Thursday, August 13

Quinta-feira da Semana XIX do Tempo Comum

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=3035
 
Reflexão
Perdoar sempre é a resposta de Jesus a Pedro. Em Assis, o papa Francisco referiu-se a esta temática: a estrada do perdão pode renovar a Igreja e o mundo. O mundo tem necessidade de perdão; oferecer o testemunho da misericórdia no mundo de hoje é uma missão a que nenhum de nós pode evitar; os cristãos devem ser sinais do perdão e instrumentos da misericórdia. E indicou o exemplo a seguir: o Amor do Pai que perdoa sempre.

Tuesday, August 11

Pensamento do dia: 11-08-2020

Nunca perca de vista o seu ponto de partida. (Santa Clara de Assis)

Memória litúrgica de Santa Clara, Virgem

Santa Clara, virgem
Clara nasceu em Assis, no ano 1193. Imitando o exemplo do seu concidadão Francisco, seguiu o caminho da pobreza e fundou a Ordem monástica das Clarissas. A sua vida foi de grande austeridade, mas rica em obras de caridade e de piedade. Foi buscar à sua fé eucarística uma força extraordinária que a tornou destemida, mesmo perante as invasões dos sarracenos, em 1230. Morreu no dia 11 de agosto de 1253.

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=3034
 
Reflexão
O profeta, por meio de uma acção simbólica, recebe a missão de anunciar ao povo a palavra de Deus. Ele tem de assimilar primeiro essa palavra para depois a poder anunciar. Essa palavra é cheia de doçura e suavidade. Para a comunicar é preciso, primeiro, alimentar-se dela. A protecção que Deus sempre prestou a Moisés continuará agora a dá-la a Josué; um e outro, anunciam a futura salvação trazida ao povo de Deus por Jesus, seu Filho. O carisma profético é um dom absolutamente gratuito de Deus. O profeta não é chamado a repetir a palavra de Deus, mas a repropor o que recebeu d´Ele, a repensar a traduzir por palavras suas, a palavra de Deus. Só assim a mensagem divina pode chegar aos homens numa linguagem que eles entendam.
No Evangelho de São Mateus, começamos a ler o discurso de Jesus sobre a regra da vida comunitária da Igreja. Antes de mais, é preciso fazer-se pequeno como uma criança e defender e respeitar os outros na sua humildade, para se poder viver com verdadeiro espírito de comunidade. Os pequeninos são modelo para os discípulos, porque são dóceis e não se levantam contra quem os ensina.
Jesus mostra-lhes o que realmente tem mais valor diante de Deus e ensina uma nova forma de vivência em comunidade. A criança precisa de tudo, depende dos grandes. O discípulo deve ser como a criança, converter-se mudar de mentalidade e de comportamento. Deve saber abaixar-se e não tentar empoleirar-se nos primeiros lugares. Deve também acolher os pequeninos e não os desprezar, porque têm a dignidade do Senhor, são seu sacramento. Há que procurá-los, para que nenhum se perca. Deus estará sempre ao nosso lado para nos ajudar e quer que todos cheguem ao conhecimento da verdade. Para isso, temos a sua Palavra eu olhei e vi uma mão estender-se para mim: tinha um livro em forma de rolo. Precisamos ler as Escrituras, aprofundá-las e vivê-las.

Sunday, August 9

Domingo XIX do Tempo Comum

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Reflexão
No Evangelho de hoje, São Mateus começa por dizer que depois de Jesus ter saciado a multidão, mandou os discípulos para a outra margem do rio enquanto Ele despedia-se da multidão. Depois, Jesus vai para um monte para rezar e estar em comunhão com Deus. Passa algum tempo em diálogo com o Pai, manifestando uma profunda vida de oração e intimidade com Deus, acentuando a ideia de que o Seu ensino é das suas palavras, mas muito mais do seu exemplo. Alerta-nos para a necessidade de silêncio físico e ausência de ruídos externos mas principalmente do silêncio interior. Se não pusermos de parte as preocupações em que vivemos mergulhados, das muitas coisas inúteis que ocupam o nosso pensamento, não conseguiremos rezar.
Enquanto Jesus está em oração, os discípulos estão sozinhos, em viagem pelo lago. Mas a viagem não é nada calma. É de noite e o barco é açoitado pelas ondas pois o vento era contrário. A noite simboliza as trevas, a confusão, a insegurança em que estão os discípulos. As ondas representam as dificuldades que o mundo nos dá no seguimento de Jesus. Os ventos contrários são a oposição e a resistência do mundo a Jesus. O mar representa o mundo e tudo aquilo que está em contradição com Deus e com os Seus ensinamentos.
Os discípulos encontram-se inquietos e preocupados porque Jesus não está com eles. Aparentemente, estão perdidos, sozinhos, abandonados, desanimados, desiludidos e parece-nos que Ele está distante e não se importa com eles.
Quando Jesus aparece tudo se transforma: acalma tudo e não deixa que as forças contrárias tenham a melhor sobre Ele, vence as forças da morte e da opressão, acompanha e dá força, ânimo e coragem à viagem face às adversidades e dificuldades que o mar tinha.
Depois há um diálogo entre Pedro e Jesus. Tudo começa com o pedido de Pedro: se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas. Pedro sai do barco e vai ao encontro de Jesus; mas, assustando-se com a violência do vento, começa a afundar-se e pede a Jesus que o salve. Aquele que parecia um homem forte, destemido e sem medo, começa a duvidar e afunda-se porque não acredita que Jesus possa vencer os ventos contrários. Por vezes, também nós estamos expostos à acção destes ventos contrários, mas a confiança em Jesus Cristo deve ajudar-nos a vencer todas as dificuldades. Pedro é o representante daqueles discípulos que têm alguma fragilidade da fé sempre que têm de enfrentar as forças contrárias a Jesus; são aqueles que a princípio seguem Jesus com entusiasmo e de forma decidida mas aos poucos deixam-se abalar quando chegam as primeiras dificuldades e os sofrimentos. Mas é necessário ter uma grande convicção e certeza: Ele está sempre presente no meio de nós e estende-nos a mão para nos ajudar e impedir que nos afundamos na vida.
Todo o Evangelho converge para a última frase dita pelos discípulos: Tu és verdadeiramente o Filho de Deus. Esta é a verdadeira confissão de fé em Jesus, na Sua pessoa e na Sua doutrina. É Ele que vence o mar, é o Senhor da vida e da história que acompanha a caminhada dos seus, dá-lhes forças para vencer as forças da opressão e da morte, estende-lhes a mão quando estão desanimados e com medo e que não os deixa afundar.
Neste tempo, teremos direito à ligeira brisa do monte ou a caminhar sobre as águas do mar, sem tempo para Deus, para rezar e escutar a voz de um fino silêncio, que nos faz sair da gruta, dos nossos medos e comodidades? Nestas férias, não metamos a cabeça na areia! Mergulhemos em Deus! Que Ele nos deite a mão! Só n’Ele está a Paz!

Friday, August 7

Sexta-feira da Semana XVIII do Tempo Comum

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=3031
 
Reflexão
Jesus propõe três condições a quem quiser segui-Lo: negar-se a si mesmo; carregar com a própria cruz; seguimento incondicional. Três condições, também por três razões óbvias: perder a vida por Ele é ganhá-la; a vida vale mais do que o mundo inteiro; no juízo de Deus, cada um receberá segundo as suas obras. Projecto de vida estranha ao materialismo de hoje, mas ajustada aos planos de Deus.

Thursday, August 6

Festa litúrgica da Transfiguração do Senhor

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=487
 
Reflexão
A transfiguração vem num momento de dúvida, de frustração e medo dos apóstolos, face à paixão de Jesus que se aproximava. Jesus mostra-se tal qual é: o Filho predilecto de Deus.
A festa da Transfiguração, celebrada no Oriente desde o século V e no Ocidente a partir de 1457, faz-nos reviver um acontecimento importante da vida de Jesus, com reflexos na nossa vida.
Situada antes do anúncio da Paixão e da Morte, a Transfiguração foi uma manifestação da vida divina, que está em Jesus. A luz do Tabor é, porém, uma antecipação do esplendor, que encherá a noite da Páscoa. Por isso, os Apóstolos, contemplando a glória divina na Pessoa de Jesus, ficaram preparados para os dolorosos acontecimentos, que iriam pôr à prova a sua fé. Vendo Jesus na Sua condição de servo, já não poderão esquecer a Sua condição divina.
Anúncio da Páscoa, a Transfiguração encerra também uma promessa – a da nossa transfiguração. Jesus, com efeito, fez transparecer na Sua Humanidade a glória de que resplandecerá o seu Corpo Místico, a Igreja, na Sua vinda final.
A nossa vida cristã é, um processo de lenta transformação em Cristo. Iniciado no nosso Baptismo, completa-se na Eucaristia, penhor da futura glória, que opera a nossa transformação, até atingirmos a imagem de Cristo glorioso.

Wednesday, August 5

Quarta-feira da Semana XVIII do Tempo Comum

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Reflexão
Pontos de Reflexão - Requisito essencial nos favores de Deus
A mulher cananeia, ou melhor siro-fenícia, insiste na exposição da sua necessidade urgente, a cura da sua filha. A insistência da Cananeia, a sua fé fazem com que Jesus, fazendo um público elogio à sua fé, concede-lhe como ela deseja. Desta forma fica esclarecido que a fé é uma condição de acesso aos favores de Deus, e a salvação é universal. Nesta passagem estão presentes todos os problemas teológicos colocados à Igreja primitiva, isto é o universalíssimo da salvação, pois todos os pagãos também são herdeiros das promessas messiânicas.

Tuesday, August 4

Pensamento do dia: 04-08-2020

O homem foi criado por amor: é por isso que ele é tão inclinado a amar. Ele não é feliz, excepto quando se volta para Deus… Tire um peixe da água e ele não viverá: assim é o homem sem Deus. (São João Maria Vianney)

Memória litúrgica de São João Maria Vianney, presbítero

: "O que sai da boca é que o torna impuro" -

Liturgia da Palavra -

Liturgia da Palavra

Leitura do Livro de Jeremias (Jer 30, 1-2.12-15.18-22)
Palavra que o Senhor dirigiu ao profeta Jeremias: Eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: «Escreve num livro todas as palavras que Eu te disse. Assim fala o Senhor: É incurável a tua ferida, a tua chaga não tem remédio. Ninguém se interessa por ti, para defender a tua causa; para uma úlcera há remédios, mas para ti não existe cura. Todos os teus amigos te esqueceram e nem perguntam por ti. Porque Eu te feri como fere um inimigo e o castigo foi severo, por causa das tuas grandes culpas, dos teus inúmeros pecados. Porque te queixas da tua ferida, do teu mal que não tem cura? Foi pelas tuas grandes culpas, pelos teus inúmeros pecados, que Eu te tratei assim». Assim fala o Senhor: «Restaurarei as tendas de Jacob e terei compaixão das suas moradas. A cidade será reconstruída sobre as suas ruínas e a fortaleza reedificada no seu verdadeiro lugar. Deles sairão hinos de louvor e brados de alegria. Multiplicá-los-ei e não mais serão reduzidos; exaltá-los-ei e não mais serão humilhados. Os seus filhos serão como outrora, a sua assembleia será estável diante de Mim e castigarei todos os seus opressores. De entre eles surgirá um chefe, do meio deles sairá um soberano. Chamá-lo-ei e ele virá à minha presença. Aliás, quem arriscaria a vida aproximando-se de Mim? – diz o Senhor – Mas vós sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».


Salmo 101 (102), 16-18.19-21.29 e 22-23
Refrão: Quando o Senhor restaurar Sião, manifestará a sua glória.

Os povos temerão, Senhor, o vosso nome,
todos os reis da terra a vossa glória.
Quando o Senhor reconstruir Sião
e manifestar a sua glória,
atenderá a súplica do infeliz
e não desprezará a sua oração.

Escreva-se tudo isto para as gerações futuras
e o povo que se há-de formar louvará o Senhor.
Debruçou-Se do alto da sua morada,
lá do Céu o Senhor olhou para a terra,
para ouvir os gemidos dos cativos,
para libertar os condenados à morte.

Os filhos dos vossos servos hão-de permanecer
e a sua descendência se perpetuará na vossa presença,
para ser proclamado em Sião o nome do Senhor
e em Jerusalém o seu louvor,
quando se reunirem todos os reinos
para servirem o Senhor.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 15, 1-2.10-14)
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus e escribas, vindos de Jerusalém, e perguntaram-Lhe: «Porque desobedecem os teus discípulos à tradição dos antigos e não lavam as mãos antes de comer?». Jesus chamou a multidão para junto de Si e disse-lhes: «Ouvi-Me e procurai compreender: Não é o que entra na boca que torna o homem impuro. O que sai da boca é que o torna impuro». Então os discípulos aproximaram-se e disseram-Lhe: «Sabes que os fariseus ficaram ofendidos ao ouvirem as tuas palavras?». Mas Jesus respondeu-lhes: «Toda a planta que não foi plantada por meu Pai será arrancada. Deixai-os. São cegos a guiarem cegos. E se um cego guia outro cego, acabam por cair ambos numa cova».


S. João Maria Vianney, presbítero
João Maria Vianney nasceu em Lyon, na França, no ano 1786. Depois de superar muitas dificuldades, pôde ser ordenado presbítero. Tendo-lhe sido confiada a paróquia de Ars, na diocese de Belley, promoveu nela, admiravelmente, a vida cristã, por meio da pregação assídua, a oração e o exemplo de penitência. Todos os dias explicava o catecismo aos mais pequenos e aos adultos, reconciliava os penitentes e com a sua ardente caridade – que hauria da sua fonte primordial, a Santíssima Eucaristia –, resplandeceu de tal modo que acorriam fiéis de todas as partes para escutar os seus santos conselhos. Morreu em 1859. É modelo e patrono do clero paroquial.

Monday, August 3

Segunda-feira da Semana XVIII do Tempo Comum

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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 14, 22-36) - (Ano A)
Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a subir para o barco e a esperá-l’O na outra margem, enquanto Ele despedia a multidão. Logo que a despediu, subiu a um monte, para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho. O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo. Mas logo Jesus lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu. Não temais». Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas». «Vem!» – disse Jesus. Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas, para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!». Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?». Logo que subiram para o barco, o vento amainou. Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus». Depois fizeram a travessia e vieram para terra em Genesaré. Os homens do lugar reconheceram Jesus e mandaram avisar toda aquela região. Trouxeram-Lhe todos os doentes e pediam que os deixasse tocar ao menos na orla do seu manto. E quantos lhe tocaram foram completamente curados.

Reflexão
A 1ª leitura trata de um profeta falso: anunciava ao povo o que lhe era agradável ouvir, e o povo ia acreditando. De facto, a hora da libertação haveria de chegar, mas não ainda. Por enquanto, o exílio continuava. Por isso, a sua arrogância veio a merecer-lhe o castigo de Deus.
Como novo Moisés, Jesus, depois da multiplicação do pão, sobe à montanha e aí fica em oração ao Pai, nesse diálogo íntimo e profundo, mais do que o de Moisés sobre o Horeb. Depois atravessa o lago sobre as águas e salva Pedro que nelas se afogava por falta de fé. Jesus mostra-Se assim, de novo, Senhor da natureza e das suas leis, para firmar a fé dos discípulos. O milagre não serve apenas para causar admiração, como o seu nome significa, mas para que esta admiração leve à fé e ao amor.

Sunday, August 2

Domingo XVIII do Tempo Comum

Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=2969

Reflexão

O Evangelho de hoje está relacionado com o Sacramento que estamos a celebrar: a Eucaristia. Os gestos de Jesus na multiplicação dos pães são litúrgicos, são os mesmos que são usados na Eucaristia: tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos e os discípulos deram-nos à multidão. Todos comeram e ficaram saciados. Na Eucaristia, celebramos o memorial da morte e da ressurreição de Jesus, da Sua entrega por todos nós. Partilhar o pão com os pobres tem todo o seu sentido na Eucaristia, como também o sentido da Eucaristia se encontra numa vida partilhada e doada aos outros. A nossa participação na Eucaristia não deverá ser apenas o cumprimento dum rito ou fazer algo que está estabelecido pelos mandamentos da Santa Igreja. O cristão é chamado a configurar a Sua vida com Jesus e a fazer da sua vida uma Eucaristia permanente.