Thursday, June 17

Quinta-feira da Semana XI do Tempo Comum

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=3372

Reflexão
O perdão que recebemos é o perdão que damos! O Pai Nosso é a expressão das nossas petições! As três primeiras referem-se a Deus e as outras a nós. Mas no centro está sempre o Reino de Deus. Ele é a ideia vertebral de todo o Pai Nosso. É a afirmação da Paternidade de Deus e da fraternidade humana. É uma oração pessoal e comunitária. É a única fórmula ensinada por Jesus.

Pai-nosso  
Pai-nosso que estais nos céus. Nas religiões antigas não era muito habitual dirigir-se a Deus como Pai. Mas, no Antigo Testamento, Deus era invocado com esse título, dada a sua relação especial com Israel, salvo da escravidão e protegido com evidentes sinais de intervenções divinas. Jesus é o Filho de Deus. Aqueles que O seguem participam dessa filiação divina. Por isso, O podem chamar Pai (abbá = papá, paizinho, pai querido).
Santificado seja o vosso nome. Na linguagem bíblica, o nome é a pessoa. Invocar o nome de Deus é invocar a Deus. Se Deus é o santo por excelência, que significa pedir que seja santificado? Significa pedir que Se manifeste, Se dê a conhecer e cumpra as suas promessas. Significa também pedir que a nossa vida cristã coerente leve outros à fé. Uma vida cristã incoerente pode levar à blasfémia do nome de Deus.
Venha a nós o vosso reino. O reino ou reinado de Deus significa a nova ordem ou estado das coisas, na qual a sua soberania é reconhecida e aceite. Este reino é actualidade e presença, a partir da presença de Jesus. Mas pede-se o seu reconhecimento no presente, e a sua plena revelação no futuro.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Pede-se a Deus poder para satisfazer as necessidades de cada dia e, provavelmente, o pão que é o próprio Cristo assimilado pela fé, o pão da eucaristia.
Perdoai-nos as nossas ofensas. Todos temos dívidas para com Deus, isto é culpas ou pecados, uma que vivemos sob a sua graça e não lhe somos sempre fiéis. Mas o perdão que pedimos é condicionado pelo perdão que concedemos, ou não, aos nossos devedores.
Não nos deixeis cair em tentação. Tentação significa provação. Seremos julgados tendo em conta as nossas reacções às provações da nossa vida.
Livrai-nos do mal. Há duas formas de traduzir esta petição: livrai-nos do mal ou livrai-nos do maligno. Nos tempos de Jesus, considerava-se que o maligno, o demónio, estava por detrás de qualquer mal. Hoje não se pensa assim. Mas o confronto com o demónio é algo que faz parte da nossa experiência.

Thursday, June 10

Memória liturgica do Santo Anjo da Guarda de Portugal

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=466

Reflexão
Os Anjos que fazem parte desse mundo invisível, a que se estende também a acção criadora de Deus, vivem inteiramente dedicados ao louvor e ao serviço de Deus. A inteligência humana tem dificuldade em exprimir a natureza dessas criaturas espirituais. A sua missão, porém, é-nos mais conhecida através da Bíblia, que, em tantos passos, dá testemunho àcerca da existência dos Anjos.
Mensageiros de Deus, em momentos decisivos da História da Salvação, os Anjos estão encarregados da Guarda dos homens e da protecção da Igreja. A fé cristã crê também que cada nação em particular tem um Anjo encarregado de velar por ela.
Em Portugal a devoção ao Anjo da guarda é muito antiga. Tomou, porém, um incremento especial com as Aparições do Anjo, em Fátima, aos Pastorinhos. Pio XII mandou inserir esta comemoração no nosso Calendário.

Tuesday, June 8

Pensamento do dia: 08-06-2021

A confiança é acto de fé, e esta dispensa raciocínio. (Carlos Drumond de Andrade)

Terça-feira da Semana X do Tempo Comum

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/tempo-comum-anos-impares-x-semana-terca-feira0/

Reflexão
Trata-se de três parábolas-provérbio: sal, luz, cidade visível no cimo do monte, que fazem parte do bilhete de identidade do cristão. Três imagens que convergem numa só direcção: o testemunho pessoal da vida do crente ao serviço dos irmãos. Três termos que exigem que a missão do cristão na sociedade em que vive, seja lenta, mas segura e eficaz, a exemplo de Jesus, prova máxima do cumprimento das promessas do Pai. Disso dá-nos a certeza o Espírito que nos inspira no mais profundo da consciência. Também o cristão, o crente, será o revelador do verdadeiro rosto de Deus.

Monday, June 7

Pensamento do dia: 07-06-2021

A única maneira de multiplicar a felicidade é compartilhá-la. (Paul Scherrer)

Segunda-feira da Semana X do Tempo Comum

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=3371

Reflexão
Começamos hoje a ler a Segunda Epístola aos Coríntios. A comunidade cristã de Corinto tinha sido perturbada por pregadores que desfaziam na pregação de São Paulo e até nele próprio, por quererem continuar presos aos costumes judaicos, próprios da lei antiga. Paulo defende-se e defende o ministério de que foi incumbido, com humildade mas firmeza, e sempre com os olhos postos em Deus, que dá força na tribulação, para podermos consolar os outros que também sofram. Paulo dá graças a Deus por ter sido libertado do perigo de morte na Ásia. É um começo suave e humilde de uma carta bastante polémica em que o Apóstolo se defende das calúnias, que lhe dirigiam certos membros dessa comunidade, que ele próprio fundara. Paulo encontrou consolações em Corinto e alcançou a reconciliação e recuperou a confiança recíproca. O Apóstolo reconhece que essa consolação lhe vem de Deus, e que a pode partilhar com os irmãos.
No Evangelho, ouvimos o Sermão da Montanha ou a Magna Carta do Reino. A sua primeira parte são as Bem-aventuranças. Estas são uma série de nove sentenças, as duas últimas das quais, por serem semelhantes, se poderiam sintetizar numa só, dando assim origem ao número tradicional das Oito Bem-aventuranças. Nelas se resume o espírito de todo o Evangelho. Mais do que um código com muitas leis, o Evangelho é um espírito, que dá sentido a toda a vida dos discípulos de Cristo.
Mateus apresenta Cristo como o novo Moisés, aquele que promulga a nova lei, sobre o monte das Bem-aventuranças. A expressão pobres em espírito reflecte a expectativa do Reino por parte dos pequenos e humildes que hão-de possuir a terra e o Reino, que começa já agora.
Consolação é dom messiânico por excelência; justiça é o recto cumprimento da vontade divina; coração puro é coração simples; obreiro da paz é o próprio Deus, o Deus da paz; perseguição por causa da justiça é o preço a pagar pela coerência e pelo testemunho evangélico.

Tuesday, June 1

Memória liturgica de São Justino

São Justino
Justino, filósofo e mártir, nasceu no princípio do século II, em Flavia Neapoli (Nablus), na Samaria, de família pagã. Tendo-se convertido à fé, escreveu diversas obras em defesa da religião; mas apenas se conservam as duas Apologias e o Diálogo com Trifão. Abriu uma escola em Roma, onde tinha públicas disputas. Sofreu o martírio, juntamente com seus companheiros, no tempo de Marco Aurélio, cerca do ano 163.

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=3367

Reflexão
A ocupação romana obrigava os judeus a pagar um tributo a César. Os saduceus e herodianos eram partidários do imposto; os fariseus consideravam-no ilícito; os zelotes opunham-se, mesmo pelas armas. Jesus lança-lhes em cara a sua hipocrisia e sentencia de forma soberana. Para os laicistas doentios, Deus e César excluem-se, sendo a fé e a religião assunto privado sem tecto social; para os teístas fanáticos, a autoridade civil deve estar ao serviço do Evangelho, mesmo pela força; para Jesus o César não se opõe a Deus.