Friday, June 28

Sexta-feira da Semana XII do Tempo Comum


Deus estabelece com Abraão uma aliança. É este um dos momentos maiores da história da salvação. A circuncisão foi o sinal da aliança com Abraão. Deus apresenta-se a Abraão e pede-lhe para caminhar diante dele e pertencer-Lhe totalmente. A aliança com Deus obriga a pertencer-Lhe, a ser povo de Deus. Abraão, prostrado diante de Deus, recebe a renovação da promessa de uma numerosa descendência. Deus muda-lhe também o nome, de Abrão para Abraão; dar nome a uma pessoa é tomar posse delas. O Senhor também muda o nome de Sarai para Sara: ela é destinatária de uma bênção em referência à sua fecundidade. A figura de Ismael, filho de Agar, é uma afirmação da acção salvadora universal e também para ele Deus tem uma promessa de bênção, de fecundidade e de domínio real.

Ao curar o leproso, Jesus manifesta-Se como Senhor da vida e da morte, cheio de compaixão para com os que sofrem, e ainda como Aquele que reconduz os homens à comunhão na unidade do povo de Deus. Tudo o que por fora acontecer é sinal do que acontece por dentro. A simplicidade que envolve este milagre de Jesus manifesta, por um lado, o poder da palavra do Senhor e, por outro, a força da fé do homem que O invocava.

Thursday, June 27

Quinta-feira da Semana XII do Tempo Comum


Antes de ter um filho da esposa, Sara, que era estéril, Abraão teve um filho de uma escrava, Agar. Era esta uma solução prevista no direito dos povos daquela época, em certas regiões, como acontecia na terra de origem de Abraão. O filho de Agar foi Ismael, o antepassado dos Árabes do deserto; daí o nome de Agarenos ou Ismaelitas. Mas o autor sagrado não está de acordo, e denuncia o excessivo zelo de Sara em ver realizada a promessa de Deus ao seu marido. Agar, na sua nova situação, manifesta orgulho e despreza Sara e esta maltrata-a até a fazer fugir da sua casa. O Anjo do Senhor encontra-a no deserto e convida-a a regressar e a humilhar-se diante de Sara.

Ao concluir o Sermão da Montanha, Jesus previne contra a presunção de se salvar apenas pela invocação do nome divino, sem as acompanhar com uma vida coerente, com a prática da caridade, ainda que sejam expressão da própria fé. Não se pode ficar pelo dizer; há que fazer.
Cristo fala de duas maneiras de escutar a Palavra: de modo superficial e descomprometido ou de modo atento e eficaz. Fala também das consequências de escutar de um ou de outro modo. A solidez da vida não pode ser outra senão a que vem da palavra de Deus, escutada e cumprida que é alicerce que permanece firme para a vida eterna.

Wednesday, June 26

Quarta-feira da Semana XII do Tempo Comum


No texto do Génesis, que hoje escutamos, é narrada a aliança entre Deus e Abraão. Esta aliança continuará em Moisés, atingirá a perfeição e tornar-se-á definitiva em Jesus Cristo. Abraão é apresentado como um profeta a quem Deus revela numa visão uma palavra em que se encerra uma garantia de protecção divina e uma promessa. Ele é chamado pai da nossa fé, porque acreditou na palavra de Deus, desde o princípio, antes de a ter visto realizada. Foi esta fé que o tornou justo aos olhos de Deus, antes mesmo de ter praticado as obras da fé.

Os falsos Profetas são os doutores da mentira, que seduzem o povo com falsas aparências de piedade, enquanto, no íntimo, buscam os seus interesses. Este íntimo há-de revelar-se mais nas obras do que nas palavras. A comparação da árvore e dos seus frutos é fácil de compreender, e cheia de sabedoria nascida da experiência. A árvore boa dá bons frutos; a árvore má dá maus frutos. A doutrina de Jesus Cristo é princípio de vida, se é perfeitamente acreditada e perfeitamente vivida. Jesus é o Verbo de Deus, a Palavra por quem tudo foi feito; as suas palavras são também agora em nós criadoras e fonte de vida.

Tuesday, June 25

Terça-feira da Semana XII do Tempo Comum


Chegando à terra a que o Senhor o chamara, Abraão estabelece-se aí, depois de ter combinado com Lot, seu sobrinho, a partilha da terra. A divisão faz-se na melhor ordem, devido à atitude cordata de Abraão. Depois, Deus renova a sua promessa, larga como o horizonte que dali se avista, rica em dons, numerosos como os grãos de poeira da terra agora prometida. Assim são os começos da história do povo de Deus!

No Evangelho, temos as três máximas de Jesus:
1ª Não profanar as coisas santas
2ª Regra de ouro: trata os outros como queres que eles te tratem.
3ª Porta estreita que leva à vida: produzir frutos cumprindo a vontade de Deus pela prática da Palavra de Jesus

O chamamento de Deus à santidade é para todos os discípulos de Jesus: amar, servir e glorificar a Deus.

Monday, June 24

Solenidade do Nascimento de São João Baptista


Hoje, celebramos o nascimento de João Baptista! Habitualmente, a festa de um santo acontece no dia da sua morte, do seu nascimento para a vida eterna. Mas, no calendário litúrgico, há três casos em que celebramos também o dia do nascimento: Jesus Cristo, Maria e João Baptista. Por isso, hoje, celebramos a vida que é um dom de Deus. Neste caso, este grande dom está representado na alegria de todos os familiares e vizinhos e pelo nome que os pais decidem atribuir à criança: O seu nome é João. O evangelista destaca que este presente que Deus oferece aos seus pais supera as leis da natureza pois Isabel e Zacarias eram idosos e estéreis.
O seu nome é João significa a missão que há-de ser desempenhada por aquela criança: Deus dá a sua graça, Deus é misericordioso. Celebramos o nascimento do Precursor, Aquele que vem para anunciar e preparar o caminho do Senhor, a chegada do Messias. No solstício de Inverno, celebramos o nascimento de Jesus Cristo. No solstício de Verão, celebramos o nascimento de João Baptista. João Baptista é o último profeta do Antigo Testamento e o primeiro do Novo Testamento. Ele é um sinal vivo e profético da salvação oferecida por Deus. Ele ajuda-nos a entender a missão que nós temos de assumir: anunciar o Evangelho da Salvação a todas as pessoas e em todas as circunstâncias. Ele é o modelo para a Igreja chamada a evangelizar. A missão da Igreja é ser precursora, é encaminhar as pessoas para Cristo. Ela cumpre a sua missão quando orienta para Cristo e, depois, desaparece para que o encontro seja pessoal e directo. Evangelizar é apresentar Jesus Cristo, à imagem de João Baptista.

Sunday, June 23

Domingo XII do Tempo Comum


O Evangelho de hoje ajuda-nos então a entender o que é tomar a cruz do amor, da doação, da entrega aos irmãos, a partir dum viver na simplicidade, no serviço humilde, na generosidade.

Precisamos todos, como os discípulos, de fazer a experiência do encontro com Jesus, a experiência da intimidade com Ele. Há três grandes meios fundamentais para esse encontro:
1º A prática diária e fiel da Oração: Ele reza com os discípulos e ensina-os a rezar. Não podemos ser discípulos, sem a experiência da oração.
2º A participação dominical na Eucaristia. A Eucaristia é o lugar privilegiado, onde Jesus nos dá a Sua Palavra e o Seu Pão. Sem a participação da Eucaristia, a Sua Vida não permanece em nós.
3º Levar com amor a cruz de todos os dias. No esforço diário, no sacrifício, na vontade de fazer o bem, seguimos Jesus no caminho da Cruz e tendo sentimentos de humildade, de serviço e de amor.

Friday, June 21

Sexta-feira da Semana XI do Tempo Comum


Perante os ataques injustos dos seus adversários e da superficialidade leviana daquela comunidade, São Paulo lembra-lhe o que tem feito por ela e por todas as demais comunidades. É uma página cheia dos mais belos testemunhos de um apóstolo de Cristo, escrita com a indignação exaltada do trabalhador incansável do Evangelho, que vê agora em perigo o fruto esperançoso de tão bela sementeira. Quase a terminar a sua carta, Paulo recorre à sua ficha sociológica, enumerando todos os seus títulos de orgulho, não sem uma certa manha, para se defender dos que se lhe opõem e atacam: hebreu, israelita, descendente de Abraão, ministro de Cristo, apóstolo sujeito a mil perigos, dotado de carismas especiais.

Os caminhos do Evangelho passam todos pelo coração do homem. As coisas têm o valor que o homem lhes der e para o cristão têm o valor que a fé lhe ensinar a atribuir-lhes. Por isso, os tesouros terrenos não podem dominar o coração humano. O verdadeiro tesouro está mais longe e mais alto do que os cofres que podem ser assaltados. Para saber dar o verdadeiro valor às coisas que o envolvem, o homem precisa de purificar o seu interior, donde nasce a verdadeira luz, que dá o sentido autêntico a tudo o que o rodeia. Obtém-se o tesouro no céu orientando o coração, a afectividade, o homem todo, com os seus apetites e desejos mais íntimos e profundos para Deus.

Wednesday, June 19

Ora a teu Pai em segredo

A Liturgia é simultaneamente a meta para a qual se encaminha a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força. […] Da Liturgia, pois, em especial da Eucaristia, corre sobre nós, como de sua fonte, a graça, e por meio dela conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus a que se ordenam, como a seu fim, todas as outras obras da Igreja.
Para assegurar esta eficácia plena, é necessário, porém, que os fiéis celebrem a Liturgia com rectidão de espírito, unam a sua mente às palavras que pronunciam, cooperem com a graça de Deus, não aconteça que a recebam em vão (2Cor 6,1). Por conseguinte, devem os pastores de almas vigiar por que, não só se observem na acção litúrgica as leis que regulam a celebração válida e lícita, mas também que os fiéis participem nela consciente, activa e frutuosamente.
A participação na sagrada Liturgia não esgota, todavia, a vida espiritual. O cristão, chamado a rezar em comum, deve entrar também no seu quarto para rezar a sós (Mt 6,6) ao Pai; e, segundo ensina o Apóstolo, deve rezar sem cessar (1Tim 5,17). E o mesmo Apóstolo nos ensina a trazer sempre no nosso corpo os sofrimentos da morte de Jesus, para que a sua vida se revele na nossa carne mortal (2Cor 4,10-11). É por essa razão que no Sacrifício da Missa pedimos ao Senhor que, tendo aceite a oblação da vítima espiritual, faça de nós uma «oferta eterna» (or. eucarística III) a Ele consagrada.


in Concílio Vaticano II, Constituição sobre a sagrada liturgia «Sacrosantum Concilium», §§10-12

Quarta-feira da Semana XI do Tempo Comum


São Paulo continua a fazer apelo à generosidade dos cristãos de Corinto, para irem em auxílio da comunidade muito pobre de Jerusalém. Tinha sido um compromisso que ele havia tomado, quando se despedira dos outros Apóstolos em Jerusalém, antes de partir para as suas viagens missionárias. E lembra-lhes a alegria que deve encher o coração de quem dá por amor, o que está na linha da palavra de Jesus, que o mesmo S. Paulo é o único a relatar: É melhor dar do que receber. 

Jesus aponta outro importante princípio, o de superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus e seguem-se as aplicações práticas no que se refere à esmola, à oração, ao jejum, que resumem as práticas religiosas tradicionais. Jesus não censura essas práticas, mas a forma e o objectivo com que eram realizadas, particularmente pelos fariseus. Quem faz boas obras para ser estimado e louvado pelos outros, já recebe a sua recompensa; quem as faz por Deus, obtém dEle a retribuição.

Tuesday, June 18

Terça-feira da Semana XI do Tempo Comum


Quando S. Paulo partiu de Jerusalém para as suas viagens apostólicas, os outros Apóstolos pediram-lhe que não se esquecesse da comunidade de Jerusalém, especialmente carecida de meios. São Paulo prometeu-lhes que assim o faria. O texto de hoje dá testemunho de que ele assim fez. Apontando-lhe o exemplo das Igrejas da Macedónia, estimula agora a de Corinto a ir ao encontro dos pobres de Jerusalém. Mas, o exemplo maior é o do Senhor Jesus, que, de rico que era, Se fez pobre para nos enriquecer com a sua pobreza.

A lei fundamental do Evangelho é a do amor, porque todo ele é, antes de tudo, a revelação do amor de Deus pelos homens, em seu Filho feito homem. Amar, para o discípulo de Cristo, é imitar a Deus, que primeiro nos amou. Este amor não tem limites, estendeu-se a todos os homens, até aos inimigos. Se não se chegar até aqui, não se terá ultrapassado a craveira dos pagãos.

Monday, June 17

Segunda-feira da Semana XI do Tempo Comum


Os ministérios de que Deus nos incumbe são sempre ocasiões de graça, que hão-de ser aceites como tais. São esses os tempos favoráveis de salvação, que, a maior parte das vezes, se apresentam em forma humilde e cheia de limitações, mas onde melhor se pode mostrar fidelidade e espírito de serviço, como o dos que acompanharam o ministério de S. Paulo.

Continuando a leitura do Sermão da Montanha, ouvimos hoje como Jesus ensina que a justiça não se fará com a vingança. Citando primeiro um dito, conhecido por Lei de Talião, Jesus apela para a não-vingança, para a humildade, para a bondade, para o perdão. De facto, o discípulo de Jesus revela-se particularmente no perdão das injúrias; é essa uma das manifestações maiores da caridade. Foi precisamente assim que o Senhor procedeu e mandou que procedêssemos nós também e melhor se afirma a vitória sobre o egoísmo.

Sunday, June 16

Domingo XI do Tempo Comum


 Deste Evangelho, podemos tirar algumas pistas de reflexão para a nossa vida. Não é necessário afirmar que somos justos, como o fariseu; é necessário reconhecer a nossa condição de pecadores, como o fazemos, sobretudo, no início das nossas celebrações eucarísticas. Assim, seremos alvos da misericórdia de Deus, em Jesus Cristo. Jesus diz-nos que não devemos ter medo de viver com os pecadores. É preciso que os cristãos se deixem tocar por Jesus e também tenham a coragem de tocar o mal, de sujar as mãos, ou seja, aproximando-se de todos sem distinção, para que os pecadores possam ter uma experiência concreta do amor dos cristãos. A graça do perdão gera a gratidão, a retribuição. A vida cristã consiste em retribuir com amor ao amor de Deus, que se manifesta no perdão em Jesus Cristo. É um amor que se manifesta na paz, na alegria e no serviço aos irmãos, a todos aqueles que Deus ama.
Como nos disse Bento XVI, a quem muito ama, Deus tudo perdoa. Quem confia em si mesmo e nos próprios sentimentos está como que cego pelo seu eu e o seu coração endurece-se no pecado. Ao contrário, quem se reconhece frágil e pecador confia em Deus e d'Ele obtém graça e perdão.

Friday, June 14

Sexta-feira da Semana X do Tempo Comum


O ministério apostólico exerce-se no meio das circunstâncias concretas deste mundo, sujeito às mesmas provações e dificuldades a que todas as vidas o estão, como a própria vida de Jesus o esteve. Uma vez mais, é na história dos homens que Deus realiza a salvação que só d’Ele nos vem. Mas também é a própria vida de Jesus que constitui o modelo e o penhor dos cristãos e particularmente dos que especialmente se dedicam ao ministério da palavra de Deus.

A perfeição cristã não se avalia simplesmente pelo cumprimento exterior das leis, mas pelos sentimentos íntimos do coração; é aí que reside a origem de tudo o que é bom e de tudo o que é mau. Jesus exemplifica estes princípios com o caso do adultério e afirma a indissolubilidade do matrimónio.
As tremendas palavras do Senhor: Se a tua vista direita for para ti origem de pecado, arranca-a e lança-a fora… se a tua mão direita for para ti origem de pecado, corta-a e lança-a fora…, expressam a decisão com que havemos de evitar o mal e procurar o bem.

Thursday, June 13

Festa de Santo António

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos


Nasceu em Lisboa (Portugal) no final do século XII em 1195. Foi recebido entre os Cónegos Regulares de S. Agostinho e depois da sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos da África. Mas foi na França e na Itália que ele exerceu com grande fruto o ministério da pregação e converteu muitos hereges. Foi o primeiro professor de teologia na sua Ordem. Escreveu vários sermões, cheios de doutrina e de unção espiritual. Morreu em Pádua no ano 1231. No dia do Pentecostes de 1232, 1 ano depois da sua morte, foi canonizado por Gregório IX.

Santo António tinha a força do sal, fruto da sua união com Deus, que lhe permitiu combater as heresias que se iam espalhando no seu tempo sobre a Eucaristia. Além disso, essa mesma força de Deus serviu-lhe para a realização de inúmeros milagres: é um poderoso intercessor nas necessidades.

Wednesday, June 12

Quarta-feira da Semana X do Tempo Comum


Paulo acredita no poder de Deus, no seu ministério e na docilidade e disponibilidade dos Coríntios para receberem as mensagens como coração vivo e pulsante. Foi grande a glória da Lei antiga, revelada a Moisés, mas é muito maior a glória da nova Lei, trazida por Jesus. A Lei antiga não libertava da morte, como agora liberta a graça de Cristo, ressuscitado e glorioso. A Lei antiga estava escrita com letras nas tábuas dadas a Moisés; a nova Lei está gravada em nossos corações pelo Espírito de Deus.

Em nossa limitação humana, temos dificuldade em abarcar, num simples olhar, o sentido da história, e, por isso, definimos quase tudo por meio de oposições. É-nos mais natural dividir do que juntar. Por isso, contrapomos frequentemente o Antigo e o Novo Testamento, como se se tratasse de coisas e tempos opostos. Mas, a verdade é que toda a história é uma grande unidade, cujo mistério Deus tem em sua mão. Foi assim que Jesus não veio revogar o Antigo Testamento; veio, ao contrário, realizar o que o Testamento Antigo anunciava. De um ao outro, é a mesma aliança que continua, para encontrar a plenitude na Morte e Ressurreição do Senhor.

Tuesday, June 11

Memória litúrgica de São Barnabé, Apóstolo



José, cognominado Barnabé, isto é, filho da consolação, é chamado apóstolo embora não tenha pertencido ao grupo dos Doze. Era membro da comunidade judaica de Chipre, em Jerusalém. Não conheceu pessoalmente Jesus, mas converteu-se logo nos primeiros anos do Cristianismo, e teve um papel importante na expansão da Igreja. Daí ser chamado apóstolo. Foi ele que apresentou Paulo à comunidade de Jerusalém, garantindo-lhe a sua recente conversão. Conduziu Paulo a Antioquia, apresentando-o também lá à comunidade dos fiéis. Acompanhou o Apóstolo na sua primeira viagem missionária, cerca do ano 60. Depois, separou-se de Paulo, regressando a Chipre onde terá sido martirizado no ano 60.

Monday, June 10

Santo Anjo da Guarda de Portugal


Os anjos, que fazem parte do mundo invisível a que se estende também a acção criadora de Deus, vivem inteiramente dedicados ao louvor e ao serviço de Deus. A inteligência humana tem dificuldade em exprimir a natureza dessas criaturas espirituais. A sua missão é-nos conhecida através da Bíblia, que, em tantos passos, dá testemunho acerca da existência dos Anjos. 
Mensageiros de Deus, em momentos decisivos da História da Salvação, os Anjos estão encarregados da guarda dos homens e da proteção da Igreja. A fé cristã crê também possuir cada nação em particular um Anjo encarregado de velar por ela.

Em Portugal a devoção ao Anjo da Guarda é muito antiga. Tomou, porém, incremento especial com as aparições do Anjo, em Fátima, aos Pastorinhos. Pio XII mandou inserir esta comemoração no Calendário Litúrgico português.
Peçamos ao Anjo de Portugal que nos livre de todas as adversidades, nos defenda nas adversidades, dirija os nossos passos, como nação, no caminho da salvação e da paz.

Sunday, June 9

Domingo X do Tempo Comum


A liturgia da Palavra deste 10º Domingo do tempo Comum convida-nos a centrar a nossa vida cristã na Palavra, escutada e meditada, e na Eucaristia, celebrada e adorada e a dar a devida importância à dimensão profética que está patente nestas 3 leituras: Elias, o profeta da esperança e da vida; Paulo, o profeta do Evangelho recebido de Deus; e, particularmente, em Jesus, o grande profeta que visita o seu povo em atitude de total oblação.

Perante estas leituras da Palavra de Deus, das duas uma: ou fazemos da nossa vida um cortejo de morte, dos sem esperança, que acompanham o cadáver, em atitude de choro, de luto, de desespero; ou fazemos do nosso peregrinar um caminho de esperança, de ressurreição, de transformação do choro e da morte em sentido de vida. E se somos seguidores de Cristo e nos deixamos visitar por este grande profeta então o drama da morte não tem a última palavra graças à Sua Ressurreição.

Em pleno Ano da Fé, e neste dia de domingo, em que sempre fazemos, na eucaristia, a memória viva da ressurreição do Senhor, somos desafiados a professar a nossa fé e a nossa esperança na ressurreição. A nossa ressurreição em Cristo não pode ser esperada, como um prolongamento desta vida, nem o adiamento de uma morte inevitável. Mas é uma vida nova e transformada em Cristo.

Friday, June 7

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus


A liturgia deste dia convida-nos a contemplar a bondade, a ternura e a misericórdia de Deus pelos homens, por todos os homens, sem excepção. Como imagem privilegiada para exprimir esta realidade, a Palavra de Deus utiliza a figura do Pastor: Deus é o Pastor que, com amor, cuida do seu rebanho.
Revelando-Se ao Povo escolhido sob a sugestiva imagem do Bom Pastor, Deus manifestava a Sua bondade, o Seu carinho, a Sua compaixão e mostrava o género de relações, que o homem devia estabelecer com Ele. Jesus aplicará a Si mesmo esta imagem, com palavras que não deixam dúvidas de que Ele é o Pastor divino, o libertador do Seu povo, Aquele que busca a ovelha perdida, Aquele que procura alimento para as Suas ovelhas e defende as que estão em perigo, dando por elas a vida. Na parábola do Bom Pastor, Jesus dá-nos a conhecer o Seu amor infinito e também o do Pai.

É necessário que o culto do Coração de Jesus, começado na vida mística nas almas, desça e penetre na vida social dos povos. Ele trará o soberano remédio para os males cruéis do nosso mundo moral. (Padre Dehon, Obras Sociais I, 3)

Thursday, June 6

Quinta-feira da Semana IX do Tempo Comum


Em Israel, o matrimónio era celebrado de modo muito simples e em família, sem a mediação de sacerdotes ou de qualquer acto litúrgico. Havia apenas uma pequena oração a implorar a paz para o novo lar. A dimensão religiosa do matrimónio vem da íntima estrutura criacional: o amor humano entre um homem e uma mulher é lugar do Amor de Deus. Os noivos sabem que não estão sós, que Deus está com eles. A família, comunidade de amor, é também comunidade de oração. Tobias e Sara pedem para ser salvos da morte e para que o seu amor chegue até à idade mais avançada.

O amor de Deus foi sempre e sempre será o fundamento de toda a lei de Deus, tanto do Novo, como já do Antigo Testamento. A citação que Jesus faz, ao dizer: Escuta, Israel!, é o princípio da oração que os Judeus rezam todos os dias e que lhes lembra diariamente esse primeiro e maior mandamento. O segundo mandamento, o amor do próximo, é a consequência e a aplicação do primeiro. Compreendê-lo é estar às portas do reino de Deus, e praticá-lo é ter entrado nesse mesmo reino.

Wednesday, June 5

Quarta-feira da Semana IX do Tempo Comum


A oração de Tobite é a prece de um homem banhado em lágrimas e desencorajado, que não vê futuro à sua frente, mas que se coloca diante de Deus na sua verdade, porque continua a acreditar na justiça, na misericórdia e na lealdade do Senhor. Na sua aflição, pede a Deus a única coisa que ainda lhe parece possível: a morte. Mas Deus é capaz de ir mais além daquilo que os homens Lhe pedem e por isso, não dá a Tobite a morte, mas a vida. A oração de Sara é o grito de uma mulher desesperada e insultada, com uma vida sem futuro. Mas também ela não se deixa dominar pelo desespero. Diante do Senhor, banhada em lágrimas, pede para ser libertada da sua desgraça, daquela espécie de maldição que fez com que os sete maridos com quem casou tivessem morrido logo na noite de núpcias. 

Os saduceus, embora da linhagem sacerdotal de Israel, interrogam Jesus, de modo quase grosseiro, para ver se apanham o Senhor numa cilada, com um problema que diz respeito a mortos. Jesus mostra-lhes que eles são mestres, mas ignorantes. Lêem as Escrituras, mas não lhes entendem o espírito; são materialistas. E, citando também a Escritura, Jesus mostra como Deus, que já em Moisés Se revelara aos seus antepassados como Deus vivo, Ele, que é fiel, assim continua a ser, vivo e fonte de vida. A ressurreição é possível.

Tuesday, June 4

Terça-feira da Semana IX do Tempo Comum


Tobit é posto à prova por meio da cegueira que o atinge de maneira inesperada; mas a sua fé em Deus vai fazer que não só aceite essa provação, mas até insista com sua mulher, que, pensou ele, num momento de fraqueza se apoderara do alheio, para que restitua o que não é seu, depois de lhe ter ouvido palavras levianamente insensatas.

Diante da emboscada que os seus inimigos Lhe fazem, Jesus afirma, com toda a serenidade, um grande princípio: o campo espiritual e o temporal não se opõem nem estão em contradição, do mesmo modo que Deus não é oposto a César. O homem que quiser ser fiel a Deus tem de respeitar os direitos da autoridade humana; mas esta, por seu lado, deve ter sempre presente aquele outro princípio que Jesus afirmou solenemente no tribunal romano de Pilatos: Não terias sobre Mim poder algum, se não te tivesse sido dado do Alto.

Monday, June 3

Segunda-feira da Semana IX do Tempo Comum


Tobit, mais vulgarmente dito Tobias, que é, na realidade, o nome do seu filho, é-nos apresentado neste livro, que hoje começamos a ler, como um israelita temente a Deus, que orienta toda a sua vida pelos ensinamentos da Lei do Senhor. Animado pela virtude que a fidelidade a Deus nele enraizou, não tem medo de se expor à possível perseguição dos homens, ao preferir pôr em prática as exigências da caridade para com os seus irmãos.

Por meio de uma parábola, Jesus denuncia aos chefes judaicos as maquinações com que eles procuravam dar-Lhe a morte. E mostra-lhes que assim eles estavam a realizar, por suas próprias mãos, a rejeição d’Aquele que lhes era enviado como seu Salvador, como já o salmo o anunciava, salmo que eles tantas vezes cantavam, mas sem lhe apanhar o sentido profundo. O salmo anunciava a sua ressurreição e o aparecimento de novo edifício espiritual, a sua Igreja, de que Ele, pedra por eles rejeitada, será finalmente a pedra angular.