A estranha aparição, que Daniel vai interpretar para o rei, revela a justiça de Deus, que não deixa impune a acção sacrílega da profanação do templo, anuncia o fim do império caldeu e manifesta Deus como o Senhor da história dos homens. O rei Baltasar, filho e sucessor de Nabucodonosor, durante um banquete, na Babilónia, manda pôr na mesa os vasos sagrados trazidos de Jerusalém por Nabucodonosor. A profanação dos vasos sagrados desencadeia um prodígio que espalha o terror na sala do banquete: uma mão prodigiosa escreve palavras incompreensíveis na parede.
No Evangelho, a destruição do templo e da cidade será acompanhada da perseguição. O que aconteceu aos habitantes de Jerusalém, como é descrito nesta leitura, repetiu-se, algum tempo depois, em todo o império romano. Nesta passagem anuncia-se um fim, fim que o foi para os perseguidores, não para os perseguidos, que, a esses, o Nome do Senhor por quem sofriam os salvou. A perseguição é sinal da autenticidade da fé em Jesus, porque os crentes participam do seu destino pascal. É também um sinal de que está perto o reino de Deus e de que é preciso estar atento e preparado para o acolher. O dom da fé implica a missão. Jesus indica o método e o estilo dessa missão. O testemunho dos discípulos, para ser eficaz, deve ser ao estilo pascal do testemunho de Jesus.
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