Friday, August 16

Pensamento do dia: 16-08-2013

Onde nos sentimos bem, é aí a nossa pátria. (Aristófanes: 450-386 a. C)

Sexta-feira da Semana XIX do Tempo Comum


Uma vez chegado à Terra Prometida, Josué, numa grande assembleia, recorda ao povo as grandes maravilhas que Deus tinha feito em seu favor, para que ele se lembre delas, as reconheça, louve a Deus por todas elas e Lhe seja fiel. Os acontecimentos que ouvimos ler na história da salvação querem fazer-nos tomar consciência de tudo o que Deus, através de todos os tempos, tem feito ao seu povo para o conduzir pelo caminho da salvação, e despertar em nós o espírito de louvor e de acção de graças. Essa história começa com os antepassados e chega ao momento presente, em que se vêem realizadas as promessas que foram feitas a ele, o amigo de Deus, o pai na fé. 

Jesus afirma a indissolubilidade do matrimónio e exalta o celibato escolhido por amor do reino de Deus e que é dom do mesmo Deus. O campo onde tão frequentemente se afirma o egoísmo humano, o das opções do coração, é também aquele onde mais se hão-de mostrar as atitudes da fé e do verdadeiro amor, que vencerá toda a espécie de divórcios. A questão posta a Jesus pelos fariseus é uma cilada: querem obrigá-lo a tomar posição por uma corrente. Mas Jesus esquiva-se declarando-se contrário ao divórcio. Justifica a sua posição com dois textos da Escritura: Deus quer que marido e mulher permaneçam unidos como uma só carne e não separe o homem o que Deus uniu, mesmo que seja Moisés. O matrimónio é um contrato entre duas pessoas mas implica a vontade de Deus inscrita na complementaridade dos sexos.

Wednesday, August 14

Quarta-feira da Semana XIX do Tempo Comum


Depois da travessia do deserto, Moisés chega ao fim dos seus dias. Numa leitura anterior, ouvimos Deus dizer-lhe que ele não chegaria a entrar na Terra Prometida, devido à falta de fé que ele mostrara em certa altura. Agora, leva-o até ao alto de um monte, donde lhe faz ver, ao longe, toda essa terra. E depois Moisés ali morre. Faltou-lhe a fé total na palavra de Deus, para chegar até ao fim.

O Evangelho tem em vista a vida da comunidade cristã, onde podem acontecer momentos de pecado. A orientação que o Senhor aqui deixa é a correcção fraterna; trata-se de uma comunidade de irmãos. Os poderes conferidos a Pedro, como chefe da comunidade, atingem também os outros membros da comunidade, que se devem saber reconciliar uns com os outros, sempre que nascerem discórdias. Mas é na oração em comum que todos se hão-de reconhecer verdadeiramente irmãos, no meio de quem o Senhor estará.

Tuesday, August 13

Terça-feira da Semana XIX do Tempo Comum


À morte de Moisés, Josué é constituído seu sucessor. Substituem-se as pessoas, mas a missão continua, porque é sempre Deus quem conduz o seu povo, através de todas as gerações.

Com esta leitura começamos hoje a ler, no Evangelho de S. Mateus, o discurso de Jesus sobre a regra da vida comunitária da Igreja. Antes de mais, é preciso fazer-se pequeno como uma criança e defender e respeitar os outros na sua humildade, para se poder viver com verdadeiro espírito de comunidade. Os pequeninos são modelo para os discípulos, porque são dóceis e não se levantam contra quem os ensina e conduz.

Friday, August 9

Festa de Santa Teresa Benedita da Cruz



Celebramos hoje a Festa de uma das Padroeiras da Europa, S. Teresa Benedita da Cruz. O seu nome era Edith Stein, filha de pais judaicos, nasceu em Breslau no dia 12 de Outubro de 1891. Tendo-se dedicado aos estudos filosóficos, empenhou-se perseverantemente na procura da verdade, até que encontrou a fé em Deus e se converteu à Igreja Católica. Foi baptizada no dia 1 de Janeiro de 1922. Desde então serviu a Deus na função de professora e escritora. Agregada às irmãs carmelitas em 1933 com o nome Teresa Benedita da Cruz por ela escolhida, dedicou a sua vida ao serviço do povo judaico e do povo alemão. Deixando a Alemanha por causa da perseguição aos Judeus, foi recebida a 31 de Dezembro de 1938 no convento das carmelitas de Echt (Holanda). No dia 2 de Agosto de 1942 foi presa pelas autoridades que exerciam o poder aterrador na Alemanha e enviada para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau (Polónia), destinado ao genocídio do povo judaico. Aí foi cruelmente morta no dia 9 de Agosto. 
Ela foi nomeada Padroeira da Europa pelo Papa João Paulo II. Ao longo da sua vida foi preparando o encontro com o Senhor, enchendo de azeite, de fé, no dia-a-dia, a lâmpada da sua vida, que culminou com o martírio.

Thursday, August 8

Quinta-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


Moisés e Aarão, condutores de Israel, vêem-se, uma vez mais, envolvidos em murmurações por causa da falta de água. Mais uma vez, Moisés e Aarão se voltam para o Senhor, na tenda da reunião, lugar visível da presença e proximidade de Deus. Deus mostra-se condescendente e oferece uma solução miraculosa para a seca, ordenando a Moisés que percuta com a vara o rochedo, donde imediatamente brota água para saciar o povo e os seus rebanhos.

Quem é Jesus? Quem dizem os homens que Ele é? E, vós, quem dizeis que Eu sou? Antes de anunciar aos discípulos a sua morte, Jesus pede-lhes um acto de fé n’Ele. É Pedro quem o faz. A este acto de fé, em que Pedro declara: Tu és o Messias..., Jesus responde imediata e directamente: Tu és Pedro... A Igreja será edificada, como sobre uma rocha, sobre este acto de fé de Pedro.

Wednesday, August 7

Quarta-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


As leituras de hoje levam-nos a meditar sobre a fidelidade de Deus e a confiança que havemos de ter n´Ele. Deus é fiel às suas promessas. Os exploradores, enviados à terra de Canaã parecem encontrar grandes obstáculos, e o povo receia entrar nela. Pelo contrário, a mulher cananeia, apesar de uma primeira reacção negativa de Jesus, continua a pedir a cura de sua filha. Os primeiros foram impedidos por Deus de entrarem na terra prometida, enquanto a cananeia conseguiu um milagre do Senhor. Quem muito olha para os obstáculos que encontra na vida não progride. Mas, se se lembrar que para Deus não há impossíveis, vai vencendo as dificuldades.

Tuesday, August 6

Festa da Transfiguração do Senhor


A festa da Transfiguração, celebrada no Oriente desde o século V e no Ocidente a partir de 1457, faz-nos reviver um acontecimento importante da vida de Jesus, com reflexos na nossa vida, também seremos transfigurados n’Ele. A Transfiguração foi uma manifestação da vida divina, que está em Jesus, uma antecipação do esplendor do mistério pascal que os Apóstolos contemplaram. A luz e a brancura do Tabor são uma antecipação da Páscoa, da Ressurreição de Jesus. Na Transfiguração, temos a certeza que Jesus é realmente Filho de Deus. A voz de Deus confirma este facto.
O Evangelho de hoje fala-nos da Transfiguração de Jesus. Ele leva consigo três de seus discípulos mais próximos: Pedro, Tiago e João e subiu ao monte, para orar. O monte é um lugar especial, de encontro entre Deus e o homem, lugar de manifestação de Deus: é lá que Ele se revela e faz aliança com o seu Povo. Nós também somos convidados a subir ao monte e a transfigurarmos com Ele, a nos encontrarmos com Ele na oração e na reflexão também neste tempo de descanso e de férias para muitos.

Monday, August 5

Segunda-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


O povo, mais do que olhar para a salvação alcançada, para o dom gratuito de Deus, olha para trás com saudades do Egipto e dos bens de que lá dispunha, esquecendo os sofrimentos. Parecia-lhe melhor continuar escravo no Egipto que livre no deserto, a comer o maná, que não enchia os estômagos. Israel é um povo descontente, incapaz de reconhecer os dons de Deus: a liberdade e o pão descido do céu. A vida no deserto foi para o povo de Israel uma experiência dura e cheia de provações, que ele nem sempre soube vencer.

Ao multiplicar os pães no deserto, Jesus apresenta-Se como o novo Moisés, que alimenta o povo de Deus de maneira miraculosa; este pão é ainda o anúncio do pão eucarístico que, a seu tempo, o Senhor há-de distribuir aos seus.

Friday, August 2

Sexta-feira da Semana XVII do Tempo Comum


Na continuação da leitura da história da salvação no tempo do Antigo Testamento, são hoje enumeradas as solenidades que marcam o ritmo do ano: a Páscoa e os Ázimos, na Primavera; a festa das semanas (Pentecostes); e, no Outono, o Dia da Expiação e a Festa dos Tabernáculos. As solenidades evocam a memória de certos acontecimentos especialmente importantes na história da salvação e também são ocasião para renovar a aliança entre Deus e o seu povo.

A fé tem de ultrapassar a experiência dos sentidos: estes podem até dificultar a fé. Foi o que aconteceu aos conterrâneos de Jesus, que, à força de O verem no meio deles, não conseguiram penetrar mais profundamente e reconhecer n’Ele o Filho de Deus. Não souberam entender os sinais de Deus que Se manifestava no seu tempo e tão junto de si. Se através dos sinais se não vai até à significação dos mesmos, não se chega à fé, mas apenas ao aspecto material da experiência.

Thursday, August 1

Quinta-feira da Semana XVII do Tempo Comum


Moisés, em obediência a Deus, constrói a tenda, a Morada do Senhor e Deus vem estabelecer-se no meio do seu povo escolhido. Depois do Sinai, é a tenda que constitui a comunidade da revelação de Deus com os homens. Ela é o lugar ideal onde cada homem pode entrar em contacto com o Senhor e dialogar com Ele. Deus opta por estabelecer morada no meio do seu povo e comunicar com Moisés, mediador carismático. Uma vez construído o Tabernáculo, o antecedente do futuro Templo em Jerusalém, a nuvem poisou sobre ele, indicando assim a especial presença de Deus naquele lugar. Deus procurou sempre tornar visível a sua presença no meio do povo através de sinais.

Uma nova parábola pretende fazer compreender o que é o reino dos Céus. Se o entenderam, os discípulos estão agora capazes de o anunciar aos outros. Esta nova parábola refere-se à presença simultânea de bons e maus no seio da comunidade cristã até ao fim dos tempos. Mas nesta parábola insiste-se particularmente no perigo que ameaça aquilo que não presta. Isso não poderá ser recebido no reino dos Céus, quando chegar a hora de se fazer a recolha da rede. Como na rede se encontram peixes bons e peixes ruins, assim também na Igreja há quem viva e acolha a palavra de Jesus e há quem a recuse ou permaneça indiferente.