Monday, December 25

Árvore de Natal

A Árvore mais famosa do mundo, conhecida em algumas regiões da Europa como "Árvore de Cristo", é presença constante em todas as casas na quadra natalícia. No princípio do mês de Dezembro várias famílias decoram a árvore e em muitos locais do país é possível admirar a beleza e magnitude de muitas. A Árvore de Natal é um símbolo de agradecimento pela vinda de Jesus Cristo. Mas esta tradição não nasceu com o Natal, tendo raízes mais longínquas.
Os romanos enfeitavam árvores em honra de Saturno, o deus da agricultura, numa época equivalente ao Advento, onde hoje se prepara a Árvore de natal. Os egípcios levavam galhos verdes de palmeiras para dentro das casa no dia mais curto do ano (que é em Dezembro), como símbolo de triunfo da vida sobre a morte. Nas culturas celtas, os druidas, uma comunidade de sábios, tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas para festividades também celebradas na mesma época do ano.
Segundo a tradição, S. Bonifácio, no século VII, nas suas pregações na Turíngia (uma região da Alemanha) usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho, até então considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto. Era costume na Europa Central, no século XII, penduravam-se árvores com o cume para baixo em resultado da mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.
No Século XVI, em 1510, na Europa Central surgiu a primeira referência a "Árvore de natal", começando a partir desta data a vulgarizar-se. A autoria é atribuída a Lutero (1483-1546), autor da reforma protestante, que durante um passeio pela floresta numa noite de Inverno de céu limpo e estrelas brilhantes, trouxe essa imagem à família sob a forma de Árvore de natal, com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas, isto porque para ele o céu devia ter estado assim na noite do nascimento de Cristo.
O costume começou a enraizar-se e na Alemanha, onde tanto famílias ricas como pobres decoravam as suas árvores com frutos, doces e flores de papel. As flores vermelhas representavam o conhecimento e as brancas representavam a inocência.
No início do século XVII, a Grã-Bretanha importou da Alemanha a tradição da Árvore de natal pelas mãos dos monarcas de Hannover. Contudo a tradição só se consolidou nas Ilhas Britânicas após a publicação pela "Illustrated London News", de uma imagem da Rainha Vitória e Alberto com os seus filhos, junto à Árvore de natal no castelo de Windsor, estava-se no natal de 1846. Esta tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos EUA aquando da guerra da independência pelas mãos dos soldados alemães. A tradição não se consolidou uniformemente dada a divergência de povos e culturas. Contudo, em 1856, a Casa Branca foi enfeitada com uma árvore de natal e a tradição mantém-se desde 1923.
Em Portugal, a tradição da árvore de Natal foi surgindo a pouco e pouco ao lado dos já tradicionais presépios. Até aos anos 50, a Árvore de Natal era pouco vulgar nas cidades e nos campos era pura e simplesmente ignorada, mas, hoje em dia, a Árvore de Natal já faz parte da tradição natalícia portuguesa, sendo que não faltam as bolas e fitas coloridas, assim como uma estrela no topo, simbolizando a estrela de Belém que indica o caminho.
Actualmente existe o fenómeno da "homogeneização simbólica do Natal", explica Alfredo Teixeira, professor da UCP. A árvore de Natal há 20 ou 30 anos era um símbolo raro começando a existir em espaços urbanos. Alfredo Teixeira aponta para uma homogeneização do Natal "devido às imagens divulgadas pela comunicação social".
Também a Praça de São Pedro, no Vaticano, é enfeitada com uma Árvore de Natal, em tamanho gigante, uma tradição iniciada há mais de 20 anos por João Paulo II e prosseguida por Bento XVI. O actual Papa explicou, no ano passado, que "com a sua presença luminos a, Cristo dissipou as trevas do erro e do pecado, trazendo à humanidade a alegria da fulgurante luz divina, da qual a árvore de Natal é um sinal e uma recordação".

Pai Natal

Para a história ficou conhecido por Pai Natal, que na noite de 24 de Dezembro anda pelo mundo a distribuir prendas, principalmente às crianças que se portaram bem durante o ano. Mas a história remonta ao século II ou IV, data imprecisa do nascimento de São Nicolau, em Lycia, no sudoeste da Ásia Menor. Foi Bispo de Myra, em Dembre, na actual Turquia. Também a data da sua morte não é certa. Foi sepultado num santuário no séc. VI, local onde dizem ter nascido uma nascente de água. Em 1089 os seus restos mortais foram transladados para Bari, na Itália onde passou a ser conhecido como São Nicolau de Bari.
De acordo com a lenda, Nicolau era cidadão de Patras, nascido no seio de uma família abastada. Após a morte dos seus pais, procurou repartir os seus bens com os pobres. Outra lenda diz que um dia Nicolau auxiliou uma família pobre, ao durante noites seguidas colocar debaixo da janela desta família, um saco com dinheiro. Se ndo um dia descoberto a sua fama e bondade espalhou-se por toda a parte.
Em 1822, Clement Clarke Moore fez um poema "A Noite de Natal" sobre São Nicolau, evocando-o como um velho, jovial, rechonchudo, de barba branca e com mitra e báculo. A figura do Pai Natal foi assim nascendo, ficou conhecido por distribuir prendas às crianças e a imagem foi passando ao longo de muitos anos, assim descreve o livro "Natal no Algarve - Raízes Medievais", de Pe José da Cunha Duarte.
No século XX, ao ser apresentado pela Coca Cola, não mais foi esquecido, instigando ao aparecimento de várias lendas. Alguns países celebram a troca de presentes às crianças, na véspera do dia do santo, a 5 de Dezembro, ao invés da noite de Natal ou da noite dos Reis.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a figura do Pai Natal invadiu a Europa. A Igreja Católica e a Evangélica lutaram sempre contra o "pai natal" ao serviço da Coca Cola, que usou a sua imagem para a explorar. A sua popularid ade aumentou transformando-o em símbolo, estando directamente relacionado com o nascimento de Jesus Cristo, já que os princípios de dar sem pedir em troca são também máximas de Cristo. Ficou também como um dos santos mais populares da história da cristandade, sendo o protector não só dos mais pequenos.

Presépio na Madeira

As representações do nascimento de Jesus em pinturas, relevos ou frescos começaram a surgir desde o século IV. No ano de 1223, S. Francisco de Assis decidiu celebrar a missa da véspera de Natal com os cidadãos de Assis de forma diferente: assim, esta missa, em vez de ser celebrada no interior de uma igreja, foi celebrada numa gruta, que se situava na floresta de Greccio (ou Grécio), que se situava perto da cidade. S. Francisco transportou para essa gruta um boi e um burro reais e feno, para além disto também colocou na gruta as imagens do Menino Jesus, da Virgem Maria e de S. José.
Os presépios passaram a ser assim entendidos como uma pequena narrativa, inspirada nos relatos dos Evangelhos, mas a verdade é que em Portugal alguns deles representam uma outra interpretação teológica, mais ligada à entronização do Menino.
A região da Provença (sul de França) foi o grande centro de irradiação do presépio com raízes medievais . No Natal, surge o Menino Jesus glorioso, triunfante, o Salvador, o Senhor e Rei do mundo.
Este presépio foi levado pelos portugueses para a Ilha da Madeira, para os Açores e para o Brasil. Em Portugal, ainda podemos ver este presépio no Baixo Alentejo e no Algarve.
O Presépio tradicional algarvio conserva as raízes medievais. É um trono ou altar armado em escadaria. O Menino Jesus está de pé, no cimo do trono. À volta coloca-se verdura, Ramos de laranjeira. Na escadaria colocam-se laranjas e searinhas germinadas.
No início da década de oitenta o Pe. José da Cunha Duarte, pároco de São Brás de Alportel iniciou a recolha das imagens feitas pelos pinta-santos algarvios. Na Igreja Matriz arma-se o presépio tradicional, em escadaria, com laranjas e searinhas e o Menino em cima do trono. A igreja também se reveste de panos como foi tradição nos séculos XVII e XIX.
Lapinha
Na Madeira, este presépio é conhecido como "lapinha". O Menino Jesus está de pé, no cimo do trono. À volta coloca-se verdura e na escadaria coloca-se fruta com as "searinhas". Uma lamparina acesa está sempre presente.
As lapinhas madeirenses são armadas sobre uma mesa, tendo como centro uma pequena escada de poucos decímetros de altura, de três lanços contíguos, e no topo da qual se coloca a imagem do Menino Jesus. A imagem apresenta-se com coroa, ceptro real, manto, mundo na mão, para assinalar a realeza e a senhoria de Cristo, de acordo com o espírito medieval.
Este é um património doméstico entre as tradições do Natal, que ocupa lugar primacial no seio das famílias cristãs, e liga tradições religiosas à vida e natureza locais. Desde a Idade Média, resiste a todas as inovações, embora com adaptações próprias de cada local, como sejam as ornamentações com os ramos do arbusto "alegra-campo" e dos fetos "cabrinhas".
Na Madeira são ainda montadas as chamadas "rochinhas", com papel pintada sobr e uma estrutura que suporta o presépio, ajudando dar a ideia dos montes e vales, com os típicos socalcos.

Friday, December 15

Janela para o mundo cibernético: Aborto

http://antiaborto.blogspot.com - Um Blogue Colectivo em defesa da Vida
http://acorespelonao.blogspot.com - Um claro e veemente Não à liberalização do aborto. Pela Vida desde a concepção à morte natural. Por uma verdadeira política de maternidade e de natalidade. Um Blogue colectivo.
http://adavviseu.blogs.sapo.pt - A Associação de Defesa e Apoio à Vida - Viseu tem como finalidade o apoio, a defesa e a dignificação da Vida Humana, desde a fecundação até à morte natural, promovendo a qualidade e valor do "arco inteiro" da sua existência.
www.ajudadeberco.pt - Associação particular de solidariedade Social
www.ajudademae.com - Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos.

Referendo do Aborto

Em Outubro de 2006, saiu uma Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa sobre o referendo do aborto.
Aí se afirma que a vida humana como valor absoluto, deve ser defendida e que ela existe desde o primeiro momento da concepção.
O aborto não é, pois, uma questão exclusivamente da moral religiosa; ele agride valores universais de respeito de vida.
Os Bispos católicos pretendem ajudar os cristãos neste período de debate e esclarecimento de consciências e não entrar em campanhas políticas.
Razões para votar "não" e escolher a Vida:
1º O ser humano está todo presente desde o início da vida, quuando ela é apenas embrião.
2º A legalização não é o caminho adequado para resolver o drama do aborto clandestino.
3º Não se trata de uma mera despenalização, mas sim de uma liberalização legalizada. (as mulheres precisam de ser ajudadas e não condenadas)
4º O aborto não é um direito da mulher. Desde que uma vida foi gerada no seu seio, é outro ser humano, em relação ao qual tem particular obrigação de o proteger e defender.
5º O aborto não é uma questão política, mas de direitos fundamentais. O respeito pela vida é o principal fundamento da ética e está profundamente impresso na nossa cultura.
No final da Nora, os Bispos pedem aos católicos que partilhem esta visão da visão e esclareçam as consciências.
E faço destas as minhas palavras e minha posição no assunto. Porém, estou sempre disponível para o debate e esclarecimento.