Liturgia da Palavra - https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=4391
Santa Luzia, virgem e mártir
Morreu provavelmente em Siracusa, durante a perseguição de Diocleciano. O seu culto estendeu-se, desde a antiguidade, quase a toda a Igreja, e o seu nome foi introduzido no Cânon Romano.
Reflexão
Fazendo-se eco das palavras de Isaías aos israelitas desterrados, Jesus convida todos os afadigados a descansar no Seu coração. Esta mensagem de libertação e descanso, é a alternativa de Jesus ao jugo insuportável que fariseus e doutores da Lei tinham imposto ao povo. Contra o legalismo atomizado e a casuística implacável, Jesus propõe a lei do Espírito, que é lei de amor.
O amor liberta do egoísmo e das aparências do homem carnal. O grande segredo do cristão é o amor a Deus e aos irmãos. Para aquele que ama, a lei do Senhor é o seu gozo e a sua fortaleza.
O convite de Cristo estende-se para além do cumprimento da simples lei moral. Cansados e sobrecarregados somos nós todos, para quem a vida é um peso permanente. Daí, a necessidade de fazermos uma pausa no caminho e de respondermos ao convite de Cristo, para reparar forças.
Wednesday, December 13
Memória de Santa Luzia, virgem e mártir
Wednesday, December 6
Quarta-feira da Semana I do Advento
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Reflexão
Os paraísos terrestres tão sonhados pelo homem, são sempre os mesmos: bem-estar, dinheiro e tempo livre. Mas será o homem de hoje mais feliz do que os de outros tempos?
O sonho messiânico fez-se realidade. A multiplicação dos pães é sinal deste sonho messiânico do Reino de Deus e também da Eucaristia. O festim do banquete do Reino é universal, é para todos. No Reino de Deus não há discriminação. Este sonho realiza-se na Pessoa de Jesus. Neste Natal que se aproxima, o nosso compromisso é com os pobres, com os mais carenciados, de tal forma que haja pão para todos.
Thursday, November 16
Memória de Santa Gertrudes
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Reflexão
A sabedoria é o esplendor da luz eterna. O hagiógrafo ressalta a omnipotência e omnisciência de Deus. Deus é amor e o amor necessita exprimir-se. A expressão mais exacta e o reflexo mais brilhante da Sabedoria do Pai é Jesus. Quando os judeus esperam os sinais do Reino de Deus, Jesus ensina-lhes que o Reino de Deus é interior, já está entre vós. Ante a hecatombe anunciada pelo próprio homem, Jesus diz que vivamos intensamente o presente, como garantia do futuro.
Wednesday, November 15
Quarta-feira da Semana XXXII do Tempo Comum
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Reflexão
Onde estão os outros nove? Jesus tece um hino à fé agradecida do samaritano. A lepra é um símbolo e efeito do pecado. O samaritano alcança a salvação em plenitude.
Os outros nove são um símbolo da contabilidade espiritual mercantilista, pois a salvação é sempre iniciativa de Deus. Por isso não basta pertencer sócio-religiosamente à Igreja, mas com alimentar a sua fé e em dar graças continuamente ao Senhor. A Eucaristia é uma perene acção de graças a Deus.
Tuesday, November 14
Terça-feira da Semana XXXII do Tempo Comum
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Reflexão
Os fariseus, isto é os crentes que se vangloriam dos próprios méritos, não passam de servos inúteis, aos olhos de Deus. À atitude mercantilista do próprio mérito, opõe Jesus a da amizade do serviço incondicional a Deus e aos irmãos. O autêntico discípulo de Cristo, não se serve, serve.
Para Deus não conta o sentido utilitarista da eficácia dos barómetros da nossa produtividade.
O nosso gozo e a nossa glória estão em sermos fiéis servidores do próprio Cristo. Humildes servidores, mas não inúteis.
Wednesday, November 8
Quarta-feira da Semana XXXI do Tempo Comum
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Reflexão
Jesus e São Paulo pregam a religião do amor, que é a perfeição da Lei. No dizer de Santa Teresa, o Senhor não se fixa na grandeza das obras, mas no amor que as inspira... Por isso o evangelho é radical: é preciso renunciar a tudo o que pode dificultar ou impedir o seguimento a Cristo. Ele tem prioridade sobre todos os outros bens. A abnegação e a dor, a cruz e a morte, não têm valor em si mesmos. São apenas meios para um fim.
Os laços familiares também são relativos. Jesus não os despreza, na sua vertente humana e religioso-moral, convida apenas a harmonizá-los.
Thursday, October 26
Quinta-feira da Semana XXIX do Tempo Comum
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Reflexão
A paz tem um preço. O fogo é uma figura habitual na Bíblia, para exprimir o juízo de Deus que purifica o homem, como o ouro no crisol. Fogo que está já a actuar na comunidade dos crentes. O próprio Jesus é o primeiro a passar tal prova, pelo baptismo no Seu sangue.
Esta situação conflituosa da luta entre o Bem e o Mal atinge o coração da família e de cada crente. Tal experiência já foi vivida pelos primeiros cristãos. O seguimento do reino está por cima de todo o apego familiar ou material.
Seguir Jesus como discípulo tem um preço que pode ser mesmo a própria vida. São as pequenas opções por Cristo, que nos levam à entrega total e sem condições.
Wednesday, October 25
Quarta-feira da Semana XXIX do Tempo Comum
Reflexão
Em duas parábolas, Jesus pretende o mesmo efeito: acentuar o inesperado da vinda do Senhor. A sua chegada é comparada à do ladrão, na noite. Na parábola do mordomo há uma referência directa aos Pastores das comunidades.
Assim o tempo da Igreja é tempo de vigilância, como o reconheceram as comunidades primitivas. A vigilância activa é, portanto, o estilo de vida permanente do cristão, situado no já e no ainda não. Ele virá, mas não sabemos quando... nem o dia... nem a hora!...
Wednesday, October 18
Festa de São Lucas, Evangelista
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Reflexão
Paulo manifesta o seu conforto por Lucas lhe permanecer fiel, enquanto outros, por cansaço ou por medo, o abandonaram. É a presença do Senhor que anima o Apóstolo a pregar o Evangelho aos gentios, mantendo-se fiel à sua vocação inicial. Mas não pode deixar de lembrar os que o abandonaram, quando mais precisava de apoio, tendo de se defender sozinho em tribunal, e tendo de defender a Cristo e à fé que abraçara. O que provoca mais satisfação em Paulo é poder afirmar que foi por seu intermédio que o Evangelho foi anunciado, de modo especial aos gentios. A missão recebida em Damasco estava realizada.
No Evangelho, Jesus, depois de ter enviado os Doze em missão, envia também estes setenta e dois discípulos. A missão é uma das grandes preocupações de São Lucas. A messe do Senhor precisa de muitos trabalhadores. Há que pedi-los e que enviá-los. A oração, não só prepara, mas é parte integrante da missão. A missão começa na oração; e rezar é estar em missão. Como o seu Mestre e Senhor, os discípulos devem ir em missão como cordeiros para o meio de lobos. O anúncio essencial é: O Reino de Deus já está próximo de vós. Trata-se de uma expressão densa de significado: os tempos completaram-se, estão cheios da presença de Deus que salva. A presença de Deus concretiza-se na pessoa de Jesus e nos seus ensinamentos.
São Lucas transmitiu-nos, com a sua palavra e os seus escritos, os ensinamentos de Jesus no seu Evangelho e a vida da primitiva cristandade nos Actos dos Apóstolos. Acompanhou igualmente São Paulo nas suas viagens apostólicas, encontrando-se a seu lado na prisão de Roma.
A ele devemos um melhor conhecimento da vida de Jesus, especialmente da sua infância, de algumas parábolas: o filho pródigo, o bom samaritano… Dele também ficámos com algumas referências à vida de Nossa Senhora, junto dos Apóstolos e dos primeiros cristãos.
Friday, October 13
Sexta-feira da Semana XXVII do Tempo Comum
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Reflexão
Todo o sinal é ambivalente. Depende de quem o interprete. Foi o que sucedeu com a cura do possesso: Uns admiraram o poder libertador de Jesus e a bondade de Deus manifesta n’Ele; outros fizeram-No cúmplice do próprio demónio. Só a fé ajuda a compreender os sinais (milagres) como provenientes de Deus.
Todo sinal de Deus, como palavra eficaz do mesmo Deus, apela a uma opção a favor ou contra. A sorte do povo de Israel é semelhante à do possesso curado. O povo eleito, hoje, é a Igreja e é nela que optamos ou não, pelo Senhor.
Wednesday, October 11
Memória do Papa São João XXIII
São João XXIII, papa
Ângelo José Roncálli nasceu em Sotto il Monte (Bérgamo), em 1881. Ordenado presbítero em 1904, foi secretário do bispo de Bérgamo. Entre 1921 e 1953 serviu a Sé Apostólica na Bulgária, Turquia, Grécia e França. Em 1953 foi nomeado cardeal patriarca de Veneza. Foi eleito papa em 1958. Convocou o Sínodo Romano, instituiu a Comissão para a revisão do Código de Direito Canónico e convocou o Segundo Concílio Ecuménico do Vaticano. Morreu na tarde do dia 3 de junho de 1963.
Reflexão
Apesar de pequenas variantes, a coincidência da oração do Senhor é básica e clara, nos Evangelhos de Mateus e de Lucas. A versão de Mateus (7 petições) era mais do uso litúrgico e habitual; a de Lucas (5 petições), reflecte, porventura, com mais fidelidade as palavras do Senhor.
O Pai-nosso é uma verdadeira síntese do Evangelho. Ao chamarmos todos a Deus por Pai entramos no círculo da família trinitária. No Abbá – Papá, culmina a história da oração de todos os tempos. Todos necessitamos descobrir no Pai Nosso uma escola de oração e a sua verdadeira linguagem de filhos e de irmãos.
Wednesday, October 4
Memória de São Francisco de Assis
São Francisco de Assis
Nasceu em Assis, no ano 1182. Depois de uma
juventude leviana, converteu se a Cristo, renunciou a todos os bens
paternos e entregou se inteiramente a Deus. Abraçou a pobreza para
seguir mais perfeitamente o exemplo de Cristo e pregava a todos o amor
de Deus. Formou os seus companheiros com normas excelentes, inspiradas
no Evangelho, que foram aprovadas pela Sé Apostólica. Fundou também uma
Ordem de religiosas e uma Ordem Terceira para seculares; e promoveu a
pregação da fé entre os infiéis. Morreu em 1226.
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Reflexão
Jesus quer uma entrega total, radical. É um Mestre contrário a todo o tipo de instalações. É preciso andar, trabalhar. O seu seguimento não admite dilações nem descontos nem saldos. Jesus convida a recebê-Lo como um dom que supor renúncias libertadoras. A opção por Jesus e pelo Reino é risco e aventura e não permite voltar atrás. Jesus não é inimigo da instituição familiar, mas reclama para si um amor preferencial.
Tuesday, September 26
Terça-feira da Semana XXV do Tempo Comum
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Reflexão
O Evangelho de hoje vem na sequência das parábolas do semeador e da lâmpada que definem o discípulo de Cristo, como terra fértil e luz do mundo. Às atitudes de escuta e de resposta à Palavra se remete Jesus, para designar a sua verdadeira família, segundo o Espírito do Reino de Deus. Com efeito, pertencem à sua família, quantos como Ele próprio e a sua Mãe, se entregam sem reservas à vontade de Deus.
Maria foi a primeira e a melhor discípula, a primeira crente e modelo da Igreja. A reflexão de Jesus não é, certamente, um desprezo por Sua Mãe, antes inclui um louvor implícito dela. Como ela, podemos ser discípulos atentos e cumpridores da sua palavra.
Thursday, September 21
Festa de São Mateus, Apostolo
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São Mateus
Nasceu em Cafarnaum, e exercia a profissão de cobrador de impostos quando Jesus o chamou. Escreveu o Evangelho em língua hebraica e, segundo uma tradição, pregou no Oriente.
Reflexão
O cobrador de impostos ao povo judeu para pagar aos romanos, era uma profissão mal conceituada e também para esses veio o Reino de Deus. Jesus chama radical: Segue-me. A misericórdia de Jesus manifesta-se a todos, mesmo aos desprezados, como Mateus. A gratidão é indispensável perante os gestos do amor de Deus, por isso Mateus recebe-o em sua casa.
São Paulo chama a atenção para os perigos de divisão, mesmo entre os cristãos, agravado pelos falsos carismas e erros doutrinais. Esclarece que, na diversidade de membros e funções existe unidade orgânica na Igreja, santificada pela vida, à medida de Cristo.
Wednesday, September 20
Memória dos Santos André, Paulo e companheiros, mártires
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Mártires da Coreia
A fé cristã entrou na Coreia no início do século XVII, conduzida por leigos, sem pastores. Em 1836 chegaram os primeiros missionários, vindos de França, que entraram clandestinamente na região. Nas perseguições dos anos 1839, 1846 e 1866 surgiram desta comunidade cento e três santos mártires, entre os quais se distinguem o primeiro presbítero André Kim Tae-gôn e o leigo Paulo Chông Ha-sang. Esta celebração faz memória de três bispos, oito presbíteros e os restantes leigos: homens e mulheres, casados ou não, anciãos, jovens e crianças, que, suportando o martírio, consagraram, com o seu glorioso sangue, os florescentes primórdios da Igreja coreana.
Reflexão
O mistério da piedade é a obra do Filho de Deus para salvar o mundo. São Paulo celebra esse mistério nesta passagem, que é um verdadeiro hino, onde se cantam os momentos principais dessa obra do Senhor, desde que Ele Se manifestou na carne, pela Encarnação, até que foi exaltado na glória, pela Morte e Ressurreição.
Com uma pequena parábola, Jesus censura a contradição dos que O não escutam, porque se julgam sempre com razões para se furtarem a escutar a palavra de Deus. As razões mais fúteis são sempre suficientes para pessoas fúteis, e acabam por denotar infantilidade de espírito.
Thursday, September 14
Festa da Exaltação da Santa Cruz
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Reflexão
Foi na Cruz que Jesus Cristo ofereceu ao Pai o Seu Sacrifício, em expiação dos pecados de todos os homens. Por isso, é justo que veneremos o sinal e o instrumento da nossa libertação.
Objecto de desprezo, patíbulo de infâmia, até ao momento em que Jesus obediente até à morte nela foi suspenso, a Cruz tornou-se motivo de glória, pólo de atracção para todos os homens.
Ao celebrarmos esta festa, queremos proclamar que é da cruz, sinal do amor universal de Deus, fonte de toda a graça (N.A., 4) que deriva toda a vida de Igreja. Queremos também manifestar o nosso desejo de colaborar com Cristo na salvação dos homens, aceitando a Cruz, que a carne e o mundo fizeram pesar sobre nós (G.S. 38).
Friday, July 28
Sexta-feira da Semana XVI do Tempo Comum
Reflexão
Entre os elementos que entram na aliança de Deus com o seu povo está o Decálogo, isto é, os Dez Mandamentos, resumo da lei de Deus. Os mandamentos estão aliás no coração de cada homem; eles são aí já a voz de Deus, sempre a fazer ouvir-se. Mas mais e maior que a lei dada por meio de Moisés é a Graça e a Verdade que vieram por Jesus Cristo. Os dez mandamentos fazem parte da bagagem moral inserida no coração de todos os homens pelo Criador. Exprimem a chamada lei natural, sentida e admitida por todas as morais. Foi Deus quem pôs no coração humano estes princípios, estas tendências e este sentido de bem e de mal, no que se refere às nossas relações com Deus e com o próximo. Israel teve o privilégio de os receber directamente de Deus, na teofania do Sinai. Foi um acto de predilecção de Deus para com o seu povo, que também pressupõe maior responsabilidade e fidelidade no seu cumprimento. Jesus não veio destruir a lei, mas levá-la à perfeição.
Jesus dá a explicação da parábola do semeador. A semente é sempre boa, porque é a palavra de Deus, mas o fruto depende do acolhimento que a terra lhe dá, da atenção que ela encontra no coração de cada homem.
Ao explicar a parábola do semeador, Jesus desvia a atenção do semeador que lança a semente para as causas da sua diferente recepção. Explicitando a comparação, passa-se da verificação do êxito, combatido mas surpreendente, da pregação do reino de Deus por Jesus e pelos continuadores da sua obra, para a consideração dos motivos que levam os ouvintes e fechar-se ou a abrir-se ao anúncio e, portanto, à conversão.
O evangelista faz uma releitura da parábola, fazendo realçar como a dureza de coração seja obra do maligno, que peca desde a origem. O homem secunda a obra do maligno quando, deixando-se absorver pelos sofrimentos, pelas incompreensões, pelas riquezas, não permite à palavra de Jesus lançar raízes na sua existência. Pelo contrário, quem é dócil à palavra de Jesus, produz abundantes frutos e entra a fazer parte daqueles bem-aventurados e pequeninos aos quais são revelados os mistérios do Reino.
Wednesday, June 14
Quarta-feira da Semana X do Tempo Comum
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Reflexão
Em Cristo toda a Lei e os Profetas têm pleno cumprimento. São a plenitude da Lei. Ele não veio revogar mas aperfeiçoar, levar à perfeição que se cumpre na Nova Aliança, no mistério pascal de Cristo.
A justificação plena vem-nos pela fé em Jesus Cristo, tal como sempre defendeu São Paulo, não bastando a mediação da Lei. É preciso, portanto, a comunhão com Deus mediante a fé no seu Filho, Jesus Cristo, para se atingir a justificação plena.
Thursday, April 27
Quinta-feira da Semana III do Tempo Pascal
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Reflexão
A Fé é um dom de Deus que o homem assume como seu, em resposta ao Pai que se lhe revela em Jesus. O tempo eterno entrou no tempo presente, para garantir o tempo futuro. Entretanto, o dom da fé está condicionado por uma atitude responsável: escutar o Pai. No constante peregrinar ao encontro de Deus, pelo deserto da vida. Cristo é a Palavra pessoal do Pai neste reencontro com o Criador.
Cristo interpela o homem sobre a necessidade de comer a sua carne feita pão, para manutenção da fé. Através deste pão, se estabelece uma comunhão constante com a divindade que desemboca necessariamente na comunhão fraterna.
Wednesday, April 26
Quarta-feira da Semana III do Tempo Pascal
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Reflexão
Um conjunto de pequenas notícias enche esta leitura; mas em todas elas perpassa o sopro do Espírito do Ressuscitado. Até a dispersão de que sofreu a comunidade de Jerusalém foi ocasião para que o Evangelho chegasse às outras províncias mais distantes. E o próprio ardor de Saulo, aquela testemunha ocular da morte de Estêvão, irá transformar-se em zelo pela Boa Nova de Jesus ressuscitado. Está-se verdadeiramente no Tempo Pascal da Igreja, sob o signo do Espírito.
Jesus afirma-Se agora, claramente, o Pão da Vida. Já assim fora anteriormente prefigurado no pão multiplicado e no maná evocado na fala com os Judeus; mas agora é Ele mesmo que Se apresenta claramente como o Pão, o alimento que mata a fome. E este Pão assimila-se pela fé. Por isso, Jesus, como outrora a Sabedoria (cf. Pr 9) ergue a voz e clama, convidando para o banquete. Quem d'Ele se alimentar terá a vida eterna na glória da ressurreição, que o Tempo Pascal prefigura.
Thursday, March 9
Quinta-feira da Semana II da Quaresma
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Reflexão
A riqueza tem os seus perigos. No Antigo Testamento, a riqueza de bens materiais era um sinal das bênçãos de Deus. O profeta, porém, distingue duas atitudes, dois caminhos e duas consequências: a maldição e a bênção: Deus é que retribui segundo o fruto das próprias obras.
O rico avarento e o pobre Lázaro: duas vidas diferentes e duas sortes finais distintas. A sorte final é consequência do estilo de vida levado nesta vida.
A surdez à palavra de Deus e a cegueira à insensibilidade perante as carências dos irmãos é um perigo da riqueza. O rico é condenado não por ser rico, mas por ser egoísta. A parábola é para todos: ricos e pobres. Todos temos ao nosso lado algum Lázaro mais pobre do que nós. Só o amor partilhado leva à mudança de estruturas, segundo a justiça.
Tuesday, March 7
Terça-feira da Semana II da Quaresma
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Reflexão
O culto a Deus deve traduzir a conversão pessoal e comunitária, tanto no antigo como no novo Testamento. A verdade tem um caminho, e só quem o segue, tem a salvação de Deus.
A interiorização religiosa foi um processo lento na vida do povo de Israel e também na nossa. O que está em causa é a conversão de todos nós.
Todo o crente sente a tentação de um sistema de mentira, ou então de se circunscrever à observância do estritamente legal. O muito que falta por converter no nosso coração! A coerência de uma vida de testemunho.
Thursday, January 26
Memória dos Santos Timóteo e Tito, bispos
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Reflexão
São Paulo revê-se nos seus dois discípulos e sente-se feliz pelo dom da fé que lhes é comum, e que neles se tornou a raiz da vida vivida na fidelidade à palavra de Deus, que receberam, e à missão em que foram investidos dentro da Igreja.
Os pregadores do Evangelho são outros tantos precursores do Senhor, porque vão à sua frente a preparar-Lhe o caminho. A sua missão é a daqueles que são enviados; por isso, não vão em nome próprio. O seu anúncio é de paz; por isso, ele só pode ser escutado por homens de paz. O seu trabalho não é para seu proveito; por isso, não procurarão os seus interesses, mas os do reino de Deus, que chegará até através desse mesmo trabalho.
Tuesday, January 24
Memória de São Francisco de Sales
São Francisco de Sales
Nasceu na Sabóia no ano 1567. Ordenado sacerdote, trabalhou muito pela restauração da fé católica na sua pátria. Eleito bispo de Genebra, mostrou-se verdadeiro pastor do clero e dos fiéis, instruindo-os com os seus escritos e obras, feito modelo para todos. Morreu em Lião a 28 de dezembro de 1622, mas foi sepultado definitivamente em Annecy a 24 de janeiro do ano seguinte
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Reflexão
O que move a Deus não é o sangue, mas o amor, a obediência de Jesus ao Pai, por amor. Jesus abre o círculo do parentesco com Ele, ao dar prioridade aos valores do Reino sobre os da carne. A nova família de Jesus está fundada na obediência filial à vontade do Pai, que prevalece sobre a autoridade paterna: Quem fizer a vontade de Deus é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe.
Thursday, January 12
Quinta-feira da Semana I do Tempo Comum
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Reflexão
Segundo a Bíblia a lepra incluía diversas doenças da pele, além da doença propriamente dita. O leproso era votado à marginalização total, social e religiosa. Este homem, porém, não se resigna à sua sorte e acode a Jesus. E Jesus cura-o e restitui-o à comunidade de salvação. É assim o amor e a misericórdia de Deus: não tem fronteiras. Através dos discípulos, Ele continua a dar vista aos cegos, a curar os leprosos, a ressuscitar os mortos! Só é preciso ir ter com Ele!
A lepra que aflige hoje o homem é todo o submundo da injustiça, da prostituição e da droga. Perante esta sociedade de consumo que nos oprime e só produz ricos e pobres, o que é que vemos? O descarado passivismo duma sociedade sem alma.
Thursday, January 5
Quinta-feira do Tempo do Natal
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Reflexão
É na caridade fraterna que podemos encontrar o testemunho certo de que somos discípulos de Jesus e de que, com Ele, passámos da morte para a vida, nesta passagem que constitui a nossa Páscoa, como foi a do Senhor. Ele amou até ao fim; assim começa no Evangelho de São João a narração da Páscoa de Jesus.
Os discípulos de Jesus vão aumentando, pela Boa-Nova que corre de um para o outro, e pelo contacto com o Mestre que cada um deles vai experimentando. A última frase deste Evangelho, em que é clara a alusão à visão da escada de Jacob, deixa entrever em Jesus o Medianeiro entre Deus e os homens, bem como a sua intimidade com o Pai.