Tuesday, September 25

Terça-feira da Semana XXV do Tempo Comum


Além dos Profetas, que alertavam o povo para a fidelidade à Aliança, há um outro grupo de homens no meio do povo de Deus que procura ensinar-lhe a arte de viver segundo os caminhos de Deus, os sábios. Os seus ensinamentos são brados da observação da natureza ou da experiência da vida e da história. Hoje à maneira de pequenas máximas ou provérbios a palavra de Deus vem até nós como norma de sabedoria. Em todas estas sentenças ressoa a voz de alguém que muito meditou e que procurou tirar dessa meditação normas de vida.
As virtudes sugeridas no texto de hoje são: não presumir de si mesmo, nem da própria rectidão; praticar a justiça, a humildade e a diligência; não ser mentiroso nem violento nos negócios, não fechar os ouvidos ao grito dos pobres pois escutá-lo é responder em nome do Senhor.

Lucas apresenta-nos um quadro de grande profundidade, não denota polémica em relação à família de Jesus, como acontece em Mateus e Marcos. A atenção de Lucas vai para aquilo que interessa: a escuta e a prática da Palavra, que criam e definem o verdadeiro sentido de família de Jesus.
Um dia, Sua mãe e seus irmãos vieram ter com Ele. A vinda dos familiares é uma ocasião que permite a Jesus pronunciar a sentença sobre os seus verdadeiros parentes: a escuta e a prática da Palavra cria laços mais fortes do que os do sangue. Exalta-se a família gerada pela Palavra e não menospreza os laços com a família de sangue. Não é suficiente escutar a Palavra, é preciso guardá-la e pô-la em prática, como fez a sua mãe.
Quem pertence à família de Jesus? O germe do reino é o pequeno rebanho daqueles que Jesus veio congregar ao seu redor e dos quais Ele próprio é o pastor. Eles constituem a verdadeira família de Jesus (CIC; 764). Esta família é caracterizada pelo cumprimento da vontade de Deus: quem fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, tem uma nova maneira de agir: ouvir a palavra de Deus e pô-la em prática; uma oração própria (o Pai-nosso) (CIC, 764).

Monday, September 24

Pensamento do dia: 24-09-2012

A mais bela tarefa dos homens é a tarefa de unir os homens. (Saint-Exupéry)

Segunda-feira da Semana XXV do Tempo Comum


O Livro dos Provérbios é uma colecção de máximas que orientam a organização da vida, de modo a agradar a Deus. O amor para com o próximo é a maior prova do verdadeiro amor para com Deus. O Antigo Testamento, em sentenças cheias de sabedoria, aponta o amor ao próximo como a atitude que mais aproxima os homens de Deus. O texto insiste nas relações com o próximo: não negar um benefício, não dizer amanhã to darei, não adiar, não litigar, não invejar, não seguir o perverso. Fica assim traçado o esboço do sábio nas suas coordenadas fundamentais: a correcção e a benevolência nas relações com o próximo, a convicção de que a amizade de Deus vale mais do que tudo.

A luz ocupa lugar de relevo em toda a linguagem da Sagrada Escritura e sobretudo no Novo Testamento. Deus é luz; Cristo apresenta-Se como a luz; os cristãos são filhos da luz. As suas obras devem, pois, ser luminosas capazes de iluminar. E o cristão não deve furtar-se a comunicar a luz que traz em si.
Não se põe a luz debaixo da cama, é uma advertência aos cristãos que, por medo ou porque julgam inútil fazê-lo, não se expõe publicamente. A Palavra é pública e visível: escondê-la é fazê-la morrer, é para todos, pela sua natureza missionária.
Importância da escuta ou para o modo como se escuta: Há quem não escuta, mas também há quem escuta mal. É preciso escutar bem, porque é a escuta que enriquece. Quem não escuta ou escuta mal, empobrece. Não só não cresce, mas também perde o que julga possuir. A escuta da Palavra é o caminho necessário para crescer na fé. Se falta a escuta, a fé definha e morre.
A luz de Cristo não é só doutrina, mas também testemunho, é doutrina que se torna vida, que transforma a vida e que toca o meu modo de ser, de julgar as coisas. Eu sou luz quando difundo a luz de Cristo, com os critérios de Cristo, isto é, com humildade e pobreza. Sou luz sobre o candelabro quando represento, o mais aproximadamente possível, o modo de ser, de agir, de pensar, de falar de Jesus.