À medida que experimentamos a nossa insuficiência, vamos sentindo, cada vez mais, a necessidade de recorrer ao Senhor, que é a nossa força. Em tais circunstâncias, só o orgulhoso não sabe dirigir-se a Deus e rezar. Em momento especialmente difícil da vida do seu povo, Ester, a israelita condenada à morte com todos os demais, presa de angústia mortal, procurou refúgio no Senhor. A rainha, na tentativa de salvar o povo a que pertencia, decide expor-se ao perigo, intercedendo por ele junto do marido. Mas, antes de se apresentar ao rei, apresenta-se ao Senhor, numa atitude de penitência e de oração.
A oração é uma das formas de vivermos a penitência quaresmal, com o jejum e a esmola. O coração aprende a orar na fé… Jesus pode pedir-nos que procuremos e batamos à porta, porque Ele é a porta e o caminho. Se precisamos de rezar não é para convencer a Deus das nossas necessidades, mas para transformarmos os nossos desejos e fazê-los coincidir com a vontade divina que quer o nosso bem.
No Evangelho é o próprio Jesus que insiste em que devemos pedir, procurar, bater à porta. Orar ao Senhor é acto de confiança, afirmação de fé, caminho de paz. Jesus também pediu ao Pai nas horas difíceis. Só o braço poderoso de Deus nos pode fazer passar da escravidão à libertação, da morte à vida. Jesus ensina a necessidade da oração de súplica e que é escutada. O Pai sabe, mas é preciso assumir a atitude do mendigo e reconhecer a própria condição de fraqueza e dependência de Deus.
No comments:
Post a Comment