Wednesday, October 19

Quarta-feira da Semana XXIX do Tempo Comum


Se somos homens livres, libertados por Jesus Cristo da escravidão do pecado, havemos de viver agora como em sacrifício de acção de graças a Deus, e não retornar ao pecado. Liberto da Lei de Moisés, o cristão não vive sem lei. Mas a sua lei é a que vem do facto de ele, pelo baptismo, ter morrido e ressuscitado com Cristo; é essa situação nova que constitui para ele a suprema lei da liberdade e da fidelidade a Deus. Quem foi baptizado em Cristo, foi sepultado e ressuscitou com Ele e pode caminhar numa vida nova. É preciso sermos o que somos, actuar de acordo com o dom recebido, viver o mistério pascal de Cristo, morrer ao pecado e viver em Cristo. É preciso comprometer-se na luta contra o pecado e aderir à graça de Deus. O Apóstolo termina dando graças a Deus pelos cristãos de Roma, que já tinham percebido as exigências da sua fé em Cristo, libertando-se da escravidão do pecado e tornando-se escravos da justiça.
No Evangelho, continuam as palavras de Jesus sobre a vigilância, sobretudo a dos responsáveis. A vigilância é atitude que toca a todos; mas sobretudo aos pastores do povo de Deus. Para eles, a vigilância consistirá em apascentar o rebanho, fazendo chegar a cada um o dom que Deus lhes colocou nas mãos para fielmente o distribuírem. Vigilância e fidelidade vêm juntos. Esta parábola alerta-nos para o perigo de vivermos uma vida adormentada, não tendo em consideração que não seremos avisados da hora em que o Senhor Jesus há-de vir pedir-nos contas. Pedro, em vez de se deixar provocar positivamente, pergunta se a parábola é para os discípulos ou também para todos e parece insinuar que os que seguem Jesus, os crentes e praticantes, possam viver tranquilos. Jesus conta mais uma parábola em que manifesta a satisfação do senhor que, ao regressar, encontra os servos a cumprir fielmente os seus deveres. Mas os servos infiéis aos seus deveres serão castigados severamente. Para este combate decisivo não podemos tomar a atitude do servo brigão descuidado. Por causa dele, a casa, a nossa vida é arrombada. Devemos imitar o servo fiel e prudente que faz aquilo que deve, cumprindo os seus deveres. É um apelo do Senhor para que nos mantenhamos atentos aos seus passos, aumentando a nossa luta diária em pontos concretos.

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