Thursday, April 2

Quinta-feira da Semana V da Quaresma

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=2911

Reflexão
Abraão, que Jesus vai recordar no Evangelho, aparece como o homem com quem Deus faz Aliança e que se torna o pai de todo o futuro povo de Deus. Abraão é símbolo de todos os que se entregam, confiadamente, ao poder da palavra de Deus e se tornam instrumento providencial da acção de Deus entre os homens e objecto da sua divina intimidade.
Foi Deus quem Se revelou a Si mesmo e revelou a Abraão o nome novo: pai de inúmeros povos, de acordo com um projecto divino de salvação no qual era chamado a ser protagonista. Esta vocação e missão implicavam caminhar diante do Senhor em integridade de vida. Abraão e da sua posteridade seriam de Deus, e Deus seria O Deus de Abraão e da sua posteridade. Abraão responde à proposta divina com um gesto de adoração e de acção de graças que se torna escuta.
Toda a obra de Jesus é o que é e tem o valor que tem por Ele ser quem é: o Filho de Deus, imagem do Pai. Aquele que estabelece a aliança entre o Pai e os homens. Esta aliança já vem de longe: um dos seus grandes momentos foi quando Deus a fez com Abraão. Mas Jesus é maior do que Abraão e é antes dele e será depois dele. A aliança selada no sangue da sua cruz é aliança eterna, que havemos de recordar perpetuamente, como também Ele jamais a esquecerá.
Jesus afirma, com solenidade, que a sua Palavra é vida e dá a vida a quem a acolhe. Jesus vai respondendo indirectamente às perguntas provocatórias que lhe são feitas. Mas, das suas respostas, emerge a clara afirmação de que é o Filho de Deus, cuja glória procura. É Deus que o leva a falar. Só reconhecendo a Deus, que se manifesta no seu Filho feito homem, se pode ter a vida. Há uma perfeita comunhão entre o Pai e o Filho. É para ela que se encaminha a história da salvação, prometida a Abraão que, na fé, entreviu a sua realização.
Jesus diz-nos que o segredo da liberdade é a obediência à sua palavra e a saber acolhê-la na vida. Abraão é exemplo disso. Também nós somos chamados, neste tempo, a ver o dia de Jesus e a permanecer na alegria. A fé n'Ele exige um contacto pessoal com Ele, com um amor incarnado e serviço aos irmãos.

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