Wednesday, October 26

Quarta-feira da Semana XXX do Tempo Comum


Tudo na vida é dom de Deus. Saber reconhecê-lo e aceitá-lo como tal é o princípio da sabedoria, que assim virá a nascer dentro do coração e depois a manifestar-se em palavras e em obras, e a inspirar a oração de acção de graças. A esta luz, pode entender-se como Deus tudo faz concorrer para o bem dos que O amam. Paulo recomenda a oração, sem a qual não há vida verdadeiramente cristã. Para o cristão, a oração, mais do que um dever a cumprir, é uma necessidade que vem do dom recebido de Deus, da vida nova que decorre do baptismo, é um acto de abandono e de confiança n´Aquele que podemos chamar Abbá, Pai! O próprio Espírito, derramado em nossos corações, no baptismo, não só vem em auxílio da nossa fraqueza para rezarmos mas Ele próprio intercede por nós com gemidos inefáveis. A oração é fruto do Espírito Santo em nós, é oração do Espírito Santo em nós. Temos, dois intercessores diante do Pai: Jesus, o único mediador, e o Espírito, o consolador. A presença e a assistência de Jesus e do Espírito tornam eficaz a nossa oração.
A respeito de Deus e da vida do Além temos sempre a tentação de querer saber coisas por caminhos extraordinários. Jesus, interrogado sobre o número dos que se salvam vai direito ao essencial. A resposta está na vida do presente; ela traz em si a orientação do seu próprio crescimento para o futuro. E recorda aos seus ouvintes que não basta apoiarem-se no facto de terem convivido com Ele, de O terem visto e ouvido. Apresentando o reino de Deus sob a imagem do banquete, anuncia-lhes que muitos dos de fora, os pagãos, virão tomar parte nesse banquete messiânico, uma vez tornados filhos do reino, enquanto muitos dos que tinham sido convidados desde a primeira hora, como eram eles próprios, poderiam vir a ser excluídos. Jesus exorta a estar prontos e solícitos para acolher o Reino que vem. É urgente um compromisso total de todo o nosso ser e forças, como faríamos, se tivéssemos de entrar por uma porta estreita. Os últimos a receber o anúncio do Evangelho, serão os primeiros a entrar no reino de Deus, enquanto Israel, o primeiro a ouvi-lo, se verá excluído dele, se não o acolher. A salvação é uma questão de fé em Jesus e como consequência a realização de boas obras.

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