Monday, November 19

Segunda-feira da Semana XXXIII do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos
 
A primeira parte do Apocalipse apresenta algumas chaves para a sua leitura que nos permite perceber a sua mensagem de esperança e entrar na bem-aventurança que promete. É constituída por sete cartas, dirigidas a sete Igrejas da Ásia, na Turquia actual. Apocalipse quer dizer revelação, que nos abre o horizonte da salvação em Cristo. Feliz o que lê e os que escutam a mensagem desta profecia e põem em prática o que nela está escrito. A revelação gera bem-aventurança, mas é preciso escutar e pôr em prática o que nela está escrito. Trata-se de uma bem-aventurança que é dom de Deus e resultado de empenhamento pessoal.
O Apocalipse foi escrito para que possamos acolher a graça que vem do alto e a paz que Jesus nos oferece a cada um dos crentes e às comunidades cristãs. A salvação é diálogo e encontro pessoal com o Senhor, é vínculo de comunhão entre as comunidades dos cristãos.
 
O cego de Jericó, ao fazer a súplica, exprime a sua fé em Jesus e entra em contacto espiritual com o Senhor que logo lhe concede o que pede. Ao proclamá-l’O Filho de David, reconhece n’Ele o Messias, o Enviado de Deus, o Salvador, o Senhor. O dom concedido ao cego aparece ao povo como coisa admirável, dom vindo de Deus. No final, depois de ter recebido o dom da vista, ouvirá Jesus dizer-lhe: A tua fé te salvou. Os sinais realizados por Jesus convidam a crer nele. Só a fé nos permite reconhecer o mistério. A fé do cego de Jericó manifesta-se em duas opções de vida: começa a seguir Jesus e a louvar a Deus. A oração de louvor manifesta os sentimentos que lhe vão na alma, ao sentir-se curado. E quer que todos participem desses sentimentos porque este é o processo normal da oração cristã: as maravilhas de Deus, uma vez reconhecidas e contempladas na fé, levam ao louvor e à acção de graças. E depois quer seguir Jesus, Aquele que o libertou da cegueira espiritual, Aquele que se revelou a ele como Messias e Senhor. É este o itinerário de fé completo: do dom recebido ao dom comunicado. Foi o itinerário do cego de Jericó, e deve ser o nosso. Um itinerário que havemos de percorrer seguindo Jesus.

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