Monday, February 16

Segunda-feira da Semana VI do Tempo Comum


Liturgia da Palavra

Leitura do Livro do Génesis (Gen 4, 1-15.25)
O homem conviveu com Eva, sua esposa, e ela deu à luz Caim. Então Eva disse: «Obtive um homem graças ao Senhor». Depois deu à luz Abel, o irmão. Abel era pastor e Caim cultivava a terra. Passado algum tempo, Caim ofereceu em sacrifício ao Senhor produtos da terra e Abel ofereceu as primícias e a gordura do seu rebanho. O Senhor olhou benignamente para Abel e para a sua oferenda, mas não quis olhar para Caim e para a sua oferenda. Caim ficou muito irritado e de rosto abatido. O Senhor disse a Caim: «Porque estás irritado e de rosto abatido? Se procederes bem, não poderás ainda levantar a cabeça? Mas se não procederes bem, o pecado está à tua porta. Ele desejará atingir-te, mas tu poderás dominá-lo». Disse Caim a seu irmão Abel: «Vamos ao campo». E quando estavam no campo, Caim lançou-se contra seu irmão Abel e matou-o. O Senhor disse a Caim: «Onde está o teu irmão Abel?». Caim respondeu: «Não sei. Sou porventura eu o guarda do meu irmão?». O Senhor disse-lhe: «Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama da terra por Mim. Agora ficas maldito pela terra, que abriu a boca para receber das tuas mãos o sangue do teu irmão. Ainda que a cultives, não mais te dará a sua fertilidade. Andarás errante e fugitivo sobre a terra». Caim disse ao Senhor: «O meu castigo é tão grande que não poderei suportá-lo. Se hoje me desterrais daqui, terei de ocultar-me da vossa presença; andarei errante e fugitivo sobre a terra e o primeiro que me encontre me matará». O Senhor respondeu-lhe: «Quem matar Caim será vingado sete vezes». O Senhor colocou um sinal sobre Caim, para que ele não fosse morto por quem o encontrasse. Adão conviveu ainda com a sua esposa e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Set, dizendo: «Deus concedeu-me outro descendente, em lugar de Abel, morto por Caim».

Salmo 49 (50), 1 e 8.16bc-17.20-21 (R. 14a)
Refrão: Oferece a Deus sacrifícios de louvor.

Falou o Senhor, Deus soberano,
e convocou a terra do Oriente ao Ocidente.
«Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo:
os teus holocaustos estão sempre na minha presença.

Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e desprezas as minhas palavras?

Sentas-te a falar contra o teu irmão
e difamas os filhos da tua mãe.
Fizeste isto e Eu calei-me.
Pensaste que Eu era como tu,
hei-de acusar-te e lançar-te tudo no rosto.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 8, 11-13)
Naquele tempo, apareceram alguns fariseus e começaram a discutir com Jesus. Para O porem à prova, pediam-Lhe um sinal do céu. Jesus suspirou do fundo da alma e respondeu-lhes: «Porque pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo: não se dará nenhum sinal a esta geração». Depois deixou-os, voltou a subir para o barco e foi para a outra margem do lago.


Reflexão
O pecado gera o pecado. Quem não respeita a Deus não vai respeitar o homem. E assim, o pecado dos primeiros pais começa a alastrar pelo mundo, e logo entre os seus filhos aparece o primeiro homicídio, que testemunha, desde o início, a progressão do mal.
Os fariseus aparecem, geralmente, no Evangelho, como seita de gente conservadora, incapaz de se abrir à novidade da mensagem de Jesus: por isso, sempre O espiam, O julgam e O condenam. Hoje pedem-lhe um sinal do Céu, um sinal espectacular; mas Jesus não pretende causar impressão por meio de atitudes espectaculares ou pela propaganda consumista. O que Ele quer é a fé, e esta só pode andar ligada à boa intenção e à caridade.

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