Monday, December 31

Fim de 2007

Ao finalizar o ano e ao olhar para trás vemos aquilo que de bom e de mau aconteceu... Acima de tudo, dá-nos a esperança de que o ano de 2008 seja melhor que este.

Boas entradas em 2008 e que seja de facto um óptimo ano para todos.

Catraio

Importuno que persegue e incomoda outra pessoa

Pensamento do dia: 31-12-2007

A felicidade é como um perfume: não o podemos colocar aos outros sem que nos caiam umas gotas em cima.

Saturday, December 29

Videokids - Woodpeckers from space

Apresento hoje uma nova rubrica no meu blog: tem como nome Gira-discos 80's. Aqui apresentarei algumas pérolas dos anos 80. Farei sempre um pequeno texto para contextualizar a música.



Os Videokids foram uns rapazitos que em 1984 lançaram um album com o nome de “Invasion of Spacepeckers”. Desse album apenas o “woodpeckers from space” e um ou outro tema é que ficaram mais na memória. Parece que na altura do lançamento ainda chegaram a ter algum sucesso mas depois nunca mais se ouviu falar deles. Os VideoKids editaram dois álbuns, The Invasion Of The Spacepeckers (1984) e Satellite (1985).

Cantinho do Silêncio: Festa da Sagrada Família (Ano A)

A liturgia deste domingo propõe-nos a família de Jesus, como exemplo e modelo das nossas comunidades familiares… As leituras fornecem indicações práticas para nos ajudar a construir famílias felizes, que sejam espaços de encontro, de partilha, de fraternidade, de amor verdadeiro.
O Evangelho apresenta uma catequese sobre Jesus e a missão que o Pai lhe confiou; mas, sobretudo, propõe-nos o quadro de uma família exemplar – a família de Nazaré. Nesse quadro há duas coordenadas que são postas em relevo: trata-se de uma família onde existe verdadeiro amor e verdadeira solidariedade entre os seus membros; e trata-se de uma família que escuta Deus e que segue, com absoluta confiança, os caminhos por Ele propostos.
A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos dos que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma muito especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.
A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais… É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.

Pensamento do dia: 29-12-2007

A felicidade consiste em conhecer os seus limites e amá-los.
R. G. Ingersoll

Wednesday, December 26

Pensamento do dia: 26-12-2007

A fé suprime os sinais de interrogação e substitui-os por sinais de confiança.

Janela para o mundo cibernético: Sintonizate

O Sintonizate é o site que permite "sintonizar" diversos canais de televisão e rádios on-line. Além disso, inclui também secções de vídeos, jogos e, ainda, letras de música.
Podem ver isso no site: http://www.sintonizate.net

Monday, December 24

Lapinha

No tradicional presépio madeirense Jesus não é um bebé deitado numas palhinhas ou ao colo da mãe, mas um menino, de sorriso angelical, em pé num pedestal, colocado no topo de umas escadas, cujos degraus são decorados com fruta e verduras.
Esta é a 'lapinha' em escada, cujas origens serão algarvias, uma construção trazida para a Madeira pelos primeiros colonizadores.
Os degraus, representando os socalcos dos campos da ilha, delineados com espiguilha e decorados com pêros vermelhos, laranjas e tangerinas, 'cabrinhas' e vasinhos de searinhas.
A 'lapinha', que era sempre construída poucos dias antes da festa, passou depois a representar a difícil orografia da ilha, e os montes e vales surgiam desenhados com os mais variados objectos existentes nas casas, cobertos com papel pintado, uma figura que ficou conhecida por muitos como a 'rochinha'.
Das caixas armazenadas onde ficaram guardadas durante todo o ano, eram retiradas as imagens dos 'pais' e do menino bebé deitado nas palhinhas, os animais, os pastores, os reis magos e as casinhas que a pouco e pouco, dando asas à imaginação, enchiam os 'montes, vales e caminhos' de cor e movimento. Em muitas das representações o Menino Jesus até surgia em duplicado e em vários tamanhos.
Mares e lagoas (com a água representada por algodão, com papel azul ou até mesmo natural, recorrendo a diversos engenhos), bandas de música e diversos episódios da vida quotidiana são outros elementos que podiam ser observados nas construções que adornavam a maioria das casas e instituições.
Havia a tradição de visitar nesta altura do ano as casas de amigos, parentes e instituições, para ver quem tinha conseguido construir a 'lapinha' mais bonita. Nas confraternizações não faltavam o licor, o Vinho Madeira e o bolo de mel, além das outras iguarias da doçaria madeirense, cuja confecção ocupava o tempo e consumia a energia das mulheres nas semanas que antecediam a Festa.
Era comum a grande maioria amassar as broas e bolos de mel que eram cozidos nos fornos das padarias com base numa agenda marcada com antecedência com os padeiros.
Fonte: DN Madeira

Friday, December 21

O que é que Jesus Cristo hoje denunciaria?

Jesus Cristo tornou-se incómodo para as autoridades políticas e religiosas do seu tempo, os romanos e os judeus, receosos da subversão social e política que as ideias de Jesus Cristo podiam trazer. Segundo os Evangelhos, Jesus ousou dizer, "Foi-vos dito... mas Eu digo-vos" e expulsou os comerciantes do Templo, purificando-o. A poucos dias de se comemorar a data que assinala o nascimento de Jesus Cristo, o Semanário foi ouvir vários dignatários da Igreja Portuguesa sobre aquilo que Jesus Cristo denunciaria e se também seria alvo da hostilidade dos poderes instalados, visto como subversivo da ordem social e política vigente: Frei Bento Domingues, D. Carlos Azevedo, padre Carreira das Neves, padre Feytor Pinto, D. Januário Torgal Ferreira, D. Manuel Clemente, padre Peter Stilwell, padre Vaz Pinto.
Jesus Cristo tornou-se incómodo para as autoridades políticas e religiosas do seu tempo, os romanos e os judeus, receosos da subversão social e política que as ideias de Jesus Cristo podiam trazer. Segundo os Evangelhos, Jesus ousou dizer, "Foi-vos dito... mas Eu digo-vos", considerou caduca a interpretação legalista da regra do puro e do impuro, expulsou os comerciantes do Templo, purificando-o. A poucos dias de se comemorar a data que assinala o nascimento de Jesus Cristo, o Semanário foi ouvir vários dignatários da Igreja Portuguesa sobre aquilo que Jesus Cristo denunciaria e se também seria alvo da hostilidade dos poderes instalados, visto como subversivo da ordem social e política vigente: Frei Bento Domingues, D. Carlos Azevedo, padre Carreira das Neves, padre Feytor Pinto, D. Januário Torgal Ferreira, D. Manuel Clemente, padre Peter Stilwell, padre Vaz Pinto, padre Vitor Melícias.

D. Manuel Clemente: "Contra a opulência, a soberba e o seguidismo"
"Jesus respeita a autoridade política e até a fundamenta, no diálogo com Pilatos, governador romano da Judeia: "Nenhum poder terias sobre mim, se não te fosse dado do alto". Mas esta mesma fundamentação, indicando que a autoridade política é de algum modo querida por Deus, para garantir a sociabilidade humana, dá-lhe também um enquadramento que a relativiza e responsabiliza. Quando a autoridade política esquece a sua finalidade social positiva e se arvora num absoluto - como o Império Romano daquele tempo e os seus sucedâneos futuros - perde legitimidade e razão de ser." No que se refere ao que Jesus hoje denunciava, D. Manuel Clemente refere que "nuns lados denunciaria a miséria, noutros a opulência; nuns a irresponsabilidade, noutros a soberba; nuns o individualismo, noutros o seguidismo... Em qualquer circunstância denunciaria a falta de respeito por cada pessoa humana e o esquecimento de Deus.

D. Carlos Azevedo : "Seria ecologista e denunciava a corrupção"
A denúncia permanece actualíssima. O centro da vida das pessoas, o que atrai os seus comportamentos, o que move o seu agir anda afastado do querer de Deus e portanto o confronto com o Evangelho é provocante. Quando os cristãos são fiéis a Cristo e optam por critérios de vida inovadores fazem-se defensores dos direitos humanos, sem descontos; livres de interesses, servem as causas dos mais pobres; desgastam-se pelo bem comum e mostram espírito crítico relativamente ao consumo sem limites ao lado da pobreza, ao lucro sem medida, ao uso do corpo sem equilíbrio, às vaidades nacionalistas, ao uso das armas e o recurso à violência na resolução de conflitos, a exploração do trabalho. Hoje certamente Jesus seria ecologista, porque a terra tem sido estragada pelos erros humanos. Denunciaria a corrupção como grave atentado à justiça, a indiferença como vício e a quebra da fidelidade familiar como caminho desumanizador.

Padre Carreira das Neves: "Denunciaria a guerra do Iraque e o terrorismo religioso islâmico em nome de Deus."
É difícil responder porque vivemos numa cultura política, histórica e religiosa muito diferente da de então. Se Jesus vivesse hoje, aderia à democracia, à monarquia, à esquerda ou à direita? No seu tempo, Jesus não aderiu a nenhum "partido", fossem eles dos fariseus, saduceus, zelotas, essénios e, até, de João Baptista. Aderiu apenas ao seu próprio partido, o do Reino de Deus, que, a julgar pelas parábolas, estava carregado de mistério interior e de misericórdia, onde podiam e deviam entrar aqueles e aquelas que o judaísmo oficial proibia: publicanos, samaritanos, mulheres de má vida, toda a variedade de doentes mentais e físicos. Neste "partido" só há portas para a inclusão e não para a exclusão.
Nos dias de hoje, não sei se Jesus aderiria ao partido socialista, ao social democrata, à esquerda ou à direita. Não sei o que é que diria ao Papa, ao Dalai Lama, aos protestantes, aos mórmones, aos testemunhas de Jeová, aos muçulmanos e hindus. Penso, no entanto, que denunciaria a guerra do Iraque e, muito mais, o terrorismo religioso islâmico em nome de Deus.
Seria alvo de hostilidade? Naturalmente que sim. Quem defende a política da inclusão contra a exclusão acaba por ser hostilizado porque os interesses humanos, desde os políticos, aos económicos e religiosos, passam, infelizmente, pela exclusão. Penso que Jesus teria uma "política" diferente da normal católica em relação aos divorciados e aos ministérios ordenados das mulheres.

Padre Vaz Pinto: "Luta contra uma mentalidade que sufoca a relação com Deus"
"Certamente Jesus Cristo denunciaria os poderes instalados, mas não no sentido de ser uma alternativa politica, caminho que claramente recusou. A Sua luta seria e é contra uma mentalidade, uma maneira de ver e de viver que então e agora sufoca a relação com Deus e a relação com o outro, o homem nosso irmão. " Vaz Pinto refere, também, que "o respeito pelo homem, sobretudo pelos mais necessitados, pobres, doentes e marginalizados, a proximidade e a atenção à pessoa, são marcas cristãs de sempre e estes valores quando vividos provocam uma profunda alteração social e económica."

Frei Bento Domingues: "Os gestos que nos colocam ao lado dos excluídos têm toda a probabilidade de serem reconhecidos por Cristo."
A repetida pergunta: "O que é que Jesus, hoje, denunciaria?" não é de resposta fácil. É perigoso que alguém se tome por Jesus Cristo para fazer as suas denúncias. Primeiro, importa identificar a proposta de Jesus e ver como é que ela poderia ser apresentada, hoje, pelas Igrejas ou por qualquer pessoa ou grupo. Segundo, abolir de vez a tentação de colocar na boca de Deus ou de Cristo o que são interpretações nossas. É tentador cobrir-se com a autoridade de Cristo para dizer o que julgamos certo. É um erro dogmatizar os pronunciamentos de Papas, Bispos, Padres, etc.. Hoje, tudo o que sai da boca do Papa é tomado como um dogma infalível. É um abuso. No século XX, só houve a proclamação de um dogma, isto é, um pronunciamento que envolve a fé da Igreja. O que deveria identificar os pronunciamentos e as atitudes dos cristãos - são eles a Igreja, a hierarquia é apenas uma hierarquia de serviços - seria o seguinte: os pronunciamentos, as atitudes, os gestos que nos colocam ao lado dos excluídos pelas religiões, pelas sociedades, pelas economias e pelas políticas, de cada país e de cada continente, têm toda a probabilidade de serem reconhecidos por Cristo. Basta ler o capítulo 25 de S. Mateus, 31-46 para saber onde nos podemos encontrar com Deus, com Jesus Cristo.

D. Januário Torgal Ferreira: "Denunciava as promessas não cumpridas"
"Com a sua mensagem, Jesus Cristo abalou os fundamentos da época, designadamente contra o judaísmo, do modo que era praticado. Hoje o catolicismo tem nas suas franjas, sectores fundamentalistas contra os quais Jesus Cristo se poderia insurgir. Por outro lado, denuciava o facto de, no interior da Igreja, não estarmos atentos para a justiça e a caridade, não olharmos para a doutrina social da igreja, onde está tudo. Além do mais, Jesus Cristo denunciaria o egoísmo e a insensibilidade social, a hipocrisia, as promessas não cumpridas, a exploração dos pobres e humildes, o irrealismo de tantas ilusões que não tocam a realidade."

Padre Feytor Pinto: "Os que seguem Jesus Cristo continuam a ser vitimizados"
"É frequente hoje, aqueles que seguem Jesus Cristo e aceitam a sua radicalidade, serem vitimizados e condenados arbitrariamente como aconteceu com Jesus Cristo. A recente Encíclica de Bento XVI cita três exemplos: a do mártir vietnamita Paulo-le-Bao-Thin que sofre os suplícios mais violentos, com ódio, agressões, calúnias, grilhões, cadeias de ferro, porque em pleno campo de concentração, pretende afirmar a sua fé em Jesus Cristo, único salvador (tribunal religioso); a do Cardeal Nguyen Van Thuam que durante 13 anos, na China, não cedeu aos critérios de uma sociedade que não respeitava os direitos humanos (o tribunal político); e até a da africana Josefina Bakhita do Darfur, Sudão, que, escrava, com os mais diversos "patrões", acabou por lutar pela liberdade até consegui-la com a afirmação da fé a exigir os valores do Evangelho, que não eram respeitados pelo povo (tribunal popular). A presença dos valores cristãos no mundo exigem denúncia e proposta, a denúncia do que está errado, a proposta dos 4 pilares da paz, a verdade, a justiça, a liberdade, o amor, sem o que não há uma sociedade nova. Cristo continua a interpelar a humanidade, com os seus poderes."

Padre Peter Stilwell: "Entender como irmãos todos os povos colide com os interesses de grandes e pequenos poderes económicos e financeiros"
É minha convicção que Jesus foi condenado porque houve quem compreendesse o alcance do seu desafio: era necessário alterar o modo como as autoridades de Jerusalém interpretavam a identidade e objectivo estratégico do seu povo. Jesus retoma uma visão herdada dos grandes profetas de Israel que entreviam Jerusalém e a resposta à Benevolência Inimaginável como lugares de reencontro fraterno entre todos os povos. Nos nossos tempos a proposta continua a ser problemática. Entender como "irmãos" todos os povos esbarra com interesses que não são só, nem principalmente, dos "poderes instalados". Colide com o nível de vida das populações, com as regras que se pretende estabelecer para os fluxos migratórios, com os interesses de grandes e pequenos poderes económicos e financeiros... Sobretudo, parte de um apelo à descoberta do Deus vivo cuja presença-ausência rompe com todos os projectos, esquemas e distinções de etnia e religião que o tempo e uma subtil entropia da alma humana se encarregam de tornar fronteiras da inimizade.
Fonte: Jornal O Semanário

Pensamento do dia: 21-12-2007

A fé em Deus não é apenas uma questão de dar razões para afirmar a sua existência… É sobretudo vida, capacidade de o escutar e confiar Nele.

Sunday, December 16

Pensamento do dia: 16-12-2007

A falta de amar é a grande imbecilidade, porque o amor é a perfeição da consciência.
R. Tagore

Friday, December 14

Missas do parto

Segundo o 'site' da Agência Eclesia, no Norte de Portugal, nos séculos XVIII e XIX, já se celebravam as "Novenas ao Menino Jesus", precisamente nas madrugadas dos dias 16 a 24 de Dezembro que incluíam Invitatório, invocação ao Espírito Santo, Ladainha de Nossa Senhora, Antífona, Jaculatórias ao Menino Jesus e meditação sobre o seu nascimento.Trata-se, portanto, de uma tradição que vem de longe, e nem o frio nem a chuva das manhãs de Inverno demovem os fiéis das novenas. À ida para a igreja bebe-se café quente com um 'cheirinho' ou um copito de aguardente com mel, para afastar o frio e o sono. Em algumas freguesias, bandas filarmónicas percorrem as ruas com as castanholas, os bombos, as 'cabrinhas' ou os acordeões, que acordam os mais dorminhocos. Estas novenas do Menino Jesus, certamente trazidas para a Madeira pelos primeiros colonizadores, deram origem às actuais 'Missas do Parto', celebradas antes do amanhecer e do nascer do Sol, para melhor vir ao de cima toda a espiritualidade das mesmas que honram a Virgem Maria, que vai dar à luz o Sol Divino a toda a humanidade.Cumpre-se assim uma das mais marcantes tradições da principal festa da tradição madeirense. Tanto que na Região o Natal é referido como sendo simplesmente a Festa, o que evidencia a relevância desta época do ano. Na Madeira, as festividades de Natal estão associadas às manifestações de regozijo pela chegada do ano novo.Tudo começa no início de Dezembro ou até antes com os preparativos para o Natal. As grandes limpezas nas casas e por vezes uma nova pintura são características desta quadra.