Friday, April 29

Sexta-feira da Oitava da Páscoa

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A cura do coxo foi ocasião para uma longa catequese, uma mistagogia, uma catequese para iniciados sobre os mistérios da sua própria iniciação. De facto, esta semana foi sempre a semana das catequeses mistagógicas para os que receberam os Sacramentos da Iniciação Cristã na Noite Santa da Páscoa. Hoje esta catequese insiste sobre o Nome divino de Senhor, que é agora título do Homem-Deus, o Senhor Jesus, o Ressuscitado, Kyrie.
É notável a audácia com que Pedro, cheio de Espírito Santo, denuncia, no meio do Sinédrio, o crime perpetrado pelos chefes do povo e anuncia a Ressurreição de Jesus e foi em nome de Jesus que o coxo foi curado, porque, só nele, há salvação.
O Ressuscitado vai ao encontro dos discípulos usando os caminhos que eles mesmos conhecem. Hoje o evangelho fala-nos de uma pesca milagrosa, memória daquela em que, no início da sua vida pública, Jesus tinha prometido que os apóstolos seriam pescadores de homens.
Se estivermos atentos aos pequenos sinais, também nós reconheceremos o Senhor.
As aparições do Senhor ressuscitado vêm frequentemente em ambiente de refeição e esta é descrita com termos semelhantes aos que são usados para falar da celebração da Eucaristia. A celebração eucarística é o lugar privilegiado onde os cristãos reconheceram o Senhor no seu Mistério Pascal. A pesca abundante evoca a abundância de vida de que o mistério da Páscoa de Jesus é fonte e origem.
O texto descreve, de forma simbólica, a missão da Igreja primitiva e o retrato das comunidades que permanecem estéreis quando estão privadas de Cristo, mas que se tornam fecundas quando obedecem à sua palavra e vivem da sua presença. Há um convite à comunidade eclesial de todos os tempos a encontrar o sentido da sua vocação centrando-se em Jesus como Senhor da vida, porque é na dupla mesa da Palavra e da Eucaristia que a Igreja torna frutuosa a sua acção no meio dos homens.

Wednesday, April 27

Quarta-feira da Oitava da Páscoa

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Depois da palavra da pregação dos Apóstolos, proclamada nos dias anteriores, vemos hoje o gesto, o sinal, como que a dar encarnação àquela palavra: a cura feita em Nome de Jesus, sinal do poder do Ressuscitado, que permanece vivo no meio dos seus, como fonte de vida e de salvação. Este sinal maravilhoso vai ser o ponto de partida para uma grande catequese nos próximos dias, como uma mistagogia que se prolonga e aprofunda o mistério pascal agora celebrado.
A cura do paralítico simboliza o poder vivificador de Jesus, a passagem do desespero à vida plena. Pedro ergue o coxo em nome de Jesus Cristo Nazareno. Os apóstolos falam e actuam com o poder de Jesus e é no nome d’Ele que o doente deve confiar.
A aparição aos discípulos de Emaús é das mais significativas: encontramos aqui a ligação entre a Palavra e o Rito, o sinal, onde os discípulos reconhecem o Senhor. Toda esta encantadora narração reproduz a estrutura da celebração da Eucaristia: Jesus no meio dos seus; a palavra das Escrituras; Moisés (a Lei) e os Profetas; a escuta da Palavra e a Eucaristia como fundamentos do caminho da fé cristã; a explicação (homilia) que desvenda o sentido das mesmas Escrituras; por fim, a “Fracção do pão”, termo que, desde a origem, designa a celebração da Eucaristia.
Os discípulos de Emaús são imagem de todos nós que caminhamos, duvidamos e finalmente recuperamos a alegria e a paz no encontro pessoal com Jesus ressuscitado. O dom total e a partilha do amor misericordioso de Cristo é fogo para o anúncio da Boa Nova.

Thursday, April 14

Quinta-feira da Semana V da Quaresma

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Abraão, que Jesus vai recordar no Evangelho, aparece como o homem com quem Deus faz Aliança e que se torna o pai de todo o futuro povo de Deus. Abraão é igualmente o símbolo de todos os que se entregam, confiadamente, ao poder da palavra de Deus e se tornam instrumento providencial da acção de Deus entre os homens e objecto da sua divina intimidade.
Foi Deus quem Se revelou a Si mesmo e revelou a Abraão o nome novo: pai de inúmeros povos, de acordo com um projecto divino de salvação no qual era chamado a ser protagonista. Esta vocação e missão implicavam caminhar diante do Senhor em integridade de vida. Abraão e da sua posteridade seriam de Deus, e Deus seria O Deus de Abraão e da sua posteridade. Abraão responde à proposta divina com um gesto de adoração e de acção de graças que se torna escuta.
Toda a obra de Jesus é o que é e tem o valor que tem por Ele ser quem é: o Filho de Deus, imagem do Pai. Aquele que estabelece a aliança entre o Pai e os homens. Esta aliança já vem de longe: um dos seus grandes momentos foi quando Deus a fez com Abraão. Mas Jesus é maior do que Abraão e é antes dele e será depois dele. A aliança selada no sangue da sua cruz é aliança eterna, que havemos de recordar perpetuamente, como também Ele jamais a esquecerá.
Jesus afirma, com solenidade, - «Em verdade, em verdade vos digo» -, que a sua Palavra é vida e dá a vida a quem a acolhe. Jesus vai respondendo indirectamente às perguntas provocatórias que lhe são feitas. Mas, das suas respostas, emerge a clara afirmação de que é o Filho de Deus, cuja glória procura. É Deus que o leva a falar. Só reconhecendo a Deus, que se manifesta no seu Filho feito homem, se pode ter a vida. Há uma perfeita comunhão entre o Pai e o Filho. É para ela que se encaminha a história da salvação, prometida a Abraão que, na fé, entreviu a sua realização.

Wednesday, April 13

Quarta-feira da Semana V da Quaresma

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A libertação será a situação em que seja possível viver a vida em plenitude sem nada a entravar-lhe o contínuo crescimento. Só apoiados em Deus o poderemos conseguir. Assim o experimentaram os jovens vítimas do rei de Babilónia. Esta leitura representa a imagem da Igreja neste mundo, sempre perseguido pelo espírito do mal, sempre liberto pelo poder e pelo amor de Deus.
O episódio dos três jovens, que escaparam ilesos à fornalha ardente, mostra que o Deus dos hebreus é o único Deus verdadeiro, só Ele é o Deus da vida. Servi-lo é optar pela vida, mesmo que seja preciso sofrer e morrer. O martírio torna perfeita a fé daqueles que puseram a sua confiança em Deus e é o melhor testemunho para os próprios perseguidores.
Mais ainda do que os jovens mártires de Babilónia, poderá experimentar a libertação todo aquele que se tornar, dia a dia, discípulo na escola de Cristo: aí poderá experimentar, dia a dia, o crescimento no espírito, na verdade, no amor. É-se filho de Abraão, do povo de Deus, não pelo sangue, mas pela fé em Cristo. Está-se livre, quando se não é escravo do pecado. A Páscoa é a festa da libertação, para ela nos encaminhamos nestes dias de preparação quaresmal.
A fé no Filho leva os discípulos a permanecerem nEle, Palavra do Pai, como filhos livres que permanecem na casa paterna. Quem procede de outro modo, revela ter outra origem, intenções perversas e escravidão, ainda que não se dê conta disso ou não o queira admitir.

Tuesday, April 12

Terça-feira da Semana V da Quaresma

Leitura e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Na leitura evangélica, Jesus vai fazer referência ao momento em que Ele será levantado, erguido ou exaltado na Cruz. Será então que eles O hão-de reconhecer como o Enviado do Pai, fonte de salvação para quem para Ele olhar com fé. Esta palavra do Evangelho atraiu esta outra passagem em que a serpente de bronze, elevada no poste, se tornou para os filhos de Israel, mordidos pelas serpentes venenosas, sinal de cura, sinal de salvação para quem a olha com fé, sinal que encontra continuidade e realização no Evangelho, sinal da misericórdia de Deus que dá remédio ao castigo.
Jesus é a manifestação do Pai, mas é a sua manifestação encarnada, a mais próxima do homem; mas também, por isso mesmo, é manifestação que não será entendida da mesma maneira por todos. Tudo dependerá da fé ou da falta da mesma com que os homens vão olhar para Ele. Assim, alguns chegarão a dar-Lhe a morte, a elevá-lO. Será elevado na cruz, quando Lhe derem a morte: será, ao mesmo tempo, esse o caminho por onde Ele será elevado, exaltado, mas agora na glória do Pai. Será esse também o grande sinal por onde todos poderão reconhecer quem Ele é e de onde veio. Jesus convida à fé, que eleva o olhar do homem para o alto, Ele é sinal de contradição. Ao realizar o projecto de salvação, revelará os pensamentos secretos dos corações e manifestará definitivamente a sua identidade de Filho, que diz e cumpre a vontade do Pai.

Monday, April 11

Ofra Haza - Im Nin'Alu



A estrela da pop israelita Ofra Haza faleceu há precisamente dez anos. Haza é até hoje o nome com maior reconhecimento internacional da história da música israelita, sobretudo devido a singles como 'Im Nin'Alu', tema que em 1988 atingiu o topo do Eurochart. 'Im Nin'Alu' fazia parte do alinhamento do álbum "Shaday", o vencedor do prémio New Music para o Melhor Álbum Internacional do Ano. 'Galbi', 'Daw Da Hiya', 'Mata Hari' e 'Le'orech Hayam(Along The Sea)' foram outros dos temas que popularizaram a cantora israelita. Além da carreira em nome próprio, Haza contou no seu currículo com colaborações com Michael Jackson, Sisters of Mercy, Paula Abdul, Iggy Pop e Sarah Brightman e participou nas bandas sonoras de "Dick Tracy", "Rainha Margot" e "O Principe do Egipto". Ofra Haza faleceu no dia 23 de Fevereiro de 2000 devido a uma pneumonia, com apenas 42 anos.

Fique com o vídeo para 'Im Nin'Alu':

Links:
http://wiki.sapo.pt/wiki/Ofra_Haza
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ofra_Haza

Provérbio 29

Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.

Segunda-feira da Semana V da Quaresma

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos