Nota Histórica
Filipe, nascido em Betsaida, foi discípulo de João Baptista e depois seguiu a Cristo.
Tiago, primo do Senhor, filho de Alfeu, foi bispo de Jerusalém; escreveu uma epístola; levou uma vida de grande mortificação e converteu à fé muitos judeus. Recebeu a coroa do martírio no ano 62.
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios (1 Cor 15, 1-8)
Recordo-vos, irmãos, o Evangelho que vos anunciei e que recebestes, no qual permaneceis e pelo qual sereis salvos, se o conservais como eu vo-lo anunciei; aliás teríeis abraçado a fé em vão.
Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze.
Em seguida apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maior parte ainda vive, enquanto alguns já faleceram.
Posteriormente apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos.
Em último lugar, apareceu-me também a mim, como o abortivo.
Salmo 18A (19A)
A sua mensagem ressoou por toda a terra.
Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.
Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
o seu eco ressoou por toda a terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 14, 6-14)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Eu sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém vai ao Pai senão por Mim. Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes».
Disse-Lhe Filipe:
«Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus:
«Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo por Mim próprio, mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras. Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai ao menos pelas minhas obras. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».
Do Tratado de Tertuliano, presbítero, «Sobre a prescrição dos hereges»
A pregação apostólica
Cristo Jesus, Nosso Senhor, durante a sua vida terrena, foi ensinando quem era Ele, quem tinha sido desde sempre, qual era a vontade do Pai que Ele vinha realizar e qual devia ser o comportamento do homem. Ensinava-o umas vezes diante de todo o povo, outras vezes em particular aos seus discípulos, entre os quais escolheu doze, que destinou para serem os principais mestres das nações.
Tendo-se excluído um deles, mandou os outros onze, quando estava prestes a voltar ao Pai, depois da sua ressurreição, para irem ensinar as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Imediatamente os Apóstolos – palavra que significa «enviados» – chamaram por sorteio a Matias como duodécimo em lugar de Judas, segundo a profecia contida num salmo de David. Depois de receberem a força do Espírito Santo com o dom de falar e de realizar milagres, começaram a dar testemunho da fé em Jesus Cristo na Judeia, onde instituíram Igrejas, e partiram depois por todo o mundo a proclamar a mesma doutrina e a mesma fé entre as nações.
Em cada cidade fundaram Igrejas, que foram o gérmen e a semente para as outras Igrejas que se instituíram e continuam a instituir. Por este motivo, também estas são consideradas apostólicas, porque são descendentes das Igrejas apostólicas.
Todo o género deve ser referido necessariamente à sua origem. Por isso, apesar de serem tão numerosas e tão importantes, estas Igrejas não formam senão uma Igreja: a primeira, que foi fundada pelos Apóstolos e que é a fonte de todas as outras.
Assim, todas elas são primeiras e todas apostólicas, porque todas formam uma só. A sua unidade manifesta-se pelo vínculo da paz, da fraternidade e da hospitalidade. A nenhuma outra razão se devem estas prerrogativas senão à unidade da mesma tradição sacramental.
O único meio de saber qual foi a pregação dos Apóstolos, e, portanto, qual foi a revelação que Jesus Cristo lhes fez, é o recurso às Igrejas que os Apóstolos fundaram e a quem eles pregaram quer de viva voz quer pelos seus escritos.
O Senhor tinha dito claramente em certa ocasião: Tenho muitas coisas a dizer-vos, mas ainda não as podeis compreender; e acrescentou: Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos orientará em toda a verdade. Com estas palavras revelou aos Apóstolos que nada ficariam a ignorar, porque lhes prometia o Espírito da verdade, que os havia de levar ao conhecimento de toda a verdade. De facto, esta promessa foi cumprida, como provam os Actos dos Apóstolos ao narrarem a descida do Espírito Santo.
Filipe, nascido em Betsaida, foi discípulo de João Baptista e depois seguiu a Cristo.
Tiago, primo do Senhor, filho de Alfeu, foi bispo de Jerusalém; escreveu uma epístola; levou uma vida de grande mortificação e converteu à fé muitos judeus. Recebeu a coroa do martírio no ano 62.
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios (1 Cor 15, 1-8)
Recordo-vos, irmãos, o Evangelho que vos anunciei e que recebestes, no qual permaneceis e pelo qual sereis salvos, se o conservais como eu vo-lo anunciei; aliás teríeis abraçado a fé em vão.
Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze.
Em seguida apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maior parte ainda vive, enquanto alguns já faleceram.
Posteriormente apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos.
Em último lugar, apareceu-me também a mim, como o abortivo.
Salmo 18A (19A)
A sua mensagem ressoou por toda a terra.
Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.
Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
o seu eco ressoou por toda a terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 14, 6-14)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Eu sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém vai ao Pai senão por Mim. Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes».
Disse-Lhe Filipe:
«Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus:
«Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo por Mim próprio, mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras. Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai ao menos pelas minhas obras. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».
Do Tratado de Tertuliano, presbítero, «Sobre a prescrição dos hereges»
A pregação apostólica
Cristo Jesus, Nosso Senhor, durante a sua vida terrena, foi ensinando quem era Ele, quem tinha sido desde sempre, qual era a vontade do Pai que Ele vinha realizar e qual devia ser o comportamento do homem. Ensinava-o umas vezes diante de todo o povo, outras vezes em particular aos seus discípulos, entre os quais escolheu doze, que destinou para serem os principais mestres das nações.
Tendo-se excluído um deles, mandou os outros onze, quando estava prestes a voltar ao Pai, depois da sua ressurreição, para irem ensinar as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Imediatamente os Apóstolos – palavra que significa «enviados» – chamaram por sorteio a Matias como duodécimo em lugar de Judas, segundo a profecia contida num salmo de David. Depois de receberem a força do Espírito Santo com o dom de falar e de realizar milagres, começaram a dar testemunho da fé em Jesus Cristo na Judeia, onde instituíram Igrejas, e partiram depois por todo o mundo a proclamar a mesma doutrina e a mesma fé entre as nações.
Em cada cidade fundaram Igrejas, que foram o gérmen e a semente para as outras Igrejas que se instituíram e continuam a instituir. Por este motivo, também estas são consideradas apostólicas, porque são descendentes das Igrejas apostólicas.
Todo o género deve ser referido necessariamente à sua origem. Por isso, apesar de serem tão numerosas e tão importantes, estas Igrejas não formam senão uma Igreja: a primeira, que foi fundada pelos Apóstolos e que é a fonte de todas as outras.
Assim, todas elas são primeiras e todas apostólicas, porque todas formam uma só. A sua unidade manifesta-se pelo vínculo da paz, da fraternidade e da hospitalidade. A nenhuma outra razão se devem estas prerrogativas senão à unidade da mesma tradição sacramental.
O único meio de saber qual foi a pregação dos Apóstolos, e, portanto, qual foi a revelação que Jesus Cristo lhes fez, é o recurso às Igrejas que os Apóstolos fundaram e a quem eles pregaram quer de viva voz quer pelos seus escritos.
O Senhor tinha dito claramente em certa ocasião: Tenho muitas coisas a dizer-vos, mas ainda não as podeis compreender; e acrescentou: Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos orientará em toda a verdade. Com estas palavras revelou aos Apóstolos que nada ficariam a ignorar, porque lhes prometia o Espírito da verdade, que os havia de levar ao conhecimento de toda a verdade. De facto, esta promessa foi cumprida, como provam os Actos dos Apóstolos ao narrarem a descida do Espírito Santo.
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