Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos
Depois da palavra da pregação dos Apóstolos, proclamada nos dias anteriores, vemos hoje o gesto, o sinal, como que a dar encarnação àquela palavra: a cura feita em Nome de Jesus, sinal do poder do Ressuscitado, que permanece vivo no meio dos seus, como fonte de vida e de salvação. Este sinal maravilhoso vai ser o ponto de partida para uma grande catequese nos próximos dias, como uma mistagogia que se prolonga e aprofunda o mistério pascal agora celebrado.
A cura do paralítico simboliza o poder vivificador de Jesus, a passagem do desespero à vida plena. Pedro ergue o coxo em nome de Jesus Cristo Nazareno. Os apóstolos falam e actuam com o poder de Jesus e é no nome d’Ele que o doente deve confiar.
A aparição aos discípulos de Emaús é das mais significativas: encontramos aqui a ligação entre a Palavra e o Rito, o sinal, onde os discípulos reconhecem o Senhor. Toda esta encantadora narração reproduz a estrutura da celebração da Eucaristia: Jesus no meio dos seus; a palavra das Escrituras; Moisés (a Lei) e os Profetas; a escuta da Palavra e a Eucaristia como fundamentos do caminho da fé cristã; a explicação (homilia) que desvenda o sentido das mesmas Escrituras; por fim, a “Fracção do pão”, termo que, desde a origem, designa a celebração da Eucaristia.
Os discípulos de Emaús são imagem de todos nós que caminhamos, duvidamos e finalmente recuperamos a alegria e a paz no encontro pessoal com Jesus ressuscitado. O dom total e a partilha do amor misericordioso de Cristo é fogo para o anúncio da Boa Nova.
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