A Palavra de Deus deste 6º Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir sobre o projecto que Deus nos deu para assumirmos com convicção a vida cristã.
Apela-nos à vivência da perfeição e à radicalidade de vida, a irmos ao fundamental da Sua mensagem: o cumprimento da Lei de Deus, que não passa por um cumprimento à letra e rigoroso mas a sabermos ser verdadeiramente livres e sábios para descobrirmos o amor de Deus e a caridade para com os outros.
Jesus veio propor-nos a perfeição dos mandamentos e da Lei. Ele não veio para abolir a lei que Deus ofereceu ao Seu povo no Sinai.
A proposta de Jesus é ir mais além da lei e assumir uma atitude interior de compromisso e responsabilidade com Deus tendo cumprimento na vida concreta de cada dia. Significa levar às últimas consequências e o cumprimento da Lei exige uma justiça ainda maior: se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus.
Jesus apresenta-nos quatro exemplos bem concretos desta nova maneira de perceber e viver a Lei de Deus: nas relações com os outros, no adultério, no divórcio e na questão do juramento. É preciso um clima de sinceridade, de confiança, de verdade, de lealdade. A vossa linguagem deve ser: Sim, sim; não, não. O que passa disto vem do Maligno. É necessário haver uma coerência de vida, banir a mentira e guiar-se pelo Espírito de verdade e da Lei.
Peçamos ao Senhor que nos faça compreender a lei do amor. A cada um de nós é dirigida a exortação de Paulo: Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem (Rm 12, 21). E ainda: Não nos cansemos de fazer o bem (Gal 6, 9). Como diz o Papa Francisco, na Evangelii Gaudium, Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno.
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