Tuesday, November 22

Terça-feira da Semana XXXIV do Tempo Comum


Ao fazer a interpretação do sonho do rei, Daniel anuncia a sucessão dos reinos terrenos e a sua destruição até ao aparecimento do reino do Messias, o qual jamais passará, porque é definitivo e eterno. Daniel explica o significado da visão: depois de Nabucodonosor, vão suceder-se quatro reinos, cada um dos quais suplantará o anterior, numa progressiva decadência até ao último, enfraquecido pela amálgama de ferro e argila e então surgirá, por obra de Deus, um reino que aniquilará os outros, simbolizado pela pedra. De novo, a palavra de Deus, hoje por meio do profeta Daniel, nos revela o mistério da história, que é algo de muito mais profundo do que a simples enumeração dos acontecimentos ou até a sua interpretação puramente racional. A história encerra realmente um mistério: nela se vai revelando o desígnio de Deus sobre o mundo, que só a própria palavra de Deus nos pode fazer compreender.
No Evangelho, Jesus anuncia a ruína de Jerusalém, a partir da observação que alguns fazem, chamando-Lhe a atenção para a beleza do templo. De facto, o templo e a cidade foram destruídos, pisados pelos pagãos, e o culto de Deus substituído, pelo menos durante algum tempo, pelo culto de ídolos. É que, antes de os lugares terem sido profanados, já o coração dos homens o tinha sido. O discurso de Jesus é pronunciado diante do templo, com as suas belas pedras e ofertas votivas, o que cria contraste entre o presente, que ameaça fechar a religiosidade dos contemporâneos de Jesus, e o futuro para onde Jesus deseja orientar a fé dos seus ouvintes. Jesus anuncia o fim do mundo que se concretizará nessa catástrofe mas o mais importante é acolhermos o ensinamento de Jesus e deixar-nos guiar por ele, enquanto aguardamos a sua vinda. A sua palavra ajuda-nos a discernir pessoas e acontecimentos e a optar pelos valores que nos propõe.  

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