Tuesday, June 30

Terça-feira da Semana XIII do Tempo Comum




Reflexão
Sodoma e Gomorra são o símbolo do pecado e da impiedade, e o castigo que sofreram manifesta que Deus não pode pactuar com o mal, mas que, mesmo no meio das maiores catástrofes, Ele sabe sempre salvar e libertar. Sodoma, e a sua terrível destruição, realçam o contraste entre a hospitalidade de Abraão e a falta de hospitalidade dos seus habitantes. Lot, que escolheu a melhor parte, perde tudo: terra, bens, mulher.
Abraão tendo confiado na promessa de Deus, terá uma descendência numerosa e possuirá a terra.
Mateus refere o episódio da tempestade acalmada. A Igreja é uma barca em tormenta, onde está Jesus e os discípulos. Dizer a Jesus: Desperta, Senhor, porque dormes? e Senhor, salva-nos, que perecemos!, significa reencontrar-se como crentes, como fiéis, como discípulos, e encontrar Jesus como Senhor e Cristo. Na sua presença não há tempestade, não há paixão, não há morte que resistam. A sua autoridade e o seu poder restauram a ordem da graça. Os discípulos nem sempre correspondem com fé e confiança ao senhorio de Jesus.
Os discípulos mostraram-se homens de pouca fé, ao pensarem que Jesus a dormir não os poderia salvar! Homens de pouca fé, também nós o somos, quando, no meio das calamidades da vida, não percebemos que o Senhor continua presente e não O invocamos, a Ele que está sempre pronto a salvar-nos.

Monday, June 29

Solenidade de São Pedro e São Paulo, Apóstolos


Liturgia da Palavra

Leitura dos Actos dos Apóstolos (Actos 12, 1-11)
Naqueles dias, o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João, e, vendo que tal procedimento agradava aos judeus, mandou prender também Pedro. Era nos dias dos Ázimos. Mandou-o prender e meter na cadeia, entregando-o à guarda de quatro piquetes de quatro soldados cada um, com a intenção de o fazer comparecer perante o povo, depois das festas da Páscoa. Enquanto Pedro era guardado na prisão, a Igreja orava instantemente a Deus por ele. Na noite anterior ao dia em que Herodes pensava fazê-lo comparecer, Pedro dormia entre dois soldados, preso a duas correntes, enquanto as sentinelas, à porta, guardavam a prisão. De repente, apareceu o Anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela da cadeia. O Anjo acordou Pedro, tocando-lhe no ombro, e disse-lhe: «Levanta-te depressa». E as correntes caíram-lhe das mãos. Então o Anjo disse-lhe: «Põe o cinto e calça as sandálias». Ele assim fez. Depois acrescentou: «Envolve-te no teu manto e segue-me». Pedro saiu e foi-o seguindo, sem perceber a realidade do que estava a acontecer por meio do Anjo; julgava que era uma visão. Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, e a porta abriu-se por si mesma diante deles. Saíram, avançando por uma rua, e subitamente o Anjo desapareceu. Então Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei realmente que o Senhor enviou o seu Anjo e me libertou das mãos de Herodes e de toda a expectativa do povo judeu».

Salmo 33 (34)
Refrão: O Senhor libertou-me de toda a ansiedade.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo ao Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo a Timóteo (2 Tim 4, 6-8.17-18)
Caríssimo: Eu já estou oferecido em libação e o tempo da minha partida está iminente. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. E agora já me está preparada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me há-de dar naquele dia; e não só a mim, mas a todos aqueles que tiverem esperado com amor a sua vinda. O Senhor esteve a meu lado e deu-me força, para que, por meu intermédio, a mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada e todos os pagãos a ouvissem; e eu fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará de todo o mal e me dará a salvação no seu reino celeste. Glória a Ele pelos séculos dos séculos. Amen.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 16, 13-19)
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».


Reflexão
Na Solenidade dos apóstolos S. Pedro e S. Paulo, a liturgia convida-nos a reflectir sobre estas duas figuras e a considerar o seu exemplo de fidelidade a Jesus Cristo e de testemunho do projecto libertador de Deus. Pedro foi o primeiro dos apóstolos. No evangelho, Jesus diz. Tu és Pedro: sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. Pelo facto de Pedro ter sido o primeiro do grupo dos Doze, hoje, o Papa é considerado o sucessor de Pedro. Simão era um pescador, um homem simples, mas um homem apaixonado que viu em Jesus o sentido da sua vida; por isso, seguiu-O. Frágil como nós, experimentou a dificuldade de reconhecer a fé e negou Jesus por três vezes, mas depois, deu testemunho de Jesus, até entregar a sua vida, sendo feito prisioneiro e morrendo mártir em Roma.
Pedro e Paulo são os dois grandes apóstolos, são os fundamentos da Igreja. Foram dois homens simples, cada um com a sua história, com as suas fraquezas e dificuldades; foram testemunhas firmes de Jesus, até dar a vida no martírio em Roma. De Pedro e de Paulo procede a nossa fé que se foi transmitindo de geração em geração na unidade da Igreja. Nós somos homens e mulheres simples, frágeis, por vezes com dificuldade em acreditar e em ser autênticos discípulos de Jesus. Mas em Pedro e Paulo encontramos um modelo, um exemplo, ânimo para sermos verdadeiros discípulos de Jesus, verdadeiros membros da Sua Igreja.

Sunday, June 28

Domingo XIII do Tempo Comum: Jesus é o Senhor da vida


Leituras: Sab 1, 13-15: 2, 23-24; Sal 29 (30), 2 e 4. 5-6. 11-12a e 13b; 2 Cor 8, 7. 9. 13-15; Mc 5, 21-43

O Evangelho mostra-nos Jesus como o Senhor da vida, que está no meio do povo, que nada o impede de fazer o bem, que não impede que os pobres e os desprezados se aproximem d’Ele.
Jesus partilha as angústias do povo e diz-nos que não há nenhuma doença que possa levar as pessoas a sentirem-se rejeitadas pelos irmãos e indignas de se aproximarem de Deus.
Pelo contrário, são nesses momentos que Deus cuida do homem com mais atenção e carinho e que os irmãos devem também fazer o mesmo a quem se encontra em dificuldades ou em estado frágil.
“A tua fé te salvou” deve ser para nós uma certeza em todos os momentos de desânimo, na certeza de que acreditamos neste Deus de amor e de paz.
Acreditar em Jesus Cristo supõe descobri-lo como Senhor da Vida, esperar contra toda a esperança, confiar nEle mesmo quando muitos desistem. Quando tudo à nossa volta for um convite a desfalecer, deixemos que Jesus venha em nosso auxílio e nos possa dizer: “Não temas. Basta teres fé.”
Deus criou-nos para uma vida de relação - Jesus Cristo, nosso Salvador, veio dizer-nos que a vida é um dom, é fruto do amor de Deus. A minha vida é sempre uma vida de relação.
Já começamos o Verão, tempo de descanso, de passeio, de praia, de um maior convívio familiar, de repouso, de retemperar as forças, de festas, de encontros. Não esqueçamos o encontro e a festa com Deus e a atenção àqueles que nos rodeiam. Bom Verão na companhia de Deus!

Friday, June 26

Sexta-feira da Semana XII do Tempo Comum


Liturgia da Palavra

Leitura do Livro do Génesis (Gen 17, 1.9-10.15-22)
Quando Abraão tinha noventa e nove anos de idade, o Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: «Eu sou o Deus todo-poderoso. Anda na minha presença e sê perfeito». Deus disse ainda a Abraão: «Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência, de geração em geração. Esta é a aliança que estabeleço contigo e com os teus descendentes e que deveis observar: todos os homens serão circuncidados». Deus disse a Abraão: «A Sarai, tua esposa, nunca mais lhe chamarás Sarai; o seu nome é Sara. Eu a abençoarei e por ela te darei um filho. Eu a abençoarei e ela dará origem a nações; dela sairão reis de povos». Abraão prostrou-se com o rosto em terra e começou a rir, dizendo: «Como pode nascer um filho a um homem de cem anos? Como pode Sara aos noventa anos ser mãe?». Abraão disse a Deus: «Ao menos viva Ismael na vossa presença». Mas Deus respondeu-lhe: «Não é isso. Sara, tua esposa, dar-te-á um filho e tu lhe porás o nome de Isaac. Estabelecerei com ele a minha aliança, como aliança perpétua com a sua descendência. Quanto a Ismael, também te ouvi: Eu o abençoarei e tornarei fecundo e o farei multiplicar-se sem medida. Será pai de doze chefes e farei dele um grande povo. Mas estabelecerei a minha aliança com Isaac, que Sara dará à luz, por este mesmo tempo, no próximo ano». Quando acabou de falar, Deus retirou-se de junto de Abraão.

Salmo 127 (128), 1-2.3.4-5 (R. 4)
Refrão: Será abençoado o homem que teme o Senhor.

Feliz de ti, que temes o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.

Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa.

Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 8, 1-4)
Ao descer Jesus do monte, seguia-O uma grande multidão. Veio então prostrar-se diante d’Ele um leproso, que Lhe disse: «Senhor, se quiseres, podes curar-me». Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Eu quero: fica curado». E imediatamente ficou curado da lepra. Disse-lhe Jesus: «Não digas nada a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés ordenou, para que lhes sirva de testemunho».


Reflexão
Deus estabelece com Abraão uma aliança. É este um dos momentos maiores da história da salvação. A circuncisão foi o sinal da aliança com Abraão. Deus apresenta-se a Abraão e pede-lhe para caminhar diante dele e pertencer-Lhe totalmente. A aliança com Deus obriga a pertencer-Lhe, a ser povo de Deus. Abraão, prostrado diante de Deus, recebe a renovação da promessa de uma numerosa descendência. Deus muda-lhe também o nome, de Abrão para Abraão; dar nome a uma pessoa é tomar posse delas.
Ao curar o leproso, Jesus manifesta-Se como Senhor da vida e da morte, cheio de compaixão para com os que sofrem, e ainda como Aquele que reconduz os homens à comunhão na unidade do povo de Deus. Tudo o que por fora acontecer é sinal do que acontece por dentro. A simplicidade que envolve este milagre de Jesus manifesta, por um lado, o poder da palavra do Senhor e, por outro, a força da fé do homem que O invocava.

Thursday, June 11

São Barnabé, Apóstolo


Liturgia da Palavra

Leitura dos Actos dos Apóstolos (Actos 11, 21b-26; 13, 1-3)
Naqueles dias, foi grande o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor. A notícia chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém e mandaram Barnabé a Antioquia. Quando este chegou e viu a acção da graça de Deus, encheu-se de alegria e exortou a todos a que se conservassem fiéis ao Senhor, de coração sincero; era realmente um homem bom e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão aderiu ao Senhor. Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e, tendo-o encontrado, trouxe-o para Antioquia. Passaram juntos nesta Igreja um ano inteiro e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, se deu aos discípulos o nome de «cristãos». Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaen, irmão colaço do tetrarca Herodes e Saulo. Estando eles a celebrar o culto e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei». Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram-nos partir.

Salmo 97 (98), 1.2-3ab.3c-4.5-6 (R. cf. 2b)
Refrão: O Senhor manifestou a salvação a todos os povos.

Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 10, 7-13)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz».


São Barnabé
José, cognominado Barnabé, isto é, filho da consolação, é chamado apóstolo embora não tenha pertencido ao grupo dos Doze. Era membro da comunidade judaica de Chipre, em Jerusalém. Não conheceu pessoalmente Jesus, mas converteu-se logo nos primeiros anos do Cristianismo, e teve um papel importante na expansão da Igreja. Daí ser chamado apóstolo. Foi ele que apresentou Paulo à comunidade de Jerusalém, garantindo-lhe a sua recente conversão. Conduziu Paulo a Antioquia, apresentando-o também lá à comunidade dos fiéis. Acompanhou o Apóstolo na sua primeira viagem missionária, cerca do ano 60. Depois, separou-se de Paulo, regressando a Chipre onde terá sido martirizado no ano 60.

Wednesday, June 10

Santo Anjo da Guarda de Portugal


Liturgia da Palavra

Leitura da Profecia de Daniel (Dan 10, 2a, 5-6.12-14ab)
Naqueles dias, ergui os olhos e vi um homem vestido de linho, com um cinturão de ouro puro. O seu corpo era semelhante ao topázio e o rosto tinha o fulgor do relâmpago; os olhos eram como fachos ardentes, os braços e as pernas eram brilhantes como o bronze polido e o som das suas palavras era como o rumor duma multidão. Ele disse-me: «Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração para compreender e te humilhaste diante do teu Deus, as tuas palavras foram ouvidas. É por causa das tuas palavras que eu venho. O chefe do reino da Pérsia resistiu-me durante vinte e um dias. Então Miguel, um dos chefes principais, veio em meu auxílio. Eu estive lá, a fazer frente ao chefe dos reis da Pérsia, e vim para te explicar o que vai suceder ao teu povo, no fim dos tempos».
Salmo 90 (91)
Refrão: O Senhor mandará aos seus Anjos que te guardem em todos os teus caminhos.

Tu, que habitas sob a protecção do Altíssimo,
moras à sombra do Omnipotente.
Ele te livrará do laço do caçador
e do flagelo maligno.

Não temerás o pavor da noite,
nem a seta que voa de dia;
nem a epidemia que se propaga nas trevas,
nem a peste que alastra em pleno dia.

Nenhum mal te acontecerá,
nem a desgraça se aproximará da tua morada.
Porque o Senhor mandará aos seus Anjos
que te guardem em todos os teus caminhos.

«Porque confiou em Mim, hei-de salvá-lo;
hei-de protegê-lo, pois conheceu o meu nome.
Quando Me invocar, hei-de atendê-lo,
estarei com ele na tribulação,
hei-de libertá-lo e dar-lhe glória».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 2, 8-14)
Naquele tempo, havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam de noite os rebanhos. O Anjo do Senhor aproximou-se deles e a glória do Senhor cercou-os de luz; e eles tiveram grande medo. Disse-lhes o Anjo: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura». Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».


Santo Anjo da Guarda de Portugal
Os anjos, que fazem parte do mundo invisível a que se estende também a acção criadora de Deus, vivem inteiramente dedicados ao louvor e ao serviço de Deus. A inteligência humana tem dificuldade em exprimir a natureza dessas criaturas espirituais. A sua missão, porém, é-nos conhecida através da Bíblia, que, em tantos passos, dá testemunho acerca da existência dos Anjos.
Em Portugal a devoção ao Anjo da Guarda é muito antiga. Tomou, porém, incremento especial com as aparições do Anjo, em Fátima, aos Pastorinhos. Pio XII mandou inserir esta comemoração no Calendário Litúrgico português.
Mensageiros de Deus, em momentos decisivos da História da Salvação, os Anjos estão encarregados da guarda dos homens e da proteção da Igreja. A fé cristã crê também possuir cada nação em particular um Anjo encarregado de velar por ela. Peçamos ao Anjo de Portugal que nos livre de todas as adversidades, nos defenda nas adversidades, dirija os nossos passos, como nação, no caminho da salvação e da paz.

Monday, June 8

Segunda-feira da Semana X do Tempo Comum


Liturgia da Palavra

Início da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios (2 Cor 1, 1-7)
Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à Igreja de Deus que está em Corinto e aos cristãos que vivem em toda a Acaia: A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de misericórdia e Deus de toda a consolação. Ele nos conforta em todas as tribulações, para podermos consolar aqueles que estão atribulados, por meio da consolação que nós mesmos recebemos de Deus. Na verdade, assim como abundam em nós os sofrimentos de Cristo, também por Cristo abunda a nossa consolação. Se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação. Se somos consolados, é para vossa consolação, a fim de suportardes com fortaleza os mesmos sofrimentos que nós suportamos. A nossa esperança a vosso respeito é firme, porque sabemos que, participando nos sofrimentos, também participareis na consolação.

Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 5, 1-12)
Naquele tempo, ao ver as multidão, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los, dizendo: «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus. Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus. Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa. Assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós».


Reflexão
Começamos hoje a ler a Segunda Epístola aos Coríntios. A comunidade cristã de Corinto tinha sido perturbada por pregadores que desfaziam na pregação de São Paulo e até nele próprio, por quererem continuar presos aos costumes judaicos, próprios da lei antiga. Paulo defende-se e defende o ministério de que foi incumbido, com humildade mas firmeza, e sempre com os ol
hos postos em Deus, que dá força na tribulação, para podermos consolar os outros que também sofram.
No Evangelho, ouvimos o Sermão da Montanha ou a Magna Carta do Reino. A sua primeira parte são as Bem-aventuranças. Estas são uma série de nove sentenças, as duas últimas das quais, por serem semelhantes, se poderiam sintetizar numa só, dando assim origem ao número tradicional das Oito Bem-aventuranças. Nelas se resume o espírito de todo o Evangelho. Mais do que um código com muitas leis, o Evangelho é um espírito, que dá sentido a toda a vida dos discípulos de Cristo.

Thursday, June 4

Pensamento do dia: 04-06-2015

O nosso amor ao próximo é a medida do nosso amor a Deus. (Edith Stein: 1891-1942)

Quinta-feira da Semana IX do Tempo Comum


Liturgia da Palavra

Leitura do Livro de Tobias (Tob 6, 10-11; 7, 1.9-17; 8, 4-9a)
Naqueles dias, quando entraram na Média e já estavam perto de Ecbátana, o Anjo Rafael disse ao jovem Tobias: «Esta noite ficaremos hospedados em casa de Raguel; ele é teu parente e tem uma filha chamada Sara». Quando chegaram à cidade de Ecbátana, Tobias disse ao Anjo: «Irmão Azarias, leva-me imediatamente a casa de Raguel, nosso irmão». O Anjo levou-o a casa de Raguel, que encontraram sentado à porta do pátio. Eles saudaram-no primeiro e Raguel respondeu: «Sede bem-vindos, irmãos. Ainda bem que chegastes sãos e salvos». E levou-os para dentro de casa. Depois de se lavarem e purificarem, sentaram-se à mesa. Tobias disse então a Rafael: «Irmão Azarias, pede a Raguel que me dê por esposa a minha prima Sara». Raguel ouviu estas palavras e disse ao jovem: «Come e bebe e passa a noite tranquilo, porque ninguém tem mais direito de receber como esposa minha filha Sara, do que tu, meu irmão, nem eu tenho o direito de a conceder a outro, senão a ti, porque és o meu parente mais próximo. Devo contudo dizer-te a verdade, filho: Já a dei a sete maridos da nossa linhagem e todos morreram na noite em que se aproximaram dela. Mas agora, filho, come e bebe». Tobias, porém, respondeu: «Não comerei nem beberei, antes que resolvas a minha situação». Disse Raguel: «Toma-a desde este momento, segundo a sentença do livro de Moisés. Pelo próprio Céu foi decidido que ela te seja entregue. Leva a tua prima para casa; doravante serás seu irmão e ela tua irmã. A partir de hoje, ela te pertence para sempre. E o Senhor do Céu, meu filho, vos faça felizes esta noite e vos conceda misericórdia e paz». Raguel chamou sua filha Sara e ela aproximou-se. Tomando-a pela mão, entregou-a a Tobias, dizendo: «Recebe-a como esposa, segundo a lei e o decreto do livro de Moisés. Recebe-a e volta com ela são e salvo para casa de teu pai. O Senhor do Céu vos dê boa viagem na sua paz». Depois chamou a mãe da jovem e disse-lhe que trouxesse papel. Redigiu o contrato matrimonial, pelo qual dava Sara como esposa a Tobias, segundo a sentença da lei de Moisés. Só então começaram a comer e a beber. Raguel chamou sua mulher Edna e disse-lhe: «Irmã, prepara o outro quarto e leva Sara para lá». Ela preparou o quarto, como lhe foi ordenado, e levou para lá sua filha. Chorou por causa dela; mas depois enxugou as lágrimas e disse: «Tem confiança, minha filha. O Senhor do Céu transforme a tua tristeza em alegria. Tem confiança, minha filha». E saiu. Quando acabaram de comer e beber, foram dormir. Acompanharam o jovem ao seu quarto e depois saíram e fecharam a porta. Então Tobias levantou-se do leito e disse a Sara: «Levanta-te, minha irmã; vamos rezar, pedindo ao Senhor que nos conceda a sua misericórdia e nos salve». Ela levantou-se e começaram a rezar, pedindo ao Senhor que os salvasse. Disse Tobias: «Bendito sois, Deus dos nossos pais. Bendito é o vosso nome por todos os séculos dos séculos. Louvem-Vos os céus e todas as criaturas, por todos os séculos dos séculos. Vós criastes Adão e lhe destes Eva por esposa, como auxílio e amparo; e de ambos nasceu o género humano. Vós dissestes: ‘Não é bom que o homem esteja só; façamos-lhe uma auxiliar semelhante a ele’. Senhor, bem sabeis que não é por paixão, mas com intenção pura, que tomo esta minha prima como esposa. Tende piedade de mim e dela e fazei que cheguemos juntos a uma ditosa velhice». E disseram ambos: «Amen. Amen». Depois deitaram-se para passar a noite.

Salmo 127 (128), 1-2.3.4-5
Refrão: Felizes os que esperam no Senhor.

Feliz de ti, que temes o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.

Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa.

Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 12, 28b-34)
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». Jesus respondeu: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele. Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O.


Reflexão
O casamento de Tobias termina numa bela oração de louvor e acção de graças, como sempre acontece nas orações bíblicas. É a consciência e a contemplação da presença e acção de Deus junto dos homens que neles provoca e inspira a expressão mais alta da oração. Nela o crente, iluminado pela palavra de Deus e sentindo-se objecto da sua acção maravilhosa, retorna a Deus, levado na torrente de vida que de Deus veio até Ele.
O amor de Deus foi sempre e sempre será o fundamento de toda a lei de Deus, tanto do Novo, como já do Antigo Testamento. A citação que Jesus faz, ao dizer: Escuta, Israel!, é o princípio da oração que os Judeus rezam todos os dias e que lhes lembra diariamente esse primeiro e maior mandamento. O segundo mandamento, o amor do próximo, é a consequência e a aplicação do primeiro. Compreendê-lo é estar às portas do reino de Deus, e praticá-lo é ter entrado nesse mesmo reino.

Wednesday, June 3

Pensamento do dia: 03-06-2015

Embora o temor tenha sempre mais argumentos, escolha sempre a esperança. (Lucio Anneo Seneca: Corduba 4 a.c. - Roma, 65 d.c.)

Memória litúrgica de São Carlos Lwanga e Companheiros, mártires


São Carlos Lwanga e Companheiros, Mártires
Entre os anos 1885 e 1887, foram condenados à morte muitos cristãos no Uganda, por ordem do rei Mwanda em ódio da religião. Alguns deles eram funcionários da corte real ou até adjuntos do próprio rei. Entre eles distinguem-se Carlos Lwanga e seus vinte e um companheiros, pela sua inquebrantável adesão à fé católica. Foram uns decapitados e outros queimados vivos, por não terem cedido às ordens do rei. Foram canonizados por Paulo VI, em 1964.



Liturgia da Palavra

Leitura do Livro de Tobias (Tob 3, 1-11a.16-17a)
Naqueles dias, eu, Tobit, de alma angustiada, gemendo e chorando, comecei a dizer entre suspiros a seguinte oração: «Vós sois justo, Senhor, e são justas todas as vossas obras. Os vossos caminhos são misericórdia e fidelidade, Vós sois o juiz do mundo. Agora, Senhor, lembrai-Vos de mim e olhai para mim. Não me castigueis pelos meus pecados e erros, nem pelos dos meus antepassados, que cometemos na vossa presença, desobedecendo aos vossos mandamentos. Por isso Vós nos entregastes à pilhagem, ao cativeiro e à morte, ao escárnio, à zombaria e ao insulto de todos os povos entre os quais nos dispersastes. Na verdade, todas as vossas sentenças são justas, quando me tratais assim, por causa dos meus pecados e pelos dos meus antepassados, porque não cumprimos os vossos mandamentos, nem procedemos fielmente para convosco. Mas agora tratai-me como for do vosso agrado, ordenai que me seja tirada a vida, para que eu desapareça da face da terra e em terra me venha a tornar. Para mim, na verdade, é melhor morrer do que viver, pois tive de ouvir ofensas caluniosas e sinto uma grande tristeza. Senhor, fazei que eu me livre desta aflição, deixai-me partir para a eterna morada. Não afasteis de mim o vosso rosto, Senhor, porque para mim é melhor morrer do que suportar tão grande aflição na minha vida e ter de ouvir tantos insultos». No mesmo dia, sucedeu que Sara, filha de Raguel, que vivia em Ecbátana da Média, também foi insultada por uma serva de seu pai. Ela tinha casado sete vezes, mas Asmodeu, o demónio malfazejo, matava-lhe os maridos, antes de viverem com ela, conforme está prescrito às esposas. A serva dizia-lhe: «És tu que matas os teus maridos: já casaste com sete homens e não usaste o nome de nenhum deles. Porque nos tratas mal por causa da sua morte? Vai-te com eles e que nunca se veja nascer de ti filho nem filha». Nesse dia, Sara entristeceu-se profundamente e começou a chorar. Subiu à sala do andar superior da casa de seu pai e quis enforcar-se. Mas, reflectindo, pensou: «Talvez insultem meu pai e lhe digam: ‘Só tinhas uma filha querida e ela enforcou-se por causa das suas desgraças’. Assim faria descer meu pai à morada dos mortos, cheio de desgosto na sua velhice. É melhor que, em vez de me enforcar, eu suplique ao Senhor que me faça morrer, para não mais ter de ouvir insultos na minha vida. Então estendeu as mãos para a janela e começou a rezar. Nesse momento, a prece de ambos foi escutada pelo Deus da glória e o Anjo Rafael foi enviado para dar remédio a Tobit e a Sara.


Salmo 24 (25), 2-3. 4-5ab. 6-7bc. 8-9
Refrão: Senhor, meu Deus, em Vós confio.

Senhor, meu Deus, em Vós confio,
Não seja confundido
nem escarneçam de mim os inimigos.
Não serão confundidos os que esperam em Vós,
mas serão confundidos
os que sem razão faltam à palavra.

Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador.

Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias
e das vossas graças que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade, Senhor.

O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer a sua aliança.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 12, 18-27)
Naquele tempo, foram ter com Jesus alguns saduceus – que afirmam não haver ressurreição – e perguntaram-lhe: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se morrer a alguém um irmão, que deixe esposa sem filhos, esse homem deve casar-se com a viúva, para dar descendência a seu irmão’. Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem deixar descendência. O segundo casou com a viúva e também morreu sem deixar descendência. O mesmo sucedeu ao terceiro. E nenhum dos sete deixou descendência. Por fim morreu também a mulher. Na ressurreição, quando voltarem à vida, de qual deles será ela esposa? Porque todos os sete se casaram com ela». Disse-lhes Jesus: «Não andareis vós enganados, ignorando as Escrituras e o poder de Deus? Na verdade, quando ressuscitarem dos mortos, nem eles se casam, nem elas são dadas em casamento; mas serão como os Anjos nos Céus. Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes no Livro de Moisés, no episódio da sarça ardente, como Deus disse: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’? Ele não é Deus de mortos, mas de vivos. Vós andais muito enganados».


Reflexão
A oração de Tobite é a prece de um homem banhado em lágrimas e desencorajado, que não vê futuro à sua frente, mas que se coloca diante de Deus na sua verdade, porque continua a acreditar na justiça, na misericórdia e na lealdade do Senhor. Na sua aflição, pede a Deus a única coisa que ainda lhe parece possível: a morte. Mas Deus é capaz de ir mais além daquilo que os homens Lhe pedem e por isso, não dá a Tobite a morte, mas a vida.
Os saduceus, embora da linhagem sacerdotal de Israel, interrogam Jesus, de modo quase grosseiro, para ver se apanham o Senhor numa cilada, com um problema que diz respeito a mortos. Jesus mostra-lhes que eles são mestres, mas ignorantes. Lêem as Escrituras, mas não lhes entendem o espírito; são materialistas. E, citando também a Escritura, Jesus mostra como Deus, que já em Moisés Se revelara aos seus antepassados como Deus vivo, Ele, que é fiel, assim continua a ser, vivo e fonte de vida. A ressurreição é possível.