Thursday, June 26

Quinta-feira da Semana XII do Tempo Comum



Liturgia da Palavra

Leitura do Segundo Livro dos Reis (2 Reis 24, 8-17)
Jeconias tinha dezoito anos quando subiu ao trono e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe, chamada Neústa, era filha de Elnatã e natural de Jerusalém. Ele praticou o que desagradava ao Senhor, como tinha feito seu pai. Nesse tempo, os homens de Nabucodonosor, rei de Babilónia, marcharam contra Jerusalém e cercaram a cidade. Nabucodonosor, rei de Babilónia, veio em pessoa atacar a cidade, que os seus homens tinham cercado. Então, Jeconias, rei de Judá, com sua mãe, seus oficiais, seus chefes e funcionários, rendeu-se ao rei de Babilónia, que os fez prisioneiros. Era o oitavo ano do seu reinado. Nabucodonosor levou consigo todos os tesouros do templo do Senhor, bem como os tesouros do palácio real, e despedaçou todos os objectos de ouro que Salomão, rei de Israel, tinha feito para o templo, como o Senhor tinha anunciado. Levou para o exílio toda a gente de Jerusalém, todos os dignitários e oficiais do exército – cerca de dez mil exilados – bem como todos os ferreiros e serralheiros. Só ficou a gente humilde do povo. Nabucodonosor deportou Jeconias para Babilónia; deportou também de Jerusalém para Babilónia a rainha mãe e as esposas reais, os funcionários e os nobres do país. Todos os homens de valor, em número de sete mil, os ferreiros e serralheiros, em número de mil, e todos os homens de armas foram deportados para Babilónia. E o rei de Babilónia, em lugar de Jeconias, nomeou rei seu tio Matanias, mudando-lhe o nome para Sedecias.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 7, 21-29)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. Muitos Me dirão no dia do Juízo: ‘Senhor, não foi em teu nome que profetizámos e em teu nome que expulsámos demónios e em teu nome que fizemos tantos milagres?’. Então lhes direi bem alto: ‘Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade’. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína». Quando Jesus acabou de falar, a multidão estava admirada com a sua doutrina, porque a ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.

Reflexão
Com a deportação do rei, começa o exílio do povo de Deus em Babilónia. O rei desta cidade, situada no actual Iraque, não longe da terra donde outrora saíra Abraão, veio pôr cerco a Jerusalém e levou cativos para o seu país o rei de Judá e milhares de prisioneiros, da gente mais representativa da nação judaica.
Como sempre acontece, o autor sagrado liga os dramas do povo à sua infidelidade à aliança. O profeta de Anatot em vão tinha apelado à conversão.
Jesus previne contra a presunção de se salvar apenas pela invocação do nome divino, sem as acompanhar com uma vida coerente, com a prática da caridade. Apela para a coerência da nossa vida de cristãos. A porta do Reino só se abre para aqueles que fizeram a vontade do Pai. A rocha representa essa vontade. Sobre ela, pode construir-se uma casa bonita, acolhedora e forte. Construir sobre a rocha quer dizer construir a própria vida sobre Jesus, sobre a sua Palavra, sobre a sua Pessoa. Não se trata só da escuta da palavra de Deus na Missa ou noutras celebrações; trata-se de acolher, na nossa vida, a Palavra, o Verbo eterno de Deus feito carne. Procuremos levar sempre à prática os nossos desejos de cumprir a vontade de Deus.

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