Monday, September 21

Reflectindo: Domingo XXV do Tempo Comum (II)

São Marcos apresenta-nos hoje novamente no seu Evangelho, as exigências radicais que Jesus coloca aos discípulos, a todos os seus seguidores ao longo dos tempos. Ele propõe a missão de Jesus à luz do desígnio salvífico de Deus que passa pela Cruz e pela morte e convida os discípulos a integrarem-se nesse projecto com a mesma atitude de entrega e obediência do Mestre.
“Quem quiser ser o primeiro, será o último e o servo de todos. Esta frase dita por Jesus Cristo até parece ser muito acertada e agradável de ouvir, mas se lhe dedicarmos algum tempo de reflexão reparamos que contraria aquilo que o mundo costuma fazer. Como podem ser aqueles que servem as pessoas mais importantes do mundo? Até poderia ser motivo de troça e brincadeira por parte dos ímpios de que fala a primeira leitura.
Jesus tomou uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e convidou-os a olhar para o exemplo das crianças. As crianças e os pequenos neste Evangelho, para além do seu significado literal, designam os membros mais débeis, mais fracos da comunidade cristã, as pessoas mais esquecidas e a quem ninguém presta atenção. O discípulo de Jesus deverá tomá-las a seu cargo, tal como Jesus tomou a seu cargo a humanidade débil e pecadora.
As crianças como nós sabemos têm momentos de simplicidade, de humildade, de paz. Ninguém como elas está disponível para aprender novas coisas. Os discípulos de Jesus tinham voltado a discutir no caminho quem seria o maior entre eles, Jesus já os tinha esclarecido sobre quem poderia tornar-se grande, mas mesmo assim eles continuaram a tentar descobrir seguindo apenas a lógica humana. O grande desafio lançado por Jesus para todos aqueles que o queiram seguir é que sejam capazes de aprender, de reconhecer que ainda não sabem tudo. Que tal como as crianças sejam capazes de fazer as coisas sem ser para testar as pessoas.

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