Tuesday, September 15

Memória litúrgica de Nossa Senhora das Dores

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=597
 
Reflexão
Na Igreja, a piedade cristã alimentou a devoção às sete dores de Nossa Senhora. Numa homilia de Sexta-feira Santa, o Papa Francisco recordou-nos que a primeira, só 40 dias depois o nascimento de Jesus, a profecia de Simeão fala de uma espada que lhe trespassará o coração. A segunda dor, a fuga para o Egipto para salvar a vida do Filho. A terceira dor, aqueles três dias de angústia quando o jovem Jesus permaneceu no templo. A quarta dor, quando Nossa Senhora se encontra com Jesus no caminho do Calvário. A quinta dor de Nossa Senhora é a morte de Jesus, ao ver ali o seu Filho, crucificado, nu, a morrer. A sexta dor é a descida de Jesus da cruz, morto, e ela pega nele no colo como o havia feito há mais de 30 anos em Belém. A sétima dor é o sepultamento de Jesus.
Este breve texto está no centro do relato da apresentação de Jesus ao templo, onde é levado pelos pais, conforme prescrevia a Lei para os primogénitos. A espada, que trespassa a alma e atinge o coração, preanuncia os sofrimentos e as dores que Maria havia de passar. Mas, à luz de Hebreus, a palavra espada também representa a Palavra de Deus, que, tanto Cristo como a sua Mãe, escutaram, e à qual prestaram total obediência, mesmo quando foi preciso enfrentar o sofrimento e a morte.
As leituras de hoje fazem-nos pensar no sofrimento, que continua a ser uma realidade na história individual e coletiva da humanidade, mas que, de certo modo, também existe no mundo divino. Foi assumido por Deus na Incarnação do Filho, e partilhado pela sua Mãe, mulher comum e especial. A sua experiência de sofrimento humano, pode subtrair esse mesmo sofrimento à maldição e torná-lo mediação de vida salva e serviço de amor.

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