Sunday, August 30

Reflectindo: Domingo XXII do Tempo Comum (III)

O Evangelho deste domingo é um alerta de Jesus Cristo para os seus discípulos, que viviam segundo a lei, mas que tinham esquecido o espírito da lei e o principal: demonstrar pelo modo de vida a presença de Deus nas suas vidas. Para Jesus, a obsessão dos fariseus com os ritos externos de purificação é sintoma de uma grave deficiência quanto à forma de ver e de viver a religião. Jesus denuncia essa vivência religiosa que aposta apenas na repetição de práticas externas e formalistas, mas que não se preocupa com a vontade de Deus ou com o amor aos irmãos. Trata-se de uma religião vazia e estéril que não vem de Deus mas foi inventada pelos homens. No tempo de Jesus, a “tradição dos antigos” tinha cerca de 613 leis, das quais 248 eram preceitos de formulação positiva e 365 eram preceitos de formulação negativa; esta tradição foi criada pelos homens e pelos seus costumes. Com este cenário Jesus afirma: Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. É vão o culto que me prestam e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos. Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens.
Jesus Cristo convida os seus ouvintes a descobrir o centro de toda a lei que é o Homem. Mais do que limitar aquilo que se pode ou não fazer importa saber que o objectivo da lei é tornar o homem puro. Só cuidando do seu interior é que o povo poderá manter-se fiel à lei que lhe foi confiada, só cuidando o nosso coração, o nosso espaço interior do encontro com Deus é que poderemos realmente viver a palavra de Deus, fazendo algo mais do que simplesmente ouvi-la, pondo-a em prática essa Palavra que foi por nós acolhida.
A Palavra de Deus deste domingo é, então, um convite a que a forma como a vivemos não seja apenas um quadro de normas e regras que vamos conhecendo e pondo em prática, mas sim que a nossa forma de viver seja comandada por princípios, não apenas pelas regras em si, mas pelo objectivo final dessas mesmas regras.A grande regra de vida de um cristão é a oração e a caridade, não o façamos apenas porque o temos que fazer, mas que a nossa caridade e a nossa oração sejam expressão exterior da ligação interior que temos com o Deus de Amor e Bondade.

Reflectindo: Domingo XXII do Tempo Comum (II)

Na segunda leitura, São Tiago também convida os cristãos a escutarem e a acolherem a Palavra de Deus mas avisa que essa Palavra escutada e acolhida no coração tem de ser um compromisso de amor e partilha com os nossos irmãos. A Palavra de Deus é um dom e como tal deve ser também partilhada com os outros; é necessário abrir o nosso coração para que a Palavra lançada por Deus, possa dar frutos na nossa vida. A escuta e o acolhimento da Palavra têm de nos levar à acção e ao compromisso com os outros porque, segundo Tiago, devemos ser cumpridores da palavra e não apenas ouvintes pois seria enganar-nos a nós mesmos.Há coisas vulgares na vida que marcam o nosso quotidiano, como é por exemplo, a presença de leis e normas que de algum modo aceitamos como legítimas e normais. Essas leis regulam a nossa forma de viver em sociedade tornando possível que os nossos direitos e deveres sejam considerados e tidos em conta. Podemos dizer que vivemos em sociedade seguindo mais um conjunto de princípios, como a liberdade e o respeito pelo outro, do que propriamente seguindo leis.

Reflectindo: Domingo XXII do Tempo Comum (I)

As leituras deste domingo propõem-nos uma reflexão acerca da lei e da palavra de Deus e das suas implicações na nossa vida. A lei de Deus indica ao homem o melhor caminho a seguir mas não deve ser cumprida de uma maneira rigorista e vazia mas deve ser algo que parte do nosso compromisso com Deus, uma conversão de coração, uma dádiva de amor a Deus e aos irmãos.
O mesmo Deus que salvou o povo de Israel e que o libertou da escravidão no Egipto é o mesmo que ofereceu leis e preceitos, mandamentos e normas para reger o melhor funcionamento da religião, da tradição e dos costumes do povo. É a vivência segundo as leis e os preceitos de Deus que vai ajudar o povo a concretizar todos os seus sonhos e esperanças.
Moisés alerta o povo a ter cuidado com duas atitudes face à lei: tirar alguma coisa ou alguma palavra da Lei de Deus ou acrescentar outras normas por mera iniciativa humana. De facto, há sempre o perigo de se adaptar a Palavra de Deus aos nossos interesses para que ela possa parecer mais interessante e mais atractiva. Há o perigo de a tornar menos exigente, mais suave, de retirar algumas coisas que incomodam ou que não achamos que estejam bem escritas ou que não estejam segundo as nossas ideias e as nossas lógicas. Não se devem ter estas atitudes porque a Palavra de Deus é sagrada e é reflexo da vontade de Deus, é alimento substancial para a nossa vida e apela constantemente à nossa fidelidade para com Deus e com os Seus projectos.
O povo de Israel louva o Senhor por ser o povo eleito, o povo privilegiado de Deus: a Igreja, o povo de Deus é também privilegiado e querido por Deus, o Seu amor manifesta-se na presença libertadora e salvadora de Deus nas nossas vidas. Devemos estar atentos e vigilantes para que possamos fazer a vontade de Deus e cumprir os preceitos de Deus. Mas claro que Deus conta também com a nossa liberdade e com as nossas limitações porque nós somos humanos e estamos muitas vezes em situação de pecado e de abandono de Deus. Porém ele não se cansa de nos ajudar a cumprir os nossos compromissos cristãos e a estarmos abertos às boas propostas de Deus e da Palavra que ouvimos, de um modo especial nos domingos, alimento importante na nossa vida espiritual e caminho seguro para a nossa felicidade. Somos convidados a encontrar mais tempo na nossa vida para escutar Deus e meditar nas suas propostas.

Pensamento do dia: 30-08-2009

Hoje deves sorrir; talvez alguma flor esteja a precisar de sol.

Porquê participar na celebração da missa

O frade inglês Fr. Tomoth Radcliffe, antigo superior geral dos Dominicanos, publicou no final de 2008 um livro intitulado “Why go to church?” (Porquê ir à igreja?). Com a devida vénia publicamos a entrevista do autor ao «site» «Pélerin».
- Ir à missa é verdadeiramente uma obrigação para se ser um bom cristão?
-
Há sem dúvida pessoas muito santas que não vão à Igreja! Ir à missa não tem nada a ver com uma obrigação jurídica, como pagar anualmente os impostos ou como a proibição de conduzir a mais de 120 km/h...
Para mim, ir à missa é uma obrigação no sentido em que fazer parte da comunidade de Jesus faz parte da minha identidade. Você é obrigada a festejar o aniversário da sua mãe? Não, mas foi a sua mãe que lhe deu a vida: festejar o seu aniversário é como uma obrigação natural... Quando se toma consciência do sentido da Eucaristia, surge naturalmente o desejo de participar.
- Porquê ir à igreja quando se pode rezar em casa?
- É verdade, pode ter-se uma relação pessoal com Deus. No entanto, somos convidados a entrar na amizade de Jesus. Ora, partilhar esta amizade implica partilhar os seus amigos. Seria absurdo querer viver uma espiritualidade cristã ignorando os outros cristãos. Seria a mesma coisa que querer jogar futebol sozinho. Por outro lado, sair de casa não é um acto inócuo. Ir à igreja, deslocar-se, lembra-nos que somos peregrinos e que a nossa morada final está em Deus.
- Não é mais importante ser crente do que ser praticante?
- Não desejo fazer-me juiz desse género de afirmação. Essa maneira de ver parece-me muito típica de uma sociedade que tem uma ideia demasiado individualista da pessoa humana. Ser cristão é crer que sou convidado a ser membro da comunidade de Jesus.
Na Eucaristia, Jesus dá-nos o seu corpo. Para mim, seria um pouco estranho dizer: “Acredito em Ti mas não, obrigado, não quero receber o teu Corpo”.
- “Eucaristia” significa “agradecer”, “acção de graças”, “obrigado”. Obrigado por quê?
- Obrigado por tudo! Obrigado pelo dom da existência; eu existo, os seus filhos existem. Tudo é dado a cada instante. As pessoas que trabalham no campo compreendem-no muito melhor.
Em casa dos meus pais, comi sempre legumes da horta: é uma grande bênção. Toma-se consciência de que é um dom! E o dom maior é o próprio Deus que se dá. Na nossa sociedade, perdeu-se muito este sentido do dom: não somos mais do que consumidores que consumimos “produtos”.

- A missa é a melhor maneira de encontrar Deus?
-Depende de nós e depende de Deus. Pode ser que ele entre nas nossas vidas por um amigo, familiares, um livro...
É Deus que toma a iniciativa, cabendo a nós estar atentos aos seus passos e à sua voz. Deus está sempre lá, à nossa frente. A Eucaristia é o reconhecimento de que ele está já presente entre nós; ela é a celebração da sua presença.

Saturday, August 29

Janela Cibernética: Sapo Desporto

Nas páginas do Sapo Desporto os utilizadores podem encontrar as últimas notícias de desporto, estatísticas actualizadas, vídeos exclusivos de futebol com os principais golos e lances-chave da I Liga, o golo da semana, entre muitos outros, bem como o acompanhamento e transmissão de jogos em directo através do Estádio Virtual.
No Sapo Desporto, site com forte aposta em conteúdos multimédia, pode também encontrar, a par dos vídeos de futebol, vídeos de outras modalidades, uma galeria de fotos de todas as modalidades e de vários atletas e eventos desportivos, assim como um destaque para a foto do dia. Todos os artigos poderão ser comentados pelos utilizadores, abrindo o conteúdo à comunidade.
No novo canal é ainda disponibilizada uma banca de jornais desportivos, artigos de opinião, comentários de Rui Tovar e uma área de acesso directo para as páginas dos clubes. Outra grande novidade será uma área exclusiva para entrevistas regulares com personalidades desportivas. Os primeiros convidados são Luís Figo e Sá Pinto, do mundo do futebol, Tiago Pires do surf, Armindo Araújo do Rally e Álvaro Parente do GP2.

Pensamento do dia: 29-08-2009

Habito tanto entre os mortos como entre aqueles que ainda não nasceram.
Paul Klee

Thursday, August 27

Abelhinha

Automóvel; taxi

Pensamento do dia: 27-08-2009

Há uma verdade íntima e inata contida no aspecto exterior de cada objecto e que deve, na sua representação, destacar-se dele.
Matisse

Wednesday, August 26

Boliqueime

Não há muitas certezas em relação à origem do nome deste sítio da freguesia de Santo António mas supõe-se que começou a ser povoado na época da colonização e povoamento da Madeira por alguém oriundo do Algarve, já que foram algarvios, a grande maioria dos colonizadores vindos do Continente. Há uma Paróquia no Algarve que tem o mesmo nome e de onde é originário o actual Presidente da República, Cavaco Silva.
Boliqueime parece ser um nome de origem italiana e que significa moinho de água. O Boliqueime é uma zona de bastante água e sempre foi uma zona importante para o regadio.
O Boliqueime foi residência, durante algum tempo, do poeta português António Nobre, que na altura estava doente dos pulmões. O poeta veio à Região procurar a cura para os seus problemas de saúde, uma vez que o ar que se respirava nas zonas altas do Funchal era considerado muito saudável por aqueles que viviam em zonas mais desenvolvidas.
Fonte: Jornal da Madeira

Pensamento do dia: 26-08-2009

Há uma multidão de coisas felizes que Deus pode dar duas vezes; mas não nos dá senão uma mãe.

Tuesday, August 25

Reflectindo: Domingo XXI do Tempo Comum (III)

São Paulo diz aos cristãos de Éfeso, com as palavras e as expressões próprias do seu tempo, que a opção por Cristo deve comprometê-los também a nível da relação familiar. A família cristã tem de ser o lugar onde se manifestam os valores de Jesus Cristo, tais como a partilha, o amor, a união, a comunhão de vida para que possa ser o sinal e o reflexo da união de Cristo com a Sua Igreja. Como Cristo e a Igreja formam um só corpo, assim também o marido e a esposa formam um só corpo comprometendo-se um ao outro a viver o amor, a entrega e a fidelidade. O respeito, a igualdade, o carinho, o amor mútuo são marcas identificadoras daquele que opta por Cristo.
Peçamos ao Senhor que nos conceda o Seu Espírito e que cada um de nós saiba viver de acordo com a opção que fizemos por Jesus Cristo e pelas Suas propostas e que testemunhemos aos outros que Jesus Cristo é de facto Aquele que tem palavras de vida eterna e que é o Santo de Deus.

Reflectindo: Domingo XXI do Tempo Comum (II)

Ser cristão é optar por Cristo e pela sua doutrina. Não podemos ser cristãos em part-time, só quando convém ou quando fica bem nas fotografias; não podemos ser e não ser; temos de ser coerentes e constantes. Mas, sabemos que nem sempre é fácil seguir Jesus; o seu projecto é muito exigente; a Sua Palavra incomoda, é dura, por vezes até doi, fere e mas acima de tudo cura: estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?. No início do Evangelho, houve vários discípulos que abandonaram Jesus e que face à exigência das Suas palavras e dos Seus ensinamentos fugiram e não quiseram saber mais de Jesus e da Sua proposta.
A Palavra de Deus é bastante interpeladora, é exigente, é verdadeira e é actual. É pela sua exigência que muitos homens e mulheres se tornam indiferentes ao plano de Deus e optam por outras palavras que nos seduzam, embora não deixem de ser palavras ocas, vazias, ilusórias e bastante fugazes. Só a Palavra de Deus é realmente Espírito e vida, vida em abundância.
Também vós quereis ir embora? Eis a grande questão que Jesus nos dirige. De facto, muitas vezes parece que as palavras de Jesus já não nos fascinam, parecem que não têm nada a ver com a nossa vida. Diante disso, podemos desanimar, pensando que Jesus até foi homem corajoso, interessante, mas que o seu projecto implica de nós sacrifício, renúncia, e que, por isso, é melhor viver a vida, gozar a vida, viver apenas o imediato, o presente, sem jamais analisar o passado e perspectivar o futuro. Este é um vírus que nos pode contaminar facilmente, nesta sociedade que temos nos nossos tempos e que nos quer afastar do divino e da religião.
Jesus é o único caminho válido para chegar à vida eterna, para chegar à felicidade; temos de O acolher na nossa vida, temos de aderir aos Seus ensinamentos e à Sua doutrina. A fé traduz-se no seguimento de Jesus, na identificação com Ele, no comer a carne e beber o sangue, na comunhão de vida de Jesus, no compromisso com a Sua proposta.
A resposta que Pedro dá é a mesma que cada um de nós é convidado a fazer: Senhor, as tuas propostas nem sempre fazem sentido à luz dos valores que governam o nosso mundo; mas nós estamos seguros de que o caminho que Tu nos indicas é um caminho que leva à vida eterna. Queremos escutar as tuas palavras, identificar-nos contigo, viver de acordo com os valores que nos propões, percorrer contigo esse caminho do amor e da doação que conduz à vida eterna.

Reflectindo: Domingo XXI do Tempo Comum (I)

A liturgia deste 21º Domingo do Tempo Comum fala-nos muito em opções: cada um de nós é chamado constantemente a fazer opções na vida, umas mais importantes para a vida, outras mais quotidianas e mais imediatas mas todas elas implicam uma decisão e um abandono de alguma coisa. De facto, cada um de nós tem, dia a dia, de fazer escolhas, tomar opções e orientar a sua vida por um caminho que julga ser o melhor para si e para os outros.
Na primeira leitura, Josué convida as tribos de Israel a escolherem entre servir a Deus e servir outros deuses. Ele mostra-os como o Seu Deus é alguém de confiança, alguém que não se cansou de os salvar e libertar da escravidão do Egipto. A partir daí, o povo é convidado a optar livremente e a tirar as suas próprias conclusões. Josué e a sua família já optaram: escolheram servir o Senhor Deus.
Todo o povo manifesta a sua intenção de servir o Senhor porque o Senhor é o nosso Deus, que nos fez sair, a nós e a nossos pais, da terra do Egipto, da casa da escravidão. Foi Ele que, diante dos nossos olhos, realizou tão grandes prodígios e nos protegeu durante o caminho que percorremos entre os povos por onde passámos. Também nós queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus. O povo compromete-se assim a renunciar outros deuses e a fazer de Deus Criador do céu e da terra o único e digno de adoração e de louvor.
A aceitação de Deus na vida deste povo é portanto uma opção livre feita por pessoas que fizeram uma experiência de encontro com Deus e que sabem que é aí que está a verdadeira felicidade e a realização para a sua vida.
Tal como este povo, nós cristãos também temos de saber optar entre os vários deuses que nos aparecem na nossa vida e o único Deus, nosso Senhor e Salvador. Há vários valores e propostas que nos desviam de Deus e dos Seus ensinamentos: cabe a cada um de nós saber escolher, saber optar por aquilo que julga ser o melhor. Segundo esta leitura que escutamos, só comprometendo-se com Deus é que teremos de facto a felicidade e o êxito.

Adivinha 13

O que um livro de matemática diz para outro?

Pensamento do dia: 25-08-2009

Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes.
Gilbert Keith Chesterton

De regresso das férias

Depois de um mês e pouco de férias e de ausência da blogosfera, Danyrolandia volta com toda a pujança e com renovação de alguns rubricas e com novidades, fiquem por aí...
Bem-vindos à Danyrolandia!!