como quero. No fim, olhando para mim e para o conjunto da minha vida, pronunciarás o teu juízo. Faz-me perceber que é hoje que preparo o meu futuro. Guarda-me nas tuas mãos e ajuda-me a viver na docilidade para Contigo, para com os teus dons, para com a tua palavra. Amen.

Quinta-feira da Semana XVII do Tempo Comum


Jeremias passa pela casa do oleiro. Observa o trabalho do artesão, o carinho com que modela as peças. O profeta compreende o significado do que observa e sente-se chamado a anunciar ao povo quanto observa: como o oleiro desfaz os vasos que não saem bem, e volta a modelá-los, assim Deus, Criador e Senhor dos povos, pode eliminar aqueles que não cumprem a sua vontade pois os destinos de Judá e de Israel estão na mão de Deus. Mais do que o poder de Deus, sugere-se o terno cuidado com que trata o seu povo para que corresponda à sua vocação. É aí que ele se encontra em segurança apesar da sua fragilidade pois são tentativas para que ele se deixe moldar e assim encontre a forma cada vez mais perfeita.
A Igreja é fonte de santidade no mundo e põe à nossa disposição os meios necessários para o encontro com Deus. Sejamos fiéis aos Seus ensinamentos: como o barro nas mãos do oleiro, assim estais vós na minha mão.

No Evangelho, uma nova parábola pretende fazer compreender o que é o reino dos Céus. Se o entenderam, os discípulos estão agora capazes de o anunciar aos outros. Esta nova parábola refere-se à presença simultânea de bons e maus no seio da comunidade cristã até ao fim dos tempos. Como na rede se encontram peixes bons e peixes ruins, assim também na Igreja há quem viva e acolha a palavra de Jesus, e há quem a recuse ou permaneça indiferente: A Igreja é santa no seu Fundador, nos seus meios, mas formada por homens pecadores; temos que contribuir para melhorá-la e ajudá-la a uma fidelidade sempre renovada (João Paulo II). A separação, de uns e de outros, acontecerá no fim dos tempos, e pertence a Deus fazê-la. Só então se manifestará quem é bom e quem é mau, quem confessou Cristo com o coração e os lábios e quem o confessou só por palavras, quem pertence à comunidade dos filhos de Deus e quem não pertence. Mas insiste-se no perigo que ameaça aquilo que não presta que não poderá ser recebido no reino dos Céus, quando chegar a hora de se fazer a recolha da rede.

Wednesday, August 1

Santo Afonso Maria de Ligório

Santo Afonso Maria de Ligório , bispo, Doutor da Igreja, +1787
É o fundador da Congregação do Santíssimo Redentor ou Padres Redentoristas. Nasceu em Marianela, um povoado nas imediações de Nápoles, em 1696. Amante dos estudos, aos 19 anos já era advogado formado. A sua vida mudou radicalmente quando percebeu a fragilidade dos julgamentos humanos, defendendo culpados e condenando inocentes. Tinha 30 anos quando se fez sacerdote. Passava os seus dias junto aos mendigos da periferia de Nápoles e dos camponeses. Em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, para concretizar o anúncio do Evangelho: "fui enviado para evangelizar os pobres". Entregou-se de corpo e alma a promover a verdadeira vida cristã no meio dos fiéis, especialmente dos mais necessitados.
Escreveu várias obras ascéticas e teológicas. Entre as mais conhecidas temos "A Prática do amor a Jesus Cristo", "Preparação para a morte" e "As glórias de Maria". A sua obra mais importante versa sobre teologia moral, assunto no qual é considerado mestre insigne.
Foi eleito bispo de Santa Ágata dos Godos, por Clemente XIII, mas devido à idade e ao seu precário estado de saúde pediu ao papa o seu afastamento. Sofreu muitas contrariedades no fim da vida: criticado pelos seus escritos e até mesmo expulso de sua própria Congregação, por causa da má interpretação daquilo que desejava para seus filhos. Morreu em Nocera dei Pagani, Campanha, em 1787.

Pensamento do dia: 01-08-2012

A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você. (Autor desconhecido)

Quarta-feira da Semana XVII do Tempo Comum


O profeta, em profunda crise vocacional, tem um desabafo duro, cansado, quase blasfemo. Lamenta ter nascido e sente-se impelido a proclamar a Palavra de Deus e vê-se envolvido em contendas e conflitos. O profeta lembra a alegria e o entusiasmo do primeiro encontro com a Palavra do Senhor, que se tornou o centro e o sentido da sua existência. Deus chamara-o e ele entregara-se completamente. Por causa da palavra, experimenta a solidão, não tem amigos com quem se divertir, é recusado e combatido pelos seus contemporâneos. Daí o grito de denúncia da situação, dirigido a Deus, que lhe parece semelhante a um riacho enganador de água inconstante. Deus confirma o profeta na sua vocação, pedindo-lhe total disponibilidade, renovando-lhe a promessa de êxito final na missão, garantindo a Sua presença e a confiança total n’Ele pode levá-lo a percorrer o verdadeiro caminho da alegria e da paz. A própria palavra de Deus é um tesouro e um alimento.

Jesus compara o reino de Deus a um tesouro escondido no campo e a uma pérola preciosa. O reino é o único necessário; só ele responde ao desejo mais profundo de realização do homem: imagem de Deus, o homem só n’Ele encontra o sentido da sua vida e a sua felicidade. Por isso, a novidade da descoberta do reino torna tudo o mais de interesse relativo. O reino merece todas as renúncias. Estas parábolas acentuam também a alegria daquele que compreendeu o valor do reino de Deus. Ambos os protagonistas vendem tudo o que têm para adquirirem o tesouro e a pérola. Mas o ensinamento fundamental não é o da entrega incondicional que o Reino exige com as respectivas renúncias mas a alegria que sente diante do excepcional achado.
Para entrar no Reino, Jesus exige uma opção radical: para adquirir o reino é precisão dar tudo. As palavras não bastam, exigem-se actos. Precisamos dedicar toda a vida à edificação do reino de Deus: dentro de nós (sacramentos e oração); depois à nossa volta (entregando-nos ao serviço dos outros, dando testemunho de Cristo).