Esta festa dedicada à basílica de Latrão em Roma é celebrada desde o século XI no dia 9 de Novembro. Foi construída pelo imperador Constantino no século IV, cujo titular é Cristo Salvador. Esta basílica é a catedral da diocese de Roma, é considerada a mãe e cabeça de todos os templos de Roma e de toda a Igreja Católica; é o símbolo das Igrejas de todo o mundo, unidas à volta do Santo Padre e dos seus sucessores. É uma festa que apela à comunhão e à unidade de toda a Igreja Católica à volta de Cristo e com os seus representantes na terra.
Esta festa convida-nos a reflectir sobre o que a Igreja de Deus significa para nós: quer a Igreja como templo material, como lugar de culto de todos os domingos, de todos os dias, de união com Deus e com os irmãos; e como comunidade de fé, como assembleia cultual de fiéis que é templo vivo de Deus.
Naquele tempo havia muitas disputas sobre o verdadeiro lugar de culto: os samaritanos diziam que era no Monte Garizim e os judeus que era no Templo de Jerusalém. Na Igreja primitiva, durante os primeiros séculos do cristianismo, celebrava-se a Eucaristia e o culto nas casas ou nas catacumbas. Não havia nem igrejas, nem basílicas, nem capelas; estas vieram depois. Cristo é inovador uma vez que para Ele não interessava muito o lugar de culto. O importante é a fé do coração porque pode-se louvar Cristo em qualquer lugar, clima, língua e cultura.
Esta festa é também um momento de darmos conta da nossa vivência cultual da fé, da maneira como nós vivemos a Eucaristia e os sacramentos, da relação que temos com a Igreja e com os nossos irmãos. A verdadeira religião é aquela vivida em fidelidade a Deus e aos compromissos para com Ele na solidariedade, na ajuda, na partilha e no serviço aos nossos irmãos.