As leituras deste domingo convidam-nos a reflectir sobre a nossa relação com Deus, a manter com Ele uma comunhão íntima e um diálogo insistente e perseverante pela oração de louvor, de acção de graças e de súplica. Só através da oração, poderemos perceber melhor a nossa missão e a nossa vocação cristã, só através da oração poderemos receber a fé como dom de Deus e saberemos melhor testemunhá-la a toda a humanidade, todos os que nos rodeiam.
Na primeira leitura, temos uma história que fala da luta entre os judeus em marcha pelo deserto e os amalecitas; enquanto o povo comandado por Josué estava a lutar contra os seus inimigos, Moisés estava no monte a rezar e a implorar a ajuda e intervenção de Deus. Quando Moisés tinha as mãos levantadas, os hebreus levavam vantagem sobre os inimigos; mas quando as deixava cair por cansaço eram os amalecitas que dominavam. Tiveram uma ideia: pôr Aarão e Hur ao lado dele, segurando-lhe as mãos para que os judeus pudessem vencer.
Como já percebemos noutras passagens da Sagrada escritura, o importante não é investigar se a história aconteceu tal e qual, não interessa fazer uma reportagem jornalística do acontecimento, com estatísticas, directos e comentários dos especialistas em tácticas de guerra. Essa seria a conclusão daqueles que olham para a Bíblia como um livro interessante para todos os domínios da vida social, política e cultural. O essencial é perceber a evolução da ideia que o povo tem de Deus agradecendo-Lhe pelo dom da vida e da liberdade. Deus é de facto o grande libertador do povo eleito, o salvador do povo escravizado no Egipto, Aqueles que os fez atravessar a pé enxuto o mar Vermelho e os encaminhou através do deserto. Interveio na história e serviu-se dos homens.
Outra mensagem desta leitura é também a importância da oração. É preciso invocar Deus com perseverança e insistência para que possamos vencer as duras batalhas que a vida nos apresenta; é necessário ter a ajuda e a força de Deus que vêm do diálogo contínuo de cada um de nós com Deus. O importante é não deixarmos cair as nossas mãos como fez Moisés e era essa a convicção da força da arma da oração, que quando as mãos de Moisés se tornaram pesadas, os seus companheiros deram-lhe um assento e seguraram as suas mãos para que permanecessem firmes. Rezar não é deixar tudo nas mãos de Deus e cruzar os braços. Moisés foi um colaborador activo na libertação do povo, sendo bom orante; assim também cada um de nós é convidado a ser colaborador de Deus através das acções, gestos, atitudes e também na oração e no diálogo com Deus.
O Evangelho de hoje apresenta-nos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar. Fala de uma pobre viúva que tinha sido injustiçada e que passava a vida a queixar-se do seu adversário e a exigir justiça; mas um juiz, que não temia Deus nem os homens, não lhe prestava qualquer atenção. O juiz, mesmo sendo duro, insensível e sem coração, acabou por fazer justiça à viúva, não porque achasse isso certo e para que fosse cumprida a lei e ajudasse àquela pobre sem defesa, mas para se livrar definitivamente da viúva insistente. Esta viúva aparece como símbolo daqueles que não têm defesa, daqueles que estão sujeitos a injustiças ao longo de todos os tempos.
Se um juiz insensível é capaz de resolver o problema da viúva por causa da sua insistência, Deus não iria escutar os seus eleitos que por Ele clamam dia e noite e iria fazê-los esperar muito tempo? É claro que, se até este juiz insensível acabou por fazer justiça a quem lhe pede com tanta insistência, com muito mais motivo Deus, que é rico em perdão e misericórdia, estará atento às súplicas de cada um de nós. De facto, ao contrário do que pode parecer tantas e tantas vezes, Deus não abandona o seu povo, nem é insensível aos seus apelos; Ele tem o seu projecto, a Sua vontade e o seu tempo próprio para intervir. Resta-nos confiar em Deus e ter paciência rezando com insistência, perseverança e constância. Ele pede-nos que, apesar do aparente silêncio de Deus, não deixemos nunca de dialogar com Ele porque é aí que entendemos os projectos e os ritmos de Deus, é aí que podemos transforma os nossos corações; é aí que aprendemos a entregar-nos nas mãos de Deus e a confiarmos n’Ele. Nem o desânimo, nem a desconfiança perante o silêncio de Deus nos deve levar a desistir de uma verdadeira comunhão e de um profundo diálogo com Deus.
Jesus contou uma parábola sobre a necessidade de rezar sempre e sem desanimar! Será que estamos mesmo convencidos da necessidade de rezar sempre e sem desanimar? Não será que as mil e uma ocupações que nos desviam da oração, revelam ainda a nossa pouca fé? Mas quando o Filho do Homem voltar, achará porventura a fé sobre a Terra? Sabemos que hoje, há a tendência de pretendermos ser independentes, pensarmos que tudo conseguimos com os nossos trabalhos, com as nossas capacidades, com as nossas qualidades e com o avanço da ciência e da técnica. Pedir a ajuda de Deus, supõe reconhecer a nossa fraqueza e a necessidade de orientar a nossa vida segundo a Sua vontade. A oração é sempre um diálogo de fé e de amor; ela põe o homem em diálogo com Deus que não deixará sem resposta a sua súplica e fará justiça aos que por Ele clamam dia e noite. Rezar não é dizer a Deus coisas que Ele não sabe, ou tentar pôr o Senhor do nosso lado. Rezar é colocarmo-nos na mesma sintonia de Deus. Não é a primeira palavra, à qual Deus terá que responder. Deus já falou; a nossa oração é a resposta à sua Palavra. Seja qual for o nosso pedido, Deus já o sabe. É a força dos fracos e o segredo da vitória dos mais pequenos no combate da fé.
Rezamos não para que Deus se recorde de nós, mas para que nós não esqueçamos o que Ele quer fazer através de nós, seus instrumentos. E não esqueçamos que a grande fonte privilegiada de encontro entre Deus e o homem é a Sagrada Escritura que sendo a Palavra com que Deus indica aos homens o verdadeiro caminho, ela deve assumir lugar importante e central na vida cristã porque serve para ensinar e instruir na fé, persuadir, corrigir o erro, e formar segundo a justiça, viver de acordo com a vontade de Deus.
Na primeira leitura, temos uma história que fala da luta entre os judeus em marcha pelo deserto e os amalecitas; enquanto o povo comandado por Josué estava a lutar contra os seus inimigos, Moisés estava no monte a rezar e a implorar a ajuda e intervenção de Deus. Quando Moisés tinha as mãos levantadas, os hebreus levavam vantagem sobre os inimigos; mas quando as deixava cair por cansaço eram os amalecitas que dominavam. Tiveram uma ideia: pôr Aarão e Hur ao lado dele, segurando-lhe as mãos para que os judeus pudessem vencer.
Como já percebemos noutras passagens da Sagrada escritura, o importante não é investigar se a história aconteceu tal e qual, não interessa fazer uma reportagem jornalística do acontecimento, com estatísticas, directos e comentários dos especialistas em tácticas de guerra. Essa seria a conclusão daqueles que olham para a Bíblia como um livro interessante para todos os domínios da vida social, política e cultural. O essencial é perceber a evolução da ideia que o povo tem de Deus agradecendo-Lhe pelo dom da vida e da liberdade. Deus é de facto o grande libertador do povo eleito, o salvador do povo escravizado no Egipto, Aqueles que os fez atravessar a pé enxuto o mar Vermelho e os encaminhou através do deserto. Interveio na história e serviu-se dos homens.
Outra mensagem desta leitura é também a importância da oração. É preciso invocar Deus com perseverança e insistência para que possamos vencer as duras batalhas que a vida nos apresenta; é necessário ter a ajuda e a força de Deus que vêm do diálogo contínuo de cada um de nós com Deus. O importante é não deixarmos cair as nossas mãos como fez Moisés e era essa a convicção da força da arma da oração, que quando as mãos de Moisés se tornaram pesadas, os seus companheiros deram-lhe um assento e seguraram as suas mãos para que permanecessem firmes. Rezar não é deixar tudo nas mãos de Deus e cruzar os braços. Moisés foi um colaborador activo na libertação do povo, sendo bom orante; assim também cada um de nós é convidado a ser colaborador de Deus através das acções, gestos, atitudes e também na oração e no diálogo com Deus.
O Evangelho de hoje apresenta-nos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar. Fala de uma pobre viúva que tinha sido injustiçada e que passava a vida a queixar-se do seu adversário e a exigir justiça; mas um juiz, que não temia Deus nem os homens, não lhe prestava qualquer atenção. O juiz, mesmo sendo duro, insensível e sem coração, acabou por fazer justiça à viúva, não porque achasse isso certo e para que fosse cumprida a lei e ajudasse àquela pobre sem defesa, mas para se livrar definitivamente da viúva insistente. Esta viúva aparece como símbolo daqueles que não têm defesa, daqueles que estão sujeitos a injustiças ao longo de todos os tempos.
Se um juiz insensível é capaz de resolver o problema da viúva por causa da sua insistência, Deus não iria escutar os seus eleitos que por Ele clamam dia e noite e iria fazê-los esperar muito tempo? É claro que, se até este juiz insensível acabou por fazer justiça a quem lhe pede com tanta insistência, com muito mais motivo Deus, que é rico em perdão e misericórdia, estará atento às súplicas de cada um de nós. De facto, ao contrário do que pode parecer tantas e tantas vezes, Deus não abandona o seu povo, nem é insensível aos seus apelos; Ele tem o seu projecto, a Sua vontade e o seu tempo próprio para intervir. Resta-nos confiar em Deus e ter paciência rezando com insistência, perseverança e constância. Ele pede-nos que, apesar do aparente silêncio de Deus, não deixemos nunca de dialogar com Ele porque é aí que entendemos os projectos e os ritmos de Deus, é aí que podemos transforma os nossos corações; é aí que aprendemos a entregar-nos nas mãos de Deus e a confiarmos n’Ele. Nem o desânimo, nem a desconfiança perante o silêncio de Deus nos deve levar a desistir de uma verdadeira comunhão e de um profundo diálogo com Deus.
Jesus contou uma parábola sobre a necessidade de rezar sempre e sem desanimar! Será que estamos mesmo convencidos da necessidade de rezar sempre e sem desanimar? Não será que as mil e uma ocupações que nos desviam da oração, revelam ainda a nossa pouca fé? Mas quando o Filho do Homem voltar, achará porventura a fé sobre a Terra? Sabemos que hoje, há a tendência de pretendermos ser independentes, pensarmos que tudo conseguimos com os nossos trabalhos, com as nossas capacidades, com as nossas qualidades e com o avanço da ciência e da técnica. Pedir a ajuda de Deus, supõe reconhecer a nossa fraqueza e a necessidade de orientar a nossa vida segundo a Sua vontade. A oração é sempre um diálogo de fé e de amor; ela põe o homem em diálogo com Deus que não deixará sem resposta a sua súplica e fará justiça aos que por Ele clamam dia e noite. Rezar não é dizer a Deus coisas que Ele não sabe, ou tentar pôr o Senhor do nosso lado. Rezar é colocarmo-nos na mesma sintonia de Deus. Não é a primeira palavra, à qual Deus terá que responder. Deus já falou; a nossa oração é a resposta à sua Palavra. Seja qual for o nosso pedido, Deus já o sabe. É a força dos fracos e o segredo da vitória dos mais pequenos no combate da fé.
Rezamos não para que Deus se recorde de nós, mas para que nós não esqueçamos o que Ele quer fazer através de nós, seus instrumentos. E não esqueçamos que a grande fonte privilegiada de encontro entre Deus e o homem é a Sagrada Escritura que sendo a Palavra com que Deus indica aos homens o verdadeiro caminho, ela deve assumir lugar importante e central na vida cristã porque serve para ensinar e instruir na fé, persuadir, corrigir o erro, e formar segundo a justiça, viver de acordo com a vontade de Deus.
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