Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos
A pregação basilar dos Apóstolos é sempre o anúncio do Mistério Pascal: Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador, que morreu e ressuscitou. Este será também o pregão fundamental da pregação da Igreja. O testemunho que os Apóstolos dão deste acontecimento pascal e que a Igreja agora continua a dar é dado pelo próprio Espírito Santo. É testemunho do próprio Deus.
O Sumo-sacerdote acusava os apóstolos de dois crimes: desobediência às ordens que lhes foram dadas porque continuavam a ensinar em nome de Jesus, e difamação porque acusavam os chefes do povo de serem os responsáveis pela morte de Jesus.
Pedro reafirma o dever de obedecer antes a Deus que aos homens, porque só quem se submete a Deus recebe o Espírito Santo e centra-se no essencial do Kerygma cristão: a morte e a ressurreição de Jesus. Jesus é Príncipe porque é o novo Moisés que guia o povo para a libertação e salvação; é Salvador porque, pela sua morte, nos alcançou o arrependimento e a remissão dos pecados.
Esta passagem faz continuação à conversa de Jesus com Nicodemos, começada a ler-se ontem. São verdadeiras catequeses sobre o mistério da pessoa de Jesus, a sua origem, a sua relação com o Pai, a sua missão. A terra é o mundo dos homens com as suas limitações, as suas carências, até a sua cegueira que os impede de ver a luz de Deus; o Céu é o mundo de Deus, donde nos vem Jesus, o Filho, para tornar os homens participantes da sua vida divina e os conduzir ao Pai.
Todo o discípulo é chamado a verificar a sua relação com Jesus e o modo como escuta a sua palavra. Cristo vem do Alto, pertence ao mundo divino e é superior a qualquer homem. O homem vem da terra e permanece um ser terreno e limitado. Cristo é a própria Palavra, é espírito e vida, é Aquele que transmite tudo quanto possui, em especial o Seu Espírito Santo.
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