Wednesday, May 8

Quarta-feira da Semana VI da Páscoa


Paulo chega a Atenas, a capital da Grécia, que foi a escola de todo o saber da antiguidade. À vista da multidão dos deuses adorados pelos pagãos, Paulo anuncia-lhes o Deus de Jesus Cristo. A não-judeus, Paulo não parte da Escritura, mas da ordem natural. Em Atenas, ele utiliza uma nova técnica para anunciar o Evangelho. Não começa por citar as Escrituras, como entre os judeus, mas começa por referir a religiosidade dos gregos. O discurso no Areópago de Atenas é um exemplo de inculturação, que não atraiçoa a originalidade da mensagem cristã. Mesmo dirigindo-se a estóicos e epicuristas, mesmo citando poetas gregos, Paulo faz um discurso de profeta, anunciando um homem ressuscitado de entre os mortos.

A ciência dos gregos, apesar de ser a mais alta do tempo, não conseguiu ultrapassar a limitada medida do homem. A própria palavra divina, mesmo anunciada por Jesus, mas escutada pelos ouvidos, ainda muito terrenos, dos discípulos, não conseguiu ser entendida logo que escutada. Jesus, durante a sua vida terrena, não pôde ensinar muitas coisas aos discípulos, porque não eram capazes de as entender, pelo menos em profundidade. Só o Espírito Santo é o mestre interior e o guia para a verdade completa. A vinda do Espírito Santo inaugurará uma nova fase do conhecimento da palavra de Jesus. O seu ensinamento será dado no íntimo do coração de cada discípulo.

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