Wednesday, April 18

Quarta-feira da Semana II da Páscoa


A palavra de Deus ilumina e salva os que a acolhem com fé e lhe correspondem, como endurece e cega os que se obstinam em se lhe fecharem. Enquanto, aos primeiros, os encanta, aos segundos, irrita-os, e eles acabam por serem por ela preteridos. Mas a palavra de Deus não pode ser julgada, é ela que julga; não pode ser aprisionada. Os Apóstolos foram presos mas acabaram por ser libertados e vieram a ser encontrados a anunciar essa mesma palavra pela qual tinham estado prisioneiros. Deus protege os anunciadores do Evangelho e nada nem ninguém se pode opor ao projecto de Deus. Ele parece divertir-se fintando os seus adversários.

Cristo é o grande dom de Deus aos homens, é a fonte da salvação. É a luz que ilumina mais forte que todas as demais luzes. Quem d’Ele se aproximar praticará obras de bem e não terá nenhum receio de ser visto pelos homens; o que d’Ele se afastar tem receio de que os homens o vejam, porque as suas obras o hão-de envergonhar.
A opção fundamental do homem consiste em aceitar ou rejeitar o amor de um Pai que se revelou em Cristo. Mas este amor não julga o mundo: ilumina-o. Quem acreditar em Jesus não será condenado; mas quem o rejeitar, e não acreditar no seu nome, já está condenado. A causa da condenação é uma só: a incredulidade, a recusa da palavra de Jesus. No fim deste colóquio de Jesus com Nicodemos, e com cada um de nós, nada mais resta do que acolher o convite à conversão e a uma mudança radical de vida. Quem aceita Jesus e dá espaço a um amor que nos transcende, encontra o que ninguém pode alcançar por si mesmo: a verdadeira vida.
O Filho de Deus encarnou para que nos recordássemos do amor que Deus tem por cada um de nós. Não podemos esquecer estes ensinamentos que constituem um autêntico tesouro, uma fonte de conselhos e exemplos para os diferentes momentos da nossa vida.

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