Escravo e liberto eram palavras bem conhecidas dos Romanos a quem S. Paulo escreve: Escravos eram homens ao serviço de outros, mas de tal maneira que não eram considerados pessoas; compravam-se e vendiam-se, como se fossem coisas. Libertos chamavam-se os que, depois de terem sido escravos, recebiam a liberdade. Assim, o cristão, outrora escravo antes da conversão a Cristo, é agora um liberto por Deus em Cristo Jesus. Há-de, portanto, viver agora a liberdade da santidade, e não voltar à escravidão da vida de que foi libertado. Paulo reflecte sobre as consequências da fé e do baptismo na vida dos crentes: pela fé e pelo baptismo, o crente deixou o passado e chegou ao presente, através do mistério pascal da morte e da vida, que foi de Cristo e agora é dos cristãos. A vida cristã é essa caminhada em Cristo e com Cristo e é também serviço: se antes estávamos ao serviço da impureza e da iniquidade, agora estamos ao serviço da justiça e da santidade, justificados pelo amor de Deus, por meio da fé.
Jesus Cristo diz-nos no Evangelho que não veio estabelecer a paz. É preciso que entendamos a maneira forte de apresentar certas ideias fundamentais da doutrina de Jesus. Ele veio como fogo para iluminar e abrasar; mas, entre aqueles que O acolhem e aqueles que recusam recebê-l’O, Jesus será ocasião de divisão e desavença. Para abrir o coração e o meio em que vive à paz de Cristo, o discípulo deve dissociar-se de todos quantos, na mente e no coração, pertencem ao mundo e deve seguir e fazer parte do Reino de Deus, fonte de paz e de amor.
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