Friday, December 14

Sexta-feira da Semana II do Advento


Na 1ª leitura, Deus lamenta-Se por causa da incredulidade do seu povo. Este deixou de se alimentar da sua palavra; por isso, se extravia e definha. Se a tivesse escutado e posto em prática, a sua vida seria como o deslizar suave de um rio a caminho do mar. O lamento de Deus na boca do Profeta é um apelo e uma oferta para o homem. A salvação, que manifesta a santidade de Deus, também se realiza por meio do ensino do coração do povo, possibilitando-lhe viver a Aliança e conhecer o plano de amor salvífico gratuito, que Deus tem para toda a humanidade, e que é razão última da criação do mundo.
O profeta faz também um balanço da história passada da Aliança: a palavra de Deus não foi escutada; a Lei não foi observada; por isso é que Israel está tão longe da prosperidade que a Aliança comportava. Mas, agora, Deus volta a dar-lhe a sua Palavra eficaz para que possa ter efeitos profundos e duradoiros e conduza Israel a uma vida na justiça oferecida por Deus, garantindo o cumprimento da promessa feita aos Pais.

O lamento de Deus no Antigo Testamento em relação ao povo do tempo dos profetas, encontramo-lo agora na boca do próprio Jesus em relação à gente do seu tempo, que podia escutar do Filho de Deus a palavra da vida, e não a sabia apreciar. Os ouvintes de Jesus esquivavam-se a escutá-l’O e a segui-l’O. Mas a Sabedoria de Deus, que encarnou em Jesus Cristo, triunfará da indiferença dos que não Lhe prestam atenção, como crianças desatentas e caprichosas. O que Jesus pretende é agitar as consciências dos seus ouvintes e convidá-los a acolher Deus e faz um apelo a uma compreensão de fé que leve a optar pelo projecto salvífico de Deus sintonizando com o seu modo de agir e de se revelar na história.
De acordo com a profecia de Isaías, a nossa felicidade está ligada ao modo como acolhemos os mandatos e a palavra de Deus. Infelizmente assim não aconteceu ao não entenderem os comportamentos de João Baptista e de Jesus. Sendo Deus fiel e eternamente justo, devemos necessariamente aceitar as suas palavras e ter nele uma fé e confiança plenas. E não sigamos os conselhos dos ímpios nem entremos pelos caminhos dos pecadores.

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