Wednesday, August 19

Quarta-feira da Semana XX do Tempo Comum



Reflexão
Esta fábula, que apresenta aqui as árvores a falar, chama-se um apólogo e é raro na Bíblia, embora frequente noutros países antigos. Aqui vem a propósito num momento de sucessão difícil, talvez mesmo a prevenir contra o regime da realeza, concretamente neste momento da história de Israel. Gedeão, convidado a tornar-se rei, responde: Não reinarei sobre vós, nem eu nem meu filho; o Senhor é que será vosso rei. Temia-se que interpondo uma figura humana, um rei, entre Javé e o povo, resfriasse a fidelidade de Israel para com Deus. Foi o que aconteceu, quando se estabeleceu a monarquia em Israel. Só o senhorio de Deus garante plena dignidade e satisfaz os desejos de paz e de liberdade do seu povo.
Na parábola do Evangelho, Jesus quer fazer-nos compreender que a bondade de Deus ultrapassa muito os critérios humanos. Os trabalhadores da última hora receberam tanto como os da primeira. Estes não foram tratados com injustiça: receberam o que tinha sido ajustado. Mas a parábola tem certamente alcance mais vasto: a Igreja dos pagãos, chegados no fim dos judeus, e que foram igualmente acolhidos por misericórdia!

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