Tuesday, December 31

Receita para um Ano Feliz

Tome 12 meses completos.
Limpe-os cuidadosamente de toda a amargura, ódio e inveja.
Corte cada mês em 28, 30, ou 31 pedaços diferentes, mas não cozinhe todos ao mesmo tempo.
Prepare um dia de cada vez com os seguintes ingredientes:
- Uma parte de fé
- Uma parte de paciência
- Uma parte de coragem
- Uma parte de trabalho
Junte a cada dia uma parte de esperança, de felicidade e amabilidade.
Misture bem, com uma parte de oração, uma parte de meditação e uma parte de entrega.
Tempere com uma dose de bom espírito, uma pitada de alegria, um pouco de acção, e uma boa medida de humor.
Coloque tudo num recipiente de amor.
Cozinhe bem, ao fogo de uma alegria radiante.
Guarneça com um sorriso e sirva sem reserva.

Texto encontrado na net

Friday, December 6

Pensamento do dia: 06-12-2013

Está nas vossas mãos fazer do mundo um lugar melhor. (Nelson Mandela)

Thursday, November 28

Quinta-feira da Semana XXXIV do Tempo Comum

Por meio de uma história simbólica, a história de Daniel na cova dos leões, sublinha-se o testemunho da fidelidade do profeta a Deus e da resistência às tentações de idolatria e a figura do povo de Deus perseguido, mas sempre defendido e salvo pelo poder e pela misericórdia do Senhor. Este texto é a proclamação de louvor e acção de graças a Deus, posta estranhamente na boca do rei estrangeiro e pagão, mas que tinha testemunhado a acção de Deus em favor de Daniel.

Toda a passagem do Evangelho de hoje está cheia de alusões a outras passagens bíblicas. Anunciam-se aqui as provações por que há-de passar o povo de Deus, umas vindas da parte dos pagãos, outras das próprias circunstâncias naturais. São todas elas formas de purificação; mas nunca são nem um fim em si mesmas, nem acontecimentos sem sentido. Deus é Senhor dos acontecimentos, e faz que tudo concorra para o bem dos seus eleitos. Por isso, no meio de toda esta desolação, levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. É o anúncio do mundo novo que há-de vir. O crente nada tem a temer, ainda que a descrição desse momento o induza ao temor de Deus. De facto, o regresso do Senhor caracteriza-se por grande poder e glória. Mas será nesse regresso que irá trazer aos fiéis o dom da libertação definitiva, o dom da redenção.

Wednesday, November 27

Quarta-feira da Semana XXXIV do Tempo Comum

A estranha aparição, que Daniel vai interpretar para o rei, revela a justiça de Deus, que não deixa impune a acção sacrílega da profanação do templo, anuncia o fim do império caldeu e manifesta Deus como o Senhor da história dos homens. O rei Baltasar, filho e sucessor de Nabucodonosor, durante um banquete, na Babilónia, manda pôr na mesa os vasos sagrados trazidos de Jerusalém por Nabucodonosor. A profanação dos vasos sagrados desencadeia um prodígio que espalha o terror na sala do banquete: uma mão prodigiosa escreve palavras incompreensíveis na parede. 

No Evangelho, a destruição do templo e da cidade será acompanhada da perseguição. O que aconteceu aos habitantes de Jerusalém, como é descrito nesta leitura, repetiu-se, algum tempo depois, em todo o império romano. Nesta passagem anuncia-se um fim, fim que o foi para os perseguidores, não para os perseguidos, que, a esses, o Nome do Senhor por quem sofriam os salvou. A perseguição é sinal da autenticidade da fé em Jesus, porque os crentes participam do seu destino pascal. É também um sinal de que está perto o reino de Deus e de que é preciso estar atento e preparado para o acolher. O dom da fé implica a missão. Jesus indica o método e o estilo dessa missão. O testemunho dos discípulos, para ser eficaz, deve ser ao estilo pascal do testemunho de Jesus.


Friday, November 22

Sexta-feira da Semana XXXIII do Tempo Comum

Judas Macabeu e os irmãos foram purificar o Lugar Santo e fazer a dedicação. Jesus também fez uma limpeza do Templo que estava cheio de vendedores. O templo ou a igreja é um lugar de oração. Procuremos evitar todas as conversas inúteis, vivamos esses momentos com espírito de recolhimento, falemos com Deus pois a nossa alma também é templo de Deus, expulsemos tudo o que não é digno da presença de Deus. A Eucaristia há-de impregnar toda a nossa existência e em cada acto da sua vida o cristão é chamado a manifestar o verdadeiro culto a Deus.

Santa Cecília, virgem, mártir, séc. III ou IV

Segundo a Passio Sanctae Caeciliae, Santa Cecília pertencia à mais antiga nobreza romana. A seu respeito diz a Liturgia das Horas: O culto de Santa Cecília, em honra da qual no século quinto foi construída em Roma uma basílica, difundiu-se por causa de sua Paixão (descrição de seu martírio). Nela, Santa Cecília é exaltada como o modelo mais perfeito de mulher cristã, que por amor a Cristo professou a virgindade e sofreu o martírio. Segundo esta Paixão, ela havia-se consagrado a Deus. No dia das núpcias, participou essa decisão ao marido, dizendo-lhe que um anjo velava noite e dia por ela. Valeriano, seu marido, disse que somente acreditaria se visse o anjo. Santa Cecília aconselhou-o a visitar o papa Urbano, que se havia refugiado nas catacumbas. Deste encontro resultou a conversão do marido e de Tibúrcio, seu irmão, os quais sofreram o martírio logo depois, por sepultarem os corpos dos mártires.
Santa Cecília recolheu os corpos do esposo e do cunhado e sepultou-os na sua propriedade, na via Ápia. Isto lhe valeu o martírio. Morreu decapitada, por ter sobrevivido à morte por asfixia no caldário. 
Santa Cecília foi uma das santas mais veneradas durante a Idade Média. O seu nome vem citado no cânon da missa. Dentre as santas é a que maior número de basílicas teve em Roma. A nenhuma outra santa a cristandade consagrou tantas igrejas quanto a ela. É também a padroeira dos músicos.

Tuesday, November 19

Terça-feira da Semana XXXIII do Tempo Comum

Nas leituras de hoje temos dois exemplos de homens de comportamento exemplar: 
- Eleazar sofreu cruéis tormentos no seu corpo, mas com prazer na sua alma, por ser fiel ao cumprimento da vontade de Deus. 
- Zaqueu deu aos pobres metade dos seus bens e restituiu quatro vezes mais aqueles a quem tinha causado prejuízo, pois era chefe dos publicanos e rico. O arrependimento e a conversão são precedidos do encontro com Jesus.

Zaqueu tinha grande vontade de ver Jesus e Eleazar deixou um exemplo de coragem e uma nobre lição de virtude preferindo o martírio para unir-se a Deus.

Tuesday, October 29

Terça-feira da Semana XXX do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

O homem é o rei da criação. Tornado filho de Deus, ele vive na expectativa da glória de Cristo, que se há-de revelar também nele. E não só o homem, mas toda a criação participará nesta glória, porque tudo foi criado para encontrar a unidade final em Cristo. Esta expectativa é dolorosa, como as dores que acompanham todo o nascimento; mas ela verá finalmente a nova criação em Cristo. Justificados pela graça de Deus, por meio da fé, no poder do Espírito Santo, tornámo-nos filhos de Deus, co-herdeiros com Cristo.

As duas parábolas do texto evangélico, a do grão de mostarda e a do fermento revelam-nos duas características desse reino: a sua grande expansão e a sua força transformadora que sublinham a força interna e o poder de transformação que animam o reino de Deus. Esta vitalidade íntima do reino nunca diminuirá, mesmo que a experiência nem sempre seja igual à que S. Lucas possuía. O reino de Deus só será realidade perfeita no fim dos tempos, que hão-de dar o verdadeiro sentido a toda a história; mas ele já está no meio de nós, embora em humildade cheio de vida, como o grão de semente em comparação com a árvore que ele há-de vir a ser um dia.

Monday, October 28

Festa de São Simão e São Judas, Apóstolos

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Os apóstolos, que hoje celebramos, ocupam uma posição bastante discreta nos evangelhos. Simão é cognominado zelote por Lucas, talvez porque pertencia ao grupo antirromano dos zelotes. Mateus e Marcos qualificam-no como cananeu. O apóstolo Judas, cognominado Tadeu por Mateus e Marcos, é qualificado por Lucas como filho de Tiago e primo do Senhor. É este Judas que, na última ceia, diz a Jesus: Porque te hás-de manifestar a nós e não te manifestarás ao mundo? Uma das Cartas Católicas, na qual se previne os cristãos contra os falsos doutores que se haviam infiltrado nas comunidades, é-lhe atribuída. De acordo com uma tradição oriental, os dois apóstolos terão levado o Evangelho até ao Cáucaso, onde teriam sido martirizados. A sua festa, celebrada no Oriente desde o século VI, passou a ser celebrada em Roma no século IX.

Monday, October 21

Segunda-feira da Semana XXIX do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Nós, tal como aconteceu com Abraão, somos justificados por Deus, por causa da fé que temos em que Ele ressuscitou o seu Filho Jesus Cristo de entre os mortos. Mas crer não é somente aceitar com a inteligência; é confiar-se a Ele e deixar-se conduzir pela sua palavra, porque é Deus quem a pronuncia. Assim foi a fé de Abraão; assim há-de ser a nossa fé, porque Deus é sempre o mesmo, sempre fiel através de todas as gerações. 

Porque a vida vale mais do que as coisas, Jesus previne os seus discípulos contra o apego às riquezas, e, por meio de uma pequena parábola, lembra como é frágil esta vida: havia um homem cujo campo produzira com abundância, decidiu demolir os celeiros, construir outros e depois de recolher todos os bens, pensa viver muitos anos sossegado a usufruir deles sozinho, que aí estava a sua felicidade. Mas Deus não aceita a sua insensatez, fazendo-lhe ver que é Ele o senhor da vida e que, de um momento para o outro, o rico avarento será chamado a dar contas dela. Quem pensa acumular bens para enriquecer em vista de si mesmo é insensato; diante de Deus só se enriquece vivendo o preceito do amor.

Monday, September 30

Segunda-feira da Semana XXVI do Tempo Comum

As palavras do profeta anunciam hoje a libertação do povo e a sua reunião em volta do Messias, seu guia e seu salvador, como fruto do ‘amor ardente’ que o Senhor nutre por ele e, se isto parecer impossível aos olhos do resto daquele povo, será impossível aos olhos de Deus que o promete?

Com o exemplo da criança ensina Jesus aos seus discípulos o sentido da humildade, bem necessário para eles poderem compreender a hora da Paixão, em que Jesus dará a vida por todos os homens, e não apenas por eles, até então ainda muito fechados sobre si próprios e pouco acolhedores para com os outros.

Tuesday, September 10

Terça-feira da Semana XXIII do Tempo Comum

Os cristãos de Colossos, a quem São Paulo escreve, estavam a ser desorientados por doutrinas erradas, dos que os queriam fazer voltar, de novo, às práticas religiosas do Antigo Testamento. Mas São Paulo insiste fortemente em que a salvação está em Jesus Cristo. Por isso, os cristãos hão-de procurar esclarecer a sua fé em Cristo e não se deixar levar por quaisquer doutrinas mal fundadas, que não sejam a doutrina que Deus nos faz conhecer por seu Filho, Jesus Cristo: Ele morreu por nós, na sua cruz Ele Se ofereceu por nós e apagou todos os nossos pecados.

Jesus começa a dar um mínimo de organização à sua Igreja, escolhendo os doze Apóstolos de entre os seus discípulos, para os enviar a prolongar a sua missão. Apóstolo quer dizer enviado. Mas, Jesus acompanha a acção com a oração. Antes da eleição dos Apóstolos, Jesus faz uma longa vigília de oração. O apostolado na Igreja não é organização administrativa nem acção burocrática; é acção do Espírito de Deus, que só à luz da fé pode ser entendida. Lucas refere que Jesus se retira para a montanha a fim de rezar, passando lá toda a noite. A escolha dos Doze inclui um chamamento: convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles. Vocação e missão são inseparáveis.

Monday, September 9

Segunda-feira da Semana XXIII do Tempo Comum


O mistério oculto ao longo dos séculos é que Jesus Cristo veio a este mundo e Se fez homem para chamar para o povo dos filhos de Deus todos os homens, mesmo os pagãos, aqueles que nunca tinham feito parte do povo de Deus. São Paulo afirma que, acrescentar algo ao evangelho, é diminuir o seu poder gratuito. Apenas, como membros do Corpo de Cristo, podemos completar em nós o que falta às tribulações de Cristo.

Lucas volta à polémica sobre o sábado: Jesus faz um milagre em favor de um homem paralítico. Uma certa mentalidade farisaica queria parar os discípulos de Jesus, mas também pôr fim à actividade taumatúrgica do seu Mestre. Ao curar o doente do braço atrofiado, Jesus ensina que o bem do homem está acima de todas as coisas. É esse o seu programa traçado em Nazaré. Para o demonstrar, toma partido pelo homem, com decisão firme. Assim deve proceder a Igreja; denunciar a opressão e proclamar a justiça, que é a forma estrutural da caridade.

Wednesday, September 4

Quarta-feira da Semana XXII do Tempo Comum


Começamos hoje a leitura da Epístola aos Colossenses. Colossos era uma cidade da actual Turquia, onde havia uma comunidade cristã, que acabava de ser perturbada com ideias novas, perturbadoras da fé dos discípulos. Era uma comunidade predominantemente formada por cristãos de origem pagã. Mas também havia cristãos provenientes da diáspora judaica. Paulo, prisioneiro em Roma, escreve-lhes esta carta admirável em que apresenta Cristo, o Senhor Ressuscitado, como Cabeça de toda a Igreja, por meio do qual todos os homens são chamados à unidade e à salvação.

Rejeitado em Nazaré, Jesus desce a Cafarnaum onde é acolhido pela fé daquela gente, a ponto de Cafarnaum vir a ser chamada a sua cidade. Este dia de Cafarnaum foi para Jesus um dia cheio: saindo da sinagoga, Jesus entra em casa de Simão e cura a sogra dele que estava doente que irá impulsioná-la ao serviço. Também nos diz que as curas dos doentes se tornam ocasião de verdadeiras profissões de fé em Cristo, mesmo que elas saíam da boca dos demónios.

Friday, August 16

Pensamento do dia: 16-08-2013

Onde nos sentimos bem, é aí a nossa pátria. (Aristófanes: 450-386 a. C)

Sexta-feira da Semana XIX do Tempo Comum


Uma vez chegado à Terra Prometida, Josué, numa grande assembleia, recorda ao povo as grandes maravilhas que Deus tinha feito em seu favor, para que ele se lembre delas, as reconheça, louve a Deus por todas elas e Lhe seja fiel. Os acontecimentos que ouvimos ler na história da salvação querem fazer-nos tomar consciência de tudo o que Deus, através de todos os tempos, tem feito ao seu povo para o conduzir pelo caminho da salvação, e despertar em nós o espírito de louvor e de acção de graças. Essa história começa com os antepassados e chega ao momento presente, em que se vêem realizadas as promessas que foram feitas a ele, o amigo de Deus, o pai na fé. 

Jesus afirma a indissolubilidade do matrimónio e exalta o celibato escolhido por amor do reino de Deus e que é dom do mesmo Deus. O campo onde tão frequentemente se afirma o egoísmo humano, o das opções do coração, é também aquele onde mais se hão-de mostrar as atitudes da fé e do verdadeiro amor, que vencerá toda a espécie de divórcios. A questão posta a Jesus pelos fariseus é uma cilada: querem obrigá-lo a tomar posição por uma corrente. Mas Jesus esquiva-se declarando-se contrário ao divórcio. Justifica a sua posição com dois textos da Escritura: Deus quer que marido e mulher permaneçam unidos como uma só carne e não separe o homem o que Deus uniu, mesmo que seja Moisés. O matrimónio é um contrato entre duas pessoas mas implica a vontade de Deus inscrita na complementaridade dos sexos.

Wednesday, August 14

Quarta-feira da Semana XIX do Tempo Comum


Depois da travessia do deserto, Moisés chega ao fim dos seus dias. Numa leitura anterior, ouvimos Deus dizer-lhe que ele não chegaria a entrar na Terra Prometida, devido à falta de fé que ele mostrara em certa altura. Agora, leva-o até ao alto de um monte, donde lhe faz ver, ao longe, toda essa terra. E depois Moisés ali morre. Faltou-lhe a fé total na palavra de Deus, para chegar até ao fim.

O Evangelho tem em vista a vida da comunidade cristã, onde podem acontecer momentos de pecado. A orientação que o Senhor aqui deixa é a correcção fraterna; trata-se de uma comunidade de irmãos. Os poderes conferidos a Pedro, como chefe da comunidade, atingem também os outros membros da comunidade, que se devem saber reconciliar uns com os outros, sempre que nascerem discórdias. Mas é na oração em comum que todos se hão-de reconhecer verdadeiramente irmãos, no meio de quem o Senhor estará.

Tuesday, August 13

Terça-feira da Semana XIX do Tempo Comum


À morte de Moisés, Josué é constituído seu sucessor. Substituem-se as pessoas, mas a missão continua, porque é sempre Deus quem conduz o seu povo, através de todas as gerações.

Com esta leitura começamos hoje a ler, no Evangelho de S. Mateus, o discurso de Jesus sobre a regra da vida comunitária da Igreja. Antes de mais, é preciso fazer-se pequeno como uma criança e defender e respeitar os outros na sua humildade, para se poder viver com verdadeiro espírito de comunidade. Os pequeninos são modelo para os discípulos, porque são dóceis e não se levantam contra quem os ensina e conduz.

Friday, August 9

Festa de Santa Teresa Benedita da Cruz



Celebramos hoje a Festa de uma das Padroeiras da Europa, S. Teresa Benedita da Cruz. O seu nome era Edith Stein, filha de pais judaicos, nasceu em Breslau no dia 12 de Outubro de 1891. Tendo-se dedicado aos estudos filosóficos, empenhou-se perseverantemente na procura da verdade, até que encontrou a fé em Deus e se converteu à Igreja Católica. Foi baptizada no dia 1 de Janeiro de 1922. Desde então serviu a Deus na função de professora e escritora. Agregada às irmãs carmelitas em 1933 com o nome Teresa Benedita da Cruz por ela escolhida, dedicou a sua vida ao serviço do povo judaico e do povo alemão. Deixando a Alemanha por causa da perseguição aos Judeus, foi recebida a 31 de Dezembro de 1938 no convento das carmelitas de Echt (Holanda). No dia 2 de Agosto de 1942 foi presa pelas autoridades que exerciam o poder aterrador na Alemanha e enviada para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau (Polónia), destinado ao genocídio do povo judaico. Aí foi cruelmente morta no dia 9 de Agosto. 
Ela foi nomeada Padroeira da Europa pelo Papa João Paulo II. Ao longo da sua vida foi preparando o encontro com o Senhor, enchendo de azeite, de fé, no dia-a-dia, a lâmpada da sua vida, que culminou com o martírio.

Thursday, August 8

Quinta-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


Moisés e Aarão, condutores de Israel, vêem-se, uma vez mais, envolvidos em murmurações por causa da falta de água. Mais uma vez, Moisés e Aarão se voltam para o Senhor, na tenda da reunião, lugar visível da presença e proximidade de Deus. Deus mostra-se condescendente e oferece uma solução miraculosa para a seca, ordenando a Moisés que percuta com a vara o rochedo, donde imediatamente brota água para saciar o povo e os seus rebanhos.

Quem é Jesus? Quem dizem os homens que Ele é? E, vós, quem dizeis que Eu sou? Antes de anunciar aos discípulos a sua morte, Jesus pede-lhes um acto de fé n’Ele. É Pedro quem o faz. A este acto de fé, em que Pedro declara: Tu és o Messias..., Jesus responde imediata e directamente: Tu és Pedro... A Igreja será edificada, como sobre uma rocha, sobre este acto de fé de Pedro.

Wednesday, August 7

Quarta-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


As leituras de hoje levam-nos a meditar sobre a fidelidade de Deus e a confiança que havemos de ter n´Ele. Deus é fiel às suas promessas. Os exploradores, enviados à terra de Canaã parecem encontrar grandes obstáculos, e o povo receia entrar nela. Pelo contrário, a mulher cananeia, apesar de uma primeira reacção negativa de Jesus, continua a pedir a cura de sua filha. Os primeiros foram impedidos por Deus de entrarem na terra prometida, enquanto a cananeia conseguiu um milagre do Senhor. Quem muito olha para os obstáculos que encontra na vida não progride. Mas, se se lembrar que para Deus não há impossíveis, vai vencendo as dificuldades.

Tuesday, August 6

Festa da Transfiguração do Senhor


A festa da Transfiguração, celebrada no Oriente desde o século V e no Ocidente a partir de 1457, faz-nos reviver um acontecimento importante da vida de Jesus, com reflexos na nossa vida, também seremos transfigurados n’Ele. A Transfiguração foi uma manifestação da vida divina, que está em Jesus, uma antecipação do esplendor do mistério pascal que os Apóstolos contemplaram. A luz e a brancura do Tabor são uma antecipação da Páscoa, da Ressurreição de Jesus. Na Transfiguração, temos a certeza que Jesus é realmente Filho de Deus. A voz de Deus confirma este facto.
O Evangelho de hoje fala-nos da Transfiguração de Jesus. Ele leva consigo três de seus discípulos mais próximos: Pedro, Tiago e João e subiu ao monte, para orar. O monte é um lugar especial, de encontro entre Deus e o homem, lugar de manifestação de Deus: é lá que Ele se revela e faz aliança com o seu Povo. Nós também somos convidados a subir ao monte e a transfigurarmos com Ele, a nos encontrarmos com Ele na oração e na reflexão também neste tempo de descanso e de férias para muitos.

Monday, August 5

Segunda-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


O povo, mais do que olhar para a salvação alcançada, para o dom gratuito de Deus, olha para trás com saudades do Egipto e dos bens de que lá dispunha, esquecendo os sofrimentos. Parecia-lhe melhor continuar escravo no Egipto que livre no deserto, a comer o maná, que não enchia os estômagos. Israel é um povo descontente, incapaz de reconhecer os dons de Deus: a liberdade e o pão descido do céu. A vida no deserto foi para o povo de Israel uma experiência dura e cheia de provações, que ele nem sempre soube vencer.

Ao multiplicar os pães no deserto, Jesus apresenta-Se como o novo Moisés, que alimenta o povo de Deus de maneira miraculosa; este pão é ainda o anúncio do pão eucarístico que, a seu tempo, o Senhor há-de distribuir aos seus.

Friday, August 2

Sexta-feira da Semana XVII do Tempo Comum


Na continuação da leitura da história da salvação no tempo do Antigo Testamento, são hoje enumeradas as solenidades que marcam o ritmo do ano: a Páscoa e os Ázimos, na Primavera; a festa das semanas (Pentecostes); e, no Outono, o Dia da Expiação e a Festa dos Tabernáculos. As solenidades evocam a memória de certos acontecimentos especialmente importantes na história da salvação e também são ocasião para renovar a aliança entre Deus e o seu povo.

A fé tem de ultrapassar a experiência dos sentidos: estes podem até dificultar a fé. Foi o que aconteceu aos conterrâneos de Jesus, que, à força de O verem no meio deles, não conseguiram penetrar mais profundamente e reconhecer n’Ele o Filho de Deus. Não souberam entender os sinais de Deus que Se manifestava no seu tempo e tão junto de si. Se através dos sinais se não vai até à significação dos mesmos, não se chega à fé, mas apenas ao aspecto material da experiência.

Thursday, August 1

Quinta-feira da Semana XVII do Tempo Comum


Moisés, em obediência a Deus, constrói a tenda, a Morada do Senhor e Deus vem estabelecer-se no meio do seu povo escolhido. Depois do Sinai, é a tenda que constitui a comunidade da revelação de Deus com os homens. Ela é o lugar ideal onde cada homem pode entrar em contacto com o Senhor e dialogar com Ele. Deus opta por estabelecer morada no meio do seu povo e comunicar com Moisés, mediador carismático. Uma vez construído o Tabernáculo, o antecedente do futuro Templo em Jerusalém, a nuvem poisou sobre ele, indicando assim a especial presença de Deus naquele lugar. Deus procurou sempre tornar visível a sua presença no meio do povo através de sinais.

Uma nova parábola pretende fazer compreender o que é o reino dos Céus. Se o entenderam, os discípulos estão agora capazes de o anunciar aos outros. Esta nova parábola refere-se à presença simultânea de bons e maus no seio da comunidade cristã até ao fim dos tempos. Mas nesta parábola insiste-se particularmente no perigo que ameaça aquilo que não presta. Isso não poderá ser recebido no reino dos Céus, quando chegar a hora de se fazer a recolha da rede. Como na rede se encontram peixes bons e peixes ruins, assim também na Igreja há quem viva e acolha a palavra de Jesus e há quem a recuse ou permaneça indiferente.

Wednesday, July 31

Quarta-feira da Semana XVII do Tempo Comum


A aproximação de Deus transfigura sempre o homem. Assim aconteceu com Moisés, assim acontece com os discípulos de Cristo, que reflectem, como num espelho, a glória do Senhor, e são transformados nesta mesma imagemO texto do Êxodo fala-nos da distância e da proximidade de Deus. Foca particularmente o tema da tenda da reunião, o lugar onde Deus vem para se comunicar com Moisés e com o povo. Moisés é o privilegiado da revelação de Deus aos homens.

Jesus compara o reino de Deus a um tesouro escondido no campo e a uma pérola preciosa. O reino é o único necessário; só ele responde ao desejo mais profundo de realização do homem: imagem de Deus, o homem só n’Ele encontra o sentido da sua vida e a sua felicidade. A novidade da descoberta do reino torna tudo o mais de interesse relativo. O reino merece todas as renúncias. As parábolas do tesouro casualmente encontrado no campo, e da pérola desejada e finalmente comprada, acentuam a alegria daquele que compreendeu o valor do reino de Deus.

Tuesday, July 30

Terça-feira da Semana XVII do Tempo Comum


Durante a travessia do deserto, Deus está no meio do seu povo e manifesta-Se como seu educador e Moisés como o Intermediário, atento e fiel. Deus revela-Se como Deus clemente e compassivo, amigo do seu povo, que não só lhe revela os seus desígnios pela voz de Moisés, mas até lhe escreve a sua Lei em tábuas de pedra, para que esta se não venha a perder e o povo a possa recordar para sempre. E a presença de Deus na tenda da reunião prefigura a sua presença futura em Jesus Cristo, Deus feito homem no meio dos homens; a tenda era o lugar do encontro de Deus com os homens e dos homens com Deus.

Este mundo é o campo onde a palavra cai como semente e onde ela cresce e se desenvolve e dá fruto no coração de quem a acolhe com fé mas há outras sementes que são semeadas e crescem e que podem prejudicar a boa seara. É o mistério da vida da Igreja sobre a terra: trigo e joio a crescerem misturados e Deus, o dono da seara, na sua paciência infinita, esperando até à hora da colheita! Então, o joio, os filhos do Maligno, revelar-se-ão como palha, que só serve para o fogo, enquanto que os filhos do reino brilharão como o Sol no reino do Pai.

Monday, July 29

Santos Marta, Maria e Lázaro, hospedeiros do Senhor


Santa Marta era irmã de Maria e de Lázaro, residia em Betânia nas proximidades de Jerusalém. Jesus era seu amigo e de seus irmãos e frequentava a sua casa. Quando recebia o Senhor em sua casa de Betânia, servia-O com grande diligência e com suas orações obteve a ressurreição de seu irmão. Primogénita e dona de casa, Marta representa a vida activa e a irmã Maria simboliza a contemplativa. Em várias lendas, Marta, juntamente com Maria e Lázaro, aparecem como missionários no sul da França.
Os irmãos de Betânia mantinham uma grande amizade com o Senhor, que ali procurava descansar e se sentia bem acompanhado. Marta oferecia-lhe a hospitalidade e pediu-lhe pela ressurreição do irmão Lázaro e conseguiu-o. Foi o episódio mais marcante dessa amizade: sabedor da morte do amigo, Jesus comove-se e chora, demonstrando a afeição e a dor que sentia. Inteiramente homem, sofre pela perda; inteiramente Deus, ressuscita o amigo para manifestar, assim, a glória do Pai.
Imitemos a hospitalidade de Marta, acolhendo bem o Senhor e as pessoas amigas; imitemos a sua oração, pedindo a resolução dos problemas de amigos e conhecidos. O Senhor há-de escutar-nos, porque foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho pelos nossos pecados.

Friday, July 26

São Joaquim e Santa Ana, pais de Nossa Senhora


Na 1ª leitura, Ben Sirá evoca figuras ilustres que marcaram o passado da história de Israel, com o seu exemplo, uma nova vida no presente e a projetar a esperança do povo na direção do futuro. O bem paticado é um capital precioso e fecundo, que permanece. Quando é praticado por homens virtuosos, tece a verdadeira trama da história da salvação.

No Evangelho, os discípulos de Jesus têm a sorte de ver a realização das promessas. Gerações de profetas e justos construíram uma história de confiança, de espera e de esperança. Esses profetas e justos são ditosos porque, ainda que não tenham visto nem ouvido o que os discípulos veem e ouvem, acreditaram e apostaram a sua vida baseando-se na Palavra da aliança.

Uma tradição do segundo século afirma que os pais de Nossa Senhora, avós de Jesus, chamavam-se Joaquim e Ana. Conforme uma lenda da Idade Média, Joaquim e Ana viviam humilhados porque não tinham filhos. Joaquim dirigiu-se então para o deserto onde passou 40 dias em jejum e oração. Ao terminar os 40 dias, apareceu-lhe um anjo anunciando que teriam um filho: nasceu-lhes uma filha e deram o nome de Maria. A devoção de Santa Ana remonta ao século VI, no Oriente e no Ocidente data de século X. A devoção a São Joaquim é mais recente.

Thursday, July 25

Pensamento do dia: 25-07-2013

Os amigos são como os melões: é preciso experimentar cinquenta até encontrar um bom. (Claude Mermet)

Festa de São Tiago, Apóstolo


A liturgia aplica ao apóstolo Tiago o que Paulo diz a partir da sua própria experiência: Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus. Há uma mensagem que começa em Jesus, passa de Jesus a Paulo, de Paulo a Tiago e assim sucessivamente, ao longo da história, formando uma corrente de testemunhas e de mártires. Quem recebe a graça de derramar o sangue por amor de Cristo e dos irmãos pode dizer que leva em si a morte de Cristo, mas também quem vive serenamente a radicalidade evangélica no seu dia-a-dia.

Mateus parece usar de uma fina ironia ao narrar o episódio do Evangelho de hoje. Facilmente desculpamos a mãe, que quer o melhor para os filhos. Mas já não somos tão compreensivos para com os dois irmãos que se declaram prontos a beber o cálice com Jesus. Mas Jesus, transformando a hipótese em profecia, prediz a morte que Tiago irá padecer por causa da sua radical fidelidade ao Mestre e ao Evangelho, e aproveita para dar uma lição de humildade útil a todos, também outros apóstolos irritados e desdenhosos.

São Tiago nasceu em Betsaida; era filho de Zebedeu e irmão do apóstolo João. Esteve presente nos principais milagres do Senhor. Foi morto por Herodes cerca do ano 42. É venerado com culto especial em Compostela, onde se ergue a célebre basílica a ele dedicada, que atrai desde o século IX inumeráveis peregrinos de toda a cristandade. Anos mais tarde, S. Tiago foi o primeiro dos Apóstolos a dar a vida pela Evangelho. O Senhor sabia que poderiam imitar a sua paixão e, no entanto, pergunta-lhes, porque as coisas de muito valor não se conseguem a não ser por um preço muito elevado.

Wednesday, July 24

Quarta-feira da Semana XVI do Tempo Comum


Depois da passagem do Mar Vermelho, começa a travessia do deserto. Ela vai ser um tempo de grande provação, em que estão sempre em contraste a falta de fé e os pecados do povo, e a misericórdia e o poder de Deus. O povo murmura por se julgar condenado a morrer de fome; mas logo Moisés intercede junto de Deus e Ele envia-lhes o pão do céu, o maná, como a nós hoje a Eucaristia, o verdadeiro Pão do Céu.

Começamos hoje a ler a passagem do Evangelho de S. Mateus consagrada às parábolas, a uma catequese feita a partir da contemplação da natureza e dos trabalhos em que os homens se ocupam. Ouvimos hoje a parábola do semeador, como que a preparar o terreno para a boa colheita da sementeira que o próprio Senhor vai fazer. A vitalidade está na semente, mas é preciso que o terreno onde ela vai ser semeada esteja preparado.

Tuesday, July 23

Pensamento do dia: 23-07-2013

Nada é mais difícil, e por isso mais precioso, do que ser capaz de decidir. (Napoleão Bonaparte: 1769-1821)

Festa de Santa Brígida, Religiosa e Padroeira da Europa


Santa Brígida nasceu na Suécia em 1303; casou muito jovem e teve oito filhos que educou com esmero exemplar. Ingressou na Ordem Terceira de S. Francisco e, depois da morte do marido, entregou-se a uma vida de maior ascetismo, embora sem deixar de viver no mundo. Fundou então uma Ordem religiosa e, partindo para Roma, foi exemplo de grande virtude para todos. Empreendeu peregrinações de penitência e escreveu muitas obras em que narra as suas experiências místicas. Morreu em Roma no ano 1373.

Na 1ª leitura, Paulo diz, pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Ele era um daqueles judeus que afirmavam que a aceitação da Lei produzia por si mesma a vinculação a Deus. Ao converter-se, irá dizer que a vida religiosa está acima do eu: Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Não é nenhuma substituição mas apenas está a expor a sua experiência religiosa.

No Evangelho diz-nos que a alegoria da videira e dos ramos garante-nos que a promessa da presença de Jesus no meio de nós está cumprida. Há que permanecer n´Ele para produzir os frutos que Deus espera de nós, permitir ao Espírito, a seiva divina, que produza em nós os seus frutos.

Monday, July 22

Santa Maria Madalena


Maria, presumivelmente nascida em Magdala, pequena povoação nas margens do lago de Tiberíade, é uma das mulheres que seguiram e serviram o Senhor durante a sua vida pública. Diz-se que, libertada por Jesus da opressão dos demónios, O seguiu fielmente até aos pés da cruz. Quando, no primeiro dia da semana, foi ao túmulo de Jesus, e o encontrou vazio, permaneceu junto dele a chorar e a perguntar pelo seu Mestre. Encontrou-O quando O ouviu chamar pelo seu nome: Maria! E tornou-se a primeira testemunha da Ressurreição, levando a Boa Notícia aos próprios Apóstolos.

Friday, July 19

Sexta-feira da Semana XV do Tempo Comum


A leitura do Livro do Êxodo passa agora à celebração da ceia pascal, à libertação do povo de Israel do Egipto. A ceia pascal judaica prefigura a Páscoa de Jesus. Na véspera da sua passagem deste mundo para o Pai, Ele instituiu, a partir daquela ceia pascal judaica, a Ceia da nova Aliança, não com o sangue do cordeiro pascal que Moisés já imolara, mas com o seu próprio Sangue, pois é Ele o verdadeiro Cordeiro pascal. É a festa da libertação, mesmo no seio da opressão. O que Moisés prescreveu para essa noite é o que se cumpre, ainda hoje, no ritual tradicional da ceia pascal hebraica, com que se comemora a libertação dos Hebreus na noite da Páscoa.

A lei de Moisés era um guia para Cristo. Jesus, depois, não a destruiu, antes a levou até ao seu pleno cumprimento, porque Ele ultrapassa as figuras que O anunciavam e chega até onde a Lei queria conduzir, que é Ele próprio. O repouso sabático, inicialmente, era uma lei humanitária, que visava proporcionar descanso a quem trabalhava, aos homens livres e aos escravos, e mesmo aos animais. A expressão de Jesus o Filho do Homem até do sábado é Senhor significa que a autoridade de Jesus é superior à de Moisés, em força da sua relação especial com aquele Deus a quem se pretende honrar com a observância do sábado.

Thursday, July 18

Quinta-feira da Semana XV do Tempo Comum


Moisés recebe a revelação do Nome divino Eu sou, que corresponde ao nome de Iavé ou Javé. Deus define-Se como Aquele que É, o Existente, mas que faz aliança com o seu povo. Ele é um Deus pessoal, um Deus com Quem o homem pode dialogar. Deus revela-Se assim como Aquele que, sendo transcendente, estará sempre presente na vida do seu povo. É o mesmo Deus que apareceu a Abraão, a Isaac e Jacob, o Deus da promessa que, diante da escravidão do seu povo, quer actuar como salvador e é um Deus próximo. Por isso mesmo, a presença de Deus é uma presença íntima, capaz de socorrer.

Depois de ter dado graças ao Pai pela revelação recebida, e de ter anunciado o conteúdo dessa revelação, Jesus dirige um convite-chamamento a todos cansados e oprimidos. A lei de Moisés, tal como a aplicavam os escribas era um jugo particularmente duro. Os discípulos de Jesus são convidados a pôr-se ao lado dEle, a carregar o mesmo jugo, a levar o mesmo estilo de vida: o dos mansos e humildes, dos pobres e pequenos, que compreenderam o mandamento novo da obediência a Deus e do serviço aos irmãos.

Wednesday, July 17

Pensamento do dia: 17-07-2013

Quem supera, vence. (Johann Goethe: 1749-1832)

Quarta-feira da Semana XV do Tempo Comum


A visão do Horeb está na origem de uma das mais importantes páginas do Êxodo. Tudo começa com um acontecimento inaudito: uma sarça ardia sem ser devorada pelo fogo. Moisés aproxima-se e é surpreendido pela palavra do Senhor, que se declara sensível ao sofrimento do seu povo oprimido no Egipto. O seu grito de aflição chegou aos ouvidos de Deus, que toma a iniciativa de salvar o seu povo. Mas quer salvá-lo com a mediação de homens escolhidos, dispostos a colaborar no seu plano de redenção: agora, vai; Eu te envio ao faraó e faz sair do Egipto o meu povo, os filhos de Israel. Diante da grandeza de um tal plano, Moisés sente-se pequeno e expõe a Deus os seus limites, mas o Senhor garante-lhe: Eu estarei contigo.

Os pequeninos são os discípulos de Jesus, as coisas que só a eles são reveladas são os mistérios do reino de Deus. De facto, o conhecimento destas verdades é fruto da revelação que Deus faz a quem escuta a sua palavra com o coração puro e sincero. O encontro com Deus só é possível se nos colocarmos diante d’Ele em atitude de verdade: verdade que é consciência da nossa profunda pobreza; verdade que é despojarmo-nos de nós mesmos, do nosso orgulho; verdade que é lançarmo-nos nos caminhos da fraternidade e da humanidade, como quem é capaz de se agarrar ao essencial, de viver como se visse o invisível.

Tuesday, July 16

Terça-feira da Semana XV do Tempo Comum


Moisés é abandonado num cesto de papiro, no lugar onde a filha do faraó costuma ir banhar-se. Ao ver o menino, enternece-se e decide adoptá-lo como filho. Entretanto, a irmã de Moisés, Maria, convence a filha do faraó a procurar uma mãe de leite entre as mulheres israelitas. Acaba por ser a verdadeira mãe a alimentar o pequeno Moisés. Depois do desmame, a princesa do Egipto a criança para a corte, fazendo dela um filho e dando-lhe o nome de Moisés. Mais tarde, Moisés dá-se conta da sorte dos seus irmãos Hebreus e toma a sua defesa.

Quanto maior foi o conhecimento que se teve da palavra de Deus, maior será a responsabilidade diante do mesmo Deus e maior a responsabilidade das terras onde chegou a mensagem do Evangelho do que a daquelas onde ela nunca chegou. O aviso do Senhor tinha especial razão de ser para os seus contemporâneos que não prestavam a devida atenção à palavra que ouviam directamente da sua boca.

Monday, July 15

Pensamento do dia: 15-07-2013

Nenhum vencedor acredita no acaso. (Nietzsche: 1844-1900)

Segunda-feira da Semana XV do Tempo Comum


O Livro do Êxodo dá continuidade ao do Génesis, e descreve a situação dos israelitas no Egipto e a sua saída desse país, para eles terra de escravidão. Êxodo significa precisamente saída. É um livro de interesse excepcional na história do povo de Deus. Todo ele está impregnado da grande profissão de fé no Senhor, Deus único, que fez sair Israel do Egipto. Esta libertação do povo de Deus do país da escravidão, é a figura antecipada e anunciadora da futura Páscoa de Jesus Cristo, libertadora do povo que Deus veio a congregar na sua Igreja.

Cristo é, no mundo, sinal de contradição, como já o anunciara o velho Simeão. Os critérios do reino não se compadecem com a estreiteza dos nossos limites humanos. Ele vem trazer a paz, mas muitos, que não compreenderão essa sua missão, até por causa d’Ele se hão-de envolver em guerra e perseguir quem O quisera seguir.

Sunday, July 14

Domingo XV do Tempo Comum


Vai e faz o mesmo: é um convite claro de Jesus para que cada um de nós se torne próximo do outro, abrindo os olhos sobre a sua situação e servindo do mesmo modo que Jesus serviu. De qualquer pessoa me posso e devo fazer próximo. O amor que Jesus apregoa é um amor universal. Fazer o mesmo quer dizer deixar-se conduzir pela mesma ternura e bondade do coração. Quer dizer não ficar indiferente diante de ninguém.

O Ano da fé é também ocasião propícia para o testemunho da caridade. A fé autêntica frutifica sempre em amor e só, pela fé, podemos descortinar no outro, o verdadeiro rosto de Cristo. Que a luz da fé, nos faça olhar para o irmão, com os olhos de Jesus, como nos diz o Papa Francisco e que essa mesma luz nos ensine a ver que, em cada homem, há uma bênção para mim; que a luz do rosto de Deus, me ilumina através do rosto do irmão e se crês assim, faz isso e viverás!

Friday, July 12

Sexta-feira da Semana XIV do Tempo Comum


O reencontro de José com os seus irmãos e a reunificação da família de Jacob é o tema central da longa história do Génesis. O itinerário de Jacob torna-se uma última etapa decisiva na história da salvação de Israel. É uma caminhada que aguarda a sua realização no regresso à terra de Canaã. Essa nova etapa será aberta pelo livro do Êxodo. O Senhor renova as suas promessas a Jacob; estará com o povo no Egipto, e estará com ele também no êxodo futuro.

Jesus dá algumas instruções aos Apóstolos em ordem à sua actividade missionária, põe-os de sobreaviso em relação às perseguições futuras que virão a sofrer, como Ele as havia de sofrer também. Mas promete-lhes a sua presença junto deles até ao fim, depois de lhes fazer compreender que o testemunho que eles derem é já antecipação do último juízo de Deus. Não foi fácil a missão dos Apóstolos, como ainda hoje o não é a da Igreja. A palavra de Deus desencadeia sempre, ao lado do bom acolhimento de alguns, a indiferença, a irritação e até a perseguição de muitos.

Thursday, July 11

Festa de São Bento, Abade e Padroeiro da Europa


Mensageiro da paz, artesão da unidade, mestre da civilização, e principalmente arauto da religião de Cristo e fundador da vida monástica no Ocidente – eis os títulos que justificam a fama de São Bento, abade. Numa altura em que o Império Romano estava a chegar ao fim e em que as regiões da Europa se afundavam nas trevas e outras regiões desconheciam ainda a civilização e os valores espirituais, ele permitiu, pelo seu esforço constante e assíduo, que se erguesse sobre este continente a aurora de uma nova era. Foram principalmente ele e os seus filhos que, com a cruz, o livro e a charrua, levaram o progresso cristão às populações que iam do Mediterrâneo à Escandinávia, da Irlanda às planícies da Polónia.
Com a cruz, isto é, com a lei de Cristo, firmou e desenvolveu a organização da vida pública e privada. Convém recordar que ensinou aos homens a primazia do culto divino com o Ofício divino, ou seja, a oração litúrgica e assídua. […] Depois, com o livro, ou seja, a cultura: numa altura em que o património humanista corria o risco de se perder, São Bento, conferindo renome e autoridade a tantos mosteiros, salvou a tradição clássica dos antigos com providencial solicitude, transmitindo-a intacta à posteridade e restaurado o amor pelo saber.
E finalmente com a charrua, quer dizer, com a agricultura e outras iniciativas análogas, conseguiu transformar terras desertas e incultas em campos férteis e jardins graciosos. Unindo a oração ao trabalho manual, de acordo com a célebre injunção «Ora et labora» («Reza e trabalha»), enobreceu e elevou o trabalho do homem. Foi por tudo isto que o Papa Pio XII saudou em São Bento o «pai da Europa».


Texto de Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978, Carta apostólica de 24/10/1964 «Pacis nuntius»

Wednesday, July 10

Quarta-feira da Semana XIV do Tempo Comum


José é figura de Jesus, o Salvador de seus irmãos, a quem perdoa e dá o alimento; tornou-se figura d´Aquele que, anunciando a misericórdia do Pai, mostra que o lucro da própria existência consiste em fazer a vontade de Deus e imagem do crente que, em Cristo, verdade do homem, procura e realiza a fraternidade. O seu modo de agir tem por objectivo levar os irmãos a um profundo exame de consciência sobre o que tinham feito contra ele e a dar-se conta de que a vida não pode gastar-se na violência. O seu modo de agir tem por objectivo levar os irmãos a um profundo exame de consciência sobre o que tinham feito contra ele e a dar-se conta de que a vida não pode gastar-se na violência. 

No Evangelho, aparece a lista dos doze Apóstolos. Este número corresponde no Novo Testamento aos doze patriarcas das doze tribos de Israel do Antigo Testamento. Jesus, novo Moisés, funda o novo povo de Deus, a Igreja. O povo de Deus na Igreja é o ponto de chegada do povo eleito que vinha já do Antigo Testamento. Os Doze são enviados e levam em si a própria missão de Jesus e são chamados para estarem com o Senhor e ser enviados por Ele aos irmãos.

Tuesday, July 9

Terça-feira da Semana XIV do Tempo Comum


Na estranha personagem com quem entra em luta, Jacob descobre a presença do próprio Deus, e não descansa enquanto d’Ele não obtém a bênção. Este acontecimento misterioso, pretende, em última análise, explicar o significado do nome de Israel, forte contra Deus, e indicar que a bênção que Jacob recebe de Deus se estenderá a todo o povo que levará o seu nome, o povo de Israel. O nome de Israel, que Jacob assume depois do combate nocturno, porque, como diz o Senhor, combateste contra Deus e contra os homens e conseguiste resistir, evoca um passado de lutas e de vitórias sobre forças inimigas.

Para ser capaz de reconhecer a intervenção de Deus é necessário ter-se um coração simples, como o de uma criança. Foi assim já no tempo de Jesus: os simples tinham fé, os entendidos negavam-se até ao que era evidente. Jesus nem por isso desiste de anunciar o reino de Deus; só lamenta que poucos se entreguem ao trabalho que este reino exige. Mas esses serão sempre um dom de Deus; é necessário, pois, pedir que Ele os envie. Sem a luz da Palavra de Deus, os homens transviam-se e perdem-se. Fora anunciado que o Messias faria ouvir os surdos e falar os mudos. Se Jesus realiza tais maravilhas, libertadoras da escravidão e limitações humanas, quebra o poder de Satanás, e só pode ser o Messias.

Monday, July 8

Pensamento do dia: 08-07-2013

É muito menos difícil resolver um problema do que pô-lo. (Joseph de Maistre: 1753-1821)

Wednesday, July 3

Festa de São Tomé, Apóstolo


A incredulidade de Tomé e citando S. Gregório Magno, foi mais útil à nossa fé do que a fé dos discípulos crentes. Aproveitando o episódio, João abre diante de nós uma pista nova para chegarmos à libertadora experiência da fé em Jesus ressuscitado. Na aparição seguinte aos seus discípulos, Jesus convida Tomé a percorrer o caminho de busca, que os seus colegas já tinham feito. Tomé, disponível e dócil à ordem de Jesus, chega a um acto de fé claro e convicto: Meu Senhor e meu Deus!. A bem-aventurança, que Jesus proclama em seguida, dirige-se a nós que, percorrendo um itinerário de fé, em atitude de completo abandono, chegamos a Jesus morto e ressuscitado.

O caso do Apóstolo Tomé é importante para nós pelo menos por três motivos: primeiro, porque nos conforta nas nossas inseguranças; segundo porque nos demonstra que qualquer dúvida pode levar a um êxito luminoso além de qualquer incerteza; e por fim, porque as palavras dirigidas a ele por Jesus nos recordam o verdadeiro sentido da fé madura e nos encorajam a prosseguir pelo nosso caminho de adesão a Ele.

Tuesday, July 2

Terça-feira da Semana XIII do Tempo Comum


Estas duas cidades são o símbolo do pecado e da impiedade, e o castigo que sofreram manifesta que Deus não pode pactuar com o mal, mas que, mesmo no meio das maiores catástrofes, Ele sabe sempre salvar e libertar. Sodoma, e a sua terrível destruição, realçam o contraste entre a hospitalidade de Abraão e a falta de hospitalidade dos seus habitantes. Lot, que escolheu a melhor parte, perde tudo: terra, bens, mulher. Abraão tendo confiado na promessa de Deus, terá uma descendência numerosa e possuirá a terra.

Mateus refere o episódio da tempestade acalmada. A Igreja é uma barca em tormenta, onde está Jesus e os discípulos. Dizer a Jesus: Desperta, Senhor, porque dormes? e Senhor, salva-nos, que perecemos!, significa reencontrar-se como crentes, como fiéis, como discípulos, e encontrar Jesus como Senhor e Cristo. Na sua presença não há tempestade, não há paixão, não há morte que resistam. A sua autoridade e o seu poder restauram a ordem da graça. Os discípulos nem sempre correspondem com fé e confiança ao senhorio de Jesus.

Friday, June 28

Sexta-feira da Semana XII do Tempo Comum


Deus estabelece com Abraão uma aliança. É este um dos momentos maiores da história da salvação. A circuncisão foi o sinal da aliança com Abraão. Deus apresenta-se a Abraão e pede-lhe para caminhar diante dele e pertencer-Lhe totalmente. A aliança com Deus obriga a pertencer-Lhe, a ser povo de Deus. Abraão, prostrado diante de Deus, recebe a renovação da promessa de uma numerosa descendência. Deus muda-lhe também o nome, de Abrão para Abraão; dar nome a uma pessoa é tomar posse delas. O Senhor também muda o nome de Sarai para Sara: ela é destinatária de uma bênção em referência à sua fecundidade. A figura de Ismael, filho de Agar, é uma afirmação da acção salvadora universal e também para ele Deus tem uma promessa de bênção, de fecundidade e de domínio real.

Ao curar o leproso, Jesus manifesta-Se como Senhor da vida e da morte, cheio de compaixão para com os que sofrem, e ainda como Aquele que reconduz os homens à comunhão na unidade do povo de Deus. Tudo o que por fora acontecer é sinal do que acontece por dentro. A simplicidade que envolve este milagre de Jesus manifesta, por um lado, o poder da palavra do Senhor e, por outro, a força da fé do homem que O invocava.

Thursday, June 27

Quinta-feira da Semana XII do Tempo Comum


Antes de ter um filho da esposa, Sara, que era estéril, Abraão teve um filho de uma escrava, Agar. Era esta uma solução prevista no direito dos povos daquela época, em certas regiões, como acontecia na terra de origem de Abraão. O filho de Agar foi Ismael, o antepassado dos Árabes do deserto; daí o nome de Agarenos ou Ismaelitas. Mas o autor sagrado não está de acordo, e denuncia o excessivo zelo de Sara em ver realizada a promessa de Deus ao seu marido. Agar, na sua nova situação, manifesta orgulho e despreza Sara e esta maltrata-a até a fazer fugir da sua casa. O Anjo do Senhor encontra-a no deserto e convida-a a regressar e a humilhar-se diante de Sara.

Ao concluir o Sermão da Montanha, Jesus previne contra a presunção de se salvar apenas pela invocação do nome divino, sem as acompanhar com uma vida coerente, com a prática da caridade, ainda que sejam expressão da própria fé. Não se pode ficar pelo dizer; há que fazer.
Cristo fala de duas maneiras de escutar a Palavra: de modo superficial e descomprometido ou de modo atento e eficaz. Fala também das consequências de escutar de um ou de outro modo. A solidez da vida não pode ser outra senão a que vem da palavra de Deus, escutada e cumprida que é alicerce que permanece firme para a vida eterna.

Wednesday, June 26

Quarta-feira da Semana XII do Tempo Comum


No texto do Génesis, que hoje escutamos, é narrada a aliança entre Deus e Abraão. Esta aliança continuará em Moisés, atingirá a perfeição e tornar-se-á definitiva em Jesus Cristo. Abraão é apresentado como um profeta a quem Deus revela numa visão uma palavra em que se encerra uma garantia de protecção divina e uma promessa. Ele é chamado pai da nossa fé, porque acreditou na palavra de Deus, desde o princípio, antes de a ter visto realizada. Foi esta fé que o tornou justo aos olhos de Deus, antes mesmo de ter praticado as obras da fé.

Os falsos Profetas são os doutores da mentira, que seduzem o povo com falsas aparências de piedade, enquanto, no íntimo, buscam os seus interesses. Este íntimo há-de revelar-se mais nas obras do que nas palavras. A comparação da árvore e dos seus frutos é fácil de compreender, e cheia de sabedoria nascida da experiência. A árvore boa dá bons frutos; a árvore má dá maus frutos. A doutrina de Jesus Cristo é princípio de vida, se é perfeitamente acreditada e perfeitamente vivida. Jesus é o Verbo de Deus, a Palavra por quem tudo foi feito; as suas palavras são também agora em nós criadoras e fonte de vida.

Tuesday, June 25

Terça-feira da Semana XII do Tempo Comum


Chegando à terra a que o Senhor o chamara, Abraão estabelece-se aí, depois de ter combinado com Lot, seu sobrinho, a partilha da terra. A divisão faz-se na melhor ordem, devido à atitude cordata de Abraão. Depois, Deus renova a sua promessa, larga como o horizonte que dali se avista, rica em dons, numerosos como os grãos de poeira da terra agora prometida. Assim são os começos da história do povo de Deus!

No Evangelho, temos as três máximas de Jesus:
1ª Não profanar as coisas santas
2ª Regra de ouro: trata os outros como queres que eles te tratem.
3ª Porta estreita que leva à vida: produzir frutos cumprindo a vontade de Deus pela prática da Palavra de Jesus

O chamamento de Deus à santidade é para todos os discípulos de Jesus: amar, servir e glorificar a Deus.

Monday, June 24

Solenidade do Nascimento de São João Baptista


Hoje, celebramos o nascimento de João Baptista! Habitualmente, a festa de um santo acontece no dia da sua morte, do seu nascimento para a vida eterna. Mas, no calendário litúrgico, há três casos em que celebramos também o dia do nascimento: Jesus Cristo, Maria e João Baptista. Por isso, hoje, celebramos a vida que é um dom de Deus. Neste caso, este grande dom está representado na alegria de todos os familiares e vizinhos e pelo nome que os pais decidem atribuir à criança: O seu nome é João. O evangelista destaca que este presente que Deus oferece aos seus pais supera as leis da natureza pois Isabel e Zacarias eram idosos e estéreis.
O seu nome é João significa a missão que há-de ser desempenhada por aquela criança: Deus dá a sua graça, Deus é misericordioso. Celebramos o nascimento do Precursor, Aquele que vem para anunciar e preparar o caminho do Senhor, a chegada do Messias. No solstício de Inverno, celebramos o nascimento de Jesus Cristo. No solstício de Verão, celebramos o nascimento de João Baptista. João Baptista é o último profeta do Antigo Testamento e o primeiro do Novo Testamento. Ele é um sinal vivo e profético da salvação oferecida por Deus. Ele ajuda-nos a entender a missão que nós temos de assumir: anunciar o Evangelho da Salvação a todas as pessoas e em todas as circunstâncias. Ele é o modelo para a Igreja chamada a evangelizar. A missão da Igreja é ser precursora, é encaminhar as pessoas para Cristo. Ela cumpre a sua missão quando orienta para Cristo e, depois, desaparece para que o encontro seja pessoal e directo. Evangelizar é apresentar Jesus Cristo, à imagem de João Baptista.

Sunday, June 23

Domingo XII do Tempo Comum


O Evangelho de hoje ajuda-nos então a entender o que é tomar a cruz do amor, da doação, da entrega aos irmãos, a partir dum viver na simplicidade, no serviço humilde, na generosidade.

Precisamos todos, como os discípulos, de fazer a experiência do encontro com Jesus, a experiência da intimidade com Ele. Há três grandes meios fundamentais para esse encontro:
1º A prática diária e fiel da Oração: Ele reza com os discípulos e ensina-os a rezar. Não podemos ser discípulos, sem a experiência da oração.
2º A participação dominical na Eucaristia. A Eucaristia é o lugar privilegiado, onde Jesus nos dá a Sua Palavra e o Seu Pão. Sem a participação da Eucaristia, a Sua Vida não permanece em nós.
3º Levar com amor a cruz de todos os dias. No esforço diário, no sacrifício, na vontade de fazer o bem, seguimos Jesus no caminho da Cruz e tendo sentimentos de humildade, de serviço e de amor.

Friday, June 21

Sexta-feira da Semana XI do Tempo Comum


Perante os ataques injustos dos seus adversários e da superficialidade leviana daquela comunidade, São Paulo lembra-lhe o que tem feito por ela e por todas as demais comunidades. É uma página cheia dos mais belos testemunhos de um apóstolo de Cristo, escrita com a indignação exaltada do trabalhador incansável do Evangelho, que vê agora em perigo o fruto esperançoso de tão bela sementeira. Quase a terminar a sua carta, Paulo recorre à sua ficha sociológica, enumerando todos os seus títulos de orgulho, não sem uma certa manha, para se defender dos que se lhe opõem e atacam: hebreu, israelita, descendente de Abraão, ministro de Cristo, apóstolo sujeito a mil perigos, dotado de carismas especiais.

Os caminhos do Evangelho passam todos pelo coração do homem. As coisas têm o valor que o homem lhes der e para o cristão têm o valor que a fé lhe ensinar a atribuir-lhes. Por isso, os tesouros terrenos não podem dominar o coração humano. O verdadeiro tesouro está mais longe e mais alto do que os cofres que podem ser assaltados. Para saber dar o verdadeiro valor às coisas que o envolvem, o homem precisa de purificar o seu interior, donde nasce a verdadeira luz, que dá o sentido autêntico a tudo o que o rodeia. Obtém-se o tesouro no céu orientando o coração, a afectividade, o homem todo, com os seus apetites e desejos mais íntimos e profundos para Deus.

Wednesday, June 19

Ora a teu Pai em segredo

A Liturgia é simultaneamente a meta para a qual se encaminha a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força. […] Da Liturgia, pois, em especial da Eucaristia, corre sobre nós, como de sua fonte, a graça, e por meio dela conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus a que se ordenam, como a seu fim, todas as outras obras da Igreja.
Para assegurar esta eficácia plena, é necessário, porém, que os fiéis celebrem a Liturgia com rectidão de espírito, unam a sua mente às palavras que pronunciam, cooperem com a graça de Deus, não aconteça que a recebam em vão (2Cor 6,1). Por conseguinte, devem os pastores de almas vigiar por que, não só se observem na acção litúrgica as leis que regulam a celebração válida e lícita, mas também que os fiéis participem nela consciente, activa e frutuosamente.
A participação na sagrada Liturgia não esgota, todavia, a vida espiritual. O cristão, chamado a rezar em comum, deve entrar também no seu quarto para rezar a sós (Mt 6,6) ao Pai; e, segundo ensina o Apóstolo, deve rezar sem cessar (1Tim 5,17). E o mesmo Apóstolo nos ensina a trazer sempre no nosso corpo os sofrimentos da morte de Jesus, para que a sua vida se revele na nossa carne mortal (2Cor 4,10-11). É por essa razão que no Sacrifício da Missa pedimos ao Senhor que, tendo aceite a oblação da vítima espiritual, faça de nós uma «oferta eterna» (or. eucarística III) a Ele consagrada.


in Concílio Vaticano II, Constituição sobre a sagrada liturgia «Sacrosantum Concilium», §§10-12

Quarta-feira da Semana XI do Tempo Comum


São Paulo continua a fazer apelo à generosidade dos cristãos de Corinto, para irem em auxílio da comunidade muito pobre de Jerusalém. Tinha sido um compromisso que ele havia tomado, quando se despedira dos outros Apóstolos em Jerusalém, antes de partir para as suas viagens missionárias. E lembra-lhes a alegria que deve encher o coração de quem dá por amor, o que está na linha da palavra de Jesus, que o mesmo S. Paulo é o único a relatar: É melhor dar do que receber. 

Jesus aponta outro importante princípio, o de superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus e seguem-se as aplicações práticas no que se refere à esmola, à oração, ao jejum, que resumem as práticas religiosas tradicionais. Jesus não censura essas práticas, mas a forma e o objectivo com que eram realizadas, particularmente pelos fariseus. Quem faz boas obras para ser estimado e louvado pelos outros, já recebe a sua recompensa; quem as faz por Deus, obtém dEle a retribuição.

Tuesday, June 18

Terça-feira da Semana XI do Tempo Comum


Quando S. Paulo partiu de Jerusalém para as suas viagens apostólicas, os outros Apóstolos pediram-lhe que não se esquecesse da comunidade de Jerusalém, especialmente carecida de meios. São Paulo prometeu-lhes que assim o faria. O texto de hoje dá testemunho de que ele assim fez. Apontando-lhe o exemplo das Igrejas da Macedónia, estimula agora a de Corinto a ir ao encontro dos pobres de Jerusalém. Mas, o exemplo maior é o do Senhor Jesus, que, de rico que era, Se fez pobre para nos enriquecer com a sua pobreza.

A lei fundamental do Evangelho é a do amor, porque todo ele é, antes de tudo, a revelação do amor de Deus pelos homens, em seu Filho feito homem. Amar, para o discípulo de Cristo, é imitar a Deus, que primeiro nos amou. Este amor não tem limites, estendeu-se a todos os homens, até aos inimigos. Se não se chegar até aqui, não se terá ultrapassado a craveira dos pagãos.

Monday, June 17

Segunda-feira da Semana XI do Tempo Comum


Os ministérios de que Deus nos incumbe são sempre ocasiões de graça, que hão-de ser aceites como tais. São esses os tempos favoráveis de salvação, que, a maior parte das vezes, se apresentam em forma humilde e cheia de limitações, mas onde melhor se pode mostrar fidelidade e espírito de serviço, como o dos que acompanharam o ministério de S. Paulo.

Continuando a leitura do Sermão da Montanha, ouvimos hoje como Jesus ensina que a justiça não se fará com a vingança. Citando primeiro um dito, conhecido por Lei de Talião, Jesus apela para a não-vingança, para a humildade, para a bondade, para o perdão. De facto, o discípulo de Jesus revela-se particularmente no perdão das injúrias; é essa uma das manifestações maiores da caridade. Foi precisamente assim que o Senhor procedeu e mandou que procedêssemos nós também e melhor se afirma a vitória sobre o egoísmo.

Sunday, June 16

Domingo XI do Tempo Comum


 Deste Evangelho, podemos tirar algumas pistas de reflexão para a nossa vida. Não é necessário afirmar que somos justos, como o fariseu; é necessário reconhecer a nossa condição de pecadores, como o fazemos, sobretudo, no início das nossas celebrações eucarísticas. Assim, seremos alvos da misericórdia de Deus, em Jesus Cristo. Jesus diz-nos que não devemos ter medo de viver com os pecadores. É preciso que os cristãos se deixem tocar por Jesus e também tenham a coragem de tocar o mal, de sujar as mãos, ou seja, aproximando-se de todos sem distinção, para que os pecadores possam ter uma experiência concreta do amor dos cristãos. A graça do perdão gera a gratidão, a retribuição. A vida cristã consiste em retribuir com amor ao amor de Deus, que se manifesta no perdão em Jesus Cristo. É um amor que se manifesta na paz, na alegria e no serviço aos irmãos, a todos aqueles que Deus ama.
Como nos disse Bento XVI, a quem muito ama, Deus tudo perdoa. Quem confia em si mesmo e nos próprios sentimentos está como que cego pelo seu eu e o seu coração endurece-se no pecado. Ao contrário, quem se reconhece frágil e pecador confia em Deus e d'Ele obtém graça e perdão.

Friday, June 14

Sexta-feira da Semana X do Tempo Comum


O ministério apostólico exerce-se no meio das circunstâncias concretas deste mundo, sujeito às mesmas provações e dificuldades a que todas as vidas o estão, como a própria vida de Jesus o esteve. Uma vez mais, é na história dos homens que Deus realiza a salvação que só d’Ele nos vem. Mas também é a própria vida de Jesus que constitui o modelo e o penhor dos cristãos e particularmente dos que especialmente se dedicam ao ministério da palavra de Deus.

A perfeição cristã não se avalia simplesmente pelo cumprimento exterior das leis, mas pelos sentimentos íntimos do coração; é aí que reside a origem de tudo o que é bom e de tudo o que é mau. Jesus exemplifica estes princípios com o caso do adultério e afirma a indissolubilidade do matrimónio.
As tremendas palavras do Senhor: Se a tua vista direita for para ti origem de pecado, arranca-a e lança-a fora… se a tua mão direita for para ti origem de pecado, corta-a e lança-a fora…, expressam a decisão com que havemos de evitar o mal e procurar o bem.

Thursday, June 13

Festa de Santo António

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos


Nasceu em Lisboa (Portugal) no final do século XII em 1195. Foi recebido entre os Cónegos Regulares de S. Agostinho e depois da sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos da África. Mas foi na França e na Itália que ele exerceu com grande fruto o ministério da pregação e converteu muitos hereges. Foi o primeiro professor de teologia na sua Ordem. Escreveu vários sermões, cheios de doutrina e de unção espiritual. Morreu em Pádua no ano 1231. No dia do Pentecostes de 1232, 1 ano depois da sua morte, foi canonizado por Gregório IX.

Santo António tinha a força do sal, fruto da sua união com Deus, que lhe permitiu combater as heresias que se iam espalhando no seu tempo sobre a Eucaristia. Além disso, essa mesma força de Deus serviu-lhe para a realização de inúmeros milagres: é um poderoso intercessor nas necessidades.

Wednesday, June 12

Quarta-feira da Semana X do Tempo Comum


Paulo acredita no poder de Deus, no seu ministério e na docilidade e disponibilidade dos Coríntios para receberem as mensagens como coração vivo e pulsante. Foi grande a glória da Lei antiga, revelada a Moisés, mas é muito maior a glória da nova Lei, trazida por Jesus. A Lei antiga não libertava da morte, como agora liberta a graça de Cristo, ressuscitado e glorioso. A Lei antiga estava escrita com letras nas tábuas dadas a Moisés; a nova Lei está gravada em nossos corações pelo Espírito de Deus.

Em nossa limitação humana, temos dificuldade em abarcar, num simples olhar, o sentido da história, e, por isso, definimos quase tudo por meio de oposições. É-nos mais natural dividir do que juntar. Por isso, contrapomos frequentemente o Antigo e o Novo Testamento, como se se tratasse de coisas e tempos opostos. Mas, a verdade é que toda a história é uma grande unidade, cujo mistério Deus tem em sua mão. Foi assim que Jesus não veio revogar o Antigo Testamento; veio, ao contrário, realizar o que o Testamento Antigo anunciava. De um ao outro, é a mesma aliança que continua, para encontrar a plenitude na Morte e Ressurreição do Senhor.