Friday, June 17

Sexta-feira da Semana XI do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Perante os ataques injustos dos seus adversários e da superficialidade leviana daquela comunidade, S. Paulo lembra-lhe o que tem feito por ela e por todas as demais comunidades. É uma página cheia dos mais belos testemunhos de um apóstolo de Cristo, escrita com a indignação exaltada do trabalhador incansável do Evangelho, que vê agora em perigo o fruto esperançoso de tão bela sementeira. Quase a terminar a sua carta, Paulo recorre à sua ficha sociológica, enumerando todos os seus títulos de orgulho, não sem uma certa manha, para se defender dos que se lhe opõem e atacam: hebreu, israelita, descendente de Abraão, ministro de Cristo, apóstolo sujeito a mil perigos, dotado de carismas especiais. Não se arrepende de ter oferecido o Evangelho aos Coríntios, gratuitamente mas insiste no seu método dialéctico de exercer a autoridade. Paulo afirma que a Igreja deve estar organizada, que deve haver uma autoridade mas deve ser dialogante para que a comunidade pense por sua própria cabeça e contribua decisivamente e para a sua vida e missão; a actuação dos responsáveis deve ser construtiva da própria comunidade.
Os caminhos do Evangelho passam todos pelo coração do homem. As coisas têm o valor que o homem lhes der e para o cristão têm o valor que a fé lhe ensinar a atribuir-lhes. Por isso, os tesouros terrenos não podem dominar o coração humano. O verdadeiro tesouro está mais longe e mais alto do que os cofres que podem ser assaltados. Para saber dar o verdadeiro valor às coisas que o envolvem, o homem precisa de purificar o seu interior, donde nasce a verdadeira luz, que dá o sentido autêntico a tudo o que o rodeia. Obtém-se o tesouro no céu orientando o coração, a afectividade, o homem todo, com os seus apetites e desejos mais íntimos e profundos para Deus. .
Os olhos são a lâmpada do corpo porque nos permitem ver. Se estiverem sãos, isto é, postos em Deus, que é a luz fonte de toda a luz, será iluminado o mistério da escuridão humana. Se estiverem doentes, isto é, não postos em Deus, viveremos nas trevas, no mistério da nossa própria escuridão.

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