Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos
S. Paulo continua a fazer apelo à generosidade dos cristãos de Corinto, para irem em auxílio da comunidade muito pobre de Jerusalém. Tinha sido um compromisso que ele havia tomado, quando se despedira dos outros Apóstolos em Jerusalém, antes de partir para as suas viagens missionárias. E lembra-lhes a alegria que deve encher o coração de quem dá por amor, o que está na linha da palavra de Jesus, que o mesmo S. Paulo é o único a relatar: É melhor dar do que receber. Essa colecta deve ser realizada de modo livre. Para o Apóstolo, o serviço da colecta não deve apenas prover às necessidades dos santos, mas tornar-se abundante fonte de muitas acções de graças a Deus. É que a colecta, que em si mesma já é liturgia, havia de ser entregue durante uma celebração litúrgica, multiplicando as eucaristias, as acções de graças a Deus.
O homem que quer viver conforme a verdade, conforme Deus, há-de procurar ter uma consciência recta, porque é no mais profundo do coração que o homem é o que é. A lei de Cristo não atinge o homem apenas no seu comportamento exterior mas desce ao mais íntimo do próprio coração, porque é aí que está a raiz de tudo o que no homem nasce de bom e de mau.
Jesus aponta outro importante princípio, o de superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus e seguem-se as aplicações práticas no que se refere à esmola, à oração, ao jejum, que resumem as práticas religiosas tradicionais. Jesus não censura essas práticas, mas a forma e o objectivo com que eram realizadas, particularmente pelos fariseus. Quem faz boas obras para ser estimado e louvado pelos outros, já recebe a sua recompensa; quem as faz por Deus, obtém dEle a retribuição. O verdadeiro jejum implica conversão a Deus e deve ser feito com alegria. A esmola que damos aos outros não é apenas a esmola, em sentido literal, mas também a misericórdia, a compaixão, a solidariedade que comunica o amor de Deus, que tem o seu supremo ícone no Coração trespassado de Cristo.
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