Tuesday, January 8

Terça-feira depois da Epifania


Deus é a fonte do amor. Deus ama os homens, ama o seu povo, manifestou este amor desde sempre, mas foi sobretudo ao enviar ao mundo o seu Filho que Ele manifestou este amor. A grande Manifestação que a Epifania celebra é em última análise a do amor de Deus, amor que se revela tanto maior quanto é verdade que o Filho de Deus veio para os homens quando eles ainda eram pecadores, não purificados pelo Sangue do Salvador.
O amor é necessário porque o amor vem de Deus e porque é amor. Fala-nos da ternura e da generosidade de Jesus como manifestação do amor do Pai. Deus enviou o seu Filho ao mundo para que tivéssemos a vida por Ele. Contemplemos esse amor do Pai e do Filho por nós. Correspondamos a esse amor com uma vida coerente com quanto Deus fez por nós. Partilhemo-lo com os irmãos. Amemos com Ele e como Ele. Isso é viver a nossa vocação oblativa.

Estamos no tempo da Epifania, das manifestações de Jesus que O revelam como Filho de Deus e Deus Ele mesmo. Jesus manifesta-Se Senhor da própria natureza, cujas leis estão nas suas mãos; manifesta-Se como o novo Moisés, ao alimentar o povo no deserto, ao ter compaixão das multidões, guiando-as como Pastor e instruindo-as como Mestre.
Jesus é o Bom Pastor que se compadece da multidão, porque eram como ovelhas sem pastor. Ele instrui aqueles que O rodeiam com a Sua Palavra e alimenta-a multiplicando o pão e os peixes, a Eucaristia. Em tudo isso envolve os discípulos: Dai-lhes vós mesmos de comer. Os vários pormenores da narrativa denunciam o pano de fundo teológico: o lugar deserto, a erva verde, as pessoas sentadas em pequenos grupos; depois, o erguer dos olhos para o céu, a bênção, a fracção do pão, a distribuição do pão com a ajuda dos discípulos. Os cinco mil homens comeram, ficaram saciados, e ainda sobejaram doze cestos com os bocados de pão e os restos de peixe. O que mais espanta os discípulos é o poder de dar aos homens o necessário para viverem cada dia. As palavras e os actos de Jesus incidem no concreto da vida dos homens e na história, transformando-as e abrindo-as à comunhão com Deus.

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