Wednesday, February 1

Quarta-feira da Semana IV do Tempo Comum


David comete novo pecado, o de ter feito o recenseamento do povo contra a vontade de Deus, levado certamente pelo orgulho de conhecer sobre quantos súbditos exercia o seu poder. O recenseamento do povo, por David, é um pecado porque, com ele, o rei mostra confiar mais nos efectivos humanos do que em Deus, por isso é que o rei sente remorsos e o profeta Gad anuncia um castigo. David pode escolher entre uma das três punições previstas pela Lei para quem atraiçoe a Aliança. David prefere a peste à guerra porque, um castigo vindo da mão de Deus, permite esperar na misericórdia divina. O profeta de Deus logo lhe anuncia o castigo e David acaba por interceder pelo povo, para quem pede a misericórdia do Senhor. Aí está presente a dialéctica da história da salvação: pecado, castigo, arrependimento, perdão.

Jesus começa a sua pregação em Nazaré, a terra onde Se tinha criado. A convivência, ao fim de tantos anos, no meio daquela gente não foi capaz de a levar a ver em Jesus mais do que o Filho do carpinteiro e a subir até ao Filho de Deus. Mas, em Nazaré, a terra onde viveu e Se criou, não encontrou Jesus estas disposições nos seus vizinhos e compatriotas; por isso, não pôde fazer ali qualquer milagre! A falta de fé dos seus conterrâneos impede Jesus de fazer entre eles milagres e prodígios, como tinha feito noutras terras. A fé é o único meio de reconhecer o Senhor. A experiência dos sentidos pode ser caminho para a fé, e normalmente é, se houver rectidão de coração, humildade de espírito e não existirem obstáculos vindos sobretudo de preconceitos e respeitos humanos injustificados.

Jesus entristece-se com a falta de fé dos seus conterrâneos. Também pela falta de confiança em Deus, David quis saber com quantos homens poderia contar para os seus combates. Acabou por reconhecer o seu pecado e pediu perdão ao Senhor, aceitando qualquer penitência que lhe fosse imposta. Quando fazemos alguma coisa que não agrada a Deus, não deixemos de recorrer à contrição com o propósito de não pecar mais no futuro.

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