Wednesday, May 31

Tá uma brasa! …

Tá um calor que nem se pode.
Às 7h da manhã já estão uns 25 graus. É muito calor mesmo.
Não dá vontade de fazer nada. Mas que vida!!!!
O ano lectivo está a terminar, há trabalhos para entregar, exames a fazer, coisas a arrumar…
Aproximam-se tempos difíceis… (acabaram as sonecas nas aulas)
Apesar disso, hoje nem se vê o sol. Parece que ele está cansado de nos ver.
E realmente, acho que ele não tem muita vontade em nos ver. Isto anda tudo perdido. Refiro-me ao cenário que vejo no local aonde escrevo estas letras (claro que falo da caneta e papel porque não tenho torradeira para escrever directamente). Para mais informações vão ao site cincosdeportugal.blogspot.com
Penso que lá ficarão mais esclarecidos (as) sobre o assunto ou então não.
O tempo está mesmo foleiro. Por isso não me peçam para ser mais claro no discurso.

P. S: O “Não dizes nada” congratula-se com a chegada de 2 reforços lampiões: o “Engenheiro do Penta” e o “D. Sebastião”.

Sunday, May 28

Adeus ao Euro

E lá fomos embora do Euro....
Um agradecimento ao pessoal de Guimarães: uma grande lição aos de Barcelos e de Braga....sempre a apoiar a selecção....
E já agora, mandamos a Alemanha embora.... Sérvios e Montenegrinos, porque não nos agradecem?

Wednesday, May 24

Convidado do Danyro - Adelino

Todas as quartas-feiras apresentarei a opinião de alguém sobre um assunto.
Esta semana pedi ao Adelino, meu colega de turma...
O tema é a convocatória de Scolari...
Ao olhar para a convocatória da selecção nacional para o Mundial da Alemanha ocorrem-me alguns pensamentos.
Primeiro: aquela convocatória mais não é do que o plantel do senhor Scolari, são jogadores que ele sempre chamou e nos quais deposita grande confiança. Nada de mal com isto (até ver…)
Segundo: o facto de convocar uns em detrimento de outros não deve influenciar nada (apesar de toda a gente achar que há alguns que não de veriam ter sido chamados e outros que era quase obrigatório chamar… mas ele é que sabe, ele é que manda).
Terceiro: lá no fundo (mas muito lá no fundo) até gostei da convocatória (assim a selecção de sub-21 fica mais forte para o Europeu).
Enfim, posso não concordar com uma ou outra opção (como sempre acontece) mas esta é a nossa selecção, são estes jogadores que nos vão representar no mundial (de certeza que vão dar o melhor de si) e portanto é esta selecção e estes jogadores que eu vou apoiar incondicionalmente no Mundial.
Espero que consigamos fazer uma boa campanha.

Adelino

Thursday, May 18

Karol Wojtyla - o homem que veio de longe





















O Papa polaco é uma das figuras mais marcantes da história recente, na Igreja e no mundo, e tem atrás de si a herança de um longo Pontificado de 26 anos e meio. Karol Wojtyla nasceu no dia 18 de Maio de 1920 em Wadowice, no sul da Polónia, filho de Karol Wojtyla, um militar do exército austro-húngaro, e Emília Kaczorowsky, uma jovem de origem lituana.Aos 9 anos de idade recebeu um duro golpe, o falecimento de sua mãe ao dar à luz a uma menina que morreu antes de nascer. Três anos mais tarde faleceu o seu irmão Edmund, com 26 anos, e em 1941 morre o seu pai. Em 1938 foi admitido na Universidade Jagieloniana, onde estudou poesia e drama. Durante a II Guerra Mundial (1939- 1945) esteve numa mina em Zakrzowek, trabalhou na fábrica Solvay e manteve uma intensa actividade ligada ao teatro, antes de começar clandestinamente o curso de seminarista. Durante estes anos teve que viver oculto, junto com outros seminaristas, que foram acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia.Segundo relata o actual Pontífice, estas experiências ajudaram-no a conhecer de perto o cansaço físico, assim como a simplicidade, a sensatez e o fervor religioso dos trabalhadores e pobres.As marcas no seu corpo começam a aparecer quando em Fevereiro de 1944 é atropelado por um camião alemão e é hospitalizado.Ordenado sacerdote em 1946, vai completar o curso universitário no Instituto Angelicum de Roma e doutora- se em teologia na Universidade Católica de Lublin, onde foi professor de ética.A forma filosófica, que integrava os métodos e perspectivas de fenomenologia na filosofia Tomistica, de gerir as questões que se lhe apresentavam no dia a dia, estão relacionadas com a sua "devoção" ao pensador Alemão Mas Scheler.No dia 23 de Setembro de 1958 foi consagrado Bispo Auxiliar do administrador apostólico de Cracóvia, D. Baziak, convertendo-se no membro mais jovem do episcopado polaco. Participou no Concílio Vaticano II, onde colaborou activamente, de maneira especial, nas comissões responsáveis na elaboração da Constituição Dogmática Lumen Gentium e a Constituição conciliar Gaudium et Spes. Durante estes anos o então Bispo Wojtyla combinava a produção teológica com um intenso labor apostólico, especialmente com os jovens, com os quais compartilhava tantos momentos de reflexão e oração como espaços de distracção e aventura ao ar livre.No dia 13 de Janeiro de 1964 faleceu D. Baziak e Wojtyla sucedeu-lhe na sede de Cracóvia como titular. Dois anos depois, o Papa Paulo VI converte Cracóvia em Arquidiocese. Durante este período como Arcebispo, o futuro Papa caracterizou-se pela integração dos leigos nas tarefas pastorais, pela promoção do apostolado juvenil e vocacional, pela construção de templos apesar da forte oposição do regime comunista, pela promoção humana e formação religiosa dos operários e também pelo estímulo ao pensamento e publicações católicas. Representou igualmente a Polónia em cinco sínodos internacionais de bispos entre 1967 e 1977.Em Maio de 1967, aos 47 anos, o Arcebispo Wojtyla foi criado Cardeal pelo Papa Paulo VI. Em 1978 morre o Papa Paulo VI, e é eleito como novo Papa o Cardeal Albino Luciani de 65 anos que tomou o nome de João Paulo I. O "Papa do Sorriso", entretanto, falece 33 dias após a sua nomeação e no dia 15 de Outubro de 1978, o Cardeal Karol Wojtyla é eleito como novo Papa, o primeiro papa não-italiano desde 1522, ano da eleição do holandês Adriano VI. Tendo-se formado num contexto diferente dos Papas anteriores, João Paulo II viria a imprimir na Igreja um novo dinamismo, impondo ao mesmo tempo um maior rigor teológico e disciplinar.Homem de luta num mundo em mudançaO Papa que veio do Leste recebeu uma Igreja cujo governo atravessava uma certa crise, presa na tensão entre os avanços do Concílio e a perda de identidade perante a modernidade. Desde o início, João Paulo II pediu “não tenhais medo” e fala na primeira pessoa do singular em vez do plural: esta afirmação de identidade vem acompanhada de uma experiência histórica notável, atravessando guerras mundiais e a vivência sob um regime comunista, que fala ao coração de milhões de pessoas.A enorme produção doutrinal do Papa (ver números) deve, pois, ser lida à luz da necessidade de dar respostas pastorais a um mundo em mudança. João Paulo II sempre foi capaz de definir etapas mobilizadoras da Igreja e do mundo, na busca de uma identidade forte – visível na devoção mariana e na formulação de um todo doutrinal – que fosse capaz de sustentar o diálogo com outras confissões religiões.A sensibilidade para as implicações na sociedade da acção da Igreja não inviabilizou que o Pontificado tivesse dado prioridade à acção pastoral, mesmo sem secundarizar a política. A ideia, explícita logo desde a primeira encíclica, é recentrar a mensagem cristã em Jesus, que revela ao homem o seu destino e a sua dignidade.A “Redemptor Hominis” de João Paulo II revela-o atento à necessidade não só do diálogo ecuménico com todas as Igrejas cristãs, mas também com todas as religiões. Neste Pontificado há uma grande novidade: o Papa sabe que o mundo não se tornará completamente cristão ou católico, sabe que é necessário viver com os demais, sejam judeus, muçulmanos ou ateus, e isto é radicalmente novo na concepção da Igreja.Esta novidade representa um ponto fundamental deste Pontificado, a consciência de que a experiência católica tem de conviver com outras, e é pela qualidade desse convívio que ela pode evangelizar.Muitos falam de um “Papa político”, alguém que lutou abertamente contra os regimes comunistas de Leste desde a sua primeira viagem à Polónia em 1979 e contra o capitalismo reinante na sociedade ocidental. A Igreja é desafiada a resistir, anunciar e mudar: os apelos do Papa em favor do Terceiro Mundo percebem melhor à luz destas premissas.As profundas transformações ocorridas na Europa no final do segundo milénio e no início do terceiro têm em João Paulo II um dos principais protagonistas. No começo do pontificado de João Paulo II, a Europa, pelo Tratado de IALTA, continuava dividida em dois blocos por motivos ideológicos e geopolíticos. Começava a surgir, à época, o Sindicado Solidariedade, que ameaçava provocar instabilidade não só no interior da Polónia mas também em outros países do Leste Europeu. O Papa apoiou e estimulou a chamada “Ostpolitik”, conduzida pelo seu Secretário de Estado, o Cardeal Agostinho Casaroli, e continuada pelo seu sucessor, o Cardeal Angelo Sodano. O processo culminou, no período do Presidente Gorbachev, em marco de 1990, com o restabelecimento das relações oficiais entre o Vaticano e a ex-União Soviética. João Paulo II é um ardoroso defensor da “Grande Europa”, que se estende do Atlântico aos Urais. A “Grande Europa”, segundo ele, deve respirar com os dois pulmões, alimentar-se com a riqueza das duas tradições: a cristã-ocidental e a eslavo-ortodoxa.Com o final da guerra fria, os medos da humanidade viram-se hoje para a guerra das civilizações, confrontos com motivações religiosas entre o mundo árabe e o Ocidente. O papel de João Paulo II, mesmo aos 83 anos, voltou a ser fundamental. A campanha contra a guerra no Iraque é o acto que simbolicamente congrega as iniciativas e apelos de paz de João Paulo II ao longo dos últimos 26 anos, nascidos da convicção de que o respeito pelos direitos humanos é o único caminho para os povos.Menos unânimes, mas igualmente firmes, foram as posições do Papa sobre os temas do matrimónio, da família, da defesa da vida desde a sua concepção até ao momento da morte natural ou da moral sexual. Essa acção, mesmo se contestada, apresenta João Paulo II como uma consciência crítica, em referência constante ao Evangelho.
in Agência Ecclesia

Wednesday, May 17

O CÓDIGO DA VINCI

Transcrevo aqui no blog um artigo de opinião do biblista Pe Carreira das Neves que nos elucida algumas das questões que aparecem nesta obra que agora passa nos cinemas de todo o mundo.
É necessário saber algumas coisas antes de afirmarmos certas coisas.... Cuidado com o neo-gnosticismo que alastra que nem peste...
Aqui vai com a devida vénia... Leiam, irá fazer-vos bem...

O romance policial O CÓDIGO DA VINCI de Dan Brown tonou-se em pouco tempo no maior “best-seller” dos últimos tempos. Segundo os entendidos já se venderam mais de quinze milhões de exemplares. Afirmam alguns que é a “Nova Bíblia descodificada”. Dizem outros que se trata de um romance com o fim de arrasar todas as verdades da Igreja Católica ao longo dos séculos.
O autor fornece-nos na capa da obra duas afirmações estranhas, por um lado apresenta a obra como ROMANCE e, por outro, afirma: “ Uma verdade escondida durante séculos é finalmente revelada!”. Pergunta-se: como é possível que um romancista nos forneça, em género literário ROMANCE, uma verdade histórica escondida durante séculos? Esperávamos que semelhante trabalho saísse das mãos de um historiador, mas nunca de um romancista. Os romancistas realizam obras de arte literária a partir dos historiadores ou, então, da construção ficcional das respectivas personagens. Mas não lhes assiste o direito de deturparem a história. O autor afirma na p. 11 sobre O Priorado de Sião: “ Sociedade secreta europeia fundada em 1099, é uma organização real. Em 1975, a Bibliothèque National de Paris descobriu um conjunto de pergaminhos, conhecidos como Les Dossiers Secrets, que identificam numerosos membros do Priorado de Sião, incluindo Sir Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Leonardo da Vinci”. Tal descoberta não passa duma “farsa” desmontada por historiadores recentes ( ver Bruce Boucher, New York Times de 3 de Agosto 2003). O romance tem por trama um assassínio que prende o leitor até à descoberta final. Partindo de Paris, somos levados até Londres, onde, na Charter House da abadia de Westminster, é revelada a identidade do “Mestre” que tinha arquitectado os assassínios. Como prova apresenta a Última Ceia de Leonardo Da Vinci. O grande génio pinta a figura da Madalena à direita de Jesus, e não o apóstolo João. Defende que Jesus tinha casado com Maria Madalena, da qual tinha um filho. Maria Madalena era o célebre Santo Graal do sangue de Cristo. Estava, assim, desvendada a verdade escondida durante séculos. Mais ainda, Madalena, por disposição de Jesus, devia suceder-lhe na condução da Igreja dos discípulos. Mas a Igreja dos homens, dos Doze e dos que se lhe seguiram, tudo fizeram para calar o ministério da Madalena, transformando-a numa prostituta. Descoberto o “segredo” do Priorado de Sião, o superior Geral do Opus Dei promete ajudar o Vaticano a liquidar os frutos humanos remanescentes da descendência do filho de Jesus e da Madalena. Para tanto, contrata-se um ex - Killer convertido, agora monge do Opus Dei. O Priorado de Sião oferece ao ex - Killer os segredos do cryptex ( pequeno cilindro de pedra) que contém o segredo. Tratava-se, então, de assassinar os últimos quatro remanescentes e expoentes do Priorado de Sião, que pertenciam à família de Jesus .
Os amores de Jesus com a Madalena é um assunto de monta, porque aparecem, de facto nos evangelhos apócrifos e gnósticos dos primeiros séculos da era cristã, que o autor defende serem os verdadeiros evangelhos, entretanto desprezados pelos homens da Igreja de então, que impuseram à Igreja os actuais quatro evangelhos “ canónicos”: Mateus, Marcos, Lucas e João. Porém, está mais que provados que os evangelhos sinópticos e João pertencem ao século primeiro e que os evangelhos gnósticos são muito posteriores. Estes amores de Jesus e Madalena já foram objecto de outros livros, sobretudo de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincol na obra Holy Blood, Holy Grail ( 1982). Defendem a tese de que várias famílias reais da Europa descendem de Jesus e de Madalena. O nosso Dan Brown não vai longe pois defende que apenas os antigos Merovíngios pertenciam ao sangue de Jesus.
Há, ainda muitos outros aspectos dignos de nota. O autor afirma que foi o imperador Constantino quem impôs a lei do dia do Domingo como obrigatório para o culto cristão. Nisto há apenas uma meia verdade. O Domingo, como dia de culto cristão já aparece nos Actos dos Apóstolos 20,7 e Apocalipse 1,10. O que Constantino determinou a 3 de Março de 321 foi o Domingo como dia de repouso, substituindo o sábado judaico. Afirma que Constantino pressionou o Concílio de Niceia de 325 para proclamar a divindade de Jesus, mas tal doutrina aparece clara nalguns textos do Novo Testamento ( ver João 1, 1; 10, 30; 20,28; Mateus 28,19 ). O que o Concílio de Niceia trouxe de novidade foi a modalidade de apresentar a divindade de Jesus em relação ao Pai: “consubstancial ao Pai”. Afirma que o tetragrama sagrado YHWH do nome de Deus de JEOVÁ, uma união física andrógina do masculino Yah com o pré- hebraico nome de Eva, Havah. É uma afirmação puramente gratuita. A pronúncia JEOVÁ é fruto das consoantes hebraicas ( o hebraico não tinha vogais) e das vogais, entretanto impostas, do nome ADONAI. Só a partir do séc. XVI é que alguns cristãos começaram a pronunciar e escrever o nome JEOVÁ. Trata-se, pois, de um artifício literário.
Em toda esta trama é importante saber o que dizem os evangelhos apócrifos, mormente os gnósticos, objecto de lutas entre os chamados Padres da Igreja dos primeiros séculos com os defensores gnósticos cristãos, que formavam uma pequena Igreja paralela à grande Igreja, em processo de formação teológica, sacramental e ministerial. Tais evangelhos reapareceram nas ruínas de Nag - Hammadi, no centro do Egipto, a partir de 1947, hoje em dia publicados e estudados pelos académicos de história e exegese, mormente na Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Espanha, etc. Escolhemos apenas alguns textos mais significativos para, depois, apresentarmos o nosso parecer teológico e exegético.
Evangelho de Tomé, (datado + ou – de 200 p. C. ) logion 21: “ Simão Pedro disse-lhes [aos discípulos] : “ Que Maria ( Madalena ) nos deixe, porque as mulheres não são dignas da vida”. Jesus disse: “Eu mesmo a guiarei para fazer dela um varão, para que também ela chegue a ser um espírito como vós, varões. Porque qualquer mulher que se transformar em varão entrará no Reino dos céus.”
Evangelho de Filipe ( datado de finais do séc. II.- meados do séc. III ), n.º 63: “ E a companheira ( Koinônós ) do Salvador, Maria Madalena, Cristo amava-a mais do que aos outros discípulos e costumava beijá-la na boca muitas vezes. Os outros discípulos ofendiam-se com esta atitude e manifestavam o seu desagrado ...”
Evangelho de Maria ( do séc. V d . C. ), 9, 12ss: “ Pedro disse a Maria: “ Irmã, nós sabemos que o Salvador te amou mais do que a todas as mulheres; diz-nos as palavras do Salvador que recordas e que conheces, mas que nós não conhecemos nem ouvimos”. Maria responde e diz: “O que vos está escondido eu vo-lo anuncio.” E ela começou a revelação ...” , 17, 7ss: “É lá possível que ele [o Salvador ] tenha falado com uma mulher em segredo e não ás claras? Devemos, porventura, mudar as nossas atitudes e escutar estas mulheres? Poderia ele preferi-la a nós?”
Pistis Sofia ( do séc. III d. C. ), n.º 36: “Maria falou e pergunta quem entendeu para que possa dar a explicação. Maria Madalena fê-lo em várias ocasiões. Então Pedro adianta-se e diz a Jesus: “Meu Senhor, não podemos aguentar esta mulher, que nos tira a oportunidade de falar e não permite que alguém fale porque está sempre a perguntar; Jesus responde a Pedro e diz que quem deve falar é aquele a quem o Espírito impulsiona como no caso de Mariam.”. N.º 72: “Maria veio diante de Jesus e disse : “Senhor meu, a minha mente entende que deveria adiantar-me e dar a interpretação, mas tenho medo de Pedro que me odeia e odeia a nossa raça”.
Estes exemplos são suficientes para concluirmos o seguinte: Os cristãos gnósticos associavam a filosofia de Platão à fé cristã e defendiam que o verdadeiro cristão era aquele que, por iniciação gnóstica, descobria, pouco a pouco os segredos do Reinos dos Céus. Tais segredos pertenciam apenas aos homens. Só eles eram dignos do reino da Vida, ao contrário das mulheres. Para que estas pudessem participar de tais segredos e Vida tinham que, por iniciação gnóstica, transformar-se em homens/ varões. Desta forma, os gnósticos desprezavam o casamento e tudo o que se relacionava com o sexo e corpo. Pretendiam atingir o pleroma, plenitude do segredo e felicidade, pela iniciação gnóstica. Serviam-se de Maria Madalena para defenderem a sua igreja contra a igreja de Pedro já que Madalena, no cap. 20 de João, aparece como íntima discípula de Jesus. Uma vez tornada varão, recebe as “ revelações” gnósticas do Salvador e ensina –as aos discípulos. Desta forma, para os gnósticos, o ideal humano residia na androginia, anterior à separação sexual de Adão e Eva. E é assim que para os gnósticos só lhes interessa um Salvador de lógia, isto é de “sentenças doutrinais” e não de parábolas, milagres e, muito menos, de paixão e morte numa Cruz. Mas o Cristianismo reside no mistério da encarnação, paixão e morte de Jesus.
Os gnósticos são importantes como estudo cultural dos primeiros séculos, mas nada adiantam ao verdadeiro Jesus. Dan Brown, como tantos outros, defende os amores de Jesus com Madalena, seu casamento, mas não entende que estes “amores” não são físicos, mas de espiritualidade gnóstica, de tal modo que o maior dos sacramentos era o do “quarto nupcial”.
O encanto pelo romance de Dan Brown reside no enredo policial à volta de segredos nunca antes revelados, da defesa pelo eterno feminino divinizado, da magia pelo mistério sem fé, da crítica surda à Opus Dei e a toda a história tradicional do Cristianismo, sobretudo na forma da Igreja Católica. A obra é importante pelos reptos e desafios que lança ao Cristianismo e à Igreja. Pena é que tenha sido a custos de falsidades históricas conscientes, desejadas, inventadas .
P. Joaquim Carreira das Neves.

Tuesday, May 16

Convocatória de Portugal




Aqui estão os convocados de Scolari:
Ricardo - Cuidado com as saídas deste homem... Para não falar dos frangos...
Quim - Suplente em todo o lado...
Bruno Vale - Grande prémio ao grande redes deste campeonato... Figura marcante do E. Amadora e da sua boa campanha
Miguel - Exemplo dum jogador com pouco ritmo de jogo
Paulo Ferreira - Seguríssimo
Ricardo Carvalho - Provavelmente o melhor central do mundo
Fernando Meira - Seguro nas bolas áreas e rápido
Ricardo Costa - Polivalente mas não percebo esta opção.... é a quarta ou quinta opção na defesa do campeão nacional
Caneira - Boa época no Sporting
Nuno Valente - Com falta de ritmo
Costinha - Nem tem clube...
Petit - Pau pa toda a obra... dá tudo o que tem e aquilo que não tem. Tem de ter cuidado com o jogo agressivo.
Maniche - Tem jogado pouco
Tiago - Grande época no Lyon
Deco - A grande estrela da companhia
Hugo Viana - Algo lento... mas com margem de progressão
Figo - Experiência e liderança no jogador mais conhecido além fronteiras
Cristiano Ronaldo - Grande classe e bom jogo de fintas.... Fará a diferença. Pena não ter o Quaresma a acompanhá-lo
Boa Morte - Bom extremo. Dos únicos que sabe usar convenientemente o pé esquerdo
Simão - Grande extremo e bom nas bolas paradas
Nuno Gomes - Melhor marcador português no campeonato....
Pauleta - o Ciclone dos Açores

Monday, May 15

Pseudo-modas

Depois de um fim-de-semana em grande para a nação portista. Vêm aí as férias para os jogadores, o Europeu de sub-21 e o Mundial da Alemanha.
Mas, hoje gostava de discorrer acerca de certas modas e tendências um bocado esquisitas e estúpidas.
Vê-se por aí cada figura escatológica. Será que se vêem no espelho antes de sair de casa? Será uma forma de emancipação? Emancipação da estupidez?
Talvez sim, talvez não… lol
5…4…3…2…1… BOOM
Muitas vezes, as pseudo-modas desvirtuam o homem e não o deixam ser como efectivamente o é: um ser humano livre, com direitos e deveres, vivendo com responsabilidade.
As modas não devem levar a um pensamento único que os levam a descaracterizar-se.
Acima de tudo, a tolerância e a liberdade numa linha de responsabilidade.

Haja moralidade…

Wednesday, May 10

Co's Diabos ou Co Adriaanse

Depois de alguns dias (por volta de um mês) fora da blogosfera, regresso com alguns motivos de contentamento: a vitória do FCP (21º título), a chegada do fim do semestre, o meu aniversário no passado sábado e as férias de Verão lol...
Porém, ultimamente tem havido mortes de gente conhecida, inclusive meus familiares.

Gostaria de expor alguns pensamentos acerca da política... desportiva do clube do meu coração: o FCP.
Gostei de ouvir na passada semana o Costinha dizer que era a única equipa que ele gostava de jogar em Portugal visto ter uma boa organização desportiva e um bom balneário. Dos melhores que existem...
Modéstia à parte, estes aspectos terão sido os artífices do excelente resultado no campeonato, apesar da teimosia do 3-3-4 de Co Adriaanse que admiro por ter uma postura muito vertical. Não se deixou abater pelas contrariedades da imprensa, dos adeptos, das claques; lutou contra
tudo e todos e foi um justo vencedor.
Lá vai ele de bicicreta... (ou triciclo lol)
Em vésperas da 2ª conquista em Portugal, penso que o próximo campeonato poderá ser o ano de afirmação deste treinador "laranja" no futebol... ou então não...
Que venha a dobradinha...
ou as tripas.....
.... ou então não....