Thursday, January 10

Quinta-feira depois da Epifania


Neste texto, temos dois temas: o amor cristão e a fé em Jesus, componentes de um único mandamento. O amor cristão conhece três relações: o amor de Deus para connosco, o nosso amor para com Deus e o nosso amor para com os irmãos. O amor a Deus e aos irmãos estão intimamente ligados: quem ama a Deus, ame também o seu irmão. O verdadeiro amor a Deus manifesta-se no amor aos irmãos: aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. O amor cristão tem a sua origem em Deus, porque Ele nos amou primeiro, como verdadeiros filhos. Pertence-nos agora corresponder ao amor e gerar amor.
É pela fé que sabemos que Deus nos ama. O fiel amado, que nasceu de Deus, ama o Pai e o Filho, mas também todos os irmãos, nascidos de Deus. Só a fé e o amor, nascidos da filiação divina, permitem ao cristão vencer tudo quanto se opõe a Cristo, vivendo os seus mandamentos.

Esta passagem apresenta a primeira pregação de Jesus. Foi em Nazaré e numa celebração litúrgica. Jesus, segundo o uso da Sinagoga, fez a leitura, e depois a homilia. Aplicando a Si próprio a passagem do profeta que acabava de ler, Jesus manifesta-Se como sendo Ele mesmo o Ungido de Deus, o Messias, o Cristo esperado desde os tempos antigos. A sua homilia foi aqui, pela primeira vez, a proclamação do Evangelho na celebração litúrgica.
A actividade evangelizadora de Jesus na Galileia caracteriza-se pela força do Espírito, pelo entusiasmo das pessoas que O escutam e pela sua fama que se espalha por toda a parte. Cumpriu-se a passagem da Escritura. O compromisso de Jesus é anunciar a Boa Nova aos pobres, aos homens. São inseparáveis a promoção e humana e a evangelização, porque Jesus assumiu todos os valores humanos, revelando-nos ao mesmo tempo a realidade transcendente da paternidade de Deus. A religião não pode ser vista como ópio do povo mas como exigência da humanidade e de conversão a Deus. Cronologicamente, porém, está o amor ao próximo, como justa medida do amor a Deus.

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