Monday, December 12

Segunda-feira da Semana III do Advento


Um profeta pagão, enviado pelos seus para amaldiçoar o povo de Deus, sente-se impelido pelo Senhor a abençoá-lo em vez de o amaldiçoar. Ao olhar para o acampamento de Israel, pronuncia uma profecia célebre, na qual anuncia um tempo de prosperidade e o aparecimento de um homem, um rei, um Astro, que há-de vir guiar o povo de Deus. Esse Astro é Aquele que o Apocalipse chama a Estrela da manhã, Jesus Cristo. O ceptro é claramente símbolo da realeza; a estrela deve entender-se no contexto cultural da antiguidade em que a aparição de um novo astro significava o nascimento de um rei, ou um grande evento da história. Começa aqui a tradição judaica da estrela como símbolo do Messias. Balaão, inspirado pelo Espírito de Desus, profetiza o aparecimento do Astro que representa a estrela vista pelos Magos e que os conduziu até Belém.
Mateus mostra a contestação dos adversários de Jesus ao seu julgamento sobre o templo e à expulsão dos vendilhões: Com que autoridade fazes isto? E quem te deu tal poder?. Jesus responde com outra pergunta: De onde provinha o Baptismo de João? Do Céu ou dos homens?. Baptizar tinha sido a acção mais vistosa de João. Jesus quer obrigá-los a tomar posição diante desse facto. Assim os obriga a reflectir sobre a sua atitude em relação a Deus. É um forte convite à conversão: há que tomar posição perante a pregação do Baptista, que apelava exactamente à conversão. A recusa em responder manifesta a sua má vontade, o seu calculismo, a sua política de conveniências, recusando o dever da conversão. Nesta situação, Deus pode fazer descer o silêncio sobre o incrédulo, como sugere a afirmação final de Jesus: Também Eu vos não digo com que autoridade faço isto. Quando Jesus foi apresentado no Templo, foi reconhecido como o Messias esperado, a luz das nações e a glória de Israel. Por Ele ser a luz do mundo é que tem o direito de ensinar.

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