Friday, November 25

Sexta-feira da Semana XXXIV do Tempo Comum


Estamos em presença de outra visão profética. Os vários animais que vão aparecendo representam, como na visão da estátua feita de vários elementos, os diversos reinos que se foram sucedendo uns aos outros. Depois deles, aparece o Filho do homem, um ser celeste que vem de junto de Deus, mas com forma humana, a quem Deus entrega o reino eterno. Jesus aplicou a Si mesmo, com frequência, esta imagem do Filho do homem. No Credo nós professamos que o seu reino não terá fim. Os animais (quatro significa a totalidade) representam as forças inimigas ou reinos pagãos. Apesar da sua arrogância, não passam de simples instrumentos por meio dos quais Deus realiza os seus juízos. Nos animais podem identificar-se os sinais de Babilónia, dos Medos, dos Persas, e, sobretudo, os Selêucidas da Síria, os mais terríveis. O mal continua a ameaçar os fiéis. Mas o seu fim está perto. A teofania culmina com a aparição do Filho de homem, figura messiânica, a quem é entregue a senhoria eterna sobre todos os povos e nações.

A hora da ruína de Jerusalém será, ao mesmo tempo, a hora do começo do desenvolvimento do reino de Deus. Os sinais de destruição não podem, por isso, ser vistos só no seu aspecto de calamidade. Deus é Senhor da história, Ele humilha e exalta, Ele leva às portas da morte e de lá liberta. Este Céu e esta Terra de agora poderão passar e hão-de passar, mas o reino de Deus será o novo Céu e a nova Terra, que não passarão jamais. O regresso do Senhor não deve ser entendido como é o Verão, tempo das colheitas. Apenas se quer afirmar que, quando se verificarem os sinais premonitórios, então se manifestará definitivamente o poder de Deus que salva. O reino de Deus já está no meio de nós e o regresso do Senhor não será o início do Reino, mas a realização da sua última fase. A vossa redenção está próxima: Cristo, o libertador, que já deu início ao reino do Pai no meio de nós, há-de vir aperfeiçoar a sua missão.
Precisamos aproveitar muito bem as inumeráveis graças que Deus nos concede cada dia. Nalguns casos Deus serve-se de acontecimentos como sinais: um sofrimento, o bom exemplo dos outros, um infortúnio...

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