Tuesday, September 10

Terça-feira da Semana XXIII do Tempo Comum

 

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=4711

Reflexão
Depois de um caso escandaloso de imoralidade, agora outro de desavença entre cristãos. Vê-se, por um lado, que as primitivas comunidades cristãs não estavam isentas de exemplos pouco edificantes; mas, por outro lado, observa-se que isso era então considerado indigno de uma comunidade de cristãos. Pode assim ver-se como se tinha então consciência de que a comunidade dos cristãos tinha alguma coisa de muito próprio, diferente de qualquer outro grupo humano ao lado do qual vivesse.

Jesus começa a dar um mínimo de organização à sua Igreja, escolhendo os doze Apóstolos de entre os seus discípulos, para os enviar a prolongar a sua missão. Apóstolo quer dizer enviado. Mas, Jesus acompanha a acção com a oração. Antes da eleição dos Apóstolos, Jesus faz uma longa vigília de oração. O apostolado na Igreja não é organização administrativa nem acção burocrática; é acção do Espírito de Deus, que só à luz da fé pode ser entendida.

Monday, September 2

Segunda-feira da Semana XXII do Tempo Comum

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=4704

Reflexão
Os destinatários desta carta são cristãos de Corinto, cidade grega, e os gregos estavam habituados a ligar grande importância à eloquência humana. Paulo chama a atenção da comunidade ameaçada na sua fé por princípios da mentalidade greco-pagã, para a centralidade do mistério pascal de Cristo. O essencial para a salvação é acreditar em Cristo, morto e ressuscitado: julguei não dever saber outra coisa entre vós a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. Não foi a força das palavras humanas que levou os Coríntios à fé, mas a força e o poder do Espírito de Deus. A fé não é a adesão a palavras humanas, mas a entrega a Deus em união com Jesus Cristo, que realizou a comunhão deles com o Pai ao dar a vida sobre a Cruz. A mediação histórica para acolher a salvação é a pregação: estive no meio de vós cheio de fraqueza, de receio e de grande temor. É a fé, como acolhimento da Palavra da cruz, que revela o poder de Deus que salva.
Começamos a ler, de maneira continua, o Evangelho de São Lucas. O Senhor começa a pregação na sua terra, Nazaré, e numa celebração litúrgica do sábado. Podemos verificar aqui os elementos fundamentais dessa celebração, em uso já na Sinagoga: Leitura da Lei, depois dos Profetas, depois a homilia. A pregação de Jesus começa com um rito na sinagoga: levanta-se, vai ler, é-Lhe dado o rolo, abre-o… É um momento solene que Lucas sublinha. Jesus proclama a página profética e interpreta-a: cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir. Jesus é o profeta prometido. O tempo presente é o Kairós – o tempo providencial – que é preciso acolher. Apresenta-Se como Aquele que Deus ungiu com o seu Espírito e enviou a anunciar a boa nova. Os ouvintes reagem manifestando espanto pelas palavras de Jesus e pelo modo como as pronuncia: palavras repletas de graça. Alguns reagem negativamente, de modo crítico e mesmo agressivo contra Jesus. Os seus conterrâneos não O souberam compreender. A proposta da salvação provoca reacções diferentes e, por vezes, opostas.